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~ compilação de notícias relacionadas à educação

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Arquivos da Tag: Michel Foucault

Zygmunt Bauman e a escola

09 segunda-feira jan 2017

Posted by auaguarani in Cultura, Educação, Educador, ENEM, Entrevista, Formação, História, Mundo, Profissão, Sociedade

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a pós-modernidade e os intelectuais, A Sociedade Individualizada, Amalfi, comunidade, consumo, crítica da modernidade, crise da modernidade na atualidade, déspotas ilustrados, distopias, educação escolarizada, escola, fragilidade dos laços humanos, globalização, identidade, instituição funcional, integração social, Legisladores e intérpretes: Sobre a modernidade, metáfora da liquidez, Michel Foucault, Modernidade e Holocausto, moral, pós-modernidade, produto, professorado, refugiados, utopias, Zygmunt Bauman

Bauman vê na escola um reflexo de uma sociedade administrada

Bauman vê na escola um reflexo de uma sociedade administrada

Zygmunt Bauman e a escola

Ao problematizar a crise da modernidade na atualidade, o sociólogo polonês expõe como a escola cresceu de modo diferente do mundo para o qual deveria educar

Apesar da profícua produção intelectual e da atuação na vida pública desde os anos 1950, Zygmunt Bauman somente ganhou notoriedade no cenário sociológico mundial no fim dos anos 1980. No Brasil, seu reconhecimento é ainda mais tardio, fazendo-se aqui notar somente no final dos 1990.

Desde a repentina proliferação de seus escritos no País, o ecletismo característico de sua escrita sociológica tem despertado a atenção de muitos pesquisadores e do público “não profissional”. Apesar de ter se transformado numa espécie de best seller do mercado brasileiro, não houve, por outra via, um crescimento de investigações de maior fôlego de sua obra no País, ao contrário do que acontece no âmbito internacional.

Alguns estudiosos do sociólogo costumam dividir sua obra em três fases: a primeira, marxista, situa-se nos anos 1960 e 1970, quando as discussões sobre o capitalismo e o socialismo orientam suas análises. Nos anos 1980, dedica-se a uma crítica da modernidade e suas utopias/distopias (fase modernista), o que acabou o levando, por um lado, à aproximação com perspectivas que são interpretadas como pós-modernas e, por outro, desencadeou nele um interesse cada vez maior pela discussão sobre o tema da moral.

…Não é de se estranhar, portanto, que Bauman, naquele livro, tenha concebido a educação escolarizada como o conceito e a prática de uma sociedade amplamente administrada. Em um texto mais recente, publicado em A Sociedade Individualizada, o pensador retoma essa interpretação da educação escolarizada como fábrica da ordem, destinada à produção de corpos dóceis, disciplinados e eficientes, e a analisa levando em conta a “transição” da modernidade sólida à líquida (passagem outrora caracterizada pela oposição entre modernidade e pós-modernidade). A conclusão a que chega, pressuposta, porém não explicitada, em Legisladores, é que essa concepção da escola e da educação enfrenta uma grande crise desencadeada pela “falência” das instituições e da “filosofia” herdada da modernidade sólida.

A educação como um produto
Na segunda forma de o sociólogo abordar a educação em seus textos, o autor desenvolve a tese de que, concebida para um mundo ordenado, em que tudo o que estava sólido se desmanchava no ar sob a promessa de estruturas ainda mais duráveis do que as que caíam em ruínas, a forma escolar moderno-sólida tinha em seu horizonte perspectivas de longa duração, baseadas em um processo educativo que, indiferente à novidade, ao acaso e à desordem, visava alimentar os aprendizes com uma educação para toda a vida. Nesse contexto, o conhecimento adquiria valor proporcional à sua duração e a escola tinha qualidade na medida em que fornecia esse saber de valor duradouro, bem adaptado, portanto, ao mundo sólido.

A educação escolarizada foi, assim, visualizada como uma atividade voltada para a entrega de um produto que poderia ser consumido hoje e sempre. Bauman compreende que, com a passagem da modernidade sólida à líquida, tanto a ordem imutável do mundo como a da “natureza humana” se encontram em apuros. Eram esses pressupostos que garantiam os benefícios da transmissão do conhecimento aos alunos e forneciam ao professor autoconfiança para “gravar” na cabeça daqueles a forma que presumia ser, para todo sempre, justa, bela e boa – e, por isso, virtuosa e nobre. Aprendemos com seu diagnóstico que esse tipo de ordem social imutável é tudo o que não temos na sociedade que fez da liquidez seu paradigma. Para o sociólogo, o “mundo do lado de fora” das escolas cresceu de modo diferente daquele para o qual elas estavam preparadas a educar nossos alunos. Em tais circunstâncias, preparar para toda a vida vai adquirir um novo significado diante das atuais circunstâncias sociais. Ou, no mínimo, certa descrença em relação ao seu potencial aplicativo.

