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~ compilação de notícias relacionadas à educação

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Arquivos da Tag: periferia

Fuvest vai reservar 50% das vagas para candidatos de escolas públicas no vestibular 2021

23 quinta-feira jul 2020

Posted by auaguarani in Afrodescendentes e africanos no Brasil, ECA, Educação, Povos indígenas, Sociedade

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Artes Cênicas, artes visuais, cotas, desfavorecidos, desigualdade, Enem, escola pública, fuvest, inclusão, inscrição, música, periferia, provas, rova de habilidades específicas, sisu, Unicamp, vestibular

No ano passado, 45% das vagas foram destinadas às cotas. A Fuvest também mudou a prova de habilidades específicas. As de artes visuais, por exemplo, foram eliminadas e as provas de música e artes cênicas serão on-line

Pela primeira vez, a USP vai reservar metade das vagas para candidatos de escolas públicas e a Unicamp não vai usar a nota do Enem como forma de ingresso. Neste ano, o Enem não é mais um caminho para entrar na Unicamp.

No ano passado, 45% das vagas foram destinadas às cotas. A Fuvest destaca a importância do aumento para 50% no vestibular do ano que vem. “Eu considero esse um fato notável e ele tem que ser registrado com ênfase porque ele revela, demonstra o interesse da USP pela inclusão de alunos das classes mais desfavorecidas, ou seja, aqueles na maior parte da Fuvest”, afirma a Prof. Dra. Belmira Bueno, diretora-executiva do Fuvest.

leia mais:
https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/educacao/noticia/2020/07/22/fuvest-vai-reservar-50percent-das-vagas-para-candidatos-de-escolas-publicas-no-vestibular-2021.ghtml?fbclid=IwAR3YHmZDiiGQzXvq4rqoJrU8ScLa3LPyvmT8LFD0lJhT41MEt4Vqa7UQuos

Suzane Jardim: ‘Todo abolicionismo penal é obrigatoriamente um projeto antirracista’

23 quinta-feira jul 2020

Posted by auaguarani in Afrodescendentes e africanos no Brasil, Cultura, ECA, Educação, Educador, Formação, História, Preconceito, Saúde, Sociedade, Violência

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30 dias por Rafael Braga, abolicionismo, abolicionismo penal, antirracista, aulas abertas, controle de raça, encarceramento, feminicídio, Frente Estadual Pelo Desencarceramento de São Paulo, genocídio, historiadora, jovens negros, luta racial, luta social, periferia, população negra, prisão, sistema de justiça, sistema de justiça brasileiro, Suzane Jardim, Universidade Federal do ABC

Conheça a historiadora das aulas abertas que encoraja, dentro e fora das lutas sociais e raciais, o fim das prisões e da sociedade punitiva

História de luta não precisa ser história de dor. É nisso que acredita a historiadora Suzane Jardim, que ressalta sua preocupação com a evidência dada às pessoas negras. Para ela, o destaque a essas vidas é muitas vezes aliado da violência pela qual aquele corpo e mente negra experienciou. “Me preocupo com essa validação pela morte. Eu não quero que uma pessoa como eu precise realmente parar em uma UTI, ser encarcerada ou morta para ser considerada humana. Essa lógica têm me tirado o sono”, afirma.

A historiadora é conhecida por suas aulas abertas sobre o sistema de justiça brasileiro e o abolicionismo penal. Ela também discorre, em diversas reportagens no qual é entrevistada, sobre o genocídio da população negra.

leia mais:
https://almapreta.com/editorias/realidade/suzane-jardim-todo-abolicionismo-penal-e-obrigatoriamente-um-projeto-antirracista?fbclid=IwAR2MUWPdBj0bnhpGoNhe2A4WH9QcqonVgB-Sn213zBeZgLsp9SE44TCZDuU

Meritocracia

08 sexta-feira jun 2018

Posted by auaguarani in Cultura, ECA, Educação, Educação Inclusiva, Educador, Preconceito, Profissão, Saúde, Sociedade, Violência

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educação, estrutura familiar, exemplo, formação, mãe, meritocracia, oportunidades, pai, periferia, violência

Recorde de homicídios e estupros de crianças: 9 dados que você precisa saber sobre a violência no Brasil

06 quarta-feira jun 2018

Posted by auaguarani in Afrodescendentes e africanos no Brasil, Ambiente escolar, Cultura, ECA, Educação, Educador, Formação, Gênero, Profissão, Saúde, Sociedade, Violência

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Recorde de homicídios e estupros de crianças: 9 dados que você precisa saber sobre a violência no Brasil

Nunca antes o Brasil teve tantos homicídios. Foram 62.517 mortes em 2016, último ano com dados disponíveis. O número equivale a um estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, lotado de vítimas da violência ao longo de apenas um ano.

Os dados são do Ministério da Saúde e foram divulgados nesta terça-feira no Atlas da Violência 2018, publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

Proporcionalmente, são 30,3 homicídios para cada 100 mil pessoas, também a maior taxa já registrada no Brasil. Para comparação, é 30 vezes a taxa da Europa.

Veja abaixo 9 dados para entender a violência no Brasil.

A maior parte das pessoas assassinadas no Brasil é jovem. Das 62 mil vítimas de homicídio, 33,6 mil tinham entre 15 e 29 anos – na grande maioria, homens.
Enquanto a taxa de homicídio na população em geral é de 30,3 por 100 mil, entre os jovens é de 65,5 por 100 mil. Em outras palavras, entre os jovens, o risco de morrer assassinado é mais do que o dobro da média da população.
…Entre os negros, o risco de morrer assassinado é muito maior que entre os brancos. E essa diferença, em vez de diminuir, está aumentando.
“Os negros são também as principais vítimas da ação letal das polícias e o perfil predominante da população prisional do Brasil. Para que possamos reduzir a violência no país, é necessário que esses dados sejam levados em consideração e alvo de profunda reflexão”, afirma o Atlas da Violência 2018.

 

Um dos dados mais chocantes é que mais de metade das vítimas de estupro são crianças até 13 anos (51%). Foram abusadas, na sua maior parte, por amigos ou conhecidos (30%) e pai ou padrasto (24%). Apenas 9% são abusadores desconhecidos.
Adolescentes de 14 a 17 anos são 17% das vítimas. Nessa faixa etária, os desconhecidos passam a ser os principais abusadores (32%), seguidos de amigos e conhecidos (26%).

Leia mais:
http://www.bbc.com/portuguese/brasil-44377151

Sexo redefinido

22 terça-feira maio 2018

Posted by auaguarani in Ambiente escolar, Ciência, Cultura, ECA, Educação, Educação Inclusiva, Educador, História, Preconceito, Profissão, Religião, Saúde, Sociedade

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Desabamento de prédio escancara o apartheid habitacional na cidade mais rica do Brasil

22 terça-feira maio 2018

Posted by auaguarani in Bolsa Família, ECA, Educação, Educador, Saúde, Sociedade

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Mulher almoça no acampamento montado para receber moradores de prédio que caiu, em São Paulo. NACHO DOCE REUTERS

Desabamento de prédio escancara o apartheid habitacional na cidade mais rica do Brasil

Para urbanistas, debate sobre ocupações e movimentos sociais mascara problema maior.
Falta uma política digna para um milhão de pessoas sem teto na cidade mais rica do país

O desabamento do edifício Wilton Paes de Almeida, no Largo do Paissandu, no centro de São Paulo, escancarou uma verdade com a qual a população da periferia convive diariamente, mas que a classe média e alta esquece ou simplesmente ignora. Na maior e mais rica cidade do país, nem todos os seus habitantes podem se dar ao luxo de pagar aluguel ou prestação de um apartamento. Muito menos se o imóvel estiver na região central da cidade e próximo de seus locais de trabalho. Os dados corroboram as impressões: só na capital paulista há um deficit habitacional de 358.000 moradias, o que significa que aproximadamente 1,2 milhão de pessoas vivem de forma precária. Em todo o Brasil, segundo dados do IBGE, mais de seis milhões de famílias — ou aproximadamente 20 milhões de pessoas — precisam de um lugar para viver, ao mesmo tempo em que sete milhões de imóveis estão vazios.

Um dos efeitos colaterais dessa matemática que não fecha, principalmente nas grandes metrópoles, é a ocupação de edifícios ou terrenos vazios. Só em São Paulo, há 206 ocupações onde vivem mais de 45.000 famílias, segundo a Prefeitura. No centro da capital há 70 do gênero, geralmente em velhos edifícios abandonados por seus proprietários — no caso do Wilton Paes de Almeida, pelo próprio Governo Federal durante 17 anos — e muitos sem pagamento de IPTU. Só nesses 70 imóveis da região central vivem 4.000 famílias. “Existe um estado de verdadeira emergência habitacional em São Paulo. O indicador disso é a explosão de ocupações não apenas de prédios vazios, mas também de terrenos na extrema periferia”, observa Raquel Rolnik, professora de arquitetura e urbanismo da Universidade de São Paulo.

Leia mais:
https://brasil.elpais.com/brasil/2018/05/03/politica/1525300905_563422.html?rel=mas

Vídeo

Você é privilegiado?

