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Arquivos da Tag: memória

Ivo Herzog: “O Brasil insiste em virar a página da ditadura mas sem escrevê-la antes”

25 sexta-feira maio 2018

Posted by auaguarani in Ditadura cívico-militar brasileira, Educação, Educação Inclusiva, Educador, Formação, História, Mercosul, Mundo, Sociedade

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DITADURA MILITAR BRASILEIRA

Ivo Herzog: “O Brasil insiste em virar a página da ditadura mas sem escrevê-la antes”

O filho do jornalista Vladimir Herzog, morto por militares, diz que o relatório da CIA que revelou a anuência da cúpula com assassinatos mostra que não existiam “porões”, mas “palácios da ditadura”

A família do jornalista Vladimir Herzog, assassinado pela ditadura militar em outubro de 1975, foi obrigada a conviver, por 38 anos, com uma mentira oficial humilhante que só viria a ser corrigida em 2013. Foi somente em março daquele ano que a viúva Clarice Herzog, e os filhos Ivo e André receberam a certidão de óbito corrigida com a verdadeira causa da morte do pai: lesões e maus-tratos sofridos durante interrogatório nas dependências do segundo Exército DOI-CODI, em São Paulo, onde ocorreram as principais execuções da ditadura. Na certidão anterior, a versão maquiada pelo Governo militar sugeria o suicídio, ou “enforcamento por asfixia mecânica”. Era apenas mais uma mentira diabólica que a ditadura militar (1964-1985) produziu e amarrou de modo a manter uma versão fantasiosa sobre esse período da história brasileira.

O caso de Herzog, no entanto, é apenas uma peça de um quebra-cabeça que parece, agora, ainda mais incompleto, diante do recente relatório da CIA que veio a público há poucos dias. O documento, revelado pelo Bureau of Public Affairs do Departamento de Estado dos Estados Unidos, revelou que o general Ernesto Geisel, o quarto presidente militar da ditadura, que assumiu em 1974, endossava a execução de “subversivos” pelo regime. Até então, a história brasileira retratava o general, que governou até 1979, como a figura decisiva para a abertura do país à democracia, e que integrava a ala ponderada do regime, um contraponto à ala radical dos militares que defendiam matar seus opositores. Os novos documentos, porém, revelam que Geisel não era tão moderado como se acreditava. Ao contrário, ele tomou a decisão, em abril de 1974, de manter essa política de execuções no seu Governo, ainda que com alguma ressalva.

Pergunta. Você, como filho de um personagem icônico dessa passagem da história do Brasil, como recebeu o relatório da CIA que veio à tona?
Resposta. Esses documentos derrubam a tese que a gente viveu, eu pelo menos vivi, durante muitos e muitos anos. A gente achava que o Ernesto Geisel não era a pessoa a quem tínhamos de focar nossos olhos, nossas raivas. E os documentos mostram que sim, ele fazia parte de um grupo, não sei se o mais ou menos radical. Mas isso agora é irrelevante. O fato é que ele era conivente com as torturas e com os assassinatos. Ele tinha conhecimento do que estava acontecendo, e dava o aval da presidência. Esse documento sepulta esse termo “porões da ditadura”, que surgiu há 30 ou 40 anos. Não existem porões, existem os palácios da ditadura. Os processos da ditadura começam nos palácios dos governos.

Leia mais:
https://brasil.elpais.com/brasil/2018/05/21/politica/1526935775_966311.html

Ciência se aproxima da criação de mentes sem lembranças

20 sexta-feira abr 2018

Posted by auaguarani in Ciência, Mundo, Sociedade, Tecnologias

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Ciência se aproxima da criação de mentes sem lembranças

Pesquisas apontam que é possível apagar memórias armazenadas em um neurônio sem afetar outras

A memória se parece bem pouco com um sistema de gravação que registra fielmente o que aconteceu conosco. Como vários estudos já demonstraram, ela é uma reconstituição daquilo que vivemos, mas adaptada para servir da melhor maneira possível à nossa sobrevivência. Isso ajuda a entender também por que algumas recordações se fixam em nosso cérebro enquanto outras desaparecem. Os acontecimentos menos frequentes costumam ficar mais bem guardados, assim como aqueles associados a emoções intensas. Juntamente com essas lembranças aparentemente mais relevantes, costumam ficar armazenadas outras a elas associadas.

