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Pesquisadores da UFRJ anunciam sequenciamento completo do genoma do zika
Pesquisadores da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) anunciaram que fizeram pela primeira vez no Brasil o sequenciamento completo do genoma do zika encontrado no líquido amniótico de grávidas de Campina Grande, na Paraíba. O estudo será publicado nos próximos dias na revista científica Lancet. A pesquisa abre caminho para o entendimento do comportamento do vírus no organismo e para o desenvolvimento de vacinas e terapias.
Dois dos oito bebês acompanhados pela médica Adriana Melo depois que exames revelaram má-formação cerebral morreram. No cérebro das crianças mortas, os cientistas também isolaram o zika. A descoberta foi feita no sábado. A pesquisadora trabalha no Instituto de Pesquisa Professor Joaquim Amorim Neto, em Campina Grande (PB).
“O que causou maior surpresa foi a permanência a longo prazo do vírus no organismo da criança, durante a gestação inteira, em contraste com casos que já tínhamos visto no Recife, em que não se conseguiu isolar o vírus após o nascimento”, afirmou o pesquisador Amílcar Tanuri, do Laboratório de Virologia Molecular da UFRJ, que fez o sequenciamento do genoma do zika no líquido amniótico.