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03 domingo jun 2018
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12 domingo nov 2017
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Além Das Sombras, ética, coletivos, conceito de gênero, democracia, Democracia Corintiana, desejos democráticos, filosofia política, gênero, governo, heterogêneo, instituições, Judith Butler, leis, Ocupe a Democracia, Os fins da democracia, plural, Pompeia Sem Medo, queer, seminário internacional, Sesc Pompeia, teoria crítica neomarxista
Judith Butler no seminário internacional ‘Os fins da democracia’, no Sesc Pompeia (Foto Erika Mayumi/Divulgação)
É estranho que desejos democráticos sejam considerados perigosos, diz Judith Butler em SP
Alvo de protestos mesmo antes de chegar ao país, a filósofa norte-americana Judith Butler participou na manhã desta terça (7) do seminário internacional “Os fins da democracia”, em São Paulo, organizado pelo Convênio Internacional de Programas de Teoria Crítica da Universidade da Califórnia em Berkeley e pelo Departamento de Filosofia da USP em parceria com o Sesc.
Ainda que do lado de fora do Sesc Pompeia cerca de 70 pessoas carregassem cartazes e faixas com dizeres como “não à ideologia de gênero” e “meu filho, minhas regras”, do lado de dentro a discussão tinha como foco os rumos das democracias liberais na atualidade. Uma das principais teóricas dos estudos queer e de gênero, Butler exerce grande influência em outros campos teóricos e disciplinares como a Ética e a Filosofia Política.
Se pensarmos a democracia como uma forma de governo que cujas leis e instituições refletem o desejo das pessoas, então elas devem ser livres para pensar e debater o conteúdo dessas leis e das instituições”.
“E quando as pessoas são plurais e heterogêneas, isso significa que o pensamento deve se dedicar a conhecer e encurtar as distâncias entre elas. É estranho que esses desejos, que podemos chamar de democráticos, sejam considerados perigosos.”
“Talvez a democracia seja uma aspiração, talvez seja uma forma de governo, além de servir a ideais como igualdade, liberdade e justiça. A democracia é uma luta diária que requer um agrupamento do pensamento crítico dedicado a responder as forças que censuram as palavras, restringem a nossa liberdade, condenam nossos amores e reproduzem legados de violência e dominação.
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https://revistacult.uol.com.br/home/judith-butler-os-fins-da-democracia-sesc-pompeia/
12 domingo nov 2017
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ética, bruxa, conservadores, curandeiras, escolas, família, filósofa, fundamentalistas, gênero, heterossexualidade, homossexualidade, idade média, ignorância, intolerância, Judith Butler, MBL, mulheres, mulheres com deficiências mentais, pais, palestra, parteiras, preconceito, queer, Sesc Pompeia, vítimas de estupro
Parte do Brasil vive na idade média e tem orgulho disso
A vinda da filósofa Judith Butler ao Brasil começou a gerar polêmica desde o anúncio de sua palestra no Sesc Pompeia. Doutora em Filosofia por Yale, teórica do movimento Queer e um dos maiores nomes em filosofia, política e ética no mundo, Judith despertou a ira de setores conservadores e de fundamentalistas cristãos brasileiros simplesmente por tratar de um assunto: gênero. Grupos, supostamente ligados ao MBL, chegaram a promover uma petição para tentar impedir a vinda da filósofa, mas sem sucesso. Judith falou para alunos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e para participantes do I Seminário Queer – Cultura e Subversões da Identidade, no Sesc Pompeia, mas não sem algum barulho.
Um pequeno grupo de manifestantes se reuniu na frente do Sesc, com uma boneca de pano com o rosto de Judith, usando um chapéu de bruxa, que foi incendiada aos gritos de “queimem a bruxa”.O incidente causou o estranho fenômeno de termos a palavra “bruxa” estampada em manchetes de jornal em pleno ano de 2017. Mas por mais excêntrica que soe, a referência não tem a menor graça. A famosa caça às bruxas foi uma perseguição religiosa e social contra mulheres, que aconteceu entre os séculos XV e XVIII em partes da Europa e nos Estados Unidos.
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https://storia.me/pt/@micheli.nunes/parte-do-brasil-vive-dyojj
01 domingo out 2017
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autoridade, ética, Carrossel Holandês, conduta, desvios de comportamento, esporte, filosofia, futebol, honestidade, Immanuel Kant, Jogo Limpo, Laranja Mecânica, Malandragem, Manthiqueira, respeito
A ascensão do Manthiqueira, o time que se inspira em Kant e no Carrossel Holandês
Time que já foi o único treinado por uma mulher em São Paulo, finalmente consegue subir de divisão – prega ética em campo, com jogo sem malandragem, e respeito ao juiz
Aos 56 anos, Geraldo Márgelo de Oliveira, mais conhecido como Dado, é uma espécie de “Mujica do futebol” em Guaratinguetá. Presidente e fundador do Manthiqueira, que, após 12 anos de existência, conseguiu subir para a terceira divisão do Campeonato Paulista há duas semanas, ele dispensa carros de luxo, mora em casa simples e leva uma vida sem ostentação. Praticamente todas as suas economias foram investidas no clube – e na causa – que encampou. “O Manthiqueira é mais que um time de futebol. É uma filosofia de vida”, repete.
Muita gente em Guaratinguetá costuma chamar Dado de louco. Ele assume a fama com naturalidade. “Sempre fui meio louco mesmo. Não abro mão de ética e honestidade no futebol. E, no mundo egoísta em que vivemos, isso parece ser uma loucura mesmo.” Depois de quase fechar as portas do clube no ano passado, por causa de dívidas que somavam mais de 1 milhão de reais, o Manthiqueira enfim deixou a última divisão paulista após superar o União Mogi nas semifinais. Contando com algumas pitadas de “loucura” de seu presidente.