Se uma pessoa se vê prestes a morrer em uma floresta devorada por um urso, além da própria lembrança do encontro com o animal ela terá recordações aparentemente irrelevantes daquilo que aconteceu antes de chegar ali, pois nelas poderá haver sinais que a ajude no futuro a prever que está prestes a se colocar em perigo novamente. Essa forma de memorização já é utilizada em algumas técnicas de ensino, que procuram introduzir nas aulas elementos emotivos ou surpreendentes que sirvam como gancho em torno do qual podem se fixar na memória conteúdos que normalmente desaparecem em meio à rotina cotidiana.

Leia mais:
https://brasil.elpais.com/brasil/2017/06/24/ciencia/1498324388_962431.html

“O racismo é uma problemática branca”, diz Grada Kilomba

20 segunda-feira nov 2017

Posted by auaguarani in Afrodescendentes e africanos no Brasil, Bullying, Cultura, Dica cultural, ECA, Educação, Educação Inclusiva, Educador, Formação, História, Mundo, Preconceito, Profissão, Sociedade, Violência

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Feminismo Negro

“O racismo é uma problemática branca”, diz Grada Kilomba

A artista interdisciplinar portuguesa aborda questões como gênero, memória e racismo

A convite do Instituto Goethe, Grada Kilomba fez intervenções em São Paulo dentro do evento “Massa Revoltante”. A escritora, performer e professora da Universidade Humboldt de Berlim realizou a palestra performance “Descolonizando o conhecimento”

Com origens nas ilhas São Tomé e Príncipe e Angola, a artista interdisciplinar portuguesa Grada Kilomba trabalha com os temas de gênero, raça, trauma e memória. Autora de Plantations Memories – Episodes of everyday racism, acaba de lançar sua mais nova obra chamada Performing Knowledge.

…As pessoas brancas não se vêem como brancas, se vêem como pessoas. E é exatamente essa equação, “sou branca e por isso sou uma pessoa” e esse ser pessoa é a norma, que mantém a estrutura colonial e o racismo. E essa centralidade do homem branco não é marcada…

Leia mais:
https://www.cartacapital.com.br/politica/201co-racismo-e-uma-problematica-branca201d-uma-conversa-com-grada-kilomba

As regras de ouro para manter amigos de infância

22 domingo out 2017

Posted by auaguarani in Ambiente escolar, Cultura, Educação, Educador, Experiências, Profissão, Publicações, Sociedade

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amigos, amizade infantil, cultura, etapa positiva vida, infância, inteligência emocional, lembrança, maturidade, memória, mitificação, passado, psicologia, recreio, redes sociais, vida de adulto

As regras de ouro para manter amigos de infância

As redes sociais podem nos ajudar a manter contato com aqueles amigos de longa data, mas antes devemos analisar se vale a pena

Lembra com carinho das festas de pijama que tiveram, as brincadeiras no recreio, os aniversários, as confidências em voz baixa. Mas quando se encontra com esse amigo ou amiga de infância seu primeiro impulso é sair em disparada.

A força da lembrança – e dos séculos de cultura mitificando as relações de amizade infantis – faz com que no lugar de cortar pela raiz ficamos diante daquele ex-colega pronunciando com culpa vaguezas como “precisamos nos ver” e “eu te ligo”.

…Aquelas amizades eram mesmo tão puras? O estudo Good Friendships among Children: A Theoretical and Empirical Investigation afirma que a partir dos quatro anos as crianças escolhem seus amigos por sua disponibilidade para dividir, ser honestos e ajudar. Ou seja, por sua capacidade de agir sem egoísmo quando se trata de procurar o bem-estar alheio.

