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Elie Wiesel, o rosto da memória do Holocausto
O escritor, sobrevivente dos campos de concentração e prêmio Nobel da Paz, faleceu aos 87 anos
Elie Wiesel, uma das vozes mais importantes da memória do Holocausto e da defesa dos direitos humanos, faleceu neste sábado em sua residência em Nova York aos 87 anos de idade. Sua morte foi anunciada pelo Museu do Holocausto de Jerusalém, Yad Vashem. Sobrevivente dos campos de extermínio de Auschwitz e Buchenwald, Wiesel recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1986.
Em trecho de seu discurso de recepção do Nobel, Wiesel afirma: “Eu me lembro: foi ontem, ou há uma eternidade. Um menino judeu descobriu o Reino da Noite. Lembro de seu desconcerto, lembro de sua angústia. Foi tudo tão rápido. O gueto. A deportação. O vagão de gado fechado. O altar em chamas onde a história do nosso povo e o futuro da humanidade seriam sacrificados. Lembro que ele perguntou ao seu pai: ‘Isso é mesmo verdade? Isto é o século XX, não a Idade Média. Quem consegue autorizar que crimes como estes sejam cometidos? Como pode o mundo permanecer em silêncio? ‘. E esse menino agora se volta para mim e pergunta: ‘O que você fez com o meu futuro? O que você fez com a sua vida?’. E eu respondo que tentei. Tentei manter a memória viva, tentei lutar contra aqueles que esquecem. Porque, se esquecemos, somos responsáveis, somos cúmplices”.
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