• Sobre
  • Links
  • Outros sites

auá guaraní

~ compilação de notícias relacionadas à educação

auá guaraní

Arquivos da Tag: elite

Eleição de Bolsonaro seria ‘regressão terrível para o país’, diz Thomas Piketty

19 sexta-feira out 2018

Posted by auaguarani in Afrodescendentes e africanos no Brasil, Bolsa Família, Ditadura cívico-militar brasileira, ECA, Educação, Educação Inclusiva, Educador, Formação, História, Meio ambiente, Mercosul, Mundo, Povos indígenas, Preconceito, Sem categoria

≈ Deixe um comentário

Tags

aumento do salário mínimo, bolsa família, Bolsonaro, contra políticas sociais, ditador, elite, Haddad, Le Monde, não gosta de pobres, população branca, PT, regressão terrível para o país, risco à democracia, Thomas Piketty, universidades para as classes populares e para os negros

Eleição de Bolsonaro seria ‘regressão terrível para o país’, diz Thomas Piketty

Economista critica candidato do PSL em texto publicado no jornal francês Le Monde

A democracia no Brasil está em risco, diz Thomas Piketty, autor do livro “O Capital no século XXI”, em crítica ao candidato do PSL, Jair Bolsonaro. O texto foi publicado no site do jornal francês Le Monde.

O candidato é contrário a políticas sociais e não gosta de pobres, diz o economista francês, citando o programa de Bolsonaro.

A população branca ainda representava 54% dos brasileiros em 2000, diz o escritor. Segundo ele, diante das “condições duvidosas” da destituição da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016, e do impedimento da candidatura de Lula, em 2018, a eleição no Brasil pode deixar “traços terríveis”.

Em sua análise, Piketty cita pontos positivos do governo do PT, como o aumento do salário mínimo, a criação do Bolsa Família e a retomada da economia acompanhada da queda da pobreza. Cita ainda a implantação de mecanismos de acesso preferenciais às universidades para as classes populares e para os negros.

Leia mais:
https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/10/eleicao-de-bolsonaro-seria-regressao-terrivel-para-o-pais-diz-thomas-piketty.shtml

O que a polêmica sobre o filme “Vazante” nos ensina sobre fragilidade branca

20 segunda-feira nov 2017

Posted by auaguarani in Afrodescendentes e africanos no Brasil, Cultura, Educação, Educação Inclusiva, Educador, Formação, História, Preconceito, Sociedade

≈ Deixe um comentário

Tags

afrodescendentes, brancos, casa grande, conservadores, Daniela Thomas, DiAngelo, elite, escravidão negra, escravocrata, escrevidão, estresse racial, filme, fragilidade branca, minorias, mulher, negros, povos escravizados, racismo, racismo reverso, Vazante, zona de conforto racial

O que a polêmica sobre o filme “Vazante” nos ensina sobre fragilidade branca

Ana Maria Gonçalves

PRIMEIRO TRABALHO SOLO de Daniela Thomas, “Vazante”, que entrou em cartaz há uma semana, no dia 9 de novembro, foi vendido pela imprensa como um retrato da escravidão no país — mas não é o que entrega. O filme tem o mérito de provocar a conversa sobre a representação histórica da escravidão e de povos escravizados no cinema, mas também é uma obra de brancos para brancos, que está longe de se inserir na cinematografia brasileira como algo que vá muito além disso ao tratar do assunto em questão.

Assisti a “Vazante” para participar do programa da TV Globo “Conversa com Pedro Bial” junto com a diretora do filme e o cineasta Joel Zito Araújo. Durante o programa, Daniela explica que o filme nasceu a partir de uma história que vem sendo contada há décadas em sua família: a de um parente de 50 anos que se casou com uma menina de doze. O episódio, bem retratado em “Vazante”, aconteceu no início do século XX, mas Daniela escolheu recuar 100 anos e contá-la como se tivesse se passado em 1821.

Leia mais:
https://theintercept.com/2017/11/16/o-que-a-polemica-sobre-o-filme-vazante-nos-ensina-sobre-fragilidade-branca/

Jovem da periferia cria negócio para levar comida saudável a favelas

12 domingo nov 2017

Posted by auaguarani in Afrodescendentes e africanos no Brasil, Ambiente escolar, Cultura, Educação, Educador, Experiências, Formação, Meio ambiente, Profissão, Saúde, Sociedade

≈ Deixe um comentário

Tags

alimentação saudável, classe baixa, classe social, comida, comida processada, conscientização, diabetes, elite, empreendedor, ensino superior, faculdade, industrializada, negócio social, obesidade, oportunidades, periferia, pobre, saúde, saúde pública, salada, subúrbio

Jovem da periferia cria negócio para levar comida saudável a favelas

Aos oito anos, Hamilton da Silva, hoje com 29, viu a família de quatro irmãos se expandir. Sua mãe, Eliete da Silva, 54, alugou uma casa em uma favela em Nilópolis (RJ). Junto com uma colega da Igreja Batista, a dona de casa adotou 18 meninos que moravam na rua, aos quais costumava dar comida.

Hamilton se recorda da mãe indo para a praça do Cemitério, também na região metropolitana do Rio, levar sanduíches e suco para as crianças que depois acolheria e ancaminharia na vida. “A gente dividia as roupas e tivemos a mesma educação.”

