A linha entre educar e controlar é muito sutil. E os adultos geralmente ultrapassam esta linha. Pensamos que devemos, a todo o tempo, ensinar as crianças. É certo que as crianças têm muito o que aprender, porém não podemos conceber que nossa maneira de fazer as coisas e de ver o mundo é a mais válida, ou a única correta.
Ciência se aproxima da criação de mentes sem lembranças
Pesquisas apontam que é possível apagar memórias armazenadas em um neurônio sem afetar outras
A memória se parece bem pouco com um sistema de gravação que registra fielmente o que aconteceu conosco. Como vários estudos já demonstraram, ela é uma reconstituição daquilo que vivemos, mas adaptada para servir da melhor maneira possível à nossa sobrevivência. Isso ajuda a entender também por que algumas recordações se fixam em nosso cérebro enquanto outras desaparecem. Os acontecimentos menos frequentes costumam ficar mais bem guardados, assim como aqueles associados a emoções intensas. Juntamente com essas lembranças aparentemente mais relevantes, costumam ficar armazenadas outras a elas associadas.
Se uma pessoa se vê prestes a morrer em uma floresta devorada por um urso, além da própria lembrança do encontro com o animal ela terá recordações aparentemente irrelevantes daquilo que aconteceu antes de chegar ali, pois nelas poderá haver sinais que a ajude no futuro a prever que está prestes a se colocar em perigo novamente. Essa forma de memorização já é utilizada em algumas técnicas de ensino, que procuram introduzir nas aulas elementos emotivos ou surpreendentes que sirvam como gancho em torno do qual podem se fixar na memória conteúdos que normalmente desaparecem em meio à rotina cotidiana.
Sem provas ou divisão por disciplinas, escola promove educação holística
Wish Bilingual School incentiva a livre exploração e a aprendizagem por meio de projetos para fortalecer a autonomia dos alunos
Nada de provas, carteiras enfileiradas, currículo organizado por disciplinas ou divisão por séries. Na Wish Bilingual School, localizada no Jardim Anália Franco, zona leste de São Paulo, o bilinguismo está longe de ser o seu maior diferencial. Para estimular o desenvolvimento integral dos alunos, a escola passou a valorizar a educação holística como uma estratégia central do seu projeto pedagógico.
Voltada para a educação infantil e os anos iniciais do ensino fundamental, a escola tem pouco mais de cem alunos e trabalha com a metodologia de projetos para incentivar que eles construam conhecimentos a partir dos seus interesses. A proposta é pautada por diferentes aspectos que envolvem corpo, mente, espírito, autoconhecimento, relação com o mundo e com os outros.
Estes morangos são vermelhos? Pense bem, talvez sua mente esteja te enganando
Às vezes, as coisas não são exatamente o que parecem.
À primeira vista, essa foto parece ter sido mal tirada. Ou talvez alguém estaria brincando com filtros ou algum programa de edição fotográfica.
Mas o que você realmente está vendo é uma imagem que não contém nenhum pixel – a menor unidade de uma imagem digital – da cor vermelha.
Ou seja, se você está enxergando morangos vermelhos, na verdade está sendo enganado por sua própria mente.
A explicação é científica. As cores aparecem de maneira diferente em função da luz – a iluminação gerada por lâmpadas fluorescentes (aquelas que existem em muitos escritórios) não é a mesma provocada pelas incandescentes (normalmente usadas nas casas), por exemplo.
Aula sobre sentimentos fortalece o desenvolvimento das crianças
Projeto de Alfabetização Emocional será um dos estudos de caso do Educação 360
RIO — A falta de um trabalho voltado diretamente para as relações interpessoais e para o trato dos sentimentos na sua própria formação quando criança motivou a artista plástica Lívia Moura a desenvolver um projeto de alfabetização emocional voltado para os pequenos. A iniciativa veio do sul da Itália, onde Lívia começou a fazer a oficina, direto para a escola americana Our Lady of Mercy School (OLM) e será apresentada como um dos estudos de caso no dia 23, no Educação 360.
Durante uma hora, uma vez por semana, as cadeiras da sala de aula são afastadas e as crianças se sentam no chão para dar início à atividade.
— A ideia é que eu possa transmitir conhecimentos da mente e das emoções para as crianças para que elas possam se tornar adultos mais plenos. As crianças são mais libertas com os sentimentos delas. Vai ser muito mais fácil continuar trabalhando esses assuntos na vida adulta do que começar a meditar e fazer análise aos 30 anos — acredita.
Puede que esta ilusión óptica te descoloque el cerebro, pero tiene explicación
Un profesor de matemáticas ha creado un efecto que te tendrá en suspense por varios minutos
Confiamos demasiado en nuestro sentido de la vista. Pero, a menudo, nuestros ojos nos tienden trampas.
Sobre todo, cuando nos ponen delante cosas como esta:
Los “cilindros ambiguos” no son ni cuadrados ni circulares.
Lo habéis visto bien. Formas cuadradas que frente al espejo parecen circulares. Formas circulares que frente al espejo parecen cuadradas. Cruces que en realidad no existen. Giros que cambian por completo la apariencia de lo que creíamos estar viendo.
En realidad, no se trata más que de una ilusión óptica. Los llamados “cilindros ambiguos” son una creación de Kokichi Sugihara, profesor de matemáticas en la Universidad de Meiji en Japón.
El truco está en que los cilindros forman una estructura creada a partir de un ángulo cerrado, junto a pliegues juiciosamente colocados que parecen curvas al verse de frente.
Aunque en la teoría puede parecer algo difícil, no es más que un trabajo a conciencia de un diseñador que juega con los cilindros. Como vemos cuando los pone de lado, la forma real no es ni la circular ni la cuadriculada.
