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~ compilação de notícias relacionadas à educação

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Arquivos da Tag: Angola

A hora da metamorfose africana

25 sexta-feira maio 2018

Posted by auaguarani in Afrodescendentes e africanos no Brasil, Cultura, Dica cultural, Educação, Educação Inclusiva, Educador, História, Mundo, Religião, Sociedade, Tecnologias

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Aimé Cesaire, Aliança Mundial pela Educação, alternância pacífica, Angola, autocratas, África, África Subsaariana, Ça Suffit, Benin, Bienal de Arte Contemporânea, Burkina Faso, Camarões, Chade, classe média emergente, consciência popular, continente, crianças sem acesso à educação, Dacar, Dak'art, ditames ocidentais, Dos Santos, ebulição social, Egito, Eleições, elites africanas, emancipação, erosão, escravos, Fela Kut, Felwine Sarr, Filimbi, FMI, Frantz Fannon, Funmilayo Ransome-Kuti, Gana, Gâmbia, gratuidade da educação, Guiné-Equatorial, hip hop, Jammeh, Líbia, Le Balai Citoyen, Libéria, luta, Mali, Mauritânia, movimentos sociais, mudança climática, Mugabe, mulher, Nana Akufo-Addo, neocolonialismo, Nigéria, Nollywood, Organização para a Unidade Africana, OUA, políticas autônomas, população crítica, praça Tahrir, primavera árabe, proibição sacolas plásticas, Quénia, rappers, recuperação do espaço público, religião, República Democrática do Congo, representação, revoltas no Senegal, revolução burkinesa, Ruanda, Sahel, sankarista, Senegal, setores marginalizados, Sony Labou Tansi, Sou a hora vermelha a hora vermelha desatada, tiranos, Trop C’Est Trop, Tunísia, UA, Uganda, União Africana, Wole Soyinka, Y’en a Marre, Zimbábue, Zona de Livre Comércio Continental

DAUD

A hora da metamorfose africana

Em plena ebulição social, o continente avança para a integração em busca de novos modelos de desenvolvimento, mas sem perder a identidade

“Sou a hora vermelha, a hora vermelha desatada.” A escolha desta frase como lema da Bienal de Arte Contemporânea que acontece neste mês em Dacar não tem nada de casual. Extraída da peça teatral Et les Chiens se Taisaient (1958) do ideólogo da negritude, o poeta martiniquenho Aimé Cesaire, faz referência à emancipação, à liberdade conquistada, à metamorfose. A África, assim entendeu o curador do Dak’art 2018, Simon Njami, passar por este momento de mudança, de nascimento de algo novo. Na arte, mas também na filosofia, na sociedade, na gestão pública, na economia, na maneira como os africanos se relacionam entre si e com o mundo.

Nesta sexta-feira se comemora o 55º. aniversário da criação da Organização para a Unidade Africana (OUA), o organismo continental que foi o embrião da atual União Africana (UA). Aquele sonho de unidade – frustrado desde o princípio por disputas fronteiriças, ambições de poder de certas elites africanas e o permanente bafo no cangote das ex-potências convertidas ao neocolonialismo – parece começar a tomar corpo agora, meio século depois. Em 21 de março deste ano, 44 dos 55 países africanos aprovaram a criação de uma Zona de Livre Comércio Continental, o primeiro passo para um mercado comum de 1,2 bilhão de pessoas.

…Esse avanço político está intimamente ligado à emergência de uma classe média que precisa de paz e estabilidade e ao avanço da educação, com passo firme, apesar de alguns tropeços, em todos os países do continente. Embora os desafios sejam enormes e haja 33 milhões de crianças sem acesso à educação primária na África Subsaariana, a reunião da Aliança Mundial pela Educação realizada em fevereiro deste ano em Dacar serviu como estímulo aos Governos para incrementar os orçamentos nessa rubrica (chegando a 20% de seus PIBs). A escola, reconhecem todos os líderes africanos, é a pedra angular para combater o radicalismo que se enquistou em lugares como o norte do Mali, a Somália e o nordeste da Nigéria. Mas a educação também engendra uma população crítica e informada.