Leia mais:
http://www1.folha.uol.com.br/empreendedorsocial/2017/11/1930843-jovem-da-periferia-cria-negocio-para-vender-comida-saudavel-em-favelas.shtml

Tecnologia pode criar elite de super-humanos e massa de ‘inúteis’, diz autor de best-seller

12 domingo nov 2017

Posted by auaguarani in Ciência, Cultura, Educação, Educação Inclusiva, Educador, Formação, História, Meio ambiente, Mundo, Sociedade, Tecnologias

≈ Deixe um comentário

Tags

bioengenharia, biotecnologia, cultura humana, desigualdade biológica, desigualdade econômica, DNA, elite, fábricas, genética, governos, hierarquias, Homo Deus: Uma breve história do amanhã, ideologias, inteligência artificial, massa de inúteis, mão-de-obra, poder, propriedade, Sapiens: Uma breve história da humanidade, sociedade, super-humanos, tecnologia, tomada de decisões, trabalhadores, utilidade econômica, Yuval Noah Harari

Inteligência artificial está sendo vista como uma ameaça a levas de empregos humanos

Tecnologia pode criar elite de super-humanos e massa de ‘inúteis’, diz autor de best-seller

Os avanços em tecnologia, genética e inteligência artificial podem transformar a desigualdade econômica em desigualdade biológica? O autor e historiador Yuval Noah Harari se fez essa pergunta.

Professor de História na Universidade Hebraica de Jerusalém, ele estuda o passado para olhar para o futuro. Autor de dois best-sellers, Sapiens: Uma breve história da humanidade (editora L&PM)e Homo Deus: Uma breve história do amanhã (editora Companhia das Letras), Harari foi entrevistado pelo programa The Inquiry, da BBC, sobre a possibilidade de a tecnologia alterar o mundo e a espécie humana.

Leia o depoimento do professor à BBC:
“A desigualdade existe há no mínimo 30 mil anos. Os caçadores-coletores eram mais igualitários do que as sociedades subsequentes. Eles tinham poucas propriedades, e propriedade é um pré-requisito para desigualdade de longo prazo. Mas até eles tinham hierarquias.
Nos séculos 19 e 20, porém, algo mudou. Igualdade tornou-se um valor dominante na cultura humana em quase todo o mundo. Por quê?
Foi em parte devido à ascensão de novas ideologias como o humanismo, o liberalismo e o socialismo.
Mas também se tratava de mudanças tecnológicas e econômicas – que estavam ligadas a essas novas ideologias, claro.
De repente, a elite começou a precisar de um grande número de pessoas saudáveis e educadas para servir como soldados nos exércitos e como trabalhadores nas fábricas.
Os governos não forneciam educação e vacinação porque eram bondosos. Eles precisavam que as massas fossem úteis. Mas agora isso está mudando novamente.

Leia mais:
http://www.bbc.com/portuguese/geral-39752430

AS MÃOS DOS PRETOS

30 domingo jul 2017

Posted by auaguarani in Afrodescendentes e africanos no Brasil, Ambiente escolar, Bullying, Cultura, ECA, Educação, Educação Inclusiva, Educador, Formação, História, Mundo, Preconceito, Profissão, Religião, Saúde, Sociedade, Violência

≈ Deixe um comentário

Tags

As Mãos dos Pretos, elite, elite branca, escravocratas, igreja católica, Luís Bernardo Honwana, mãos brancas, negros, pele negra, preconceito, pretos, racismo, religiosos, sola dos pés brancos

AS MÃOS DOS PRETOS

por Luís Bernardo Honwana

Uma história sobre a igualdade dos homens, para além das suas cores.

Já não sei a que propósito é que isto vinha, mas o senhor Professor disse um dia que as palmas das mãos dos pretos são mais claras do que o resto do corpo porque ainda há poucos séculos os avós deles andavam com elas apoiadas ao chão, como os bichos do mato, sem as exporem ao sol, que lhes ia escurecendo o resto do corpo. Lembrei-me disso quando o Senhor padre, depois de dizer na catequese que nós não prestávamos mesmo para nada e que até os pretos eram melhores que nós, voltou a falar nisso de as mãos serem mais claras, dizendo que isso era assim porque eles andavam com elas às escondidas, andavam sempre de mãos postas, a rezar.

Eu achei um piadão tal a essa coisa de as mãos dos pretos serem mais claras que agora é ver-me não largar seja quem for enquanto não me disser porque é que eles têm as mãos assim tão claras. A Dona Dores, por exemplo, disse-me que Deus fez-lhes as mãos assim mais claras para não sujarem a comida que fazem para os seus patrões ou qualquer outra coisa que lhes mandem fazer e que não deve ficar senão limpa.

O Antunes da Coca-Cola, que só aparece na vila de vez em quando, quando as Coca-Colas das cantinas já tenham sido vendidas, disse que o que me tinham contado era aldrabice. Claro que não sei se realmente era, mas ele garantiu-me que era. Depois de lhe dizer que sim, que era aldrabice, ele contou então o que sabia desta coisa das mãos dos pretos. Assim:

– Antigamente, há muitos anos, Deus, Nosso Senhor Jesus Cristo, Virgem Maria, São Pedro, muitos outros santos, todos os anjos que nessa altura estavam no céu e algumas pessoas que tinham morrido e ido para o céu fizeram uma reunião e resolveram fazer pretos. Sabes como? Pegaram em barro, enfiaram em moldes usados de cozer o barro das criaturas, levaram-nas para os fornos celestes; como tinham pressa e não houvesse lugar nenhum ao pé do brasido, penduraram-nas nas chaminés. Fumo, fumo, fumo e aí os tens escurinhos como carvões. E tu agora queres saber porque é que as mãos deles ficaram brancas? Pois então se eles tiveram de se agarrar enquanto o barro deles cozia?!

Depois de contar isto o Senhor Antunes e os outros Senhores que estavam à minha volta desataram a rir, todos satisfeitos.

Nesse mesmo dia, o Senhor Frias chamou-me, depois de o Senhor Antunes se ter ido embora, e disse-me que tudo o que eu tinha estado para ali a ouvir de boca aberta era uma grandessíssima pêta. Coisa certa e certinha sobre isso das mãos dos pretos era o que ele sabia: que Deus acabava de fazer os homens e mandava-os tomar banhai num lago do céu. Depois do banho as pessoas estavam branquinhas. Os pretos, como foram feitos de madrugada e a essa hora a água do lago estivesse muito fria, só tinham molhado as palmas das mãos e dos pés, antes de se vestirem e virem para o mundo.