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https://brasil.elpais.com/brasil/2017/09/30/deportes/1506727831_982656.html
21 sexta-feira jul 2017
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aula, ética, civilização, Clóvis de Barros Filho, conduta, convívio, convívio social, dimensão pedagógica, filósofos, filosofia, Fundação Dom Cabral, gurus, intelectuais, Leandro Karnal, Mario Sergio Cortella, moral, rede, redes sociais, respeito, valores
Aulas de ética na rede
Filósofos fazem sucesso nas redes sociais ajudando a popularizar o termo tão em voga no país de hoje
Nos últimos anos, a ética deixou de ser um termo dissecado em herméticas aulas de filosofia para começar a ser discutido em ensolaradas mesas de bar, animados almoços de família e, principalmente, nas tempestuosas redes sociais. A popularização do tema, obviamente, é resultado das mudanças que o país vem sofrendo nos últimos anos. Mas para que a palavra não caia num vazio existencial, muitas pessoas têm se guiado por espécies de gurus das ciências humanas, intelectuais que não se furtam em ensinar pelos meios de comunicação mais democráticos o que são esses assuntos debatidos há milênios e tão em voga no Brasil de hoje. Os mais famosos são os professores Clóvis de Barros Filho, Leandro Karnal e Mario Sergio Cortella, todos eles filósofos. Têm mais de um milhão de seguidores nas redes sociais, mais de dois milhões de visualizações em uma única palestra no Youtube, dezenas de livros publicados (alguns na casa de 200 mil vendidos) e são assíduos frequentadores dos grupos de Whatsapp.
Cada um faz entre 20 e 30 palestras por mês, inclusive no exterior, principalmente para empresas. “Ética é a ciência que estuda a moral”, afirma Clóvis de Barros Filho, que foi professor dessa disciplina por 30 anos em universidades de São Paulo. “E a ética só existe no coletivo”, completa. Ou seja, ela só faz sentido na convivência e no reconhecimento do outro. Seja com um, dez, centenas, um país. Cortella explica que o termo é um conjunto de valores e princípios de avaliação de conduta que não existe se não for plural – de novo, a questão da vida em sociedade. “É a ética que orienta as três grandes questões da vida humana: Quero? Posso? Devo?”, afirma o professor da Fundação Dom Cabral e comentarista da CBN e da TV Cultura. Segundo ele, uma atitude só é ética se as três respostas forem sim.
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https://brasil.elpais.com/brasil/2017/07/06/economia/1499365596_396207.html
09 segunda-feira jan 2017
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Alessandro Gilioli, ética, complexidade policêntrica, democracia, existencialismo, Fórum do Futuro, filósofo, frases, fundamentalismo político-religioso, Gramsci, intelectual, internet, interregno, L’espresso, modernidade líquida, partidos anti-sistema, redes sociais, sociólogo, sociedade líquida, solidariedade carnaval, solidão, zonas de conforto, Zygmunt Bauman
Zygmunt Bauman, citando Gramsci: “se o velho morre e o novo não nasce, neste interregno ocorrem os fenômenos mórbidos mais diversos”
Bauman examina crise da internet e da política
Por Zygmunt Bauman
Redes sociais criaram redomas de pensamento único. Democracia é devastada por poderes globais. Há saídas, mas vivemos a “hora mórbida”
Zigmunt Bauman, entrevistado por Alessandro Gilioli, no L’espresso | Tradução: Antonio Martins
Zygmunt Bauman, o grande sociólogo teórico da “sociedade líquida” tem dedicado parte de suas reflexões recentes à internet – em particular, às redes sociais, acusadas de criar redes afetivas na verdade inexistentes. Nesta entrevista, feita durante o Fórum do Futuro, organizado pela Câmera de Comércio da cidade de Udine, na Itália, ele parte deste tema – porém, estende-se para a atualidade política, os chamados “partidos anti-sistema” (de esquerda e de direita) e as eleições primárias norte-americanas.
Professor Bauman, a sua crítica à internet é existencialista?
A internet torna possíveis coisas que antes eram impossíveis. Potencialmente, dá a todos acesso cômodo a uma quantidade indeterminada de informações: hoje, temos o mundo na ponta de um dedo. Além disso, a rede permite a qualquer um publicar seu pensamento sem pedir permissão a ninguém: cada um é editor de si mesmo, algo impensável há poucos anos.
Mas tudo isso – facilidade, rapidez, desintermedição – traz também problemas consigo. Por exemplo, quando você sai de casa e se encontra na rua, num bar ou num ônibus, interage – queira ou não – com as pessoas mais diversas, as que lhe agradam e as que lhe desagradam, as que pensam como você e as que pensam de modo distinto. Não pode evitar o contato e a contaminação, está exposto à necessidade de confrontar a complexidade do mundo. Esta própria complexidade não é uma experiência prazerosa e obriga a um esforço.
A internet é o contrário: permite não ver e não encontrar todos os que são diversos de você. Eis porque a rede é, ao mesmo tempo, um remédio contra a solidão – você se sente em contato com o mundo – e um lugar de “confortável solidão”, onde cada um está fechado na sua network, da qual pode excluir quem é diverso e eliminar tudo o que seja menos prazeroso.
