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Bateman, Charles Darwin, comportamento sexual de machos e fêmeas, Era Vitoriana, mito, produção de óvulos e espermatozoides, promiscuidade masculina natural, raízes biológicas, Robert Trivers, seres humanos, Zuleyma Tang-Martinez
Por que a promiscuidade masculina ‘natural’ é um mito, segundo esta bióloga
Pesquisadora de universidade americana reuniu evidências que refutam a tese de que fêmeas têm comportamento sexual monogâmico e ‘recatado’
…A tese de que as diferenças no comportamento sexual de machos e fêmeas têm causas “naturais” se baseia, em parte, na quantidade e no custo energético da produção de óvulos e espermatozoides. A associação entre a diferença das células reprodutivas masculinas e femininas e o comportamento sexual de machos e fêmeas foi feita pela primeira vez por Charles Darwin…
Por que a tese está sendo desmontada
O custo de produção
Em um estudo publicado na revista científica da Universidade de Chicago “The American Naturalist”, o especialista em psicologia comparativa Don Dewsbury argumenta que um macho precisa produzir milhões de espermatozoides para que a fertilização de um único óvulo ocorra. Por isso, a comparação do custo energético deve ser feita entre a produção de um óvulo e a enorme quantidade de espermatozoides necessária para que um deles consiga realizar a fecundação — e não entre um óvulo e um espermatozoide. Há ainda componentes do sêmen cuja produção tem alto custo energético. Além disso, o esperma não é ilimitado e pode se esgotar.