Leia mais:
https://brasil.elpais.com/brasil/2017/10/17/estilo/1508239929_893107.html

Neurociência quer mudar jeito de assistir aula: “Hoje, atividade cerebral é baixíssima”

21 sexta-feira jul 2017

Posted by auaguarani in Ambiente escolar, Ciência, Cultura, Educação, Educação Inclusiva, Educador, Experiências, Formação, História, Inovação, Mundo, Profissão, Sociedade, Tecnologias

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Neurociência quer mudar jeito de assistir aula: “Hoje, atividade cerebral é baixíssima”

O atual modelo de aula expositiva não é o suficiente para fazer os alunos aprenderem. E quem diz isso é, nada mais, nada menos, que os estudos mais complexos realizados pela neurociência. Foi constatado que um estudante em sala de aula apresenta atividade cerebral baixíssima, a mesma que ocorre ao assistir televisão em casa.

Existem diversos ramos da ciência que buscam maneiras de potencializar o aprendizado, que está, de maneira geral, muito abaixo do esperado. Um deles tem como objetivo ajustar o que é ensinado nas escolas ao local onde tudo isso será processado, ou seja, o cérebro.

Leia mais:
http://www.vix.com/pt/ciencia/545476/neurociencia-quer-mudar-jeito-de-assistir-aula-hoje-atividade-cerebral-e-baixissima?utm_source=facebook&utm_medium=manual&utm_campaign=VixExplore

Elie Wiesel, o rosto da memória do Holocausto

04 segunda-feira jul 2016

Posted by auaguarani in Educação, Educação Inclusiva, Educador, ENEM, História, Mundo, Sociedade, Violência

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Elie Wiesel, em 2015. GARY CAMERON (REUTERS)

Elie Wiesel, em 2015. GARY CAMERON (REUTERS)

Elie Wiesel, o rosto da memória do Holocausto

O escritor, sobrevivente dos campos de concentração e prêmio Nobel da Paz, faleceu aos 87 anos

Elie Wiesel, uma das vozes mais importantes da memória do Holocausto e da defesa dos direitos humanos, faleceu neste sábado em sua residência em Nova York aos 87 anos de idade. Sua morte foi anunciada pelo Museu do Holocausto de Jerusalém, Yad Vashem. Sobrevivente dos campos de extermínio de Auschwitz e Buchenwald, Wiesel recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1986.

Em trecho de seu discurso de recepção do Nobel, Wiesel afirma: “Eu me lembro: foi ontem, ou há uma eternidade. Um menino judeu descobriu o Reino da Noite. Lembro de seu desconcerto, lembro de sua angústia. Foi tudo tão rápido. O gueto. A deportação. O vagão de gado fechado. O altar em chamas onde a história do nosso povo e o futuro da humanidade seriam sacrificados. Lembro que ele perguntou ao seu pai: ‘Isso é mesmo verdade? Isto é o século XX, não a Idade Média. Quem consegue autorizar que crimes como estes sejam cometidos? Como pode o mundo permanecer em silêncio? ‘. E esse menino agora se volta para mim e pergunta: ‘O que você fez com o meu futuro? O que você fez com a sua vida?’. E eu respondo que tentei. Tentei manter a memória viva, tentei lutar contra aqueles que esquecem. Porque, se esquecemos, somos responsáveis, somos cúmplices”.