No coração de todas estas mudanças está o incremento da consciência popular e a emergência de movimentos sociais que articulam o descontentamento de amplos setores marginalizados de um crescimento econômico importante, mas não inclusivo. Se a África se encontrar em algo semelhante à “hora vermelha” de Cesaire, isso não é tanto porque seus dirigentes tenham tido uma epifania, e sim porque estão sendo pressionados de baixo para cima. Plataformas como Y’en a Marre no Senegal, Le Balai Citoyen em Burkina Faso, Trop C’Est Trop no Mali, Filimbi e Luta na República Democrática do Congo e Ça Suffit no Chade representaram, acima de tudo, um exercício de reapropiação da política e recuperação do espaço público por parte dos cidadãos.

Leia mais:
https://brasil.elpais.com/brasil/2018/05/23/actualidad/1527080406_444155.html

Ortografia incomoda portugueses e brasileiros

06 terça-feira dez 2016

Posted by auaguarani in Cultura, Educação, Educador, ENEM, Formação, História, Língua Portuguesa, Leitura, Mundo, Profissão, Sociedade

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Academia das Ciências de Lisboa, acordo ortográfico, adultos, Angola, Anproport, Associação de Professores de Português, Associação Nacional de Professores de Português, Associação Nacional de Professores de Português (Anproport, brasil, escolas públicas, grafia, gramática, língua portuguesa, Malaca Casteleiro, Moçambique, ortografia, países lusófonos, portugal, Supremo Tribunal, tribunais, unificação ortográfica entre Portugal e Brasil

Ortografia incomoda portugueses e brasileiros

Academia portuguesa retificará polêmicas mudanças adotadas oficialmente no ano passado em vários países lusófonos

Por que cor-de-rosa se escreve com hífen e cor de laranja, não? Por que quem nasce no Egito é egípcio e não egito? Portugueses, brasileiros, moçambicanos e angolanos têm uma confusão em sua ortografia, sobretudo a nova.

Os portugueses não param de brigar nos tribunais de justiça para que a nova ortografia seja revogada. O termo nova é modo de dizer, pois já cumpriu 26 anos, mas a persistência portuguesa não conhece data de validade.

A Associação Nacional de Professores de Português (Anproport) contestou no Supremo Tribunal o Acordo Ortográfico (AO/90) ensinado nas escolas públicas. Os professores não se apressaram a adotar tal medida, pois são contra um acordo feito em 2011 pelo Governo, que também não teve pressa, já que ordenava colocar em prática um Acordo Ortográfico assinado no século passado, exatamente em 1990, e que punha fim à gramática vigente desde 1945.

Leia mais:
http://brasil.elpais.com/brasil/2016/12/05/cultura/1480941189_211756.html?id_externo_rsoc=Fb_BR_CM

O Porto Maravilha é negro

20 quarta-feira jul 2016

Posted by auaguarani in Afrodescendentes e africanos no Brasil, Cultura, ECA, Educação, Educação Inclusiva, Educador, ENEM, Experiências, Formação, História, Mundo, Preconceito, Profissão, Religião, Sociedade, Tecnologias

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achados arqueológicos, Angola, arqueólogos, bairro da Gamboa, bairro da Saúde, bairro do Santo Cristo, búzios, Cais do Valongo, calçamento de pé de moleque, candomblé, Cemitério dos Pretos Novos, congo, escavação, escravização, escravos, história, holocausto brasileiro, iphan, louças quebradas, maior porto negreiro das Américas, mercado de escravos do Rio, monjolos, Novo Mundo, objetos de matriz africana, ocutá, ossos de escravos traficados, passado imperial, Patrimônio da Humanidade, peças de barro, Pedra do Sal, pedra que atrai o Orixá, Pequena África, porto maravilha, revitalização do porto, rua Barão de Tefé, rua Camerino, saberes, seguis