Leia mais:
http://www.cartaeducacao.com.br/artigo/zygmunt-bauman-e-a-escola/

As Vênus negras

17 terça-feira maio 2016

Posted by auaguarani in Afrodescendentes e africanos no Brasil, Cultura, ECA, Educação, Educação Inclusiva, Educador, ENEM, Formação, História, Mundo, Preconceito, Profissão, Sociedade

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Alberto de Castro Simões da Silva, Amanda Braga, Baartman, beleza negra, Bororó, características físicas, circos, colonialismo científico, concurso Boneca de Pixe, construções históricas, Deise Nunes, elite branca, escrava doméstica, escrava sexual, esteatopigia, estereótipos, etnia Khoisan, feiras, holandeses, identidade africana, memória, Michel Foucault, miscigenação, Miss Brasil, Movimento Negro Unificado, mulata, mulher afrodescendente, nacionalismo negro, Nelson Mandela, pequena Sara, povo Hotentote, ressignificação, Saartjie, Saartjie Baartman, sociedade escravocrata, superioridade da raça branca, teatros, tempo histórico, teorias eugenistas, Vênus Hotentote

38f2220b-0fab-4e1a-bb0b-4b1adf075debA “pequena Sara” nasceu na África do Sul em 1789

A “pequena Sara” nasceu na África do Sul em 1789

Entrevista – Amanda Braga

As Vênus negras

Em livro, pesquisadora da Universidade Federal da Paraíba disseca o discurso que envolve a beleza negra

Saartjie, “pequena Sara”, nasceu na África do Sul em 1789. Nunca se soube seu nome de batismo. Com 1,35 de altura e pertencente à etnia Khoisan, considerada a mais antiga estabelecida na parte meridional da África, aos 10 anos ela foi adotada por uma família de agricultores holandeses, os Baartman, de quem herdou o sobrenome e uma vida de servidão e crueldade.

Saartjie pertencia ao povo Hotentote, cujas características físicas tornaram-na objeto de exibição em circos, feiras, teatros ou onde houvesse um bando de curiosos ávidos por conhecer uma “selvagem”. Como outros representantes de seu povo, Saartjie tinha lábios vaginais hipertrofiados e acúmulo de gordura nas nádegas. A Vênus Hotentote, como passou à posteridade, era exibida nua numa jaula, acorrentada para acentuar seu suposto caráter animalesco.

No recém-lançado História da Beleza Negra no Brasil – Discursos, Corpos e Práticas (Edufscar), Amanda Braga, professora do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da Universidade Federal da Paraíba, analisa o discurso que envolve a questão da beleza negra (desenvolvida em capítulos como Beleza Castigada, Beleza Moral e Beleza Multiplicada), dos primórdios da formação do País até os dias atuais.

CartaCapital: De que modo Saartjie Baartman representa a visão que a sociedade escravocrata tinha em relação aos negros?

Amanda Braga: Saartjie é um grande ícone da ferocidade do colonialismo científico. No decorrer de todo o século XIX, assistiu-se à exibição de africanos em feiras, teatros, circos, exposições. Aos olhos curiosos, além dos truques que faziam, por exemplo, corpos decapitados falarem, estavam expostas também as tantas “deformações” humanas: crianças unidas pelo mesmo tronco, homem-elefante, mulher-barbada, criança microcéfala, espécies monstruosas armazenadas em frascos de vidro, anões, indígenas, orientais. Falava-se em um zoo humano.

Leia mais:
http://www.cartacapital.com.br/cultura/as-venus-negras-5562.html

Foucault continua mudando o mundo

18 segunda-feira jan 2016

Posted by auaguarani in Cultura, Dica cultural, Educação, Educação Inclusiva, Educador, ENEM, Formação, Gênero, História, Leitura, Mundo, Profissão, Sociedade

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Biblioteca Nacional da França, Freud, Gallimard La Pléiade, George Bataille, História da loucura, La Pléiade, Lacan, L’École des Hautes Études en Sciences Sociales, leitura, literatura universal, Maurice Merleau-Ponty, mecanismos do poder, Michel Foucault, Nietzsche, sexualidade

Foucault continua mudando o mundo

A chegada de suas obras à Biblioteca Nacional da França anuncia a publicação de novos textos do filósofo

Em 2 de março de 1954 realizou-se o que foi chamado de carnaval de loucos no manicômio de Münsterlingen, na Suíça alemã. Este costume esquecido, que tem suas raízes na Idade Média, consistia em disfarçar os internos com máscaras e levá-los a passear pela cidade. É algo que pode parecer inconcebível na atualidade, mas que nos anos cinquenta ainda perdurava em diferentes locais da Europa. No entanto, aquele espetáculo mudaria por completo a história da filosofia no Ocidente devido à profunda impressão que causou em um graduado em Psicologia que assistiu ao desfile a convite dos médicos. Chamava-se Michel Foucault (Poitiers, 1926 – Paris, 1984). Mesmo depois de 30 anos de sua morte, sua influência continua enorme. Suas obras passaram a integrar em novembro a prestigiosa coleção da Gallimard La Pléiade, considerada o panteão da literatura universal, publicada pelas edições de L’École des Hautes Études en Sciences Sociales, revelando as origens de uma de suas obras mais importantes e citadas, História da loucura.

O fato de os arquivos de Foucault terem sido depositados na Biblioteca Nacional da França recentemente e, portanto, estarem disponíveis para análise e consulta pelos especialistas anuncia que se abre uma nova fase de publicação de inéditos do pensador francês. Apesar de extremamente influente pela forma como desmontou e revelou os mecanismos do poder e expôs uma visão diferente tanto das prisões como dos hospitais psiquiátricos e da sexualidade, a obra de Foucault não é muito volumosa. Os dois tomos em papel bíblia de La Pléiade reúnem seus livros, exceto Maladie mentale et personalité (não traduzido para o português), considerado mais um manual para seus alunos, e o último tomo da História da sexualidade, que seus editores na Gallimard garantem que não estava totalmente acabado quando o pensador morreu em 1984.

Leia mais:
http://brasil.elpais.com/brasil/2016/01/14/cultura/1452771353_195413.html

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