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A briga pela terra ‘atrás da pedra’
Justiça determina o despejo de indígenas de área em São Paulo reconhecida pela Funai
“Quando o branco tem gripe, ele vai à farmácia. Quando tem fome, vai ao mercado. E se o branco quer construir uma casa, vai à loja de construção”, disse David Karai Popygua. “Mas para o índio, a farmácia, o mercado e a loja de construção são as terras, os rios e a mata”, completou o professor de língua indígena da etnia guarani mbiá.
O discurso de David foi feito no dia da inauguração de uma casa de reza, na aldeia guarani Tekoa Itakupe, que em português significa ‘atrás da pedra’. O local fica dentro de uma área de 532 hectares, na região do Pico do Jaraguá, o lugar mais alto de São Paulo, na zona norte da cidade. Todo esse terreno foi reconhecido pela Funai como terra indígena em abril de 2013, depois de um longo estudo que levou onze anos para ser concluído. Mas, até hoje, apenas 1,7 hectare foi demarcado, em 1987. Esse pequeno espaço é a menor terra indígena já demarcada no país e abriga 800 pessoas. Cerca de 40% são crianças. “Vivemos espremidos ali”, contou o cacique Ari Martins.
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