29 quinta-feira mar 2018

Posted by auaguarani in Afrodescendentes e africanos no Brasil, Bolsa Família, Cultura, ECA, Educação, Educação Inclusiva, Educador, Formação, História, Povos indígenas, Preconceito, Sociedade

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Leia mais:
https://www.facebook.com/quebrandootabu/?hc_ref=ARTm6dw0LcvH_gbJM159lhgkVcUvn18UgA-HHuvFmymK-wr4XaGhRX8Pwk8LUVf__p0&fref=nf

 

Movimento negro fecha Radial Leste (SP) por Marielle Franco

29 quinta-feira mar 2018

Posted by auaguarani in Afrodescendentes e africanos no Brasil, ECA, Educação, Educação Inclusiva, Educador, Formação, História, Preconceito, Profissão, Sociedade, Violência

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Anderson Gomes, assassinato, execução, justiça, luta, Marielle Franco, mortes, movimento negro, periferia, pobres, população negra, protesto, Radial Leste, vereadora, vidas negras importam, violência

Maior parte das faixas da Radial Leste foi fechada na manhã de 28 de Março (Foto: Alma Preta)

Movimento negro fecha Radial Leste (SP) por Marielle Franco

Manifestantes acusam Estado brasileiro de assassino e reiteram que “vidas negras importam”. Radial Leste é a principal via de conexão entre a zona leste e o centro de São Paulo

Ativistas fecharam a Avenida Radial Leste (SP) na manhã do dia 28 de Março, quarta-feira, em forma de protesto ao assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, em 14 de Março, no Rio de Janeiro.

Os manifestaram colocaram fogo em pneus bloqueando a passagem dos carros e esticaram uma faixa com mensagens de denúncia à violência do Estado contra a população negra. Um dos escritos diz “Estado Assassino”, e outro anuncia que “Perdemos muito, inclusive o Medo”.

Leia mais:
https://www.almapreta.com/editorias/realidade/movimento-negro-fecha-radial-leste-sp-por-marielle-franco

 

Como falar com quem acha que Marielle merecia morrer por ‘defender bandido’

16 sexta-feira mar 2018

Posted by auaguarani in Afrodescendentes e africanos no Brasil, Ditadura cívico-militar brasileira, Educação, Educador, História, Preconceito, Sociedade

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Como falar com quem acha que Marielle merecia morrer por ‘defender bandido’

O ‘Nexo’ conversou com três especialistas em segurança pública sobre como lidar com quem acredita que defensores dos direitos humanos são responsáveis pela violência

A vereadora Marielle Franco foi assassinada na noite de quarta-feira (14), no centro do Rio. Ao menos nove tiros foram disparados contra o carro em que a parlamentar do PSOL estava enquanto voltava de um debate com jovens negras.

Os tiros partiram de um outro veículo, e atingiram principalmente o banco de trás, onde Marielle estava. O motorista, Anderson Pedro Gomes, que estava na linha dos tiros, também morreu. Fernanda Chaves, a assessora de imprensa de Marielle, foi ferida, mas sobreviveu…

‘Esse discurso prejudica o Estado de direito’

Pedro Abramovay

Não tem outra opção, é preciso convencer essas pessoas. É importante marcar que as políticas de enfrentamento, da polícia que mata, são políticas que têm aumentado a violência, sempre. Quando se constrói uma polícia que para de matar, que tem uma presença mais ativa no cotidiano das pessoas, articulada com um Estado mais presente, a violência cai.

Isso não é um achismo, é o que provam todas as pesquisas já realizadas no mundo, muitas delas na América Latina. Mas estamos propondo a militarização, o enfrentamento, algo que nunca funcionou.

Esse pensamento é muito cruel. As pessoas não entendem que a Marielle sempre defendeu o Estado de direito, a democracia. Ela não defendia bandido, mas que as pessoas tenham um julgamento justo dentro do Estado de direito. Ela sempre defendeu as pessoas da favela, que estão morrendo…

Leia mais:
https://www.nexojornal.com.br/expresso/2018/03/15/Como-falar-com-quem-acha-que-Marielle-merecia-morrer-por-%E2%80%98defender-bandido%E2%80%99?utm_campaign=Echobox&utm_medium=Social&utm_source=Facebook

 

 

Alunos criam dicionário de gírias urbanas e brincadeiras da favela

14 quarta-feira fev 2018

Posted by auaguarani in Afrodescendentes e africanos no Brasil, Ambiente escolar, Cultura, ECA, Educação, Educação Inclusiva, Educador, Experiências, Formação, História, Inovação, Língua Portuguesa, Leitura, Profissão, Sociedade

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Alunos criam dicionário de gírias urbanas e brincadeiras da favela

por Lorena Bárbara Santos Costa

Estudantes são incentivados pela professora a pesquisar sobre a cultura e origem dos seus bairros para valorizar o espaço em que vivem

Os aspectos socioculturais da favela proporcionam aos estudantes da escola pública reflexões para transformar a própria realidade. O projeto “É de Quebrada que Eu Vou” buscou compreender e valorizar a cultura popular como forma de expressão artística e ideológica-identitárias.

Por que a cultura presente nas favelas não é discutida nos currículos escolares da escola pública, tendo em vista que grande parte de seus integrantes é oriundo desses espaços? A partir desse questionamento, dei início ao projeto, sugerindo que os estudantes do 5º ano da Escola Municipal Gersino Coelho, de Salvador (BA), pesquisassem a origem dos seus bairros. Logo em seguida, trouxe para os nossos estudos a história das formações dos primeiros quilombos brasileiros, estimulando descobertas e percepções das semelhanças e diferenças desses dois espaços.

Leia mais:
http://porvir.org/alunos-criam-dicionario-de-girias-urbanas-e-brincadeiras-da-favela/

‘O professor pagava meu almoço’: a jovem de periferia aprovada em um dos vestibulares mais difíceis do país

05 segunda-feira fev 2018

Posted by auaguarani in Cultura, ECA, Educação, Educação Inclusiva, Educador, Profissão, Sociedade

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Bárbara da Costa Araujo, bolsa de estudos, condições socioeconômicas, desigualdade de oportunidades, engenheira, ensino superior, escolaridade, Escolas privadas, faculdade, física, IME, Instituto Militar de Engenharia, Instituto Tecnológico de Aeronáutica, ITA, matemática, obmep, olimpÍada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas, periferia, professor de matemática, química, sistema público de educação, vestibular

A estudante Bárbara da Costa viajou para o Rio para fazer a matrícula com passagem comprada com as milhas de um professor | Foto: Ricardo Borges/BBC Brasil

‘O professor pagava meu almoço’: a jovem de periferia aprovada em um dos vestibulares mais difíceis do país

Bárbara da Costa Araujo matou a curiosidade de conhecer a sala de embarque do aeroporto de Fortaleza há poucas semanas. Apesar de morar há anos em um dos bairros no entorno do aeroporto, até então a experiência dela com o terminal se resumia ao barulho dos pousos e decolagens.

Com passagem só de ida – comprada com as milhas de seu professor de matemática -, a jovem de 19 anos tinha como destino o Rio de Janeiro, onde faria sua matrícula no Instituto Militar de Engenharia (IME).

É dela uma das 98 vagas disputadas em um dos vestibulares mais exigentes do país, em uma maratona de provas com ênfase nas matérias de exatas, feita por quase 6,3 mil alunos de todo o país.

Leia mais:
http://www.bbc.com/portuguese/brasil-42912364

Jovem da periferia cria negócio para levar comida saudável a favelas

12 domingo nov 2017

Posted by auaguarani in Afrodescendentes e africanos no Brasil, Ambiente escolar, Cultura, Educação, Educador, Experiências, Formação, Meio ambiente, Profissão, Saúde, Sociedade

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Jovem da periferia cria negócio para levar comida saudável a favelas

Aos oito anos, Hamilton da Silva, hoje com 29, viu a família de quatro irmãos se expandir. Sua mãe, Eliete da Silva, 54, alugou uma casa em uma favela em Nilópolis (RJ). Junto com uma colega da Igreja Batista, a dona de casa adotou 18 meninos que moravam na rua, aos quais costumava dar comida.

Hamilton se recorda da mãe indo para a praça do Cemitério, também na região metropolitana do Rio, levar sanduíches e suco para as crianças que depois acolheria e ancaminharia na vida. “A gente dividia as roupas e tivemos a mesma educação.”

Leia mais:
http://www1.folha.uol.com.br/empreendedorsocial/2017/11/1930843-jovem-da-periferia-cria-negocio-para-vender-comida-saudavel-em-favelas.shtml

William Waack representa o que a sociedade não tolera mais

12 domingo nov 2017

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afrodescendentes, apologia ao crime organizado, apresentador, ódio, CELSO ATHAYDE, desprezo, elitista, favelas, humano, intolerância, Isso é coisa de preto, MV Bill, negro, periferia, preconceito, racismo, sociedade, Soldado do Morro, TV Globo, William Waack

William Waack na apresentação do programa Painel. 

COMBATE AO RACISMO

William Waack representa o que a sociedade não tolera mais

CELSO ATHAYDE

O ativista Celso Athayde é do Partido Frente Favela Brasil, que acionará o apresentador na Justiça por declarações racistas

Nessa última quarta feira, mais precisamente às 16h45, minha timeline foi invadida com a expressão: “Isso é coisa de preto”. Conheço bem essa expressão, ela é a forma mais objetiva de apontar quem você acha ser uma pessoa menor, menos educada, menos capaz e menos humana. Para quem possui a pretensa superioridade étnica essa expressão é clássica, inconfundível e recheada de ódio, desprezo pelo outro, seja lá quem for. É preto e pronto. Para mim, era mais uma onda de racismo, como essas que vemos nas redes sociais toda hora. Só que não. Essa onda tinha um surfista famoso, essa onda era protagonizada por ninguém menos que um mestre da comunicação, era ele: William Waack. Na mesma hora um filme passou pela minha cabeça, minha experiência “Waack” foi em 2000 .

Quando o rapper MV Bill e eu apresentamos para os moradores da Cidade de Deus um videoclipe de 10 minutos chamado Soldado do Morro, fizemos um grande evento para cerca de 30.000 pessoas na favela. Era dia 25 de dezembro, noite de Natal. Levamos shows de Caetano, Djavan, Dudu Nobre, Cidade Negra, além do próprio Bill que começava sua carreira. No clipe apareciam algumas imagens de jovens armados, e como a TV Globo estava presente filmou o telão e o evento.