Incluso, Sugihara ha puesto a disposición de todo el mundo un PDF con el que poder imprimir una réplica de uno de sus tantos juegos ópticos. En concreto, este:
Gracias al efecto, Sugihara ha quedado segundo en el campeonato que ya ganó en 2010.
Gracias a este efecto, Sugihara ha conseguido el segundo puesto en el Best Illusion of The Year Contest, campeonato que ya ganó en el año 2010 con un efecto que muchos recordarán.
Lo que llamara “pistas antigravedad” bebe del mismo concepto de los anteriores. Son cilindros que, jugando con sus formas y nuestra manera de percibirlas según la perspectiva, nos dan la sensación de tener profundidad cuando, en realidad, no la tienen. Una de las tantas formas que Sugihara tiene de engañar a la mente.
Método desenvolvido por professores da Harvard faz abordagem lúdica da disciplina e ganha adeptos pelo Brasil
Anos atrás, quando os professores americanos Robert e Ellen Kaplan conversavam sobre suas rotinas em sala de aula, eles constataram algo. Bob, professor de uma das mais conceituadas instituições de ensino do mundo, a Universidade de Harvard, e Ellen, que então lecionava em uma escola regular (hoje ela é também professora de Harvard), perceberam que um ponto unia seus alunos: todos eles odiavam Matemática.
Com surpresa, o casal constatou que as raízes da rejeição da disciplina estava, basicamente, no fato de que muitos professores tinham medo da Matemática e se mostravam muito bons em ensinar o seu medo. “É um mito de nossa cultura e do nosso tempo que a matemática é somente para poucos escolhidos, que ela é super humana, para super-homens somente. A matemática é a nossa linguagem nativa perdida, que se redescobre explorando-a e praticando-a”, diz Bob.
É essa descrença na capacidade de resolver problemas matemáticos que alimenta a aversão pela área, apesar de provar-se infundada. Ellen explica: “A matemática é mais fácil de dominar do que as irregularidades surpreendentes e as regras estranhas da linguagem, falada ou escrita. A mente tem uma afinidade com a matemática assim como o corpo tem com a dança”.
Diga-me e eu esquecerei, pergunte-me e eu descobrirei
Psicanálise freudiana não teve o menor efeito na neurociência atual: é outra teoria estéril para a ciência
Se a porta mais real da ficção é 221B de Baker Street, onde Sherlock Holmes atendia seus clientes pitorescos, o mais ficcional da realidade é o 19 da rua Berggasse, onde Sigmund Freud tratou seus próprios pacientes, durante o meio século que mudou o mundo e nossa compreensão dele, e também nosso conhecimento sobre o cérebro e a mente, que em última análise terminou sendo a mesma coisa. Vamos examinar aqui três termos ou conceitos, se quisermos ser pomposos, que estão associados a Freud como as duas metades de um velcro: o significado dos sonhos, o poder do inconsciente e o valor clínico da psicanálise, os três lemas ou slogans freudianos que prometiam abrir um continente à vida intelectual do século XX.
Os sonhos são certamente um tema sexy. Eles não só inspiraram grandes obras literárias e artísticas, mas também hipóteses científicas tão terrenas quanto o anel de benzeno (um avanço essencial da química orgânica, sonhado por Kekule). Freud usou os sonhos como um tipo de droga psicotrópica, uma sonda para acessar as camadas ocultas da mente de seus pacientes, seu pensamento automático e livre de repressão defensiva, o tipo de coisa que lemos no monólogo interior de Joyce. Uma ótima ideia.
O projeto de transformação social por meio da prática científica que começou na pequena cidade da região metropolitana de Natal se estendeu para a capital potiguar e ultrapassou fronteira. Quem conta essa história é o principal autor dessa revolução
Em março de 2003, o estado do Rio Grande do Norte foi surpreendido com a notícia de que cientistas brasileiros, radicados no exterior há vários anos, pretendiam instalar na periferia da capital potiguar um grande instituto internacional de pesquisa, focado no estudo do cérebro e da mente. De repente, e de forma totalmente inusitada, a neurociência entrava na pauta de um dos menores e menos desenvolvidos estados do Brasil; um recanto típico do paradisíaco Nordeste brasileiro do início do século 21, onde a beleza natural sem igual se via sitiada, por todos os lados, por baixos índices de desenvolvimento humano e pelo pior sistema educacional público do País.
Com sua capital, Natal, situada logo abaixo do Equador, e uma costa recheada de praias maravilhosas, camarões e frutas tropicais que atraíam turistas de todo o mundo, ninguém que conhecia de passagem o Rio Grande do Norte de 2003, nem os seus próprios habitantes, poderia imaginar que o pequeno estado, que se encaixa no mapa nordestino como um tímido elefante com a tromba em direção ao Ceará, pudesse um dia ingressar e, em poucos anos, apresentar com destaque mundial uma agenda científica inovadora para todo o País. Todavia, de repente, lá estava o Rio Grande do Norte, nas manchetes dos jornais do Sul maravilha, entrando no debate sobre como criar uma indústria do conhecimento tupiniquim.
Professor usa neurociência para aluno se concentrar
Escolas levaram para a classe atividades de estímulos cerebrais que, segundo estudos, aumentam a chance de aprendizagem
Antes comum só nos laboratórios de ponta, a neurociência chegou à sala de aulaem colégios particulares de São Paulo. A ideia dos professores é propor atividades, como músicas ou jogos de raciocínio, que permitam estímulos cerebrais estratégicos. Se atingem a área certa da mente, dizem estudos, aumenta a chance de aprendizagem. O risco, de acordo com os especialistas, é dar mais importância à neurociência do que à pedagogia.