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http://outraspalavras.net/posts/bauman-examina-crise-da-internet-e-da-politica/
09 segunda-feira jan 2017
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Adeus, Bauman…
Zygmunt Bauman, um dos maiores intelectuais do século XXI, faleceu nesta segunda-feira aos 91 anos segundo o jornal polonês Gazeta Wyborcza. A notícia já está sendo veiculada por todos os jornais de grande circulação do mundo, mas as causas da morte ainda não foram divulgadas.
Bauman nasceu na Polônia em 1925, numa família judia, e escapou para a União Soviética no início da Segunda Guerra Mundial, alistando-se no Exército Vermelho para enfrentar o nazismo. Retornando a Varsóvia iniciou seus estudos em sociologia, estudos que mais tarde lhe confeririam renome internacional.
Vivemos tempos líquidos. Nada é para durar
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http://www.revistapazes.com/adeus-bauman/
09 segunda-feira jan 2017
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Nove frases memoráveis para lembrar Zygmunt Bauman
Filósofo polonês, morto na segunda-feira, é considerado um dos principais intelectuais do século XX
O sociólogo e filósofo polonês Zygmunt Bauman morreu na segunda-feira aos 91 anos, na cidade inglesa de Leeds. Criador do conceito de “modernidade líquida”, foi um dos principais intelectuais do século XX. Permaneceu ativo e trabalhando até seus últimos momentos de vida. Nos últimos anos, concedeu várias entrevistas a este jornal. Aqui está uma lista de algumas de suas melhores frases:
1. “As redes sociais são uma armadilha”.
2. “O velho limite sagrado entre o horário de trabalho e o tempo pessoal desapareceu. Estamos permanentemente disponíveis, sempre no posto de trabalho”.
3. “Tudo é mais fácil na vida virtual, mas perdemos a arte das relações sociais e da amizade”.
4. “Esquecemos o amor, a amizade, os sentimentos, o trabalho bem feito. O que se consome, o que se compra, são apenas sedativos morais que tranquilizam seus escrúpulos éticos”.
Leia mais:
http://brasil.elpais.com/brasil/2017/01/09/cultura/1483983882_874557.html?id_externo_rsoc=FB_BR_CM
06 domingo nov 2016
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Quem são os jovens que ocupam as escolas?
Os acendedores de manhãs
artigo de Joan Edesson de Oliveira
Ah! Esses meninos. Ah! Essas meninas.
Espalham-se pelas ruas, pelas escolas, pelas universidades. Não se contentam mais em esperar pelo amanhã, não querem apenas, como deles dizia Máximo Górki, ter a face do amanhã. Têm sede de hoje, estão famintos pelo agora.
Quem são esses meninos, que ocupam o Brasil, que transbordam em sua juventude e em sua rebeldia, que não podem mais ser escondidos, por mais que tentem? São herdeiros de outros meninos, em lugares e em tempos tantos da nossa história. São herdeiros daquele menino baiano Antônio de Castro Alves, abolicionista e republicano, voz tão poderosa a pregar aos séculos que “toda noite tem auroras” e a dizer aos moços como ele que “não tarda a aurora da redenção”. Descendem eles do menino alagoano Zumbi, que imberbe ainda comandou homens e sonhou a liberdade.
Quem são essas meninas, buliçosas e de olhar tão vivo, que transpiram beleza e coragem, que erguem a voz doce e firme em tribunas hostis, obrigando velhos conservadores a desviar o olhar, envergonhados e derrotados, por mais que se vistam de vencedores? São descendentes diretas daquela menina Anita Garibaldi, que aos dezoito anos fazia guerra e amor, incendiando o sul do Brasil com a chama da liberdade. Elas vêm da baiana Maria Quitéria, pondo em fuga o opressor português. Vêm de outra baiana, Maria Bonita, que aos vinte anos armou a ternura e alou-se em lenda na caatinga sertaneja.
Por que despertam tanto ódio nas elites, por que são tão atacados? Não são um exército com tanques, mísseis, fuzis. Não são uma força estrangeira a nos invadir. Qual o perigo que representam, então? Por que jornais e emissoras de TV se empenham tanto em atacá-los? Por que representantes de um governo ilegítimo, velho, machista e misógino, atacam com tal força essas meninas que discursam? Por que recrutam milícias que parecem integralistas saídos de um mofado livro de história para atacar esses jovens?
É que esses meninos, essas meninas, riso solto e gargalhada livre, são uma grande ameaça. Os alicerces desse edifício secular das classes dominantes tremem ante o riso deles, temem a sua gargalhada. Mas acima de tudo, o que causa temor mesmo são os sonhos desses meninos e meninas. Sim, eles sonham. Sonham com educação de qualidade, sonham com justiça, sonham com uma polícia que não seja executora da juventude, sonham com um Brasil novo e têm a mais pura e justa certeza de que o novo sempre vem.
É por isso que eles são tão perigosos. É por isso que há jornalistas vendidos que os atacam. É por isso que há promotores de justiça que ordenam que eles sejam algemados. É por isso que há juízes que autorizam e recomendam o uso de técnicas de tortura contra eles. É por isso que há policiais prontos a bater, a socar, a prender. Porque esses meninos e essas meninas são perigosos, porque eles agarraram o futuro com as mãos e querem que o futuro seja aqui e agora, e não num tempo que nunca chega. Esses meninos são perigosos porque eles podem colocar o mundo de ponta cabeça, e de virá-lo em festa, trabalho e pão, como sonhou o poeta.
E esses meninos e essas meninas estão armados. Suas armas são as ideias que carregam, são o verbo que corta, a voz que inflama. Estão armados, eles. Trazem consigo a arma mais poderosa que há. Como em Pessoa, trazem em si todos os sonhos do mundo.