Museu do Amanhã é símbolo do Projeto Porto Maravilha (Foto: Beth Santos)

Museu do Amanhã é símbolo do Projeto Porto Maravilha (Foto: Beth Santos)

O Porto Maravilha é negro

por Rogério Daflon | Agência Pública

Construído na região que abrigou o maior porto negreiro das Américas, projeto da prefeitura “lembra pra esquecer” essa herança; debaixo da atração turística há milhares de ossos de escravos traficados, dizem especialistas

O Porto Maravilha esconde saberes fundamentais à costura do passado do Rio de Janeiro. Para juntar os pedaços de tecido naquela área, é necessário, primeiramente, saber onde se pisa. Em 1° de março de 2011, as obras do projeto de renovação do território portuário deixaram de ser somente um conceito moderno, que olha para o futuro. Naquele dia, por força de lei, uma equipe do Museu Nacional acompanhava as intervenções de drenagem no subsolo por escavadeiras das empreiteiras que constroem o arrojado empreendimento. Os arqueólogos já sabiam o que estava por vir à superfície da rua Barão de Tefé: o Cais do Valongo, onde centenas de milhares de escravos aportaram a partir do século 18, sobre o calçamento de pé de moleque – técnica construtiva do Brasil Colônia, com pedras arredondadas de rios acomodadas sobre a terra batida. Os seixos irregulares estavam sob outra camada, mais à moda do Brasil Império, com conjuntos de blocos de granitos empilhados para receber, em 1843, a imperatriz Teresa Cristina, então futura esposa de dom Pedro II. Por cima desse revestimento, havia ainda o aterro planejado pelo prefeito Pereira Passos no início do século 20, que pôs um fim à memória do passado imperial. E escondeu também o originário holocausto brasileiro.

O Cais do Valongo foi o maior porto negreiro das Américas e, segundo o historiador Manolo Florentino, esteve em atividade nas últimas décadas do século 18 até final de 1830, ocupando uma área entre os bairros da Gamboa, da Saúde e do Santo Cristo. Nele desembarcaram mais de 700 mil escravos, vindos, sobretudo, do Congo e de Angola – pode-se dizer que o Valongo foi o ponto de convergência de 7% de todos os cerca de 10,7 milhões de escravos traficados às terras do Novo Mundo. Pelo menos mais 700 mil foram traficados para outros pontos do litoral do estado do Rio de Janeiro.

Leia mais:
http://apublica.org/2016/07/o-porto-maravilha-e-negro/

Bolsa de estudos Graça Machel para mestrado e doutorado. Só para mulheres.

26 domingo jun 2016

Posted by auaguarani in Afrodescendentes e africanos no Brasil, Cultura, Educação, Educador, Formação, Mundo, Sociedade

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Angola, bolsa de estudos, Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral e em inglês Southern Africa Development Community, doutorado, Graça Machel, mestrado, mulheres, SADC

Bolsa de estudos Graça Machel para mestrado e doutorado. Só para mulheres.

Há mulheres, não há Mulheres que sinceramente até dão inveja pah. A semana passada em conversa com uma amiga disse que, para se ter inveja de alguém, esta pessoa tinha que ter ou ser alguma coisa muito grande, e era de coisas muito grandes como a iniciativa desta Grande Mulher Sra. Graça Machel, que estava a falar. Sim, um grande motivo para se ter inveja e uma grande causa para se imitar. Uma forma justa, não, uma forma gratificante e útil de usar o dinheiro que se tem a mais.

O site VOA Portugues noticiou no dia 17 de Junho, que a Sra Graça Machel está a oferecer bolsa de estudo de meio tempo ou tempo completo, para mestrado e doutorado a mulheres dos países da SADC (incluindo Angola).