Leia mais:
https://brasil.elpais.com/brasil/2017/11/10/opinion/1510327446_322611.html

“Não suporto ver a polícia, fiquei traumatizada”, diz mãe de jovem morto na chacina de Osasco

11 sexta-feira ago 2017

Posted by auaguarani in Afrodescendentes e africanos no Brasil, Cultura, Educação, Educador, História, Preconceito, Sociedade, Violência

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baixa renda, Barueri, chacina de Osasco, descaso, encapuzados, Guarda Civil Metropolitana, impunidade, Itapevi, justiça, massacre, matança, negros, periferia, pobre, polícia militar, racismo

Chacina de Osasco

“Não suporto ver a polícia, fiquei traumatizada”, diz mãe de jovem morto na chacina de Osasco

Dois anos após o massacre na Grande SP, mães dos que foram assassinados falam em videorreportagem

Na noite do dia 13 de agosto de 2015, ao menos 19 pessoas pessoas morreram e sete ficaram feridas durante uma série de ataques a bala feitos por pessoas encapuzadas em Osasco, Barueri e Itapevi, na região metropolitana de São Paulo. O massacre, conhecido como Chacina de Osasco, foi causado por policiais militares e agentes da Guarda Civil Metropolitana, que agiram por vingança em razão da morte de dois agentes, segundo a denúncia da Polícia Civil e do Ministério Público Estadual. Dos 22 agentes de polícia investigados pelos crimes, apenas quatro irão a julgamento no dia 18 de setembro: Sérgio Manhanhã (da Guarda Civil Metropolitana), Fabrício Eleutério, Thiago Barbosa Henklain e Victor Cristilder (os últimos três da Polícia Militar). Dois anos depois da chacina, as mães dos que foram assassinados pelos agentes encapuzados, além de um sobrevivente, falam em videorreportagem.

Ver videorreportagem:
https://brasil.elpais.com/brasil/2017/08/09/politica/1502304481_142645.html

Documentário retrata o poder da linguagem para adolescentes da Fundação Casa

21 sexta-feira jul 2017

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Documentário retrata o poder da linguagem para adolescentes da Fundação Casa

‘Meninos de Palavra’, de Fabrício Borges, mostra a força da palavra escrita, cantada ou encenada na escolarização de meninos que cumprem medida socioeducativa

Após 27 anos de vigência do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), o país ainda enfrenta o desafio de ter 2,8 milhões de jovens fora da escola. Apesar do documento garantir que todos, sem exceção, devem ter direito à educação, a baixa escolaridade e altíssima distorção idade-série de adolescentes privados de liberdade reforçam a existência de um sistema desigual. Como um convite à reflexão sobre a escolarização de meninos que cumprem medida socioeducativa em unidades da Fundação Casa, o documentário “Meninos de Palavra”, de Fabrício Borges, mostra o papel das linguagens na valorização do potencial criativo e na ampliação da autoestima de internos.

Em um universo “onde todos usam a havaiana azul, a mesma roupa e estão no mesmo lugar”, como diz uma das entrevistadas, o uso da palavra escrita, cantada ou encenada aparece como um caminho para expressar as individualidades dos meninos. A partir dos registros de oficinas do Projeto Educação com Arte, promovido por educadores do Cenpec (Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária), o documentário retrata como são desenvolvidas ações de letramento com diferentes linguagens baseadas na escuta e no diálogo.

Leia mais:
http://porvir.org/documentario-retrata-poder-da-linguagem-para-adolescentes-da-fundacao-casa/

‘Tenho aluno que viu o pai matar a mãe, aluna abusada pelo padrasto’: o isolamento de professores diante de casos de violência e bullying

15 quarta-feira mar 2017

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Professora há 29 anos, Jonê Carla Brandão ainda se choca com histórias contadas por alunos / Alexandre Campbell/BBC Brasil

‘Tenho aluno que viu o pai matar a mãe, aluna abusada pelo padrasto’: o isolamento de professores diante de casos de violência e bullying

Professora de Língua Portuguesa da rede pública há 29 anos, Jonê Carla Baião sempre pede aos alunos, no início do período letivo, uma redação curta sobre a vida deles. Já leu e ouviu muita história, mas ainda se atordoa com relatos como o que lhe foi entregue no primeiro dia de aula de 2017 por uma aluna do 9º ano:

“Eu sempre fui zoada e a última vez em que tive paz na escola foi no Jardim (de infância); depois disso não tive um ano sequer em que não tenham mexido comigo”, escreveu a jovem, que, negra e muito magra, era alvo constante de ofensas dos colegas, e os professores não percebiam.

Outra vez, também no primeiro dia de aula, uma aluna vinda de São Paulo escreveu que apanhava do pai e por isso havia se mudado para o Rio para morar com a mãe e o padrasto – que passou a abusar sexualmente dela.

Leia mais:
http://www.bbc.com/portuguese/brasil-39253873

Negra, pobre e da rede pública fica em 1º em curso mais concorrido da Fuvest

06 segunda-feira fev 2017

Posted by auaguarani in Afrodescendentes e africanos no Brasil, Cultura, ECA, Educação, Educação Inclusiva, Educador, ENEM, Preconceito, Profissão, Sociedade

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Bruna Sena, casa-grande e senzala, causas sociais, cotas raciais, cursinho, elite branca, escola estadual Santos Dumont, escola pública, feminismo, formação superior, fuvest, inclusão social, kumon, liberdade de gênero, médica, medicina, movimento negro, negros, oportunidade, periferia, pira, pobre, preconceito, preta, racismo, Ribeirão Preto, surta, USP, vestibular

Bruna Sena, 17, comemora o 1º lugar em medicina da USP de Ribeirão, o mais concorrido da Fuvest

Bruna Sena, 17, comemora o 1º lugar em medicina da USP de Ribeirão, o mais concorrido da Fuvest

Negra, pobre e da rede pública fica em 1º em curso mais concorrido da Fuvest

É com uma frase provocativa estampada em uma rede social que Bruna Sena, 17, primeira colocada em medicina da USP de Ribeirão Preto, carreira mais concorrida da Fuvest-2017, comemora e passa um recado de sua conquista: “A casa-grande surta quando a senzala vira médica”.

Negra, pobre, tímida, estudante de escola pública, criada apenas pela mãe, que ganha R$ 1.400 como operadora de caixa de supermercado, Bruna será a primeira da família a interromper o ciclo de ausência de formação superior em suas gerações. Fez em grande estilo, passando em uma das melhores faculdades médicas do país.

A mãe, Dinália Sena, 50, que sustenta a casa desde que Bruna tinha nove meses e o pai deixou o lar, está entre a alegria e o pavor. Tem medo que a filha seja hostilizada. “Por favor, coloque no jornal que tenho medo dos racistas. Ela vai ser o 1% negro e pobre no meio dos brancos e ricos da faculdade.”

Claro que a ascensão social do negro incomoda, assim como incomoda quando o filho da empregada melhora de vida, passa na Fuvest. Não posso dizer que já sofri racismo, até porque não tinha maturidade e conhecimento para reconhecer atitudes racistas.
Alguns se esquecem do passado, que foram anos de escravidão e sofrimento para os negros. Os programas de cota são paliativos, mas precisam existir. Não há como concorrer de igual para igual quando não se tem oportunidade de vida iguais.

Leia mais:
http://www1.folha.uol.com.br/educacao/2017/02/1856050-negra-pobre-e-da-rede-publica-fica-em-1-em-curso-mais-concorrido-da-fuvest.shtml?cmpid=compfb

A periferia de São Paulo vai à telona

15 domingo jan 2017

Posted by auaguarani in Sem categoria

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Crianças assistem ao filme 'O escaravelho do diabo' na abertura do CEU Jaçanã, em abril. Fernando Pereira SECOM

Crianças assistem ao filme ‘O escaravelho do diabo’ na abertura do CEU Jaçanã, em abril. Fernando Pereira SECOM

A periferia de São Paulo vai à telona

Circuito de salas de São Paulo chega às franjas da cidade, onde paulistanos nunca haviam ido ao cinema

Com as luzes acesas, o cinema instalado em um bairro periférico da zona norte de São Paulo mais parece uma sala de aula, repleta de crianças enérgicas, rindo e falando alto. A diferença seriam os pacotes de pipoca dos 200 espectadores mirins ali presentes, cortesia da secretaria de Cultura da cidade para a inauguração da sala localizada dentro do Centro Educacional Unificado (CEU) Jaçanã, e sem dúvida a enorme tela branca que começa a descer ao anúncio de que a exibição vai começar.

Apagam-se as luzes, e o silêncio se instala no espaço junto com o breu. Marcos, de onze anos, confessa para Renata, com quem estuda ali mesmo, no CEU, que aquela é a primeira vez dele no cinema. “Que tela enorme! Nem importa se o filme não for bom”, sussurra o menino na fila à frente da reportagem do EL PAÍS. Nenhum dos dois sabe o nome do filme que está a ponto de assistir. “Eu só assisto TV e às vezes vejo vídeo no celular da minha mãe”, conta a menina de 10 anos.

O filme é O escaravelho do diabo, adaptação para a tela grande do clássico da literatura infanto-juvenil escrito por Lúcia Machado de Almeida, dirigido por Carlo Milani, e que estreou em abril de 2016 não só no CEU Jaçanã, mas em todo o circuito comercial paulistano. Ele foi programado pela Spcine, a empresa de cinema e audiovisual de São Paulo, fundada no começo de 2015, para a abertura desta que é uma das 20 salas digitais de um circuito que pretende levar o cinema a todas as regiões da capital paulista, aproximando-o de quem ainda não o conhece ou conhece pouco. Um estudo da consultoria J.Leiva aponta que 10% dos paulistanos nunca foram ao cinema. Boa parte desse grupo está exatamente na periferia. O número é alto para a cidade que detém o maior parque exibidor do país, com quase 1.000 salas (segundo o informe de 2015 do Observatório Brasileiro do Cinema e do Audiovisual).