Parece que saíram de algum poema, esses meninos, essas meninas. Parecem que saíram de algum poema, para em tempos de tanta escuridão, de noite tão comprida, correrem pelas esquinas do Brasil, chamando pela aurora, acendendo as manhãs.
Leia mais:
http://www.vermelho.org.br/coluna.php?id_coluna_texto=8126&id_coluna=155
02 quarta-feira nov 2016
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Caco Barcellos: “Erros históricos nascem a partir da imprecisão jornalística”
Há 10 anos no ‘Profissão Repórter’ e assediado na Flip, o jornalista defende ouvir as vozes que soam
Caco Barcellos (Porto Alegre, 1950) é um dos repórteres mais conhecidos do Brasil, ainda assim não é esperado que caminhar ao ar livre com um jornalista seja comparável a circular com uma celebridade. Porém, para ele, é quase impossível dar dois passos sem que alguém peça uma foto, um autógrafo ou uns minutos de atenção a um assunto que pode render a próxima “reportagem maravilhosa”. Foi assim em Paraty, onde esteve durante a última Festa Literária de Paraty, onde participou de um debate com o repórter britânico Misha Glenny.
Há 10 anos à frente do programa Profissão Repórter, na Globo, e lançando um livro sobre essa trajetória, Caco, estatura, semblante e voz ultra-amigáveis, dá atenção a todos, sem distinção. Sorri para as selfies, anota contatos e dá o seu. Afinal, para alguém que aos 12 anos saía do bairro pobre onde morava para escutar histórias de pessoas que encontrava aleatoriamente e depois escrevê-las em casa, a rua manda.
Preciso fazer uma grande ressalva aqui, porque quando uma frase começa a circular, às vezes deixa de traduzir exatamente o que se disse. Não quero parecer pedante e nem ser o dono de verdade. Tenho o maior encanto e admiração e respeito pelo jornalismo de opinião. O que critiquei lá é quando isso vai para a reportagem. Não acho legítimo. O repórter tem o dever de ser preciso. Pode ser até analítico, mas não emitir juízo. Na reportagem de rua, fico imbuído, inclusive, de melhor informar o meu colega de opinião. Se eu não fizer isso de modo preciso e correto, ele vai emitir um juízo errado sobre aquele universo que estou retratando. E não só ele, mas também o advogado, o sociólogo, o antropólogo e mais para frente o historiador… todo mundo, na esteira do seu erro, pode cometer outros erros. Por exemplo, essa matança que a polícia militar provoca no cotidiano das grandes cidades brasileiras – isso é muito mal reportado pela mídia no seu conjunto. Quem sabe, lá no futuro, o historiador não passe em branco por esse momento da história. Não vai poder dizer “olha, os negros pobres do estado mais rico da federação estão sendo eliminados com a frequência de três por dia, um a cada oito horas”. Se o repórter não fizer esse registro preciso e contundente, a cadeia toda pode falhar, a começar pelo jornalista de opinião.
Leia mais:
http://brasil.elpais.com/brasil/2016/07/19/cultura/1468956578_924541.html?id_externo_rsoc=FB_BR_CM
31 segunda-feira out 2016
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Ana Júlia e a palavra encarnada
por Eliane Brum
O movimento de ocupação da escola pública tornou-se a principal resistência ao projeto não eleito e pode ser a pedra no caminho do PSDB em 2018
Ana Júlia Ribeiro resgatou a palavra num país em que as palavras deixaram de dizer. E que força tem a palavra quando é palavra. O vídeo que viralizou levando o discurso de Ana Júlia para o mundo mostra que a palavra dela circula pelo corpo. É difícil estar ali, é penoso arriscar a voz. Ela treme, ela quase chora, Ana Júlia se parte para manter a palavra inteira. A câmera às vezes sai dela e mostra a reação dos deputados do Paraná. Alguns deles visivelmente não sabem que face botar na cara. Tentam algumas opções, como numa roleta de máscaras, mas parece que as feições giram em falso. Deparam-se aflitos com a súbita dificuldade de encontrar um rosto. A palavra de Ana Júlia arruinou, por pelo menos um momento, a narrativa que começava a se impor: a da criminalização dos estudantes e de seu movimento de ocupação da escola pública. Mas a disputa ainda é esta. E tudo indica que se tornará cada vez mais pesada: são os estudantes que estão no caminho do projeto de poder do governo de Michel Temer e das forças que o apoiam. E são também eles que podem atrapalhar o tráfego de quem corre para 2018, em especial o PSDB de Geraldo Alckmin.
A maior parte da imprensa ignorou o movimento de estudantes que, no final da semana passada, ocupavam cerca de 800 escolas públicas do Paraná e outras centenas pelo país, incluindo universidades, em protesto contra o projeto de reforma do ensino médio do governo Michel Temer (PMDB). Projeto apresentado como Medida Provisória, o que é só mais um sinal do DNA autoritário dos atuais ocupantes do poder. Os estudantes também ocuparam as escolas em protesto contra a PEC- 241, que congela gastos públicos por 20 anos e pode reduzir o investimento em educação e saúde, áreas estratégicas para o país, com impacto direto sobre os mais pobres.
A ocupação das escolas públicas era – e é – o movimento mais importante deste momento no país – e o espaço na imprensa, quando havia, era mínimo. Até o dia em que um estudante matou outro a facadas, dentro de uma das escolas. Aí as matérias apareceram. Havia então o que dizer. Transformar um fato isolado, com suas circunstâncias particulares, em estigma de todo um movimento levado adiante por milhares de jovens é uma especialidade conhecida do não jornalismo e da política sem ética. E então veio o discurso de Ana Júlia. Não pós-verdade, mas verdade. A verdade dela, do coletivo de estudantes que ela ali representava. A potência da voz de Ana Júlia é a da palavra que tem corpo.
