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Arquivos da Tag: preconceito de classe

O que é ‘lugar de fala’ e como ele é aplicado no debate público

16 segunda-feira jan 2017

Posted by auaguarani in Ambiente escolar, Cultura, Educação, Educação Inclusiva, Educador, Entrevista, Formação, História, Preconceito, Profissão, Sociedade

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O que é ‘lugar de fala’ e como ele é aplicado no debate público

Filósofos, militantes e pesquisadores explicam o conceito, o situam no tempo e analisam sua influência pela internet e em movimentos sociais

O “lugar de fala” é um termo que aparece com frequência em conversas entre militantes de movimentos feministas, negros ou LGBT e em debates na internet. O conceito representa a busca pelo fim da mediação: a pessoa que sofre preconceito fala por si, como protagonista da própria luta e movimento.

É um mecanismo que surgiu como contraponto ao silenciamento da voz de minorias sociais por grupos privilegiados em espaços de debate público. Ele é utilizado por grupos que historicamente têm menos espaço para falar. Assim, negros têm o lugar de fala – ou seja, a legitimidade – para falar sobre o racismo, mulheres sobre o feminismo, transexuais sobre a transfobia e assim por diante.

Na prática, o conceito pode auxiliar pessoas a compreenderem como o que falamos e como falamos marca as relações de poder e reproduz, ainda que sem intenção, o racismo, machismo, lgbtfobia e preconceitos de classe e religiosos.

Essa tradição defende que há diferentes ‘efeitos de verdade’ a depender de quem enuncia um discurso. […] um homem branco rico e mais velho é ouvido com mais atenção e seus argumentos são mais considerados dos que aqueles de uma mulher jovem, negra e pobre […] há uma espécie de contradição performativa, ou seja, embora um homem branco possa estar denunciando o racismo e o machismo, a sua própria enunciação reafirma a hierarquia social.” Pablo Ortellado – Filósofo e professor de Gestão de Políticas Públicas da USP

“Então entendi que o ‘lugar de fala’ é o limite que mostra que, por mais que eu tenha consciência das opressões que não são minhas, as minhas experiências não são suficientes para falar por outros. Se você não dá espaço para as pessoas contarem como é sua vida a partir da experiência de vida delas, a experiência vai ser a do homem branco, que é o privilegiado da sociedade.” Joice Berth, arquiteta e assessora do vereador Eduardo Suplicy

“Em debates sobre cotas raciais, muitas pessoas brancas diziam que elas não eram culpadas pela escravidão, que não eram culpadas pelo que seus bisavós fizeram, portanto não tinham porque ‘pagar o pato’ com cotas [raciais] no sistema público das universidades brasileiras. Ora, o que as pessoas parecem não saber, considerando o escrito de Hannah Arendt, é que de fato não há culpa, mas há responsabilidade. […] O problema que vimos nos presídios brasileiros, por exemplo, ao não nos posicionarmos torna-se nossa responsabilidade corroborar com essas situações direta ou indiretamente, isso é um desdobramento do lugar de fala. Se não nos situamos a partir desse lugar, nós silenciamos.” Rosane Borges. Ativista de relações de gênero e pós-doutora em ciência da comunicação e professora do CELACC da USP

Leia mais:
https://www.nexojornal.com.br/expresso/2017/01/15/O-que-%C3%A9-%E2%80%98lugar-de-fala%E2%80%99-e-como-ele-%C3%A9-aplicado-no-debate-p%C3%BAblico

A homofobia em primeira pessoa

28 domingo fev 2016

Posted by auaguarani in Ambiente escolar, Cultura, ECA, Educação, Educação Inclusiva, Educador, Experiências, Formação, Gênero, Mundo, Preconceito, Profissão, Sociedade

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bissexuais, de3pressão, direitos humanos, educação sexual, empatia, escolas, gays, homofobia, homossexualidade, lésbicas, LGBT, perseguição, preconceito, preconceito de classe, prisão, respeito, suicídio, transfobia, transgêneros

A homofobia em primeira pessoa

Um professor usa seu próprio caso para explicar o dano provocado pela perseguição a lésbicas e gays

Há um silêncio em sala quando o professor José Joaquín Álvarez, de 56 anos, explica aos alunos que o escutam que o que vai contar lhe “da um pouquinho de vergonha”. Ele diz que, assistindo a um filme de Clark Gable, pensou pela primeira vez que “poderia ser mariquinha”. O que agora lhe da um pouco de vergonha em seu tempo lhe causou confusão, medo e, finalmente, muita angústia. “Era 1971, vivíamos na ditadura e havia uma lei que condenava os homossexuais à prisão ou reformatório”, diz ele aos jovens do primeiro ano de bacharelado do Instituto Renascimento de Madri (de 16 a 18 anos), ao qual foi convidado para falar por Marisa Fernández e Asunción Aguinaco, professoras do Centro.