As salas têm duas grandes vantagens: foram feitas para abrigar novidades – dos filmes que passam nos shoppings aos que só entram nas salas alternativas – e têm entrada gratuita. Apesar de ter sido uma iniciativa da gestão de Fernando Haddad, ela tem apoio do novo prefeito, João Doria, e deverá ter continuidade na Secretaria de Cultura – conforme já declarou o novo encarregado da área, André Sturm.

Leia mais:
http://brasil.elpais.com/brasil/2016/12/28/cultura/1482945384_483990.html

O golpe e os golpeados

27 terça-feira dez 2016

Posted by auaguarani in Afrodescendentes e africanos no Brasil, Cultura, Ditadura cívico-militar brasileira, ECA, Educação, Educação Inclusiva, Educador, Formação, História, Meio ambiente, Povos indígenas, Preconceito, Profissão, Saúde, Sociedade, Violência

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Sheila Cristina Nogueira da Silva chora a morte do filho Carlos Eduardo, 20 anos, com seu sangue no rosto, no dia 10 de junho, no Rio de Janeiro. Pablo Jacob / Agência O Globo

Sheila Cristina Nogueira da Silva chora a morte do filho Carlos Eduardo, 20 anos, com seu sangue no rosto, no dia 10 de junho, no Rio de Janeiro. Pablo Jacob / Agência O Globo

O golpe e os golpeados

A barbárie de um país em que as palavras já não dizem

Sheila da Silva desceu o morro do Querosene para comprar três batatas, uma cenoura e pão. Ouviu tiros. Não parou. Apenas seguiu, porque tiros não lhe são estranhos. Sheila da Silva começava a escalar o morro quando os vizinhos a avisaram que uma bala perdida tinha encontrado a cabeça do seu filho e, assim, se tornado uma bala achada. Ela subiu a escadaria correndo, o peito arfando, o ar em falta. Na porta da casa, o corpo do filho coberto por um lençol. Ela ergueu o lençol. Viu o sangue. A mãe mergulhou os dedos e pintou o rosto com o sangue do filho.

A cena ocorreu em 10 de junho, no Rio de Janeiro. Com ela , a pietà negra do Brasil atravessou o esvaziamento das palavras. O rosto onde se misturam lágrimas e sangue, documentado pelo fotógrafo Pablo Jacob, da Agência O Globo, foi estampado nos jornais. Por um efêmero instante, que já começa a passar, a morte de um jovem negro e pobre em uma favela carioca virou notícia. Sua mãe fez dela um ato. Não fosse vida, seria arte.

Sheila ouviu os tiros e seguiu adiante. Ela tinha que seguir adiante torcendo para que as balas fossem para outros filhos, outras mães. E voltou com sua sacola com batata, cenoura e pão. Ela ainda não sabia que a bala desta vez era para ela. Ainda nem havia sangue, mas a imagem já era terrível, porque cotidiana, invisível. A mulher que segue apesar dos tiros e volta com batata, cenoura e pão, furiosamente humana, buscando um espaço de rotina, um fragmento de normalidade, em meio a uma guerra que ela nunca pôde ganhar. E guerras que não se pode ganhar não são guerras, mas massacres. E então ela corre, esbaforida. E desta vez a batata, a cenoura, o pão já não podem lhe salvar.

…Se há um genocídio negro, se há um genocídio indígena, e conhecemos as palavras, e as pronunciamos, e nada acontece, criou-se algo novo no Brasil atual. Algo que não é censura, porque está além da censura. Não é que não se pode dizer as palavras, como no tempo da ditadura, é que as palavras que se diz já não dizem. O silenciamento de hoje, cheio de som e de fúria nas ruas de asfalto e também nas ruas de bytes, é abarrotado de palavras que nada dizem. Este é o golpe. E a carne golpeada é negra, é indígena. Este é o golpe fundador do Brasil que se repete. E se repete. E se repete. Mas sempre com um pouco mais de horror, porque o mundo muda, o pensamento avança, mas o golpe segue se repetindo. A ponto de hoje calar mesmo as palavras pronunciadas.

Leia mais:
http://brasil.elpais.com/brasil/2016/06/20/opinion/1466431465_758346.html

A partir de d. Paulo mudou tudo, diz Frei Betto sobre apoio da Igreja ao golpe

14 quarta-feira dez 2016

Posted by auaguarani in Cultura, Ditadura cívico-militar brasileira, Educação, Educação Inclusiva, Educador, ENEM, Entrevista, Formação, História, Mercosul, Mundo, Profissão, Religião, Sociedade

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A partir de d. Paulo mudou tudo’, diz Frei Betto sobre apoio da Igreja ao golpe

por Ricardo Galhardo

No primeiro momento, a Igreja Católica e outras organizações religiosas apoiaram o golpe militar de 1964. Alguns religiosos, como o então cardeal de São Paulo d. Agnelo Rossi, chegaram a encobrir torturas e outras atrocidades. Foi só com o passar do tempo, o surgimento de denúncias rotineiras sobre desrespeitos aos direitos humanos e a caracterização cada vez mais clara do regime como uma ditadura, que a Igreja mudou de lado e passou a ser um dos pilares na defesa da democracia. A opinião é do escritor Carlos Alberto Libânio Christo, o Frei Betto, testemunha e personagem desta história.

Espionagem da ditadura: ‘É ingenuidade pensar que tudo acabou’, diz Frei Betto

Durante a conversa com o iG na sala de música do convento dos dominicanos, um oásis de árvores e passarinhos encravado no bairro do Sumaré, zona oeste de São Paulo, Frei Betto disse que a situação mudou a partir da intervenção direta do papa Paulo VI, que substituiu d. Rossi por d. Paulo Evaristo Arns. “A partir de d. Paulo mudou tudo”, afirmou.

iG – Em vários momentos a Igreja Católica e outras organizações religiosas ajudaram no combate à ditadura militar. Havia uma articulação entre elas?
Frei Betto – Na verdade, quando houve o golpe em 1964 a Igreja Católica, através da CNBB, apoiou agradecendo a Nossa Senhora Aparecida ter livrado o Brasil da ameaça comunista. Ocorre que setores da Igreja, em especial a JUC (Juventude Universitária Católica) da qual eu era dirigente e a JEC (Juventude Estudantil Católica), que faziam parte da Ação Católica, estavam muito identificados com a esquerda e contra a ditadura. Eles já haviam inclusive dado origem a um dos grupos de esquerda duramente reprimidos, a Ação Popular, da qual Betinho (o sociólogo Herbert Souza, morto em 1997) foi um dos fundadores. Então a repressão, que no início ficou muito confortável com o apoio da CNBB, passou a achar que a Igreja fazia jogo duplo. Porque ela fazia um discurso de apoio aos militares, mas na prática estava contra. Para vocês terem uma ideia, nós da JUC e JEC morávamos juntos no Rio de Janeiro e fomos presos no dia 6 de junho de 1964, isso tudo eu descrevo no livro “Batismo de Sangue”. E porque fomos presos? Havíamos feito algum movimento contra a ditadura? Não. Fomos presos na chamada noite do arrastão da Ação Popular. Para o Cenimar (órgão de inteligência da Marinha), Ação Católica e Ação Popular eram a mesma coisa. Ficamos 15 dias presos. Não houve processo nem nada.

Leia mais:
http://guiame.com.br/gospel/mundo-cristao/a-partir-de-d-paulo-mudou-tudo-diz-frei-betto-sobre-apoio-da-igreja-ao-golpe.html

Dom Paulo Evaristo Arns, morre “o cardeal da esperança”

14 quarta-feira dez 2016

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Dom Evaristo Arns na homenagem que recebeu em 24 de outubro deste ano. Fabio Braga Folhapress

Dom Evaristo Arns na homenagem que recebeu em 24 de outubro deste ano. Fabio Braga Folhapress

Dom Paulo Evaristo Arns, morre “o cardeal da esperança”

Maior líder da Igreja Católica brasileira, Arns enfrentou militares e defendeu a periferia
Um filme sobre sua vida, que foi muito além das crenças religiosas, será lançado em breve

Dom Paulo Evaristo Arns morreu nesta quarta-feira, vítima de uma broncopneumonia. O cardeal foi uma das pessoas mais influentes da Igreja Católica e da sociedade brasileiras, conhecido pela contenda de uma vida inteira em defesa dos direitos humanos no país. Dom Evaristo, aos 95 anos completados em setembro, estava internado no Hospital Santa Catarina, em São Paulo, desde 28 de novembro, e hoje foi declarado pelos médicos que sofreu uma falência múltipla de órgãos.

Apesar de ter passado os últimos anos vivendo recluso em um convento em Taboão da Serra, sua morte impacta diferentes grupos sociais pelo seu papel decisivo na história da democracia brasileira. Dom Paulo, com 71 anos de sacerdócio, é uma figura que congrega pessoas muito além de crenças religiosas. Foi um dos principais nomes na luta contra a ditadura (1964-1985) e a favor do voto nas Diretas Já. Por conta disso – e por sua atuação incansável na defesa dos pobres – ficou conhecido como o “cardeal da esperança”.

Na mais recente homenagem à sua trajetória política, em seu 95 aniversário, foi descrito por Dom Angélico Sândalo Bernardino como “o rosto da periferia de São Paulo”. “Ele é ecumênico, coração aberto, anunciando a urgência de resistirmos contra toda mentira, contra toda impostura. Naquele tempo, contra a ditadura civil-militar. E essa resistência, a que ele nos convida, é permanente no Brasil atual”, disse o bispo da diocese de Blumenau.