Leia mais:
http://brasil.elpais.com/brasil/2016/07/02/internacional/1467489624_895536.html

George Steiner: “Estamos matando os sonhos de nossos filhos”

04 segunda-feira jul 2016

Posted by auaguarani in Ciência, Cultura, Dica cultural, ECA, Educação, Educação Inclusiva, Educador, ENEM, Entrevista, Formação, História, Mundo, Profissão, Sociedade

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Filosofia

George Steiner: “Estamos matando os sonhos de nossos filhos”

Aos 88 anos, o filósofo e ensaísta denuncia que a má educação ameaça o futuro dos jovens

Primeiro foi um fax. Ninguém respondeu à arqueológica tentativa. Depois, uma carta postal (sim, aquelas relíquias que consistem em um papel escrito colocado em um envelope). “Não responderá, está doente”, avisou alguém que lhe conhece bem. Poucos dias depois, chegou a resposta. Carta por avião com o selo do Royal Mail e o perfil da Rainha da Inglaterra. No cabeçalho, estava escrito: Churchill College. Cambridge.

O breve texto dizia assim:
“Prezado senhor,
O ano 88 e uma saúde incerta. Mas sua visita seria uma honra. Com meus melhores votos. George Steiner.”

Dois meses depois, o velho professor havia dito “sim”, colocando um término provisório à sua proverbial aversão às entrevistas.

O professor de literatura comparada, o leitor de latim e grego, a eminência de Princeton, Stanford, Genebra e Cambridge; o filho de judeus vienenses que fugiram dos nazistas, primeiro a Paris e, em seguida, a Nova York; o filósofo das coisas do ontem, do hoje e do amanhã; o Prêmio Príncipe de Astúrias de Comunicação e Humanidades em 2001; o polemista e mitólogo poliglota e autor de livros vitais do pensamento moderno, da história e da semiótica, como Errata — Revisões de Uma Vida, Nostalgia do Absoluto, A Ideia de Europa, Tolstoi ou Dostoievski ou A Poesia do Pensamento, abriu as portas de sua linda casinha de Barrow Road.

O pretexto: os dois livros que a editora Siruela publicou recentemente em espanhol. De um lado, Fragmentos, um minúsculo, ainda que denso compêndio de algumas das questões que obcecam o autor, como a morte e a eutanásia, a amizade e o amor, a religião e seus perigos, o poder do dinheiro ou as difusas fronteiras entre o bem e o mal. De outro, Un Largo Sábado, um inebriante livro de conversas entre Steiner e a jornalista e filóloga francesa Laure Adler.

É Aristóteles quem diz: “Se você não quer entrar na política, na ágora pública, e prefere ficar em sua vida privada, então não venha se queixar depois de que são os bandidos que governam.

Leia mais:
http://brasil.elpais.com/brasil/2016/06/29/cultura/1467214901_163889.html

As Vênus negras

17 terça-feira maio 2016

Posted by auaguarani in Afrodescendentes e africanos no Brasil, Cultura, ECA, Educação, Educação Inclusiva, Educador, ENEM, Formação, História, Mundo, Preconceito, Profissão, Sociedade

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Alberto de Castro Simões da Silva, Amanda Braga, Baartman, beleza negra, Bororó, características físicas, circos, colonialismo científico, concurso Boneca de Pixe, construções históricas, Deise Nunes, elite branca, escrava doméstica, escrava sexual, esteatopigia, estereótipos, etnia Khoisan, feiras, holandeses, identidade africana, memória, Michel Foucault, miscigenação, Miss Brasil, Movimento Negro Unificado, mulata, mulher afrodescendente, nacionalismo negro, Nelson Mandela, pequena Sara, povo Hotentote, ressignificação, Saartjie, Saartjie Baartman, sociedade escravocrata, superioridade da raça branca, teatros, tempo histórico, teorias eugenistas, Vênus Hotentote

38f2220b-0fab-4e1a-bb0b-4b1adf075debA “pequena Sara” nasceu na África do Sul em 1789

A “pequena Sara” nasceu na África do Sul em 1789

Entrevista – Amanda Braga

As Vênus negras

Em livro, pesquisadora da Universidade Federal da Paraíba disseca o discurso que envolve a beleza negra

Saartjie, “pequena Sara”, nasceu na África do Sul em 1789. Nunca se soube seu nome de batismo. Com 1,35 de altura e pertencente à etnia Khoisan, considerada a mais antiga estabelecida na parte meridional da África, aos 10 anos ela foi adotada por uma família de agricultores holandeses, os Baartman, de quem herdou o sobrenome e uma vida de servidão e crueldade.