Mas eu li num livro que por acaso falava nisso, que os pretos têm as mãos assim mais claras por viverem encurvados, sempre a apanhar o algodão branco da Virgínia e de mais não sei onde. Já se vê que Dona Estefânia não concordou quando eu lhe disse isso. Para ela é só por as mãos deles desbotarem à força de tão lavadas.

Bem, eu não sei o que vá pensar disso tudo, mas a verdade é que, ainda que calosas e gretadas, as mãos dum preto são mais claras que todo o resto dele. Essa é que é essa!

A minha mãe é a única que deve ter razão sobre essa questão das mãos dos pretos serem mais claras do que o resto do corpo. No outro dia em que falámos nisso, eu e ela, estava-lhe eu ainda a contar o que já sabia dessa questão e ela já estava farta de rir. O que achei esquisito foi que ela não me dissesse logo o que pensava disso tudo, quando eu quis saber, e só tivesse respondido depois de se fartar de ver que eu não me cansava de insistir sobre a coisa, e esmo até chorar, agarrada à barriga como quem não pode mais de tanto rir. O que ela disse foi mais sou menos isto:

– Deus fez os pretos porque tinha de os haver. Tinha de os haver, meu filho, Ele pensou que realmente tinha de os haver…. Depois arrependeu-se de os ter feito porque os outros homens se riam deles e levavam-nos para casa deles para os pôr a servir de escravos ou pouco mais. Mas como Ele já não os pudesse fazer ficar todos brancos, porque os que já se tinham habituados a vê-los pretos reclamariam, fez com que as palmas das mãos deles ficassem exactamente como as palmas das mãos dos outros homens. E sabes porque é que foi? Claro que não sabes e não admira porque muitos e muitos não sabem. Pois olha: foi para mostrar que o que os homens fazem é apenas obra dos homens…Que o que os homens fazem é feito por mãos iguais, mãos de pessoas que se tivessem juízo sabem que antes de serem qualquer outra coisa são homens. Deve ter sido a pensar assim que Ele fez com que as mãos dos pretos fossem iguais às mãos dos homens que dão graças a Deus por não serem pretos.

Depois de dizer isso tudo, a minha mãe beijou-me as mãos.

Quando fui para o quintal, para jogar à bola, ia a pensar que nunca tinha visto uma pessoa a chorar tanto sem que ninguém lhe tivesse batido

Leia mais:
http://estrolabio.blogs.sapo.pt/1028732.html

A voz de Diva para esconjurar o racismo

30 domingo jul 2017

Posted by auaguarani in Afrodescendentes e africanos no Brasil, Cultura, Dica cultural, Educação, Educação Inclusiva, Educador, Formação, História, Preconceito, Religião, Sociedade

≈ Deixe um comentário

Tags

As Mãos dos Pretos, ativismo, branco, Conceição Evaristo, Curitiba, Diva, Diva Guimarães, diversidade, educação, elite, empoderada, escravocratas, falta de moral, flip, freiras, igreja, igreja católica, lama escura, lassidão, leitura, literatura, livros, Luís Bernardo Honwana, moleza, movimento negro, negro, oral, oralidade, Paraná, preguiçosos, racismo, rio

Diva Guimarães e Conceição Evaristo Walter Craveiro

Flip 2017 | Festa Literária Internacional de Paraty

A voz de Diva para esconjurar o racismo

Até sexta-feira, diversidade da Flip era algo mais aferível por números, até que a professora falou

Ao levantar ofegante, já emocionada, tremendo pela coragem repentina que lhe fez erguer o dedo e pedir a fala na manhã desta sexta-feira durante uma mesa na Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), Diva Guimarães, 77, estava – como ela própria diz durante um almoço neste sábado – esconjurando, compartilhando e vingando-se de uma história que lhe perseguia há 72 anos. Em sua intervenção, acompanhada de aplausos e choro dos palestrantes Lázaro Ramos e Joana Gorjão Henriques, falou sobre o dia em que, aos seis anos, deixou de ser criança depois do sermão de uma freira do colégio interno em que estudava no interior do Paraná.

Deus, na fantasia da religiosa, havia criado um rio para que todos se abençoassem. Uns, laboriosos, teriam chegado primeiro e, ao se banharem, ficaram brancos. Outros, preguiçosos, demoraram-se e encontraram um rio já atolado em lama escura. Estes, puderam apenas lavar as palmas das mãos e as plantas dos pés, ficando com todo o resto do corpo preto. O que a freira dizia é que a cor da pele de Diva era um verdadeiro estigma, a denunciar lassidão, moleza, falta de moral. Tudo poderia ser resumido em uma palavra: racismo. Mas uma palavra não basta.

Eu não sou vítima! Porque estão me perguntando do meu salário? O que isso tem a ver? Diva Guimarães

Leia mais:
https://brasil.elpais.com/brasil/2017/07/30/cultura/1501375308_019982.html

O golpe e os golpeados

27 terça-feira dez 2016

Posted by auaguarani in Afrodescendentes e africanos no Brasil, Cultura, Ditadura cívico-militar brasileira, ECA, Educação, Educação Inclusiva, Educador, Formação, História, Meio ambiente, Povos indígenas, Preconceito, Profissão, Saúde, Sociedade, Violência

≈ Deixe um comentário

Tags

antropólogo Spensy Pimentel, assassinato, Ñeé, índios, bala perdida, barbárie, Carlos Alberto Brilhante Ustra, Carlos Eduardo, colonizadores, Comissão nacional da Verdade, cuspe, demarcação de terras, democracia, deputado Jean Wyllys, ditadura cívico-militar brasileira, elite, expropriadores, extermínio, favela, genocídio, golpista, Graciela Chamorro, guarani-kaiowá, homem branco, impeachment, impunidade, justiça, liberdade, massacres, morro do Querosene, morte, negros, palavras, periferia, pietà, população indígena, Sheila Cristina Nogueira da Silva, suicídio, Tata Amaral, Temer, terras, território, tortura, torturadores, Trago Comigo