Leia mais:
http://brasil.elpais.com/brasil/2016/12/13/politica/1481637238_864951.html

Cápsulas achadas perto de corpos de jovens que estavam sumidos foram compradas pela PM

08 terça-feira nov 2016

Posted by auaguarani in Cultura, ECA, Educação, Educador, História, Saúde, Sociedade, Violência

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Cápsulas achadas perto de corpos de jovens que estavam sumidos foram compradas pela PM

Quatro dos cincos amigos que foram encontrados mortos neste domingo (6/11), em uma mata de Mogi das Cruzes (Grande SP) – Imagem: Reprodução

Corregedoria (órgão fiscalizador) da Polícia Militar de São Paulo rastreou munição de pistola .40 e descobriu que foram adquiridas pelo Estado da empresa CBC (Companhia Brasileira de Cartuchos)

Algumas das dez cápsulas de munição .40 encontradas perto dos corpos de cinco jovens moradores da zona leste que estavam desaparecidos foram compradas pela Polícia Militar do Estado de São Paulo.

O rastreamento foi feito pela Corregedoria (órgão fiscalizador) da Polícia Militar nesta segunda-feira (07/11) e apontou que parte das dez cápsulas de pistola .40 (arma de uso restrito das forças de segurança) achadas perto dos cinco corpos dos amigos são de dois lotes comprados pela PM de SP da CBC (Companhia Brasileira de Cartuchos).

Leia mais:
http://ponte.org/capsulas-achadas-perto-de-corpos-de-jovens-que-estavam-sumidos-foram-compradas-pela-pm/

Polícia Militar consultou dados de jovens na noite em que foram assassinados

08 terça-feira nov 2016

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20161107-jovens-mortos

Polícia Militar consultou dados de jovens na noite em que foram assassinados

Quatro dos cincos amigos que foram encontrados mortos neste domingo (6/11), em uma mata de Mogi das Cruzes (Grande SP)

DHPP ouve agora os policiais que fizeram a consulta; ouvidor confirma que corpos encontrados ontem são dos 5 jovens desaparecidos

Registros da polícia indicam que policiais militares consultaram os dados de dois dos cinco jovens que desapareceram na zona leste de São Paulo em 21 de outubro. Os corpos foram encontrados no domingo (6) em um matagal na Estrada Taquarussu, em Mogi das Cruzes (Grande SP). O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que investiga o crime, está interrogando neste momento os PMs que fizeram a consulta.

César Augusto Gomes Silva, 19 anos, Jonathan Moreira Ferreira e Caique Henrique Machado Silva, ambos de 18, Robson Fernando Donato de Paula, 16, e Jonas Ferreira Januário, 30, haviam deixado o bairro Jardim Rodolfo Pirani, na zona leste da capital paulista, para irem a uma festa em Ribeirão Pires, no ABC, na noite do dia 21. Eles estavam em um Volkswagen Santana verde, achado às margens do rodoanel Governador Mario Covas, na Grande São Paulo. Familiares dos jovens acreditam que não havia festa alguma em Ribeirão Pires, mas sim uma emboscada para pegar os meninos. As garotas que os convidaram para a festa, via Facebook, sumiram das redes sociais após o desaparecimento dos jovens.

Leia mais:
http://ponte.org/policia-consulta-desaparecidos/

Sumiço de cinco jovens completa duas semanas e mistério cresce em SP

05 sábado nov 2016

Posted by auaguarani in Afrodescendentes e africanos no Brasil, ECA, Educação, Educação Inclusiva, Educador, História, Preconceito, Profissão, Saúde, Sociedade, Violência

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Sumiço de cinco jovens completa duas semanas e mistério cresce em SP

Cinco jovens da zona leste da cidade de São Paulo, com idades entre 16 e 30 anos, um deles cadeirante, entraram animados num Santana 1987 com a intenção de participar de uma festa com garotas conhecidas em rede social.

O tempo estimado de viagem naquela noite de sexta era inferior a 30 minutos –partiram do Jardim Rodolfo Pirani e iriam para um sítio de Ribeirão Pires (Grande SP).

Misteriosamente, desapareceram no caminho. Duas semanas depois, esse sumiço intriga policiais, familiares e amigos, que saem às ruas à procura deles e de respostas.

O perfil das meninas com quem os jovens se encontrariam também desapareceu da internet. Não é mais certo nem que haveria a festa e que as garotas de fato existiam.

Entre as últimas mensagens enviadas pelo grupo, segundo familiares, está uma que menciona suposta abordagem policial. “Ei, acabo de tomar um enquadro ali. Os polícia está me esculachando [sic]”, disse Jonathan Moreira, 18, um dos desaparecidos, em áudio enviado a amigos.

Se fossem cinco filhos de ricos, filhos de deputados, a cidade estava parada. Tinha helicóptero procurando. Mas eles são pobres, da periferia e com passagem. Quem é que liga?”, pergunta a dona de casa, indignada.

Leia mais:
http://m.folha.uol.com.br/cotidiano/2016/11/1829222-sumico-de-cinco-jovens-completa-duas-semanas-e-misterio-cresce-em-sp.shtml

Educação: a revolução das filhas de prostitutas na Índia

27 quarta-feira jul 2016

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Asmita Katti e Shaddra K, de 18 e 16 anos, participam das oficinas da Kranti. Ángel L. Martínez

Asmita Katti e Shaddra K, de 18 e 16 anos, participam das oficinas da Kranti. Ángel L. Martínez

Educação: a revolução das filhas de prostitutas na Índia

Adolescentes de Kamathipura criam projeto para educar jovens marginalizadas por meio das artes

São mulheres e poderosas. São jovens e espertas. Foram maltratadas e são corajosas. Foram escravas e são independentes. Foram abusadas e são fortes. São artistas, professoras, jornalistas, oradoras, assistentes sociais, estudantes… São filhas das prostitutas de uma das maiores zonas de prostituição do mundo, mas não renegam o seu passado. Foram vítimas, e são agentes da mudança. Um grupo de adolescentes decididas a revolucionar ideias antagônicas na sociedade indiana.

“Fui abusada por muitos homens quando ainda era uma criança. Ainda me lembro vivamente de como, quando eu tinha nove anos, um dos clientes da zona me colocou sentada no seu colo e introduziu seus dedos na minha vagina…”, conta Shweta Katti, de 21 anos. Em um inglês perfeito, sem hesitações, ela relata a perda da inocência, a humilhação, a dor e a culpa. Mas se trata de um discurso articulado, sereno, seguro. “Eu não odeio todos os homens. Não são todos iguais”. Sua firmeza se apoia em uma explanação desprovida de dúvidas que somente o insondável exercício da memória foi capaz de transformar em construtiva. Palavras que serviram mais como um bálsamo alheio do que como um martírio próprio. Passado o suplício e a compaixão, Shweta estuda psicologia para ajudar outras meninas que foram estupradas. “As mulheres de Kamathipura [o bairro de prostituição de Mumbai] acham que não podem sonhar grande, e isso as impede de atingir os seus objetivos”. Mastigada e saboreada por ela mesma, sua história é um exemplo de superação para muitos públicos diferentes e tem lhe valido o reconhecimento internacional de 25 menores de 25, mulheres jovens exemplares, ao lado de outras mulheres, como a militante e Prêmio Nobel da Paz paquistanesa Malala Yousafzai.

…Minha avó vivia em Karnataka [estado indiano ao sul de Mumbai] e era dançarina. Levaram-na para trabalhar em Kamathipura quando era menor. Ela não sabia que se tratava de um bordel. Depois vieram os vícios e tudo o mais”, conta Sheetal. Três gerações de mulheres de sua família sobreviveram na favela da prostituição. Sob uma promessa de trabalho e tiradas em idade prematura de outros estados ou de países vizinhos como o Nepal e Bangladesh, as escravas sexuais são presas e transformadas em prostitutas pelos dalals — cafetões — até atingirem idades acima de 25 anos. Então, o sistema adhiva — receitas compartilhadas — as obriga a ceder uma parte de seus ganhos em itens como aluguel e segurança; reduzindo a 40% a sua já minguada renda.

Leia mais:
http://brasil.elpais.com/brasil/2016/06/24/internacional/1466769362_575564.html?id_externo_rsoc=FB_CM

“A guerra às drogas é um mecanismo de manutenção da hierarquia racial”

27 quarta-feira jul 2016

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Entrevista – Deborah Small

“A guerra às drogas é um mecanismo de manutenção da hierarquia racial”

Em visita ao Brasil, ativista norte-americana formada em Harvard diz que a política proibicionista teve sucesso ao criminalizar negros e pobres

A guerra às drogas é uma ferramenta da qual a sociedade contemporânea depende para manter negros e pobres oprimidos e marginalizados. Esta é a opinião da ativista do movimento negro norte-americano Deborah Small, formada em Direito e Políticas Públicas pela Universidade de Harvard.

Em viagem pelo Brasil para uma série de palestras sobre política de drogas, racismo e encarceramento, Small desembarca nesta quarta-feira 27 em São Paulo, depois de passar por Rio de Janeiro, Salvador e Cachoeira, no Recôncavo Baiano.

Em entrevista a CartaCapital, a ativista fez um paralelo entre as polícias do Brasil e dos EUA – onde tem crescido a tensão com a comunidade negra – e defendeu que o Brasil assuma uma posição de liderança no debate regional. “A única coisa capaz de ajudar a América do Sul é dar um fim à política proibicionista”, disse a ativista.