…
Ao esclarecer que seu discurso foi preparado em conjunto com o grupo de estudantes, pedir para não tirar fotos sozinha e evitar falar de sua vida pessoal, Ana Júlia parece conhecer os riscos de ser convertida em celebridade instantânea. Se esta conversão fosse completada, sua palavra viraria produto. E Ana Julia seria consumida e cuspida, como já aconteceu com tantos. Nos dias que se seguiram ao discurso na Assembleia Legislativa do Paraná, em Curitiba, foi possível testemunhar muitas mãos, vindas de várias direções, tentando arrancar lascas da palavra-corpo de Ana Júlia. A única proteção contra esquartejamentos na arena pública é o coletivo, o grupo, o juntos – o movimento.
…
Ter escolas que não educam para os mais pobres nunca foi de fato um problema para as elites do país. Estava tudo bem assim. O problema surgiu quando os estudantes das escolas públicas de São Paulo entenderam que a “reorganização escolar” imposta pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), que fecharia mais de 90 colégios e remanejaria mais de 300.000 alunos, era um abuso. Ocuparam então as escolas no final de 2015. E, mais do que ocuparam, cuidaram do que ninguém cuidava – limpando, pintando e consertando – e disseram que queriam, sim, ser educados. Cuidar das escolas e reivindicar ensino de qualidade virou uma transgressão a ser punida. E a ser criminalizada.
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http://brasil.elpais.com/brasil/2016/10/31/opinion/1477922328_080168.html?id_externo_rsoc=Fb_BR_CM
05 quarta-feira out 2016
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“Todo preconceituoso é covarde. O ofendido precisa compreender isso”, Mario Sergio Cortella
Violência urbana, desconfiança no outro, terrorismo. As ameaças do cotidiano que minam nossas forças são o tema desta conversa com o filósofo Mario Sergio Cortella. E ele sugere como agir diante das aflições sem perder a alegria de viver.
O filósofo e doutor em educação Mario Sergio Cortella, 61 anos, começa a entrevista dizendo: “Hoje, o Boko Haram matou cem pessoas no norte de Camarões… Todo dia há notícias assim”. O grupo fanático que ele menciona tenta fazer da Nigéria, vizinha de Camarões, uma república islâmica. E usa a barbárie para suplantar a marginalização política, econômica e social a que fora relegado pelos últimos governos. Essa facção sanguinária se tornou conhecida do público ao sequestrar 200 meninas nigerianas numa escola, em 2014. Muitas foram estupradas. Disputam o noticiário, as degolas de civis por outro bando de radicais, o Estado Islâmico e, ainda, os rescaldos do atentado ao semanário francês Charlie Hebdo, com a rejeição generalizada aos que professam o islamismo, a religião maometana que não prega o ódio muito menos a matança.
Dialogamos com o mestre que fez carreira na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo sobre esses eventos mundiais e sobre os problemas locais que causam angústia. Entre eles, a escassez de água e a falta de luz em São Paulo e outros estados, as balas perdidas no Rio de Janeiro – que, só no primeiro mês deste ano, fizeram 30 vítimas. Em um rápido olhar sobre o quadro atual, nota-se um mundo mais rabugento, intolerante, racista e dando mostras de falência de recursos naturais. Assim, a conversa é sobre nossa impotência diante dos fatos que nos oprimem e deixam a sensação de que não podemos fazer nada para mudá-los. “Mas não é para ficar deprimido com as coisas que nos perturbam”, provoca o paranaense em seu escritório, na capital paulista. “É preciso lembrar que todas essas coisas são criações nossas, da humanidade. E devemos refletir sobre elas se quisermos um futuro mais equilibrado e saudável.” Cortella lança neste mês Educação, Convivência e Ética: Audácia e Esperança! (Cortez), livro que, como suas palavras aqui, ajuda na travessia destes tempos difíceis.
08 sexta-feira jul 2016
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Aluno foi pego colando na USP e a polícia foi chamada. Mas isso é crime?
O Código Penal define penas somente para casos específicos de cola. Nos outros, infrações são julgadas internamente pelas instituições
Um aluno de 19 anos do primeiro ano de engenharia da USP foi pego colando em uma prova de cálculo. Para isso, ele utilizava um grupo de Whatsapp com mais de 200 participantes chamado “Honestidade”. A polícia foi acionada, o que levantou a questão: colar em prova é crime?
Segundo informações do boletim de ocorrência obtidas pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, o aluno foi flagrado por um professor usando o celular enquanto executava a prova. Ele pediu que o estudante entregasse o aparelho. Depois do exame, questionou o jovem junto a outros docentes.
Os professores encontraram uma foto da prova enviada pelo aluno no grupo de Whatsapp para que outras pessoas, que estavam fora da sala, enviassem a solução das questões.
05 terça-feira jul 2016
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Leandro Karnal no Roda Viva
No Roda Viva dessa segunda-feira, entrevistamos ao vivo o historiador Leandro Karnal. Ele falou sobre seu livro recém-lançado “Felicidade ou Morte” (coautoria de Clóvis de Barros Filho), que analisa, além de outros pontos, como cada época e sociedade definem o que é uma vida feliz. E também comentou problemas atuais, inclusive a intolerância e o radicalismo nas redes sociais, entre outros assuntos.