Sheila Cristina Nogueira da Silva chora a morte do filho Carlos Eduardo, 20 anos, com seu sangue no rosto, no dia 10 de junho, no Rio de Janeiro. Pablo Jacob / Agência O Globo

Sheila Cristina Nogueira da Silva chora a morte do filho Carlos Eduardo, 20 anos, com seu sangue no rosto, no dia 10 de junho, no Rio de Janeiro. Pablo Jacob / Agência O Globo

O golpe e os golpeados

A barbárie de um país em que as palavras já não dizem

Sheila da Silva desceu o morro do Querosene para comprar três batatas, uma cenoura e pão. Ouviu tiros. Não parou. Apenas seguiu, porque tiros não lhe são estranhos. Sheila da Silva começava a escalar o morro quando os vizinhos a avisaram que uma bala perdida tinha encontrado a cabeça do seu filho e, assim, se tornado uma bala achada. Ela subiu a escadaria correndo, o peito arfando, o ar em falta. Na porta da casa, o corpo do filho coberto por um lençol. Ela ergueu o lençol. Viu o sangue. A mãe mergulhou os dedos e pintou o rosto com o sangue do filho.

A cena ocorreu em 10 de junho, no Rio de Janeiro. Com ela , a pietà negra do Brasil atravessou o esvaziamento das palavras. O rosto onde se misturam lágrimas e sangue, documentado pelo fotógrafo Pablo Jacob, da Agência O Globo, foi estampado nos jornais. Por um efêmero instante, que já começa a passar, a morte de um jovem negro e pobre em uma favela carioca virou notícia. Sua mãe fez dela um ato. Não fosse vida, seria arte.

Sheila ouviu os tiros e seguiu adiante. Ela tinha que seguir adiante torcendo para que as balas fossem para outros filhos, outras mães. E voltou com sua sacola com batata, cenoura e pão. Ela ainda não sabia que a bala desta vez era para ela. Ainda nem havia sangue, mas a imagem já era terrível, porque cotidiana, invisível. A mulher que segue apesar dos tiros e volta com batata, cenoura e pão, furiosamente humana, buscando um espaço de rotina, um fragmento de normalidade, em meio a uma guerra que ela nunca pôde ganhar. E guerras que não se pode ganhar não são guerras, mas massacres. E então ela corre, esbaforida. E desta vez a batata, a cenoura, o pão já não podem lhe salvar.

…Se há um genocídio negro, se há um genocídio indígena, e conhecemos as palavras, e as pronunciamos, e nada acontece, criou-se algo novo no Brasil atual. Algo que não é censura, porque está além da censura. Não é que não se pode dizer as palavras, como no tempo da ditadura, é que as palavras que se diz já não dizem. O silenciamento de hoje, cheio de som e de fúria nas ruas de asfalto e também nas ruas de bytes, é abarrotado de palavras que nada dizem. Este é o golpe. E a carne golpeada é negra, é indígena. Este é o golpe fundador do Brasil que se repete. E se repete. E se repete. Mas sempre com um pouco mais de horror, porque o mundo muda, o pensamento avança, mas o golpe segue se repetindo. A ponto de hoje calar mesmo as palavras pronunciadas.

Leia mais:
http://brasil.elpais.com/brasil/2016/06/20/opinion/1466431465_758346.html

A república das Marcelas, o reino das princesas e o sonho das meninas

24 segunda-feira out 2016

Posted by auaguarani in Ambiente escolar, Bullying, Cultura, ECA, Educação, Educação Inclusiva, Educador, Formação, Gênero, História, Mundo, Preconceito, Profissão, Sociedade

≈ Deixe um comentário

Tags

Abravanel, Angela Alonso, boneca, caridade, casamento, Castelo, comportamento, consumo, coroa, desigualdade social, do lar, Doria, elite, escola de princesas, Estado liberal, feminino, filantropia, frívolo, machismo, Marcelas, matrimônio, meninas, mocinha, príncipe, primeira-dama, princesas, rosa, são paulo, serviço social, sexismo, sociedades aristocráticas, submissão, Temer, valores

A república das Marcelas, o reino das princesas e o sonho das meninas

por Angela Alonso

“Marcela amou-me durante 15 meses e 11 contos de reis, nada menos.” Esta Marcela foi a paixão de juventude de Brás Cubas, o personagem-síntese do Brasil. Mas o nome também evoca outra Marcela, contemporânea e em tudo distinta da literária.

A de Machado de Assis era mulher livre, dona de seu nariz. Perigosa. Tanto assim que o Cubas pai tratou de afastar o filho da moça. A Marcela de carne e osso carrega menos risco e nenhuma ambiguidade. Compartilha com a ficcional o enquadramento num certo ideal de mulher, regido pela beleza. Mas aí se esgota o paralelo.

A primeira-dama reza por breviário mais simples e bem conhecido. Trafega em zona ultrassegura, nada precisa prover ou provar. Tem as contas pagas, as falas prontas, a vida decidida. Nem o nome do filho careceu escolher: no menino se reproduziu o senhor seu pai.

Marcela não se exprime, comparece. No papel de compor a paisagem, talvez visasse o estilo Jackie Kennedy, da simplicidade elegante. Mas acabou em campo retrô, meio Barbie, meio Rapunzel, entre dois mundos, o da boneca, boa moradia para ex-miss dedicada ao consumo, e o reino do faz de conta, onde se encastela qual a mocinha do cabelão.

A senhora Temer pertence a uma linhagem, a das primeiras-damas decorativas, afeitas ao serviço social –a caridade, a filantropia e outras formas de generosidade talhadas para camuflar a desigualdade.

