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“A questão dos banheiros transgêneros vai além dos direitos civis, porque afeta a saúde”, diz médico Drauzio Varella
Em sua coluna deste sábado (25), no jornal “Folha de S. Paulo”, o médio Drauzio Varella defende que as pessoas trans usem os banheiros públicos de acordo com sua identidade sexual real e não a que consta no registro de nascimento. E usa para isso, além dos argumentos em favor dos direitos civis, motivos que afetam a saúde dessa população ao interferirem em funções fisiológicas, somadas às psicológicas. Leia o artigo na íntegra:
Banheiros transgêneros
Volta e meia surgem notícias de que uma travesti criou caso para ter acesso ao banheiro feminino, contra a revolta dos circunstantes.
Isso não acontece apenas aqui. Países em que o nível educacional da população é mais elevado convivem com o mesmo problema.
Nos Estados Unidos, estados como a Carolina do Norte aprovaram leis para exigir que os usuários de banheiros públicos se dirijam às áreas femininas ou masculinas, em obediência ao sexo que lhes foi atribuído ao nascer.
Com o argumento de que essas leis contrariam a legislação federal que rege os direitos civis, a administração Obama abriu processo contra a Carolina do Norte. O presidente foi mais longe: assinou um documento no qual ressalta a obrigação legal das escolas públicas em garantir a estudantes transgênero o direito de usar o banheiro que corresponda às identidades de gênero individuais. Onze estados entraram na Justiça contra essa medida.
Em pleno século 21, é ignorância inaceitável considerar distúrbios mentais, transtornos de personalidade ou falta de vergonha as expressões de gênero que não se enquadram no comportamento da maioria. Quem escolheria a transexualidade se encontrasse alternativa?
Quando formos mais civilizados, ser transgênero será considerado simples manifestação da diversidade humana, como ser destro ou canhoto. Até lá, a estupidez agressiva da sociedade causará muito sofrimento aos que não se enquadram nos modelos culturais previstos no binário masculino-feminino.
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