20 segunda-feira jun 2016
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Cesar Augusto Amaral Nunes, especialista em avaliação de criatividade, fala ao Porvir de seus projetos e de como o professor pode ajudar seus alunos a desenvolver pensamento crítico
Em pouco mais de 20 centímetros de tela, dezenas de professores disputam espaço para divulgar seus próprios projetos e comentar o trabalho de colegas. São pequenas ideias ou planos de aulas já robustos pensados para desenvolver a criatividade de alunos que são estimulados a sair da rotina e pensar diferente.
No computador que Cesar Augusto Amaral Nunes, pesquisador da Faculdade de Educação da Unicamp e especialista em desenvolvimento e avaliação de criatividade, pensamento crítico e resolução de problemas, levará a Paris neste mês para a reunião da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) estão amostras de como é possível envolver a estrutura de uma rede pública (Chapecó, em Santa Catarina) para criar um modelo de educação inovadora. O projeto realizado no sul do país tira professores e alunos da zona de conforto para dar vez à experimentação e à busca de respostas que vão além do sim ou não para proporcionar uma aprendizagem mais profunda.
Colaborador de diversas instituições nacionais e internacionais, Nunes é um especialista em desenhar projetos destinados a ganhar escala rapidamente. No entanto, pelo que chama de coerência, faz questão de manter a pesquisa próxima ao chão da sala de aula, ouvir o professor e “formá-lo para as mesmas coisas que eu quero que ele faça com o aluno”.
…Porvir: Como é feito o acompanhamento do desenvolvimento moral?
Cesar Nunes: A gente costuma classificar o desenvolvimento moral em seis níveis. As pessoas que chegam ao quinto ou sexto nível são uma minoria no mundo, e compram briga porque acreditam em outra coisa, em um mundo melhor. No mundo que temos, quantas pessoas tem de fato uma certeza e vão questionar as coisas que vem como dadas por serem culturais, ou por sempre terem sido feitas da mesma forma? A maioria das pessoas está no nível quatro, em que são feitas as coisas combinadas, que são certas, em que as leis são obedecidas. Para o aluno, chegar nesse ponto é muito difícil, porque ele pode fazer o que “todos os amigos fazem” como justificativa para entrar no grupo social. Em uma fase anterior, o aluno pode pensar em “faço porque vou ganhar alguma coisa com isso”, ou ainda “vou levar vantagem e não vai me dar trabalho”. A gente percebe o quanto dos nossos jovens, dos nossos professores, dos nossos gestores estão nessa fase.
Leia mais:
http://porvir.org/por-criatividade-professor-precisa-tornar-pensamento-aluno-visivel/
11 sábado jun 2016
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abelhas, altruismo, ansiedade, atividade eletro-dérmica, ética, benefícios, chimpanzés, ciências políticas, comportamento humano, condutas corruptas, condutividade da pele, cooperação, corrupção, corrupto, corrupto por natureza, crença compartilhada, crime naturalizado, dilemas morais, egoismo, fins justificam os meios, formigas, Frontiers in Behavioral Neuroscience, história, honesta, honestidade, honesto, medo, oportunismo, pró-social, punição, sentido social, sociedade, sociologia, suborno, tolerância, variação emocional
O cérebro corrupto
A corrupção não é exclusiva da espécie humana, do poder político e empresarial
Mas também da sociedade que de certa forma a exerce ou, pelo menos, a tolera
A corrupção pode ser definida, em um sentido social, como uma crença compartilhada, expandida e tolerada de que o uso da função pública é feito para o benefício de si mesmo, da própria família e de amigos. Mas não é uma novidade moderna. Como bem descreve o World Development Report de 2015, a corrupção foi a norma social por excelência na maior parte da história. O princípio de que todas as pessoas são iguais perante a lei surgiu progressivamente na história e em muitos países ainda é uma tarefa pendente. A corrupção não é exclusiva da espécie humana (foram observadas condutas corruptas em chimpanzés, abelhas e formigas). Entre os seres humanos, não é exclusividade do poder público (mas existe) e de empresários agiotas (mas existem), mas também da sociedade que de certa forma a exerce ou, pelo menos, a tolera.
O tema da corrupção foi estudado pela sociologia e as ciências políticas, pela história e o direito. Mas é importante levar em consideração que o comportamento humano pode ter causas ao mesmo tempo biológicas, psicológicas, culturais e sociais, que interagem para influenciar e não são necessariamente disjuntivas. Em 2014, a revista científica Frontiers in Behavioral Neuroscience publicou o resultado de uma experiência na qual foi medida a condutividade da pele, que é uma medida de variação emocional geral, ao se oferecer um suborno, recebê-lo e esperar para ver se foi descoberta a trama corrupta na qual a pessoa estava envolvida. Um leilão foi simulado e as pessoas tiveram a possibilidade de subornar o leiloeiro para obter benefícios. Nas primeiras vezes, podiam subornar livremente, mas depois o perdedor podia exigir que a operação fosse inspecionada. Entre os resultados viu-se que tanto leiloeiros quanto corruptores eram menos corruptos quando sabiam que poderiam ser observados. Além disso, a atividade eletro-dérmica aumentou quando a pessoa decidiu de forma positiva, honesta e pró-social. O olhar do outro (ou o possível olhar do outro) é o que sanciona o oportunismo.
