Novos rumos para a velha educação
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No começo de 2002, 21 computadores da escola municipal Presidente Campos Salles, localizada na favela Heliópolis, em São Paulo, foram roubados. O diretor da época, Braz Rodrigues Nogueira, resolveu mobilizar a comunidade para encontrar os responsáveis e recuperar os equipamentos. Bateu de porta em porta, conscientizando os moradores de que os computadores eram propriedade de todos os alunos, e que foram instalados para melhorar o acesso das crianças a diferentes fontes do conhecimento. Três dias depois do ocorrido, Nogueira foi abordado na rua pelo líder de uma facção, que bloqueou a passagem do diretor com um carro. Abaixou o vidro, pediu desculpas e informou que os computadores da escola seriam devolvidos imediatamente. “Naquele momento, decidi derrubar todos os muros que separavam a escola da comunidade”, afirma Nogueira.
“Heliópolis tinha toque de recolher nas escolas. Várias fechavam à noite e a única escola que ficava aberta era a nossa, graças ao bom relacionamento que construímos ao longo dos anos com a comunidade”, destaca Nogueira que hoje é diretor da Diretoria Regional de Educação (DRE) Ipiranga. Com o episódio, ele destaca que aprendeu uma valiosa lição de gestão. “A principal característica de um líder é manter a esperança do grupo”, conta
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