Saartjie pertencia ao povo Hotentote, cujas características físicas tornaram-na objeto de exibição em circos, feiras, teatros ou onde houvesse um bando de curiosos ávidos por conhecer uma “selvagem”. Como outros representantes de seu povo, Saartjie tinha lábios vaginais hipertrofiados e acúmulo de gordura nas nádegas. A Vênus Hotentote, como passou à posteridade, era exibida nua numa jaula, acorrentada para acentuar seu suposto caráter animalesco.

No recém-lançado História da Beleza Negra no Brasil – Discursos, Corpos e Práticas (Edufscar), Amanda Braga, professora do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da Universidade Federal da Paraíba, analisa o discurso que envolve a questão da beleza negra (desenvolvida em capítulos como Beleza Castigada, Beleza Moral e Beleza Multiplicada), dos primórdios da formação do País até os dias atuais.

CartaCapital: De que modo Saartjie Baartman representa a visão que a sociedade escravocrata tinha em relação aos negros?

Amanda Braga: Saartjie é um grande ícone da ferocidade do colonialismo científico. No decorrer de todo o século XIX, assistiu-se à exibição de africanos em feiras, teatros, circos, exposições. Aos olhos curiosos, além dos truques que faziam, por exemplo, corpos decapitados falarem, estavam expostas também as tantas “deformações” humanas: crianças unidas pelo mesmo tronco, homem-elefante, mulher-barbada, criança microcéfala, espécies monstruosas armazenadas em frascos de vidro, anões, indígenas, orientais. Falava-se em um zoo humano.

Leia mais:
http://www.cartacapital.com.br/cultura/as-venus-negras-5562.html

A poesia do cálculo

09 segunda-feira maio 2016

Posted by auaguarani in Ciência, Cultura, ECA, Educação, Educação Inclusiva, Educador, ENEM, Experiências, Formação, Inovação, Profissão, Sociedade

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adição, cálculo, Conte Aqui Que Eu Canto Lá, desenvolvimento do raciocínio, educadores, formação, geometria, linguagem algébrica, matemática, matemáticos, melodias, memória, memorizar, multiplicação, partitura musical, Poemas Problemas, poesia, Prêmio Jabuti, problemas matemáticos, raciocínio lógico, Renata Bueno, Rosane Pamplona, subtração, técnicas de cálculos, trovas, versos

A poesia do cálculo

Obras trabalham resolução de problemas 
por meio de versos e trovas

As várias propostas de ensino de Matemática enfatizam o desenvolvimento do raciocínio e recomendam explorar conexões entre a disciplina e outros conhecimentos. Entretanto, nas salas de aula, o treino maçante de técnicas de cálculos descontextualizadas é a atividade mais frequente. Embora o MEC e muitas secretarias de ensino insistam que Matemática não se reduz a “fazer contas”, essa mensagem ainda não alterou a prática de boa parte do professorado.

Os problemas matemáticos, exercícios fundamentais para o raciocínio, nem sempre estão presentes ou eles são tão estereotipados que não passam de nova roupagem para o treino de cálculo.

Não é fácil desenvolver a resolução de problemas em sala de aula. Nem sempre o livro didático atende a essa demanda e os professores, com suas difíceis condições de trabalho, não dispõem de tempo para selecionar problemas adequados. É preciso enfrentar ainda a barreira da linguagem nos problemas matemáticos. Poucos educadores são preparados nos cursos de formação para lidar com essas dificuldades.