Deborah Small já foi diretora de assuntos legais da New York Civil Liberties Union, pela qual se dedicou à defesa dos direitos dos presos. Depois ocupou o cargo de diretora de políticas públicas e articulação comunitária da Drug Policy Alliance e há cerca de dez anos criou a organização Break the Chains, cujo objetivo é conscientizar a comunidade negra norte-americana sobre os efeitos perversos da guerra às drogas. Confira a entrevista:

Leia mais:
http://www.cartacapital.com.br/sociedade/a-guerra-as-drogas-e-um-mecanismo-de-manutencao-da-hierarquia-racial?utm_content=buffercf599&utm_medium=social&utm_source=twitter.com&utm_campaign=buffer

‘Pixote’ foi mais que uma história

16 sábado jul 2016

Posted by auaguarani in Cultura, Dica cultural, ECA, Educação, Educação Inclusiva, Educador, Formação, História, Preconceito, Sociedade, Violência

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ator, cinema, desigualdade social, Fernando Ramos da Silva, Hector Babenco, inclusão social, Oscar, periferia, Pixote, polícia militar, realidade

‘Pixote’ foi mais que uma história

O filme mais famoso de Hector Babenco marcou o começo da trágica historia de Fernando Ramos da Silva, seu principal ator. Em 1987, O EL PAÍS publicou sobre a sua morte

Como costuma acontecer em casos assim, há duas versões totalmente contraditórias. A polícia de São Paulo afirma ter perseguido dois assaltantes até um barraco numa periferia miserável da maior cidade brasileira. Um deles se entregou, o outro enfrentou os policiais a bala e foi morto no tiroteio. Poderia ser uma dessas mortes rotineiras na violência dos subúrbios da Grande São Paulo, onde a polícia costuma atirar várias vezes antes de insinuar qualquer pergunta. Mas Fernando Ramos da Silva, de 19 anos, foi, mais do que um rosto, uma história conhecida pelos brasileiros: ele era Pixote, personagem-título de um filme de Hector Babenco.

As versões são contraditórias, mas uma coisa ninguém pode negar: na tarde da terça-feira passada [25 de agosto de 1987] houve um morto, um rapaz de 19 anos chamado Fernando Ramos da Silva, abatido por quatro tiros no peito. Em 1979, Fernando foi selecionado entre 1.300 outros meninos para o papel de um pequeno marginal em um dos filmes mais agudos realizados no Brasil nos últimos anos. Ganhou, na época, o equivalente a 1.000 dólares por seu trabalho [cerca de 11.000 reais, levando-se em conta a inflação do dólar entre 1981 e 2016]. Não era um ator-mirim: sua única experiência havia sido numa peça de teatro montada quatro anos antes. Vivia, com a mãe e sete irmãos, numa casa de quarto e sala na Vila Ester, perdida na periferia de São Paulo [em Diadema]. O filme teve um sucesso espetacular no Brasil e uma boa carreira no exterior. Fernando decidiu mover uma ação contra o diretor Babenco, exigindo 5% do total arrecadado na bilheteria. Pixote passou a ser um símbolo. Apesar de não ter nenhuma obrigação jurídica, Babenco propôs ao rapaz que retirasse o processo em troca de uma casa ampla, com três quartos. O acordo foi consumado enquanto Fernando se debatia em fracassadas tentativas de prosseguir a carreira de ator.

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http://brasil.elpais.com/brasil/1987/09/01/actualidad/557445607_850215.html?id_externo_rsoc=Fb_CM

Saneamento Já!

16 sábado jul 2016

Posted by auaguarani in Ciência, Educação, Educação Inclusiva, Educador, ENEM, Formação, História, Meio ambiente, Profissão, Saúde, Sociedade

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água potável, água tratada, Campanha da Fraternidade, coleta de assinaturas, doenças, esgoto, estações de tratamento, Fundação SOS Mata Atlântica, Instituto Trata Brasil, limpeza, movimento Água Limpa é Onda, periferia, pobres, política pública, praias, rios, saúde pública, saneamento, tratamento

v3-05

Saneamento Já!

A  campanha Saneamento Já está mobilizando a população pelo direito ao saneamento básico universal, ao esgoto tratado para todos, e à água limpa em rios e praias brasileiros.

Além de eventos de coletas de assinaturas em diferentes cidades, conta com uma petição disponível para assinaturas na página www.sosma.org.br/saneamentoja.

A campanha é uma soma de esforços entre a Fundação SOS Mata Atlântica, o Instituto Trata Brasil, a Campanha da Fraternidade – que em 2016 chama a atenção para o direito ao saneamento básico, e o movimento Água Limpa é Onda, que pede a limpeza das praias cariocas – e mais de 40 outras organizações, escolas e grupos, que já aderiram à iniciativa e estão contribuindo com a coleta de assinaturas.

Por que assinar?

saneamento

35 milhões não têm água tratada
No Brasil, apenas 40% do esgoto gerado são tratados e cerca de 35 milhões de brasileiros ainda não têm acesso à agua tratada, segundo dados do Ministério das Cidades/SNIS 2014 e Instituto Trata Brasil.

O prejuízo decorrente deste atraso afeta várias áreas, incluindo meio ambiente e saúde. Mais de 70% das doenças que levam a internações hospitalares no país são decorrentes de contato com a água contaminada, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde SIH/SUS.

Malu Ribeiro, coordenadora da Rede das Águas da SOS Mata Atlântica, lembra que o acesso à água de boa qualidade é um direito humano, reconhecido pela ONU a partir de 2010. “Os rios urbanos do Brasil, que são poluídos e indisponíveis para o uso das comunidades, refletem como o descaso com o saneamento básico resulta no desrespeito a esse direito e a doenças graves, que tem como causa o contato com a água contaminada. Para mudar essa realidade a pressão da sociedade com a campanha Saneamento Já é fundamental”, afirma ela.

Leia mais:
http://www.saneamentoja.org.br/

Assine e participe:
https://www.sosma.org.br/peticao-saneamento/

‘Quando visto meu jaleco, me torno um sonho possível para as crianças da favela’, diz estudante negra de Medicina

14 quinta-feira jul 2016

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Boca de Favela, Complexo do Lins, comunidade, cotista, empoderamento, facebook, favela na zona norte do Rio de Janeiro, jaleco, medicina, meritocracia, Mirna Moreira, Morro dos Macacos, negra, negritude, oportunidade, periferia, pobre, pobreza, preconceito, racismo, redes sociais, sexualidade na adolescência, uerj, Universidade Estadual do Rio de Janeiro

Post sobre Mirna Moreira, que mora em favela na zona norte do Rio de Janeiro, viralizou nas redes sociais

‘Quando visto meu jaleco, me torno um sonho possível para as crianças da favela’, diz estudante negra de Medicina

A carioca Mirna Moreira, de 22 anos, lembra-se da reação dos colegas no dia em que obteve nota máxima na disciplina de Anatomia, a mais temida por alunos recém-ingressados no curso de Medicina da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro)

“Eu e uma outra menina ─ branca ─ gabaritamos a prova dessa matéria. Ninguém se surpreendeu com o desempenho dela, mas comigo foi diferente. Algumas pessoas ficaram surpresas. Ouvi a frase ‘Como assim você conseguiu?'”, recorda.

Negra e cotista, Mirna nasceu e cresceu no Complexo do Lins, conjunto de favelas na zona norte do Rio onde vive até hoje com a família.

Filha de uma telefonista e de um bombeiro, diz se considerar “privilegiada” diante da realidade hostil que a cerca. Mas não se esquece das raízes.

“Quero devolver à minha comunidade o que vou aprender no curso de Medicina. Quando ponho meu jaleco, prescrevo sonhos”, diz ela sobre a perspectiva de futuro que diz mostrar às crianças da favela.

Isso porque, quando entro na favela de jaleco, não prescrevo apenas remédios, prescrevo sonhos. Mostro para essas meninas que elas podem ter um futuro.

Leia mais:
http://www.bbc.com/portuguese/brasil-36769961?ocid=socialflow_facebook

A história de Sofia: o cruel labirinto do estupro na favela

19 domingo jun 2016

Posted by auaguarani in Afrodescendentes e africanos no Brasil, Ambiente escolar, Bullying, Cultura, ECA, Educação, Educação Inclusiva, Educador, Experiências, Formação, Gênero, Preconceito, Profissão, Saúde, Sociedade, Violência

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 Juca Varella Fotos Públicas

Juca Varella Fotos Públicas

Especial | Violência sexual nas favelas

A história de Sofia: o cruel labirinto do estupro na favela

Ela sofreu abusos durante sua adolescência. Depois descobriu que sua filha de 12 anos sofria o mesmo

Sofia* sofreu um baque quando descobriu há dois anos que a sua filha Laís*, então com 12, vinha sendo abusada sexualmente pelo padrasto desde os seis. Jamais desconfiou de seu então marido, mas imediatamente decidiu se separar e denunciar o caso para a polícia. Decisões difíceis, mas tomadas para dar à sua filha a proteção que ela nunca recebeu durante a sua infância. Quando também era criança, Sofia foi estuprada pela primeira vez. Também dentro de casa. “Perdi minha mãe com quatro anos, mas logo depois uma moça me pegou na rua para criar. Fui crescendo, até que aconteceu. Fui abusada na casa dessa moça pelo marido dela. Não tinha como ficar lá e voltei para a rua”, conta esta dona de casa, moradora de uma favela de Niterói, cidade vizinha da capital Rio de Janeiro.

Uma vez fora de casa, começou a usar drogas e a se prostituir para sustentar o vício. Para não morrer, sofreu calada vários estupros coletivos de traficantes que ocupam comunidades de Niterói. “As meninas caem muito fácil na conversa dos meninos. Querem se sentir mais importantes na favela, que as outras fiquem com inveja. Eu também era assim”, explica. “Mas eles eram muito violentos, forçavam a barra. A gente tinha que fazer. Se não fizesse, eles matavam”.

Hoje, com 33 anos, vive em uma casa própria com seus quatro filhos — dois deles de seu ex-marido violador. Sua história até aqui é a história de outras milhões de brasileiras que, como ela, sofreram abusos repetidas vezes tanto dentro como fora de casa, tanto por familiares como por estranhos — independente de sua origem ou classe social. O que muda no caso de Sofia e de outras mulheres que vivem nas periferias brasileiras é a forma como podem reagir a esses abusos. Elas têm de lidar com a violência de traficantes e milicianos que fazem e aplicam a lei nas comunidades, com a indiferença de autoridades policiais que na maioria das vezes constrangem e culpabilizam a vítima, e com a falta de amparo e de conhecimento de suas respectivas famílias — principalmente quando o agressor é um parente ou o próprio companheiro. Em suma, essas mulheres têm de percorrer um cruel labirinto em que, a cada saída, se deparam com perigosas armadilhas.