Leia mais:
http://brasil.elpais.com/brasil/2016/05/03/ciencia/1462289605_959427.html
15 segunda-feira fev 2016
Posted Ambiente escolar, Cultura, ECA, Educação, Educação Inclusiva, Educador, Formação, História, Profissão, Sociedade
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ética, comportamento, corrupção, educação, Mario Sergio Cortella, ocupações, pátria educadora, reorganização escolar, secretário municipal da Educação da gestão da Luiza Erundina
‘Na educação, começamos a sair da indigência, e a ruptura é para melhor’, diz Cortella
Filósofo e educador se diz otimista com o futuro, mas avisa: não basta maior acesso ao ensino, é preciso que os alunos permaneçam e isso ‘seja relevante para a vida coletiva’
Mario Sergio Cortella escreve livros, faz comentários em rádio e TV e dá pelo menos 60 palestras por mês. Mas garante: sua vida “não é corrida, é organizada”. Antigamente, compara, dava aula de manhã, à tarde e à noite. Filósofo, educador e escritor, ele tem uma bagagem que vai além da sala de aula: foi também secretário municipal da Educação da gestão da Luiza Erundina. Nesta entrevista a Marina Gama Cubas, ele volta o olhar para os últimos 30 anos – um período em que o Brasil “começou a sair da indigência na área da educação escolar” e constata “uma ruptura para melhor”. Mede a temperatura da geração que foi às ruas reivindicar seus sonhos, conclui que há muito o que fazer, mas sua mensagem é a de um otimista, inclusive quando o assunto é ética: “Somos um País na adolescência, caminhando para a maturidade”. A seguir, os principais trechos da entrevista.
O Brasil tem conseguido avançar na direção de ser a pátria educadora?
Bastante. O lema adotado veio num momento perturbado, de restrições orçamentárias, mas deveria ser colocado como um projeto de nação. O Brasil, nos últimos 30 anos, começou a sair da indigência na área da educação escolar. Seja nos governos de FHC, de Lula, no primeiro mandato da Dilma ou agora. Evidentemente isso não nos acalma. Apenas traz a certeza de que é possível fazê-lo.
10 domingo jan 2016
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ética, casa grande, cinema, comportamento, desigualdade social, elite branca, escravidão, escravização, patrimonialismo, preconceito, Que Horas Ela Volta?, racismo, senzala, valores
Eu sou Jéssica
Como uma figura de ficção pôde explicitar tão bem o desassossego na senzala
O filme Que Horas Ela Volta? só encontrou sua pulsão dramática, reconhece Anna Muylaert, quando aflorou na cabeça da diretora-roteirista a figura de Jéssica, como contraponto de suave e espontânea irreverência diante da pasmaceira do compadrio estabelecido entre os patrões e aquela empregada que, nas palavras da patroa, “é praticamente da família”.
O ruído narrativo trazido por Jéssica, a filha vestibulanda da empregada Val (Regina Casé), menina atraente e, pior, dona de um altivo sotaque de nordestina, deve-se não apenas ao texto -– que consegue trafegar com sutileza e ironia no estreito desfiladeiro onde lhe espreitava a tentação do panfleto e do esquematismo – mas, em especial, à extraordinária interpretação da atriz Camila Márdila, que até prêmio ganhou num festival internacional, o de Sundance, onde intérpretes raramente são premiadas.
27 sexta-feira nov 2015
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inVocê pode estar criando um coitadinho. É isso mesmo o que você quer?
Bilhete da escola. Tenho que assinar. Assino: ciente e envergonhada. A filha reclama de entregar o bilhete assinado assim. Ótimo. Eu também tive muita vergonha de receber bilhete da escola. Mas assumo minha parte. Se fui chamada, errei em algum lugar. Dei limites de menos, espaço demais. Olhar de menos, celular demais. É preciso ver onde eu vacilei.
Alunos contam histórias. O professor foi injusto… todo mundo falando, só com ela ele brigou… ninguém tinha feito o trabalho também…todo mundo tirou nota baixa… adolescentes mentem? Nunca os nossos, claro.
13 terça-feira out 2015
Publicado por auaguarani | Filed under Ambiente escolar, Cultura, ECA, Educação, Educação Inclusiva, Educador, Formação, Profissão, Sociedade
25 sexta-feira set 2015
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inPalhaços conscientizam e divertem as pessoas falando sobre mobilidade
A iniciativa Palhaços sobre Rodas, aponta problemas e soluções da mobilidade urbana de São Paulo, com muita irreverência e bom humor.
Calendário:
https://palhacossobrerodas.wordpress.com/
25 sexta-feira set 2015
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inMães buscam escolas que valorizam pensamento crítico e senso de cidadania das crianças
Mães e pais têm buscado modelos diferenciados de educação. Um deles são as escolas democráticas que tem o foco na construção da autonomia do aluno no processo de aprendizagem. Uma escola que segue essa corrente em São Paulo é a Politeia instituição particular que nasceu da iniciativa de educadores que estavam inconformados com o modelo tradicional de ensino de crianças e adolescentes. Reportagem de Anelize Moreira
13 domingo set 2015
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ética, cidadão, criatividade, educação básica, escola, experiências, inovação, MEC, relatos
Inovação e criatividade na educação básica
Vivemos esperando dias melhores, um mundo melhor, uma escola melhor! Quem não espera?
O que você, que está dentro de uma escola ou qualquer outra instituição educativa, está fazendo para mudar a realidade de muitos alunos?
Você pode ser responsável por criar uma nova escola que forme cidadãos éticos. Sabia disso?
Estamos aqui para te contar que o MEC criou um portal somente para receber experiências inovadoras e pedagógicas. Se você já tem a sua, compartilhe com a gente e participe da chamada pública.
Está esperando o quê para conhecer o portal?