Leia mais:
http://m.folha.uol.com.br/colunas/angela-alonso/2016/10/1825018-a-republica-das-marcelas-o-reino-das-princesas-e-o-sonho-das-meninas.shtml?cmpid=compfb

Candidatos acusam USP de fraude em concurso

29 sexta-feira abr 2016

Posted by auaguarani in Cultura, Educação, Educador, Experiências, Formação, História, Profissão, Sociedade

≈ Deixe um comentário

Tags

amiguinhos, André Fontan Köhler, autonomia universitária, concurso, docentes, EACH, elite, favoritismo, indicações, irregularidades, meritocracia, processo de seleção, processo eletivo, professores, universidades públicas

Candidatos acusam USP de fraude em concurso

Supostas irregularidades na EACH reacendem debate sobre critérios que norteiam processos de seleção para professores nas universidades públicas

Velhas conhecidas pelo boca a boca de docentes e alunos de universidades públicas, irregularidades em concursos para professores se repetem e evidenciam um mal que persegue as instituições de Ensino Superior do País: com uma meritocracia de fachada, hábitos de favoritismo rondam as indicações de conhecidos em detrimento de alguns que podem ter se saído melhor em exames escritos, provas de didática e defesas com arguição.

Uma das últimas acusações foi no curso de Lazer e Turismo da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), também conhecida como USP Leste. Em fevereiro, 18 candidatos participaram de um concurso para o cargo de professor doutor na área de Recursos Culturais e Patrimônio no Lazer e Turismo da universidade. No decorrer do processo seletivo, os candidatos suspeitaram de favorecimento ao vencedor, o professor André Fontan Köhler.

O principal questionamento, documentado em um dossiê produzido por 12 dos concorrentes, é a formação da banca julgadora. Seus cinco integrantes não têm qualquer relação com a área de turismo e mantêm relação profissional ou pessoal com Köhler. “A banca não tem aderência ao tema, dois julgadores são seus chefes, outros são amigos pessoais. Isso é impensável em uma seleção idônea”, confirma um dos candidatos que assina o documento, que prefere o anonimato.

Leia mais:
http://www.cartaeducacao.com.br/reportagens/candidatos-acusam-usp-de-fraude-em-concurso/

Os atos pró-democracia e a narrativa do golpe na grande mídia

24 quinta-feira mar 2016

Posted by auaguarani in Ambiente escolar, Cultura, Educação, Educação Inclusiva, Educador, Experiências, História, Profissão, Sociedade, Tecnologias

≈ Deixe um comentário

Tags

contra o golpe, crise política, defesa da democracia, direito a informação, elite, fascismo, golpe, grupos de comunicação, imparcialidade, impeachment, manipulação da informação, mídia, mídia de massa, meios de comunicação, pluralidade, redes sociais

Os atos pró-democracia e a narrativa do golpe na grande mídia

Os meios seguem em seu papel de conduzir a opinião pública contra o governo. A cobertura dos protestos do dia 18 de março foi apenas a última prova

Nem mesmo quem trabalha com comunicação e monitora a mídia de massa há muitos anos deixa de se surpreender com a atuação programada, articulada e intencional dos principais canais de TV sobre a crise política que tomou conta do Brasil.

Na sexta-feira 18, quando milhares de brasileiros saíram às ruas contra o impeachment, a mídia buscou, uma vez mais, desconstruir um dos lados desta disputa e fortalecer o outro. Os exemplos começam a ficar gritantes – e revelam a clara decisão dos grandes grupos de comunicação de atuar como protagonistas neste processo.

Leia mais:
http://www.cartacapital.com.br/blogs/intervozes/os-atos-pro-democracia-e-a-narrativa-do-golpe-na-grande-midia?utm_content=buffer123b3&utm_medium=social&utm_source=twitter.com&utm_campaign=buffer

Escolas privadas brasileiras também têm baixas taxas de aprendizado e altos percentuais de reprovação

21 quinta-feira jan 2016

Posted by auaguarani in Ambiente escolar, Cultura, ECA, Educação, Educação Inclusiva, Educador, ENEM, Formação, Mundo, Profissão, Sociedade

≈ Deixe um comentário

Tags

baixas taxas de aprendizado, Diana Mandelert, elite, Enem, ensino médio, Escolas privadas, evasão, formação do professor, inep, matemática, mentalidade, OCDE, Pisa, Repetência em Escolas de Prestígio, reprovação, salário dos professores

Escolas privadas brasileiras também têm baixas taxas de aprendizado e altos percentuais de reprovação

Imagine um sistema educacional em que dois terços dos alunos terminem o ensino médio sem aprendizado adequado em matemática; com mais de um terço dos professores do antigo segundo grau atuando sem formação adequada para a disciplina lecionada; que tenha taxas de reprovação muito superiores ao que é tolerado em nações desenvolvidas; e que, na comparação com países ricos e considerando alunos de mesmo perfil, fique sempre nas últimas posições em rankings internacionais de aprendizado. Parece que estamos falando da educação pública brasileira, mas esses dados são todos da rede privada, que atende a apenas 15% dos estudantes, especialmente os de famílias de maior renda.

É claro que, comparados com indicadores do sistema público, o setor privado no país ainda aparece melhor na fotografia. Essa vantagem, porém, é explicada, em primeiro lugar, pelo perfil de aluno atendido, variável que explica de 60% a 80% dos resultados de uma escola. Também é preciso considerar que há dentro da rede privada muita discrepância entre estabelecimentos que atendem alunos de maior ou menor renda. Reportagem de Fábio Vasconcellos no Globo mostrou na segunda-feira que este fator, além da formação do professor e das taxas de evasão, diferenciam escolas de maiores e menores médias no Enem.

Leia mais:
http://blogs.oglobo.globo.com/antonio-gois/post/escolas-privadas-brasileiras-tambem-tem-baixas-taxas-de-aprendizado-e-altos-percentuais-de-reprovacao.html

Os 20 mais ricos do Brasil têm tanto dinheiro quanto 17 milhões de pessoas da classe média

17 quinta-feira dez 2015

Posted by auaguarani in Cultura, Educação, Educação Inclusiva, Educador, História, Sociedade

≈ Deixe um comentário

Tags

classe média, desigualdade de renda, desigualdade social, distribuição da renda, elite, especulação, inclusão social, mercado financeiro, políticas públicas

Os 20 mais ricos do Brasil têm tanto dinheiro quanto 17 milhões de pessoas da classe média

Que a desigualdade de renda no Brasil é grande, você já sabe. Mas quão absurda é essa disparidade?

