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Criança devolvida, pai arrependido: o drama das adoções que dão errado
O destino de Larissa* começou a ser traçado quando os pais biológicos, usuários de crack, a abandonaram ainda bebê no meio de uma praça em Palmas de Monte Alto, na Bahia.
A menina, hoje com sete anos, foi rejeitada por três vezes em processos de adoção até chegar aos pais, em setembro de 2016.
Levada a Fortaleza em 2014 por um casal cearense que pretendia adotá-la, ela acabou sendo devolvida sob justificativa de que tinha temperamento difícil e era insubordinada, o que dificultava a convivência. A mesma alegação veio nas duas tentativas seguintes de adoção.
“No começo foi bem difícil, minha filha me desafiava todos os dias. Assustada e desconfiada, era como se me testasse para ver se eu realmente a queria. Isso refletia nas relações com as pessoas e até no próprio sono, que era agitado”, relata a mãe adotiva, Rutilene de Sousa, de 45 anos.