Leia mais:
http://brasil.elpais.com/brasil/2016/06/18/politica/1466201238_742370.html

Tudo errado no vídeo em que menino “inocentou” PMs

13 segunda-feira jun 2016

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Tudo errado no vídeo em que menino “inocentou” PMs

Para especialistas, vídeo que Alckmin chamou de “espontâneo” mostra que policiais constrangeram criança e induziram respostas

“Parece ser espontâneo”, disse o governador Geraldo Alckmin (PSDB) a respeito do vídeo gravado por policiais em que um menino de 11 anos confirma a versão oficial para a morte de Ítalo Ferreira de Jesus Siqueira, 10 anos, baleado na cabeça por policiais militares após furtar um carro de um condomínio na Vila Andrade, zona sul de São Paulo. No vídeo, o menino afirma que Ítalo trocou tiros com a polícia e diz que o colega pretendia “matar os moradores” do condomínio “para dormir no prédio”.

Desde que o vídeo foi gravado, o menino mudou duas vezes a versão para os acontecimentos da noite de quinta (2/6). No seu último depoimento, dado no domingo à Corregedoria da PM, quatro dias após o crime, o garoto, acompanhado dessa vez pela mãe e por uma psicóloga, contou que Ítalo estava desarmado e foi executado pelos policiais.

Quando foi que o menino falou a verdade, no vídeo ou no interrogatório formal? Ainda é cedo para dizer, mas especialistas ouvidos pela Ponte Jornalismo dizem que as imagens gravadas pelos policiais não mostram nada parecido com um interrogatório formal, apenas uma sessão de constrangimento em que o interrogado é forçado a dizer o que os policiais queriam ouvir.

Leia mais:
http://ponte.org/tudo-errado-no-video-em-que-menino-inocentou-pms/

“São evidentes os indícios de que a PM executou uma criança de 10 anos”

13 segunda-feira jun 2016

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“São evidentes os indícios de que a PM executou uma criança de 10 anos”

O advogado Ariel de Castro Alves, concedeu uma entrevista exclusiva aos Jornalistas Livres sobre o caso do assassinato do menino Ítalo, de apenas 10 anos, pela PM no começo da noite de 2 de junho no bairro do Morumbi, em São Paulo. Ele é integrante do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Humana de São Paulo (CONDEPE), órgão do governo de São Paulo, indicado na quota destinada à representação da sociedade e tem acompanhado a família de Ítalo, e seu amigo de apenas 11 anos, que também participou do furto de um carro antes da execução.

Na entrevista, o advogado desmonta a versão da PM de que Ítalo estaria armado e teria atirado contra as PMs. Ele mostra como foi montada a cena do crime para construir uma história fantasiosa que chega ao macabro nonsense de imaginar que Ítalo teria atirado nos policiais e, depois de morto, recolocado suas luvas.

O advogado, que tem sido seguidamente ameaçado, critica a operação de acobertamento do crime encetada pelo secretário de Segurança de São Paulo, Mágino Barbosa Filho, e pelo governador Geraldo Alckmin e desvenda, ainda que brevemente, a trágica história de Ítalo e sua família e seu pedido de socorro:

“Quando ele nasceu, o pai estava preso e a mãe foi presa logo a seguir. Sabe como ele sobreviveu? As moradoras da favela do Piolho que tinham bebê revezavam-se para amamentar Ítalo. Ele era uma criança filha de uma família em crise profunda, criada na rua, que pediu socorro dezenas de vezes e não foi ouvido.(…)Todos os órgãos da infância e da juventude falharam ao não acolher esta criança que gritava por socorro.”

Leia mais:
https://jornalistaslivres.org/2016/06/exclusivo/

Redução da maioridade penal volta à pauta da CCJ nesta quarta

01 quarta-feira jun 2016

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21/2013. 115/2015, 74/2011, Aloysio Nunes Ferreira, autonomia de fiscalização dos atos do Poder Executivo, baixa renda, CCJ, CGU, Comissão de Constituição Justiça e Cidadania, crimes hediondos, debate, homicídio doloso, inimputabilidade penal, Lei nº 8.072/1990, MP 726/2016, PEC 33/2012, penalização de menores, periferia, pobre, PSDB, Randolfe Rodrigues, rede, redução da maioridade penal, Ricardo Ferraço, tráfico de drogas

Redução da maioridade penal volta à pauta da CCJ nesta quarta

A redução da maioridade penal volta à pauta da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) nesta quarta-feira (1º). A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 33/2012, do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), abre a possibilidade de penalização de menores de 18 anos e maiores de 16 anos pela prática de crimes graves.  A proposta foi discutida no último dia 18, quando teve pedido de vista do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), autor de voto em separado contrário à PEC 33/2012.

A proposta tramita em conjunto com mais três PECs que versam sobre o tema. No relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), foi apresentado um substitutivo que manteve a aprovação do texto de Aloysio e rejeitou as outras três (PECs 74/2011,  21/2013 e 115/2015). O foco de Ferraço foi detalhar os crimes graves envolvendo menores que podem ser alvo de desconsideração da inimputabilidade penal. Além dos crimes hediondos listados na Lei nº 8.072/1990, a redução da maioridade penal seria cabível na prática de homicídio doloso, lesão corporal seguida de morte e reincidência em roubo qualificado.

Ao contrário do que previa a proposta de Aloysio, o relator decidiu excluir desse rol o crime de tráfico de drogas. A desconsideração da inimputabilidade penal de menores de 18 anos e maiores de 16 anos deverá ser encaminhada pelo Ministério Público.

Leia mais:
http://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2016/05/30/reducao-da-maioridade-penal-volta-a-pauta-da-ccj-nesta-quarta

Boa parte do funk é, sim, expressão do horror e da barbárie que nos assola. Mas é possível criticá-lo sem criminalizar a periferia?

01 quarta-feira jun 2016

Posted by auaguarani in Ambiente escolar, Bullying, Cultura, ECA, Educação, Educação Inclusiva, Educador, Formação, Gênero, História, Preconceito, Profissão, Saúde, Sociedade, Violência

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#MeuPrimeiroAssédio, agressão sistêmica, barbárie, colonização, colonizadores portugueses, comportamento, criminilização, culpabilizar a vítima, cultura do estupro, cultura periférica, diversidade cultural, drogas, estupro, estupro coletivo, expressão cultural, feminismo, função ideológica, funk, funk carioca, identidade periférica, incitação ao crime, juventude, machismo, manifestação cultural, mídia, MC Bin Laden, MC Carol, MC Priscila, misógina, periferia, preconceito, rio de janeiro, valores, violência sexual

Boa parte do funk é, sim, expressão do horror e da barbárie que nos assola. Mas é possível criticá-lo sem criminalizar a periferia?

Uma reflexão de Acauam Oliveira

Diante da comoção geral ocasionada pelo caso estarrecedor de estupro de uma jovem de 16 anos por 33 homens no Rio de Janeiro, diversos textos e artigos passaram a enfatizar a necessidade de tratarmos da cultura do estupro vigente no Brasil. Como era de se esperar, o debate se polarizou entre visões mais progressistas – com o levantamento de centenas de dados estarrecedores e exposição sistemática das práticas de perpetuação do estupro e proteção aos estupradores – e olhares mais conservadores, dos mais “leves” aos mais agressivos. Entre esses, o posicionamento mais comum foi o já esperado (e caricato) argumento de que isso seria uma “invenção feminista”.

Contudo, em certo momento os dois campos passaram a questionar, com propósitos diferentes, qual seria o papel do funk carioca na cultura do estupro, dado o fato de que a tragédia ocorreu em uma comunidade no Rio de Janeiro. Dentre as questões colocadas, uma que me parece fundamental foi lançada pela direita, evidentemente em tom de provocação: o desconforto e mesmo incapacidade que a esquerda tem em apontar e, sobretudo, lidar com os problemas do funk carioca. E aqui irei acrescentar um depoimento pessoal. Estava procurando artigos sobre a relação entre funk e machismo para escrever esse texto, e me surpreendi por não ter encontrado praticamente nada em sites de esquerda. Quase toda discussão nesse sentido estava no campo da direita, enquanto os sites de esquerda focavam muito mais nas relações entre funk e feminismo. Não que não exista reflexão sobre isso entre a esquerda: mas o foco hegemônico não é esse.

* O autor, Acauam Oliveira, nasceu no Rio de Janeiro, foi criado no interior de São Paulo, se formou na capital paulista e atualmente vive na Paraíba. É, em suas próprias palavras, um preto de 34 anos que defendeu o doutorado sobre música popular na faculdade de Letras da USP, pagodeiro, são-paulino e sofredor. É um dos editores do site CHIC Pop.

Leia mais:
http://farofafa.cartacapital.com.br/2016/06/01/sobre-o-funk-carioca-e-a-cultura-do-estupro/

Aluna de escola pública representará o Brasil em Olimpíada de Neurociência

25 quarta-feira maio 2016

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2016 Brain Bee World Championship, camelô, Camila Marra, ciência, Colégio Pedro II, Enem, ensino federal, escola pública, Favela da Camarista, Lorrayne Isidoro Gonçalves, menina, Museu Itinerante de Neurociência, negra, neuroanatomia, neurociências clínicas, neurofisiologia, neurohistologia, Olimpíada de Neurociência, periferia, pesquisa, professora de biologia, subúrbio, voluntária

Lorrayne deseja fazer medicina. Foto: Alfredo Mergulhão

Lorrayne deseja fazer medicina. Foto: Alfredo Mergulhão

Aluna de escola pública representará o Brasil em Olimpíada de Neurociência

Lorrayne Isidoro Gonçalves, de 17 anos, está com viagem marcada rumo à Copenhague, na Dinamarca, para representar o Brasil na 16ª Olimpíada Internacional de Neurociência (2016 Brain Bee World Championship), que acontece de 30 de junho a 4 de julho.