Leia mais:
http://www.cartaeducacao.com.br/artigo/a-poesia-do-calculo/

Jornada do Patrimônio abre à visitação mais de 80 imóveis históricos em SP

07 segunda-feira dez 2015

Posted by auaguarani in Cultura, Dica cultural, Educação, Educação Inclusiva, Educador, ENEM, Experiências, Formação, História, Sociedade

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casarões históricos, cultura, história, memória, patrimônio histórico, são paulo

Jornada do Patrimônio abre à visitação mais de 80 imóveis históricos em SP

Todo terceiro fim de semana de setembro, ao menos 30 países europeus abrem as portas de seus edifícios e casarões históricos.

A iniciativa, que por lá já se tornou tradição, é organizada há três décadas pelo Conselho da Europa e da União Europeia, organizações governamentais. Neste ano, por exemplo, a população foi convidada a conhecer melhor sua herança industrial com passeios por estradas de ferro, pontes e canais.

Experiência semelhante chega a São Paulo pela primeira vez no próximo fim de semana, nos dias 12 e 13 de dezembro, quando acontece a Jornada do Patrimônio.

“A ideia é fazer com que as pessoas se sensibilizem para a história e a memória de São Paulo”, diz Nadia Somekh, diretora do DPH (Departamento do Patrimônio Histórico), que promove o evento em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura.

Leia mais:
http://m.folha.uol.com.br/saopaulo/2015/12/1715166-jornada-do-patrimonio-abre-a-visitacao-mais-de-80-imoveis-historicos-em-sp.shtml?mobile

Arquivo Histórico de São Paulo é ampliado e ganha nova sede

16 quinta-feira jul 2015

Posted by auaguarani in Cultura, Dica cultural, Educação, Educação Inclusiva, Educador, Formação, Idiomas, Língua Portuguesa, Leitura, Profissão, Sociedade

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arquivo, biblioteca, Biblioteca Flávio de Carvalho, cidade, documentação, memória, são paulo

Arquivo Histórico de São Paulo é ampliado e ganha nova sede

Novo prédio, chamado de Torre da Memória, possui oito pavimentos e é vizinho ao Edifício Ramos de Azevedo. No local funcionará também a Biblioteca Flávio de Carvalho

O Arquivo Histórico de São Paulo ganhou na manhã desta quarta-feira (15) uma nova sede, a Torre da Memória. Até então, os documentos com valor histórico produzidos ou adquiridos pela administração pública da capital estavam abrigados, em sua maioria, no prédio vizinho, o Edifício Ramos de Azevedo, localizado no Bom Retiro, zona central da cidade.

“Essa é uma conquista que a gente pode classificar como uma conquista de Estado e não uma atividade de governo. Essa é uma obrigação de todo gestor público, de investir parte do orçamento na recuperação da memória da cidade, sobretudo quando temos uma cidade tão apaixonante quanto São Paulo”, afirmou o prefeito Fernando Haddad, durante a inauguração no novo prédio.

Leia mais:
http://www.capital.sp.gov.br/portal/noticia/5823#ad-image-10

Tudo junto e misturado

26 domingo abr 2015

Posted by auaguarani in Afrodescendentes e africanos no Brasil, Cultura, Dica cultural, Educação, ENEM, História, Mercosul, Mundo, Povos indígenas, Sociedade

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alemão, armênio, Brás, cigano, comida típica, convivência, Ellis Island, história, imigração são paulo, imigrantes, japonês, lavouras de algodão, música, memória, paraguaio

Imagens da exposição 'Retratos imigrantes', em cartaz no museu.

Imagens da exposição ‘Retratos imigrantes’, em cartaz no museu.

Tudo junto e misturado

Construída por imigrantes, São Paulo promove a convivência entre as suas comunidades no Museu da Imigração e no Cine Imigrante

A imigração está no DNA de São Paulo e também é tema de um dos museus mais dinâmicos da cidade: o Museu da Imigração. Localizado na zona leste, em uma antiga hospedaria de imigrantes criada pelo governo do Estado para encaminhar trabalhadores às lavouras de algodão e café e depois às indústrias, o lugar costumava abrigar as pessoas que ajudaram a transformar a capital paulista e o país. De 1887 a 1978, período em que esteve ativa, a antiga hospedaria do Brás recebeu cerca de 2,5 milhões de pessoas de mais de 70 nacionalidades. Hoje, é um espaço dedicado à memória e à cultura desses viajantes, mantendo vivas suas histórias e seu estilo de vida.