Leia mais:
http://www.jovemmulher.com/bolsa-de-estudos-graca-machel-para-mestrado-e-doutorado-so-para-mulheres/

Corinthians publica vídeo emocionante sobre visita de refugiados à Arena

19 terça-feira abr 2016

Posted by auaguarani in Ambiente escolar, Cultura, Dica cultural, Educação, Educação Inclusiva, Educador, Experiências, Formação, História, Mundo, Sociedade

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ACNUR, afeganistão, Angola, arena corinthians, Cáritas Arquidiocesana de São Paulo, Centro de Referência do Refugiado, congo, democracia corinthiana, diversidade cultural, Filipinas, futebol, Guiné, Haiti, inclusão social, Iraque, Mali, Moçambique, Nigéria, ONU, refugiados, Somália, Time dos Povos

Corinthians publica vídeo emocionante sobre visita de refugiados à Arena

O Corinthians publicou um vídeo emocionante na manhã desta segunda-feira, em seu canal oficial no YouTube. Trata-se de um registro de pouco mais de três minutos sobre a ação social em prol dos refugiados feita no último sábado, durante a vitória de 4 a 0 do Timão sobre o Red Bull Brasil, na Arena, pelas quartas de final do Campeonato Paulista.

O vídeo mostra os cerca de 100 refugiados que participaram do projeto “Time do Povo” num ônibus a caminho da Arena, com crianças e adultos visivelmente ansiosos. Na sequência, são registradas as expressões e emoções dos ilustres visitantes já devidamente acomodados no setor Oeste do estádio.

Leia mais:
https://www.meutimao.com.br/noticia/209155/corinthians_publica_video_emocionante_sobre_visita_de_refugiados_a_arena

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Graça Machel inaugura universidade pan-africanista

17 quinta-feira mar 2016

Posted by auaguarani in Afrodescendentes e africanos no Brasil, Cultura, Educação, Educação Inclusiva, Educador, ENEM, Formação, História, Inovação, Mundo, Sociedade

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ALU, Angola, campus da African Leadership University, ex-ministra da Educação de Moçambique, financiamento do projeto, Gana, Graça Machel, Jordânia, líderes africanos, Maurícia, Nigéria, processo de selecção dos alunos, Quénia, sistemas de educação africanos, universidade pan-africanista

Graça Machel inaugura universidade pan-africanista

Nos próximos 50 anos, a instituição pretende formar 3 milhões de líderes africanos.

O primeiro campus da African Leadership University (ALU) está situado na Maurícia, arquipélago africano no Oceano Índico. A visão dos fundadores do projeto passa por construir 25 campus em todo o continente, introduzindo mudanças na forma de ensinar. Graça Machel, antiga ministra da Educação de Moçambique, será uma das figuras presentes na inauguração oficial, que vai decorrer amanhã, 17, em Port Louis.

Para além dos 25 campus universitários em todo o continente africano, o objetivo é integrar 10 mil alunos por unidade. Nos próximos 50 anos, a instituição pretende formar 3 milhões de líderes africanos. A ALU, no entanto, está aberta a estudantes de todo o mundo.

O primeiro campus da ALU já está em funcionamento na Maurícia, onde neste momento estudam 180 alunos. São provenientes da Nigéria, Gana e Quénia, na sua maioria, mas estão representados cerca de 30 países no total – dois são originários da Jordânia. Angola tem seis estudantes na ALU.

Leia mais:
http://www.redeangola.info/graca-machel-inaugura-universidade-pan-africanista/#.VumTTT2KVps.facebook

A chama plural

29 sexta-feira jan 2016

Posted by auaguarani in Cultura, Dica cultural, Educação, Educação Inclusiva, Educador, ENEM, Formação, História, Idiomas, Língua Portuguesa, Leitura, Mundo, Profissão, Sociedade

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Angola, António Ferreira, arábica língua, Baltazar Lopes, Barros, Camões, Castro Alves, cultura, Fernando Pessoa, Fernão de Oliveira, Fernão Lopes, Gil Vicente, Guimarães Rosa, idiomas, José Craveirinha, língua portuguesa, literatura, machado de assis, Moçambique, Timor-Leste, Vieira