Todo ano a revista Forbes lista quem são os bilionários mundiais. Segundo o levantamento, 1826 fazem parte desse clube. E os brasileiros, claro, estão ali no meio. 54 deles para ser mais exato. Se somarmos o patrimônio apenas dos 20 mais bem colocados representantes do Brasil, teremos um montante de US$ 130,6 bilhões, com o dólar a R$3,80, esse valor dá R$496,28 bilhões. Meio trilhão de reais.

Na prática, isso significa que, com um grupo de pessoas que cabe numa kombi, você encontra, em média, o patrimônio que teriam somados 16,9 milhões de pessoa classe C. A conta tem como base um relatório divulgado pelo governo federal, onde é dito que foram necessários 270 bilhões de reais para construir habitações para 9,2 milhões de pessoas.

Leia mais:
http://www.brasilpost.com.br/2015/12/16/mais-ricos-17-milhoes-classe-media_n_8817222.html?ncid=fcbklnkbrhpmg00000004

Protestos contra Dilma coincidem com data do golpe militar AI-5

13 domingo dez 2015

Posted by auaguarani in Ambiente escolar, Ditadura cívico-militar brasileira, Educação, Educador, ENEM, História, Mercosul, Mundo, Sociedade, Violência

≈ Deixe um comentário

Tags

#contraogolpe, AI-5, Ato Institucional número 5, contra o golpe, direita retrógrada, direitos civis, ditadura cívico-militar brasileira, elite, reacionários, repressão

Protestos contra Dilma coincidem com data do golpe militar AI-5

SÃO PAULO E BRASÍLIA – A retomada das ruas pelos movimentos sociais de oposição ao governo Dilma Rousseff, sob a bandeira do impeachment, foi articulada às pressas para acontecer, amanhã, domingo, 13 de dezembro.

A data da manifestação coincide com o 47º aniversário da edição do Ato Institucional número 5 (AI-5), decreto emitido pelo governo militar brasileiro que cassou direitos civis durante a ditadura. Uma “coincidência absolutamente infeliz”, diz Kim Kataguiri, liderança do Movimento Brasil Livre (MBL).

As lideranças pró-impeachment foram pegas de surpresa pela decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no último dia 2, de aceitar o pedido de impedimento contra a petista.

“A gente não estava esperando por esta notícia e tivemos de nos reprogramar totalmente. Estamos fazendo o possível”, diz Rogério Chequer, do Vem Pra Rua, que trata o ato deste domingo como “esquenta” para eventos maiores a serem agendados.

Leia mais:
http://www.valor.com.br/politica/4354766/protestos-contra-dilma-coincidem-com-data-do-golpe-militar-ai-5

É política sim, Geraldo

10 quinta-feira dez 2015

Posted by auaguarani in Ambiente escolar, Cultura, ECA, Educação, Educação Inclusiva, Educador, Experiências, Formação, História, Profissão, Sociedade, Violência

≈ Deixe um comentário

Tags

ditadura, elite, escola pública, estudantes, fechamento escolas, geraldo alckmin, imprensa, meios de comunicação, obstrução da via pública, ocupação, polícia militar guerra, protestos, reorganização escolar, violência policial

É política sim, Geraldo

Enquanto o Brasil vive o rebaixamento do exercício político, os estudantes paulistas mostraram que é possível estar com o outro no espaço público

Por  Eliane Brum

…E uma estudante ouviu de uma visitante no domingo, na Escola Estadual Fernão Dias Paes, a primeira ocupada na capital paulista, uma frase simbólica: “Tenho orgulho de viver numa cidade em que você existe.

… Os estudantes que ocuparam escolas e ruas estavam até então na posição de restos. Eram os estudantes que o Estado fingia educar, em escolas abandonadas, caindo aos pedaços, em aulas com professores muito mal pagos, desmotivados e despreparados. Eram os alunos que nunca teriam muita chance na vida porque recebem uma péssima educação. Eram os estudantes “violentos” e “perdidos” da escola pública, eram também os pretos e os pobres da escola pública. Eram aqueles que restavam na condição de objetos, também de discursos eleitoreiros e de slogans indecentes. Os herdeiros do processo de redemocratização lento, frágil e precário que vivemos há 30 anos, das ações imperfeitas de inclusão social, provaram que, se a moldura do espaço público for a democracia, há lugar para as diferenças, há lugar para o outro. Aqueles que muitos acreditavam “sem futuro”, porque sem presente, ensinaram aos adultos que a política é o exercício de estar com o outro no espaço público.

De onde veio a boa notícia no rio de lama e de obscenidades que se transformou o país, no concreto e no simbólico? Dos meninos e meninas das escolas públicas. Educaram o governador, educaram a sociedade. E fizeram o que parecia impossível no atual momento do Brasil: resgataram a política.

Leia mais:
http://brasil.elpais.com/brasil/2015/12/07/opinion/1449493768_665059.html

10 Estratégias de Manipulação em Massa utilizadas diariamente contra Você

09 quarta-feira dez 2015

Posted by auaguarani in Ciência, Cultura, ECA, Educação, Educação Inclusiva, Educador, ENEM, Formação, História, Mundo, Profissão, Sociedade, Tecnologias

≈ Deixe um comentário

Tags

distração, elite, estratégias, ignorância, manipulação, mediocridade, meios de comunicação de massa, Noam Chomsky, público, pensamento

10 Estratégias de Manipulação em Massa utilizadas diariamente contra Você

Noam Chomsky elaborou a lista das “10 estratégias mais comuns de manipulação em massa através dos meios de comunicação de massa“

Noam Chomsky é um linguista, filósofo, cientista cognitivo, comentarista e ativista político norte-americano, reverenciado em âmbito acadêmico como “o pai da linguística moderna“, também é uma das mais renomadas figuras no campo da filosofia analítica.(Fonte)

Chomsky elenca estratégias utilizadas diariamente há dezenas de anos para manobrar massas, criar um senso comum e conseguir fazer a população agir conforme interesses de uma pequena elite mundial.

