Elas e as telas
Uso de eletrônicos por crianças pode trazer risco ao desenvolvimento
Enquanto os pequenos são expostos cada vez mais cedo à tecnologia (e a ciência ainda investiga o impacto dessa revolução no crescimento infantil), pediatras vetam uso dos gadgets antes dos dois anos. Para os especialistas, as crianças precisam de espaço para brincar longe das telas e de tempo para inventar e fantasiar à vontade.
Crianças de até dois anos não devem ser expostas a celulares e tablets. Dos três aos cinco, segundo o consenso científico existente até agora, podem usá-los até duas horas por dia -desde que a diversão eletrônica não substitua brincadeiras ao ar livre e interação com pais e amigos.
“O cérebro na primeira infância está em ebulição, e o que se aprende nessa fase fica guardado por toda a vida. A tela é experiência pobre, sem a riqueza sensorial e a tridimensionalidade da realidade”, defende o psicólogo André Trindade, autor de “Gestos de Cuidado, Gestos de Amor” (Summus).