A chama plural

Por Eduardo Lourenço

Não se pode dizer de língua alguma que ela é uma invenção do povo que a fala. O contrário seria mais exacto. É ela que nos inventa. A língua portuguesa é menos a língua que os portugueses falam, que a voz que fala os portugueses. Enquanto realidade presente ela é ao mesmo tempo histórica, contingente, herdada, em permanente transformação e trans-histórica, praticamente intemporal. Se a escutássemos bem ouviríamos nela os rumores originais da longínqua fonte sânscrita, os mais próximos da Grécia e os familiares de Roma. Juntemos-lhe algumas vozes bárbaras das muitas que assolaram a antiga Lusitânia romanizada, uns pós de arábica língua, que espanta não tenham sido mais densos, e teremos o que chamámos, com apaixonada expressão, o “tesouro do Luso”.

Na nossa Idade Média o estatuto da língua era, como o das outras falas cristãs, um “falar” sem transcendência particular. Com o Renascimento, abertura sobre o universal segundo o modelo greco-latino, paradoxalmente, os “falares” europeus tornam-se “língua”, e a língua, signo privilegiado de identidade. Nascem os discursos hagiográficos da língua nacional, da bela língua italiana para Bembo, da altiva fala castelhana para Nebrija, da polida língua francesa para Du Bellay, da nossa nobre e suave língua portuguesa para Fernão de Oliveira, Barros, António Ferreira que a converte em objecto de culto e de orgulho. Diz-me que língua falas, dir-te-ei o estatuto que tens. Nenhum destes endeusamentos ou apologias da dignidade das línguas nacionais é inocente. Fazem parte do processo histórico em que culmina o sentimento nacional.

Descobre-se que a língua não é um instrumento neutro, um contingente meio de comunicação entre os homens, mas a expressão da sua diferença. Mais do que um património, a língua é uma realidade onde o sentimento e a consciência nacional se fazem “pátria”.

Leia mais:
http://observalinguaportuguesa.org/a-chama-plural/

Dicionário de Angolano

27 quarta-feira jan 2016

Posted by auaguarani in Afrodescendentes e africanos no Brasil, Cultura, Dica cultural, Educação, Educação Inclusiva, Educador, ENEM, Formação, História, Idiomas, Língua Portuguesa, Leitura, Mundo, Profissão, Sociedade

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Angola, bué, caxexe, cultura africana, dialetos, ganguela, ganza, kikongo, kimbundu, língua portuguesa, malembe, matabicho, mataco, mbenda, mboa, ocipama, pitéu, pito, tribos, umbundu, zongola

Dicionário de Angolano

 

Mesmo morando nas ruas, refugiado angolano supera dificuldades e se forma na USP

23 sábado jan 2016

Posted by auaguarani in Afrodescendentes e africanos no Brasil, Cultura, Educação, Educação Inclusiva, Educador, ENEM, Experiências, História, Mundo, Sociedade

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Angola, áfrica, guerra, morador de rua, refugiados, USP

Mesmo morando nas ruas, refugiado angolano supera dificuldades e se forma na USP

Crispim fugiu da guerra na Angola para tentar uma vida melhor no Brasil; sem dinheiro, ele passou a morar nas ruas de São Paulo mas, apesar das dificuldades, ele conseguiu se formar na Universidade de São Paulo e virou um exemplo de superação. Acompanhe.

Leia mais:
http://entretenimento.r7.com/hoje-em-dia/videos/mesmo-morando-nas-ruas-refugiado-angolano-supera-dificuldades-e-se-forma-na-usp-22012016

Palavras de origem africana no vocabulário brasileiro

25 sábado jul 2015

Posted by auaguarani in Afrodescendentes e africanos no Brasil, Cultura, ECA, Educação, Educação Inclusiva, Educador, ENEM, Formação, História, Idiomas, Língua Portuguesa, Leitura, Mundo, Profissão, Sociedade

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africanos, Angola, Cabo Verde, escravizados, Guiné Bissau, Guiné-Equatorial, lusofonia, Moçambique, Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, palop, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste, tráfico negreiro