Dona de um vasto acervo permanente que conta com depoimentos, fotos, documentos e jornais, o museu criado em 1993 era antes conhecido como Memorial do Imigrante. Foi reaberto em maio do ano passado, depois de uma grande restauração, com a missão de manter as boas relações com as comunidades tradicionais de imigrantes da cidade e de se aproximar também das novas. Além de uma exposição permanente, Migrar: experiências, memórias e identidades, que encara a migração como um fenômeno natural da sociedade, oferece diferentes mostras temporárias, como a atual Retratos imigrantes, composta por 50 fotografias das duas primeiras décadas do século XX – daqui e do Museu da Imigração de Ellis Island, em Nova York, estabelecendo um diálogo entre a realidade paulistana e a nova-iorquina.

Mas o mais bacana do lugar é que ele aposta na convivência e não se restringe às exibições. Lá acontece a Festa do Imigrante, que cuja 20a edição será nos dias 14, 20 e 21 de junho, com gastronomia, arte, música e dança típicas de diversas nacionalidades. Uma vez por mês, a partir de abril, há também oficinas gastronômicas que ensinam receitas típicas, oficinas de artesanato e workshops de dança. Aos finais de semana, acontece uma dobradinha de atividades educativas no sábado e outra no domingo. O próprio site do museu é uma rica fonte de conteúdo sobre imigração e conta com uma rádio imigrante, com estações de música alemã, armênia, japonesa, paraguaia e cigana – entre muitas outras.

Leia mais:
http://brasil.elpais.com/brasil/2015/04/24/cultura/1429882306_242432.html#cine

Livro reúne histórias de crianças presas, torturadas ou exiladas durante a ditadura no Brasil

11 terça-feira nov 2014

Posted by auaguarani in História, Leitura, Mundo, Sociedade, Violência

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comissão da verdade, ditadura, justiça, memória

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Livro reúne histórias de crianças presas, torturadas ou exiladas durante a ditadura no Brasil

Mariana Sanches, em O Globo

Os cabelos acastanhados desciam pelas costas estreitas até a cintura. Eram a expressão de vaidade da menina Zuleide Aparecida do Nascimento, de quatro anos. E uma das poucas coisas — além de uma boneca de plástico — que Zuleide supunha lhe pertencer quando foi presa por agentes da ditadura militar, em 1970. Talvez por isso a lembrança do corte de cabelo forçado que sofreu no Juizado de Menores seja uma das mais marcantes memórias de Zuleide.

Aquilo foi uma violência muito forte para mim.

Zuleide e os irmãos de 2, 6 e 9 anos foram “capturados” no Vale do Ribeira, onde sua família se engajara na luta armada contra o regime. Ali, Carlos Lamarca comandava quadros da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR). Quando o grupo foi preso, as crianças também o foram. Acabaram fotografadas (Zuleide, na imagem ao lado, já com o cabelo cortado), fichadas e tachadas como “miniterroristas” no temido Dops (Departamento de Ordem Política e Social). E foram banidas do Brasil. Ao lado de 40 presos políticos, embarcaram em um avião em direção à Argélia, e depois à Cuba, em uma negociação da esquerda com o governo militar que envolveu o sequestro do então embaixador alemão Ehrenfried von Holleben. O retorno de Zuleide ao Brasil só seria possível 16 anos mais tarde.

— Sou uma pessoa sem identidade. Fui alfabetizada em espanhol. Meus documentos foram cassados, nem sei que dia nasci. Me sinto mais cubana do que brasileira — diz.

Leia mais:
http://www.livrosepessoas.com/2014/11/09/livro-reune-historias-de-criancas-presas-torturadas-ou-exiladas-durante-a-ditadura-no-brasil/

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