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Ciência se aproxima da criação de mentes sem lembranças
Pesquisas apontam que é possível apagar memórias armazenadas em um neurônio sem afetar outras
A memória se parece bem pouco com um sistema de gravação que registra fielmente o que aconteceu conosco. Como vários estudos já demonstraram, ela é uma reconstituição daquilo que vivemos, mas adaptada para servir da melhor maneira possível à nossa sobrevivência. Isso ajuda a entender também por que algumas recordações se fixam em nosso cérebro enquanto outras desaparecem. Os acontecimentos menos frequentes costumam ficar mais bem guardados, assim como aqueles associados a emoções intensas. Juntamente com essas lembranças aparentemente mais relevantes, costumam ficar armazenadas outras a elas associadas.
Se uma pessoa se vê prestes a morrer em uma floresta devorada por um urso, além da própria lembrança do encontro com o animal ela terá recordações aparentemente irrelevantes daquilo que aconteceu antes de chegar ali, pois nelas poderá haver sinais que a ajude no futuro a prever que está prestes a se colocar em perigo novamente. Essa forma de memorização já é utilizada em algumas técnicas de ensino, que procuram introduzir nas aulas elementos emotivos ou surpreendentes que sirvam como gancho em torno do qual podem se fixar na memória conteúdos que normalmente desaparecem em meio à rotina cotidiana.
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