Palavras de origem africana no vocabulário brasileiro

Afora o Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Guiné-Equatorial, que adotou o idioma como oficial recentemente. Timor-Leste é o único a ter o Português como língua oficial na Ásia. Nossos irmãos africanos fazem parte do PALOP, acrônimo que significa justamente Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa. Tudo obra de Portugal, responsável por essa bagunça chamada lusofonia (o conjunto dos países que possuem Português como língua oficial) que acabou dando seu jeito de seguir caminho. Mas, diferente do Brasil, onde línguas nativas ficaram restritas a suas tribos indígenas, nos países euro-colonizados da África, ainda se falam línguas nativas (nagô, ioruba, quicongo, umbundo e quimbundo). Só pra constar.

Rolou uma marmota por parte dos invasores que misturavam africanos de diversos países e culturas (sim, porque África é um extenso continente com 54 países culturalmente diversificados e não um país restrito de miséria como a grande mídia te acostumou a ver) com intenções de que com a confusão cultural, eles não pudessem se unir entre si para se rebelar. Até certo ponto, rolava, como ainda acontece, de haver desunião entre as classes menos abastadas da sociedade, mas isso não significou a morte por abandono dessas línguas. Ao contrário, a partir dali, surgiria uma cultura praticamente nova com os elementos que sobreviveram ao tráfico negreiro. Muita coisa de nossa cultura vem de África e dos africanos que foram seqüestrados para cá (dos quais descendemos em maioria, já que no auge do crime da escravidão, a população negra era, como se manteve, maioria).

Leia mais:
https://raizdosambaemfoco.wordpress.com/2015/07/17/palavras-de-origem-africana-no-vocabulario-brasileiro/

“Estou a aprender 
a escrever 
para os mais novos”

07 quarta-feira jan 2015

Posted by auaguarani in Afrodescendentes e africanos no Brasil, Cultura, Dica cultural, ECA, Educação, Educador, Formação, Língua Portuguesa, Leitura, Mundo, Sociedade

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Angola, brasil, infanto-juvenil, Ondjaki, Prêmio Jabuti

“Estou a aprender 
a escrever 
para os mais novos”

Vencedor do Jabuti em 2010, Ondjaki 
fala sobre o processo de escrever 
para crianças, seus tempos de escola 
e as relações entre Brasil e Angola

Por Thais Paiva – Revista Carta Fundamental

Carta Fundamental: Como é o processo de escrever para o público infanto-juvenil?
Ondjaki: Acho que são as estórias que ditam o rumo e os objetivos de cada livro. Nunca sei bem, na altura de começar, a quem me dirijo. Nem sei se isso é importante. Se um livro servir a todos os públicos e a várias idades, então fico muito satisfeito. Nem sempre é possível. Para mim, por vezes, quando escrevo para crianças muito pequenas, tento adaptar um pouco a linguagem às crianças, mas nem sei se isso é boa ideia. Ainda estou a aprender a escrever para os mais novos. Escuto-os, falo com eles, gosto muito de ouvir as crianças. Portanto também escrevo alguns livros infantis para poder estar com as crianças ou mais perto delas. Faz sempre bem aos adultos estarem perto de crianças. É com elas que bebemos doses mais puras de futuro.

CF: De onde vem essa imagem protagonista da criança?
O: Vem da necessidade literária de contar uma estória. Descobri esse “jovem narrador” pela primeira vez no livro “Bom dia camaradas”, e de vez em quando sou visitado por ele. Não é um narrador totalmente isento, pois traz na sua voz algumas convicções, alguma pureza, alguma inocência mas também um olhar atento e certeiro. É um olhar magnífico que serve para contar estórias de um modo que só aquela idade permite. Será, talvez, um falso olhar, como todo e qualquer olhar puramente ficcional.

Leia mais:
http://www.cartafundamental.com.br/single/show/350/-estou-a-aprender-a-escrever-para-os-mais-novos-

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