Álvarez já teve essa conversa mais de 200 vezes em diferentes escolas. “Depois de sair do armário da homossexualidade, agora falo sobre a perseguição escolar homofóbica”, afirma. “Os adolescentes LGBT [lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros] são três vezes mais propensos a cometer suicídio do que outros meninos de sua idade. Como professor, o pior que poderia acontecer é que um dos meus alunos tirasse a própria vida pela perseguição”, diz aos estudantes do centro.

Seu relato continua com o período em que foi à escola. “Eu tinha um pouco de trejeito, como agora. Aos poucos começaram a me bater, me chamando de mariquinha, viado. Era como uma tortura. Ainda hoje, quando ouço a palavra viado, sinto como se estivessem martelando a minha cabeça. Foram cinco anos assim, e entrei em uma profunda depressão”. Os alunos olham atentos quando ele acrescenta: “Eu parei quase tudo. Não conseguia estudar, focado como estava em como poderia resolver a situação”.

Leia mais:
http://brasil.elpais.com/brasil/2016/02/22/politica/1456158868_558480.html

O que a mídia não disse sobre os mais de 500 mil zeros do ENEM

11 quarta-feira fev 2015

Posted by auaguarani in Bolsa Família, Cultura, ECA, Educação, Educador, ENEM, Experiências, Formação, História, Inovação, Preconceito, Sociedade

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despreparo profissional, educadores, educando, Enem 2014, ensino privado, escola pública, preconceito de classe

O que a mídia não disse sobre os mais de 500 mil zeros do ENEM

por Cassiano Ricardo Haag é professor de Língua Portuguesa, doutorando em Linguística Aplicada pela UNISINOS e colaborou para Pragmatismo Político.

Assim que saiu a divulgação dos resultados do ENEM, a mídia tratou de gritar aos quatros cantos que, dentre os 6,2 milhões de candidatos que realizaram a prova, em torno de 529 mil obtiveram nota zero. Evidentemente, como sempre, o resultado, por muitos, foi atribuído à suposta má qualidade da escola pública brasileira, assim como ao suposto despreparo dos professores. Como professor de Língua Portuguesa, estudei o processo de avaliação do ENEM – diferentemente dos jornalistas que cobrem o assunto – e vou tentar trazer um pouco de lucidez a essa questão.

Leia mais:
http://www.pragmatismopolitico.com.br/2015/02/o-que-midia-nao-disse-sobre-os-mais-de-500-mil-zeros-enem.html

Camarotização: por que o brasileiro gosta tanto de segregar o espaço?

21 quarta-feira jan 2015

Posted by auaguarani in Afrodescendentes e africanos no Brasil, Ambiente escolar, Bolsa Família, Bullying, Ditadura cívico-militar brasileira, Educação, Educação Inclusiva, Educador, Formação, História, Povos indígenas, Preconceito, Sociedade, Violência

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desigualdade social, direitos humanos, elite, escravização dos negros pela elite branca, estratificação social, gourmetização do espaço, ostentação, preconceito de classe

Camarotização: por que o brasileiro gosta tanto de segregar o espaço?

Para especialista, o acesso das camadas mais populares ao que antes era exclusivo da elite fez com que o racismo e discriminação “saíssem do armário”

Camarotização. A gourmetização do espaço. A palavra ganhou força na última semana depois de aparecer no tema da redação do vestibular da USP, o mais concorrido do país, mas já faz tempo que o camarote faz sucesso ao prometer fazer do cidadão um ser diferenciado – para usar uma palavra cara ao público adepto.

De comícios políticos à farra do Carnaval, quem está no camarote não quer ser qualquer um. Em Salvador, no maior carnaval do mundo, participa quem paga – e caro- para ter direito a uma camiseta estampada com diversos logos dos patrocinadores. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, para ter acesso ao espaços exclusivos no Carnaval é preciso desembolsar até mais de 1.000 reais.  A promessa é viver a festa rodeado de celebridades rodeadas de jornalistas. Os famosos mais trendy, porém, ficam em um cercadinho ao qual quase ninguém tem acesso. É a camarotização do camarote.

O que está por trás [da camarotização] é o desejo de distinção em uma sociedade colonizada como a nossa e marcada por uma grande estratificação social… O Brasil sempre foi avesso e segregado. Apesar de ter a ideologia da mistura, na verdade sempre foi o pior dos apartheids… No Brasil pós-Lula, as pessoas das camadas mais populares estão acessando o que antes era exclusivo aos brancos de elite. Isso faz com que o racismo e a discriminação saiam do armário. Por outro lado, é também um fenômeno de todas as classes. O cara mais rico de uma comunidade quer camarote também. Afinal, o modelo hegemônico de distinção é persuasivo, se espalha. Rosana Pinheiro-Machado, antropóloga e professora da Universidade de Oxford

Leia mais:
http://brasil.elpais.com/brasil/2015/01/17/politica/1421520137_687513.html

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