Qualquer semelhança com a situação atual do Brasil não é mera coincidência, os grandes meios de comunicação sempre estiveram alinhados com essas elites e praticam incansavelmente várias dessas estratégias para manipular diariamente as massas, até chegar um momento que você realmente crê que o pensamento é seu.

Leia mais:
http://yogui.co/10-estrategias-de-manipulacao-em-massa-utilizadas-diariamente-contra-voce/

1% da população mundial concentra metade de toda a riqueza do planeta

16 sexta-feira out 2015

Posted by auaguarani in Cultura, Educação, Educador, ENEM, Formação, História, Meio ambiente, Mercosul, Mundo, Sociedade, Violência

≈ Deixe um comentário

Tags

acúmulo de renda, desigualdade econômica, desigualdade social, elite, fortunas, humanidade, patrimônio, pobreza

Desigualdade Econômica e Social

1% da população mundial concentra metade de toda a riqueza do planeta

Desigualdade aumentou desde da crise de 2008 e chega ao ápice em 2015
GRÁFICO Distribuição da riqueza mundial

2015 será lembrado como o primeiro ano da série histórica no qual a riqueza de 1% da população mundial alcançou a metade do valor total de ativos. Em outras palavras: 1% da população mundial, aqueles que têm um patrimônio avaliado em 760.000 dólares (2,96 milhões de reais), possuem tanto dinheiro líquido e investido quanto o 99% restante da população mundial. Essa enorme disparidade entre privilegiados e o resto da Humanidade, longe de diminuir, continua aumentando desde o início da Grande Recessão, em 2008. A estatística do Credit Suisse, uma das mais confiáveis, deixa somente uma leitura possível: os ricos sairão da crise sendo mais ricos, tanto em termos absolutos como relativos, e os pobres, relativamente mais pobres.

No Brasil, a renda média doméstica triplicou entre 2000 e 2014, aumentando de 8.000 dólares por adulto para 23.400, segundo o relatório. A desigualdade, no entanto, ainda persiste no país, que possui um padrão educativo desproporcional, e ainda a presença de um setor formal e outro informal da economia, aponta o relatório.

Leia mais:
http://brasil.elpais.com/brasil/2015/10/13/economia/1444760736_267255.html

‘Lição de cidadania é lutar pela educação’, diz Apeoesp

23 terça-feira jun 2015

Posted by auaguarani in Ambiente escolar, Cultura, ECA, Educação, Educação Inclusiva, Educador, ENEM, Entrevista, Formação, História, Profissão, Sociedade, Violência

≈ Deixe um comentário

Tags

apeoesp, cidadania, classe social, direito a greve, educação, educadores, elite, ensino, escola pública, professores, remuneração

Entrevista – Maria Izabel Azevedo Noronha

‘Lição de cidadania é lutar pela educação’, diz Apeoesp

por Rede Brasil Atual — publicado 22/06/2015

Para presidenta do sindicato dos professores da rede pública estadual paulista, docentes se ressentem da intransigência dos governos do PSDB

Por Cida de Oliveira

Intransigência, autoritarismo, humilhação, diz a presidenta do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (Apeoesp), Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel, ao afirmar que não tem sido fácil negociar com os governos do PSDB que se revezam no comando do estado desde a década de 1990. “Para eles, o professor ir às ruas é mau exemplo aos alunos, quando na verdade ir às ruas lutar por seus direitos é exemplo de cidadania, de democracia.” Nesta entrevista, concedida uma semana antes de greve terminar, Bebel dialoga sobre o ensino público paulista, e o fato de governo e imprensa omitirem o movimento dos professores fazer parte de um mesmo raciocínio. Mais que uma greve, há uma discussão estrutural a ser feita, de profissionais que trabalham na escola pública, para filhos e filhas da classe trabalhadora. “Como a elite não estuda ali, por que debater a greve?”

Leia mais:
http://www.cartacapital.com.br/educacao/licao-de-cidadania-e-lutar-pela-educacao-diz-apeoesp-5466.html

Camarotização: por que o brasileiro gosta tanto de segregar o espaço?

21 quarta-feira jan 2015

Posted by auaguarani in Afrodescendentes e africanos no Brasil, Ambiente escolar, Bolsa Família, Bullying, Ditadura cívico-militar brasileira, Educação, Educação Inclusiva, Educador, Formação, História, Povos indígenas, Preconceito, Sociedade, Violência

≈ Deixe um comentário

Tags

desigualdade social, direitos humanos, elite, escravização dos negros pela elite branca, estratificação social, gourmetização do espaço, ostentação, preconceito de classe

Camarotização: por que o brasileiro gosta tanto de segregar o espaço?

Para especialista, o acesso das camadas mais populares ao que antes era exclusivo da elite fez com que o racismo e discriminação “saíssem do armário”

Camarotização. A gourmetização do espaço. A palavra ganhou força na última semana depois de aparecer no tema da redação do vestibular da USP, o mais concorrido do país, mas já faz tempo que o camarote faz sucesso ao prometer fazer do cidadão um ser diferenciado – para usar uma palavra cara ao público adepto.

De comícios políticos à farra do Carnaval, quem está no camarote não quer ser qualquer um. Em Salvador, no maior carnaval do mundo, participa quem paga – e caro- para ter direito a uma camiseta estampada com diversos logos dos patrocinadores. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, para ter acesso ao espaços exclusivos no Carnaval é preciso desembolsar até mais de 1.000 reais.  A promessa é viver a festa rodeado de celebridades rodeadas de jornalistas. Os famosos mais trendy, porém, ficam em um cercadinho ao qual quase ninguém tem acesso. É a camarotização do camarote.

