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Aprenda a se equivocar: os benefícios dos erros
Em um livro sobre o assunto, Kathryn Schulz diz que falhar (e admitir isso) é um estímulo à criatividade
Na manhã de 22 de outubro de 1844, milhares de pessoas se reuniram para esperar o fim do mundo. Segundo os cálculos de William Miller, aquele era o dia da segunda vinda de Cristo. Muitos dos seus seguidores haviam inclusive deixado de semear seus campos naquele ano e doaram suas propriedades porque, afinal de contas, nada disso lhes faria falta.
Em 23 de outubro, perceberam que algo havia dado errado. A maioria renunciou às crenças de Miller e voltou para a sua vida anterior ao apocalipse fracassado. Mas alguns dos seus seguidores se negaram a admitir o vergonhoso equívoco e preferiram se justificar com a dedução de que essa era a data em que Jesus Cristo, do céu, havia começado a julgar nossos atos. Ou seja, em vez de admitirem o erro, fundaram a Igreja Adventista do Sétimo Dia, que atualmente conta com mais de 18 milhões de adeptos. O erro de Miller era secundário, de cálculo, e não afetava o principal das suas crenças: o fim do mundo continuava próximo.
Esse é um dos exemplos que Kathryn Schulz cita em seu livro Por Que Erramos? – O Lado Positivo de Assumir o Erro (Larousse), no qual ela explica que frequentemente preferimos não admitir que estamos equivocados e procuramos justificativas para os nossos erros, desprezando o fato de que na realidade eles podem nos servir como um estímulo criativo e pessoal.
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