O samba da resistência
‘Do Valongo à Favela: Imaginário e Periferia’ mapeia a história na região da Praça Mauá e não deixa o samba morrer
Da casa de Hilário Jovino Batista ao pé do Morro da Conceição, naquele Rio de 1893, partiu o primeiro rancho carnavalesco, o Rei de Ouro, expansão da musicalidade afro-brasileira para além dos terreiros.
Aquele seria o movimento decisivo, origem de uma geração de sambistas, de Donga a João da Baiana, de Sinhô a Pixinguinha, frequentadores de uma Praça Onze, que, destruída em 1942, um dia se viu transformada em epicentro carnavalesco do Brasil.
O samba carioca nascera dos descendentes daqueles negros anteriormente caçados como malandros fujões. E se erguera sobre favelas onde os pobres lutaram contra o poder higienista que desejava excluí-los da visão exuberante e do convívio da cidade.
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