O que está por trás [da camarotização] é o desejo de distinção em uma sociedade colonizada como a nossa e marcada por uma grande estratificação social… O Brasil sempre foi avesso e segregado. Apesar de ter a ideologia da mistura, na verdade sempre foi o pior dos apartheids… No Brasil pós-Lula, as pessoas das camadas mais populares estão acessando o que antes era exclusivo aos brancos de elite. Isso faz com que o racismo e a discriminação saiam do armário. Por outro lado, é também um fenômeno de todas as classes. O cara mais rico de uma comunidade quer camarote também. Afinal, o modelo hegemônico de distinção é persuasivo, se espalha. Rosana Pinheiro-Machado, antropóloga e professora da Universidade de Oxford

Leia mais:
http://brasil.elpais.com/brasil/2015/01/17/politica/1421520137_687513.html

“Não quero ser racista”

13 terça-feira maio 2014

Posted by auaguarani in Afrodescendentes e africanos no Brasil, Ambiente escolar, Bullying, Cultura, ECA, Educação, Educação Inclusiva, História, Mundo, Povos indígenas, Preconceito, Sociedade, Violência

≈ Deixe um comentário

Tags

elite, preconceito, racismo, universidades brasileiras

“Não quero ser racista”

Stephanie Ribeiro. Uma jovem negra, que sempre estudou em escola pública, até conseguir uma bolsa governamental bastante concorrida para estudar arquitetura, curso ainda elitizado, numa tradicional universidade de Campinas. Se terminássemos aqui, teríamos o final feliz de uma dessas narrativas cinematográficas de garra e superação. No mundo real, porém, a história de Stephanie está só no começo.

Única mulher negra dos 200 alunos em seu curso, o tratamento que Stephanie vem recebendo da pontifícia universidade supostamente católica é reflexo do despreparo de muitos cursos superiores do Brasil – sobretudo daqueles frequentados predominantemente pelos filhos da elite, cuja infância e adolescência costumam ser passadas numa bolha à parte da realidade. Sem assumir qualquer compromisso com questões relativas à diversidade (fenômeno até pouco tempo inexistente nesses espaços sociais), as instituições tendem a ser omissas diante dos conflitos decorrentes da inclusão promovida pelo Prouni.

No caso de Stephanie, a estudante relata – em um corajoso texto publicado na página Blogueiras Negras – a reação da universidade quando a jovem denunciou ofensas pichadas em seu armário: “Não podemos fazer nada”, foi a resposta que lhe deram.

http://www.revistaforum.com.br/blogueirasnegras/2014/05/05/universidade-opressora-nao-passara-e-nem-calara/

Assinar

  • Entradas (RSS)
  • Comentários (RSS)

Arquivos

  • julho 2020
  • janeiro 2019
  • novembro 2018
  • outubro 2018
  • setembro 2018
  • agosto 2018
  • julho 2018
  • junho 2018
  • maio 2018
  • abril 2018
  • março 2018
  • fevereiro 2018
  • janeiro 2018
  • dezembro 2017
  • novembro 2017
  • outubro 2017
  • setembro 2017
  • agosto 2017
  • julho 2017
  • junho 2017
  • maio 2017
  • abril 2017
  • março 2017
  • fevereiro 2017
  • janeiro 2017
  • dezembro 2016
  • novembro 2016
  • outubro 2016
  • setembro 2016
  • agosto 2016
  • julho 2016
  • junho 2016
  • maio 2016
  • abril 2016
  • março 2016
  • fevereiro 2016
  • janeiro 2016
  • dezembro 2015
  • novembro 2015
  • outubro 2015
  • setembro 2015
  • agosto 2015
  • julho 2015
  • junho 2015
  • maio 2015
  • abril 2015
  • março 2015
  • fevereiro 2015
  • janeiro 2015
  • dezembro 2014
  • novembro 2014
  • outubro 2014
  • setembro 2014
  • agosto 2014
  • julho 2014
  • junho 2014
  • maio 2014
  • abril 2014
  • março 2014
  • fevereiro 2014
  • janeiro 2014

Categorias

  • Ciência
  • Conferências
  • Dica cultural
  • Educação
    • Ambiente escolar
    • Bullying
    • Conferências, etc
    • EAD
    • ECA
    • Educação Inclusiva
    • ENEM
    • Experiências
    • Gênero
    • Inovação
    • Libras
    • Saúde
      • coronavírus
    • Tecnologias
    • Violência
  • Educador
    • Formação
    • História
    • Idiomas
    • Língua Portuguesa
    • Leitura
    • Profissão
    • Vagas
  • etc
  • Mundo
    • Mercosul
  • Publicações
    • Entrevista
  • Sem categoria
  • Sociedade
    • Afrodescendentes e africanos no Brasil
    • Bolsa Família
    • Cultura
    • Ditadura cívico-militar brasileira
    • Meio ambiente
    • Povos indígenas
    • Preconceito
    • Religião

Meta

  • Cadastre-se
  • Fazer login

Tags

crianças cultura desigualdade social direitos humanos discriminação ECA educação educação infantil Enem ensino médio escola geraldo alckmin gênero impunidade leitura MEC mulher negros polícia militar preconceito professores racismo redes sociais são paulo violência

Crie um website ou blog gratuito no WordPress.com.

Privacidade e cookies: Esse site utiliza cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com seu uso.
Para saber mais, inclusive sobre como controlar os cookies, consulte aqui: Política de cookies
  • Seguir Seguindo
    • auá guaraní
    • Junte-se a 66 outros seguidores
    • Já tem uma conta do WordPress.com? Faça login agora.
    • auá guaraní
    • Personalizar
    • Seguir Seguindo
    • Registre-se
    • Fazer login
    • Denunciar este conteúdo
    • Visualizar site no Leitor
    • Gerenciar assinaturas
    • Esconder esta barra
 

Carregando comentários...