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Bonafé acredita que a escola, ao se entender como espaço de experimentação radical, irá influenciar movimentos sociais e o tecido social.

“O currículo da cidade é a capacidade de aprender a ler o que acontece nela”

Na década de 1970, na Espanha, conforme o regime de Francisco Franco começava a ruir após mais de trinta anos de ditadura, um movimento de educadores, inspirados por ideais libertários, começou a elaborar novas narrativas e literaturas para o que seria uma educação e uma escola preocupadas com a construção da democracia e de uma sociedade transformadora. Tratava-se da Renovação Pedagógica.

Jaume Martínez Bonafé, professor titular do Departamento de Didática e Organização Escolar na Faculdade de Filosofia da Universidade de Valencia, foi um dos fundadores e militantes deste movimento, que ainda hoje ecoa nas escolas e cidades espanholas. Autor de inúmeros artigos e livros sobre educação, formação docente, currículo escolar e inovação educativa, Jaume busca cada vez mais aprofundar a relação entre cidade e educação, propondo a noção da cidade como um texto que deve ser lido, interpretado e transformado pelos cidadãos.

“Quanto mais a escola se entenda como um laboratório de criação de conhecimento radicalmente democrático, mais essas estratégias de conhecimento vão se traduzir para o mundo de fora da escola. Um bairro e uma cidade não podem ignorar uma escola que se entenda como um espaço de aprendizagem permanente”, propôs Jaume em entrevista, por Skype, ao Cidades Educadoras. Confira.

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http://educacaointegral.org.br/reportagens/o-curriculo-da-cidade-e-capacidade-de-aprender-ler-o-que-acontece-nela/