Aluna de escola pública e moradora da Favela da Camarista, no Méier, subúrbio do Rio de Janeiro, a jovem superou outros 13 concorrentes na final do torneio da 4ª Olimpíada Brasileira de Neurociências (Brazilian Brain Bee). Para vencer a competição, Lorrayne teve de responder 100 questões em provas de neuroanatomia, neurohistologia, neurofisiologia e neurociências clínicas.

“Está uma correria agora. Tenho que me preocupar com passaporte, buscar mais livros para estudar e organizar meu tempo para me sair bem na olimpíada, sem esquecer da escola e do Enem. Mas eu estou muito feliz. Faço isso com dedicação e alegria”, conta Lorrayne, na barraca de camelô do pai, nas proximidades da estação de trem do Engenho Novo, na zona norte do Rio, pouco depois de sair do Colégio Pedro II, instituição de ensino federal em que estuda.

Leia mais:
http://educacao.uol.com.br/noticias/2016/05/25/aluna-de-escola-publica-representara-o-brasil-em-olimpiada-de-neurociencia.htm?cmpid=tw-uolnot

‘Cada corrupto que se dá bem é um moleque da minha quebrada assassinado’, diz Criolo

29 sexta-feira abr 2016

Posted by auaguarani in Ambiente escolar, Cultura, Ditadura cívico-militar brasileira, ECA, Educação, Educação Inclusiva, Educador, Formação, História, Mundo, Profissão, Sociedade, Violência

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#ForaCunha, ódio, constituição, corruptos, criolo, democracia, desigualdade social, eleição, elite branca, empresários, golpe, impeachment de Dilma Rousseff, impunidade, indignação, interesses de classe, intolerância, ladrões, manipulação de notícias, mídia mentirosa, periferia, preconceito, tucanos golpistas, violência, voto popular

‘Cada corrupto que se dá bem é um moleque da minha quebrada assassinado’, diz Criolo

Nos labirintos da lendária casa de shows Koko, em Londres, Criolo aparenta cansaço ao chegar para a entrevista. Aquele domingo chuvoso era o quarto dia seguido de shows em uma rápida turnê pela Inglaterra.

O repórter teme uma conversa morna pela frente, mas a impressão logo se mostraria errada. Em papo com a BBC Brasil – e no palco em seguida –, o rapper e compositor expôs sua visão sobre a crise no país.

“O que acontece hoje é que algumas pessoas extremamente inteligentes têm em suas mãos um regimento e sabem mexer com esse regimento. Sabem cada espaço, cada fresta, e ali vão criando seu império. E são capazes de tudo para proteger seus interesses, até parar o país e fazer com que as pessoas se matem na rua”, diz ele, em referência ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Não concordo (com o impeachment de Dilma Rousseff). Se fosse pelos motivos certos, sim. A questão não é limpar o país da corrupção. Parece que descobriram que só há corrupção agora. Mas o presidente da Câmara é o primeiro parlamentar citado na Lava Jato

Leia mais:
http://www.bbc.com/portuguese/brasil/2016/04/160426_criolo_crise_tg.shtml?ocid=socialflow_facebook

Uma em cada 4 pessoas assassinadas em SP foi morta pela polícia

26 terça-feira abr 2016

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agressão policial, assassinatos, baixa renda, boletins de ocorrência, discriminação racial, execução, executados, geraldo alckmin, governo do estado de são paulo, impunidade, jovens, negros, periferia, pobres, polícia militar, racismo, violência

Uma em cada 4 pessoas assassinadas em SP foi morta pela polícia

Mortes classificadas na capital como confronto aumentaram 61% em 2015.
SPTV teve acesso a mais de 4 mil boletins de ocorrência via Lei de Acesso.

A polícia paulista foi responsável por uma em cada quatro pessoas assassinadas na cidade de São Paulo em 2015, a maior taxa já registrada, segundo levantamento do SPTV. Os dados indicam ainda que as mortes classificadas como confronto entre suspeitos e policiais militares de folga aumentaram 61%.

Em todo o ano de 2015, a polícia matou 412 pessoas na capital, o que representa 26% dos 1.591 assassinatos da cidade, um recorde. Em 2014, a polícia matou 24% das vítimas de assassinato. Em 2013, 16% e em 2005, 5%. O número inclui apenas as mortes em supostos confrontos.

Em algumas regiões da cidade, a polícia matou ainda mais em 2015. No Butantã, Jaguaré e Jardim Arpoador, na Zona Oeste, uma em cada duas vítimas foram mortas por policiais, segundo informações exclusivas obtidas pelo SPTV via Lei de Acesso à Informação.

Leia mais:
http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2016/04/uma-em-cada-4-pessoas-assassinadas-em-sp-foi-morta-pela-policia.html

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Água e sal para o almoço? Página no Facebook reúne flagras de merenda em SP

06 quarta-feira abr 2016

Posted by auaguarani in Ambiente escolar, Cultura, ECA, Educação, Educador, Formação, Profissão, Saúde, Sociedade

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Estudantes publicam foto de bolachas e suco distribuídos em colégio estadual

Estudantes publicam foto de bolachas e suco distribuídos em colégio estadual

Água e sal para o almoço? Página no Facebook reúne flagras de merenda em SP

No lugar de arroz, feijão e carne, biscoito e bebida láctea de morango. Em vez de macarrão com frango, nada.

Essa é a realidade que alunos de algumas escolas do Estado de São Paulo enfrentam na hora da merenda. Revoltados (e famintos), um grupo de estudantes secundaristas resolveu usar as redes sociais para denunciar a falta ou a precarização de suas merendas.

No perfil “Diário da Merenda” no Facebook e no Instagram, os próprios estudantes postam fotos de refeições precárias ou até da chamada merenda seca: barrinhas de cereais, bolachas, caixinhas de achocolatados. Muitas vezes, eles também fotografam o cardápio do que estava programado para contrapor com que o de fato foi servido e também contam como era a merenda antes.

Mas as iniciativas dos alunos vêm gerando reações contrárias.

Uma estudante da Grande São Paulo, por exemplo, teve de se explicar após publicar a foto de mesas vazias no colégio onde estuda. A estudante, que não será identificada, contou à BBC Brasil que desde o início do ano letivo não há merenda na escola, no período noturno.

Leia mais:
http://educacao.uol.com.br/noticias/bbc/2016/04/06/agua-e-sal-para-o-almoco-pagina-no-facebook-reune-flagras-de-merenda-em-sp.htm

Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial

21 segunda-feira mar 2016

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Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial

AFREAKA

Hoje é o Dia Internacional Contra a Discriminação Racial. A data foi criada pela ONU para lembrar o massacre de Sharpeville, bairro de Joanesburgo, na África do Sul. Em 1961, cerca de 20 mil negros protestavam contra a obrigatoriedade de portar cartões de identificação limitando os locais onde podiam transitar.

Insatisfeitos, cerca de 20 mil negros sul-africanos resolveram se manifestar e foram duramente reprimidos pelo exército, que acabou matando 69 pessoas e ferindo outras 186. Desde então, 21 de março ficou marcado como o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial.

No Brasil, os negros formam mais de 50% da população e mesmo assim o racismo ainda vive em diferentes setores da sociedade. Para se ter uma ideia, de acordo com números da Anistia Internacional, em 2012 56 mil pessoas foram assassinadas no Brasil, sendo 30 mil jovens entre 15 e 29 e 77% deles negros.

Para chamar a atenção e mobilizar a sociedade contra o genocídio da população negra brasileira, a Anistia Internacional Brasil idealizou a campanha Jovem Negro Vivo, que cobra das autoridades políticas de segurança pública, educação, saúde, trabalho, cultura e outras ações que auxiliem na mudança deste cenário.

‪#‎EuQueroVerOsJovensVivos‬ ‪#‎JovemNegroVivo‬

(Foto: Lucas Jatobá)

Leia mais:
https://www.facebook.com/siteafreaka/?fref=ts

Políticas de igualdade racial fracassaram no Brasil, afirma ONU

14 segunda-feira mar 2016

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Políticas de igualdade racial fracassaram no Brasil, afirma ONU

Apesar de 20 anos de iniciativas para reduzir a disparidade vivida pelos negros na sociedade brasileira, a Organização das Nações Unidas (ONU) afirma que o país “fracassou” em mudar a realidade de discriminação e da pobreza que afeta essa parcela da população. Num raio-X da situação da população afro-brasileira que será apresentado nesta segunda-feira (14), no Conselho de Direitos Humanos, a ONU aponta que houve “um fracasso em lidar com a discriminação enraizada, exclusão e pobreza enfrentadas por essas comunidades” e denuncia a “criminalização” da população negra no Brasil.

O documento obtido pela reportagem foi preparado pela relatora sobre Direito de Minorias da ONU, Rita Izak, que participou de uma missão no Brasil em setembro do ano passado. Suas conclusões indicam que o mito da democracia racial continua sendo um obstáculo para se reconhecer o problema do racismo no Brasil. “Esse mito contribuiu para o falso argumento de que a marginalização dos afro-brasileiros se dá por conta de classe social e da riqueza, e não por fatores raciais e discriminação institucional”, constatou a relatora.

Para ela, “lamentavelmente, a pobreza no Brasil continua tendo uma cor”. Das 16,2 milhões de pessoas vivendo em extrema pobreza no país, 70,8% deles são afro-brasileiros. Segundo o levantamento da ONU, os salários médios dos negros no Brasil são 2,4 vezes mais baixos que o dos brancos e 80% dos analfabetos brasileiros são negros.

Leia mais:
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2016/03/14/politicas-de-igualdade-racial-fracassaram-no-brasil-afirma-onu.htm

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