Clica aqui: http://criatividade.mec.gov.br/
Saiba mais: http://goo.gl/3YLgV7
01 terça-feira set 2015
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altruismo, ética, crianças, educação, generosidade, harvard, relacionamentos
Pesquisadores da Harvard dão 5 dicas para criar crianças éticas e bondosas
Seu objetivo é que seu filho seja um adulto bem sucedido e feliz no futuro? A orientação dos pesquisadores de Harvard é: ensine as crianças desde cedo a serem pessoas generosas e altruístas. Isso não é apenas a coisa certa a fazer, como também é fundamental para que eles desenvolvam relacionamentos bacanas – uma das maiores fontes de felicidade dos seres humanos – e saibam interagir com o mercado de trabalho. Sim, com o mercado de trabalho: o sucesso depende mais do que nunca de saber colaborar com os outros, e crianças empáticas e socialmente conscientes, são melhores colaboradores.
Aqui vão 6 dicas práticas para você plantar a sementinha do bem nos seus filhos:
1) Passe tempo com seus filhos
Esse é a base de tudo. As crianças aprendem a se importar e respeitar o próximo quando elas são tratadas com respeito e amor. Converse, faça perguntas, escute as respostas com interesse, planeje coisas legais para fazerem juntos, leia livros na hora de dormir. Uma criança que se sente amada já tem meio caminho andado.
19 quarta-feira ago 2015
Preserve nossas crianças e adolescentes dizendo não à alienação parental! Conheça a lei: http://bit.ly/leialienacaoparental
19 quarta-feira ago 2015
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ética, banalização, barbárie, Direito Constitucional, direitos humanos, humanidade, ser humano, sociedade, valores, violência
A desumanização do humano
Por Nara Rúbia Ribeiro
Acordo sempre bem cedo e, por força da necessidade de me ver integrada ao mundo em que vivo, ligo a tv e abro o notebook, enquanto a água ferve para o café da manhã:
“Milhares de crianças na Nigéria foram mortas, raptadas ou expostas a violência inimaginável (nota da Unicef).” Mudo de site: “Mulher tem os olhos perfurados pelo marido durante discussão do casal”. Outro site notícia: “Adolescente é apedrejado por populares após ser pego ao tentar furtar um aparelho celular”. Abro o Facebook: “Carta aberta de Mia Couto ao Presidente da África do Sul sobre o genocídio de moçambicanos naquele país”. Na tv: “Naufrágio no mediterrâneo pode ter causado centenas de mortes de imigrantes”.
Ainda sem conseguir mensurar a quantidade de dor a que fui exposta logo no início do dia, resolvo, já com olhos embaçados e voz embargada, comprar o meu pão. A caminho da padaria, deparo-me com uma senhora que dorme na calçada abraçada a uma criança, ambas cobertas por um imundo cobertor. Como se não bastasse a cena em si, um senhor bem vestido e seguramente muito apressado quase nelas tropeça e reverbera: “Desgraça! Trabalhar não quer, não… Fica aí entulhando a rua”.
Leia mais:
http://www.contioutra.com/a-desumanizacao-do-humano-por-nara-rubia-ribeiro/
19 quarta-feira ago 2015
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ateus, ética, direitos humanos, fé, gays, nones, racismo, religião, tolerantes, valores
Filhos de pais não religiosos têm valores éticos mais fortes
Crianças que vivem em ambiente ateu podem se beneficiar da falta de fé, diz estudo dos EUA
Um dos argumentos mais comuns aos que defendem a presença da religião na vida de uma criança é que a fé ajuda a desenvolver fortes valores morais e éticos. Mas pesquisa da Universidade do Sul da Califórnia – o Longitudinal Study of Generations (Estudo Longitudinal de Gerações) –, que mapeou a relação entre a religião e a vida familiar na população norte-americana por 40 anos, revelou que pais ateus têm conseguido melhor desempenho do que as famílias ligadas a alguma religião. Além disso, segundo o estudo, quando esses adolescentes tornam-se adultos, eles tendem a apoiar a igualdade feminina e os direitos dos gays, ser menos racistas, menos autoritários e em média mais tolerantes que os religiosos.
Os “nones” – como são conhecidas as famílias seculares e, de forma geral, as pessoas que não se identificam com nenhuma religião – estão em ascensão nos EUA e já representam um terço dos adultos com menos de 30 anos. No Brasil, essa parcela da população cresceu 580% nos últimos 30 anos – saindo de pouco mais de 2 milhões em 1980, para mais de 15 milhões de pessoas em 2010, segundo o último Censo do IBGE. Considerando a América Latina, o país é o quarto mais religioso, ficando atrás da Colômbia, Peru e Panamá.
13 segunda-feira abr 2015
Contratos em universidades públicas são investigados em cinco Estados
Reportagem conjunta mostra como relações públicas e agentes privados abriram portas para ilegalidades e conflitos éticos
As relações entre universidades públicas e agentes privados, ainda que necessária para tanto para a academia quanto para a sociedade, abrem portas para ilegalidades e conflitos éticos. Contratos obscuros envolvem professores que são, em alguns casos, docentes e donos das empresas beneficiadas — o que é proibido por lei. Intermediações por fundações imersas em ilegalidades ajudam a maquiar a ausência de licitações.
Na reportagem especial Universidades S/A, realizada a partir de investigação conjunta com outros quatro jornais brasileiros — Diário Catarinense, Gazeta do Povo, O Estado de S. Paulo e O Globo —, Zero Hora traz o resultado de uma imersão em instituições que são berçários do conhecimento e da pesquisa do país.
Leia mais:
http://www.clicrbs.com.br/sites/swf/zh_especiais_universidades/index.html
16 quinta-feira out 2014