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Arquivos da Tag: ditadura cívico-militar brasileira

“Anti-marxista” indicado por Olavo de Carvalho será ministro da Educação

23 sexta-feira nov 2018

Posted by auaguarani in Sem categoria

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“Anti-marxista” indicado por Olavo de Carvalho será ministro da Educação

Ricardo Vélez Rodríguez disse, em seu blog, ter sido indicado por filósofo ultraconservador. Acadêmico é professor emérito da escola de elite do Exército e foi anunciado por Bolsonaro via Twitter

Ricardo Vélez Rodríguez é o Ministro da Educação escolhido para compor o Governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro. O anúncio de Vélez, um indicado pelo filósofo conservador Olavo de Carvalho que é crítico da “ideologia marxista” e tem livros publicados contra o PT, foi feito pelo Twitter na noite desta quinta-feira e encerrou dois dias de polêmicas e prospecções públicas em torno de outros nomes para a pasta. Vélez Rodríguez é professor da elite do Exército e da Universidade Federal de Juiz de Fora.

Num termômetro da centralidade da posto na base de apoio da gestão Bolsonaro, primeiro foi descartado a indicação do moderado Mozart Neves Ramos, ex-reitor da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), que acabou vetado pela bancada evangélica, que preferia, por sua vez, o procurador da República Guilherme Schelb. Depois, foi a vez do próprio Schelb, ruidoso combatente contra o ensino de gênero nas escolas, perder a vez. O procurador chegou a ser recebido por Bolsonaro nesta quinta em Brasília, mas seria vencido à noite pelo professor emérito da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército.

GOLPE MILITAR É “UMA DATA PARA LEMBRAR E COMEMORAR”, DEFENDE NOVO MINISTRO
“Amigos, esta é uma data para lembrar e comemorar. A esquerda pretende negá-la. Mas não pode. Porque ela foi incorporada à nossa memória como Nação”. É assim que Ricardo Vélez Rodríguez abre o artigo 31 de março de 1964: É patriótico e necessário recordar essa data.

Rodríguez defende que o golpe de 64 foi uma “revolução institucional”, com o objetivo de corrigir o “rumo enviesado pelo populismo janguista”. Para ele, a ditadura militar livrou o Brasil do comunismo. “Nos poupou os rios de sangue causados pelas guerrilhas totalitárias”, afirmou citando como exemplo as Farc, na Colômbia.

Também faz duras críticas ao que chama de “desgoverno lulopetista”, que tentou desmoralizar a memória dos militares com a “malfadada” Comissão Nacional da Verdade (CNV), que investigou as violações de diretos humanos cometidas entre 1964 e 1888 no país. Com base em depoimentos de vítimas, testemunhas e agentes da repressão, a CNV identificou que o Estado brasileiro foi responsável pela morte de 434 pessoas. “Constituiu mais numa encenação para a ‘omissão da verdade’, (…) a iniciativa mais absurda que os petralhas tentaram impor”, afirma o novo ministro da educação.

Também crítica o Programa Nacional de Direitos Humanos, instituído em 2009, pelo qual, acredita Rodríguez, “os coletivos sindicais iriam tomar posse de todas a instâncias de poder (…), chegando ‘a formulação de uma nova versão de ‘direitos humanos’ identificados unicamente com a defesa da república sindical lulopetista”.

Leia mais:
https://brasil.elpais.com/brasil/2018/11/22/politica/1542910509_576428.html

Educação, o primeiro ‘front’ da guerra cultural do Governo Bolsonaro

07 quarta-feira nov 2018

Posted by auaguarani in Afrodescendentes e africanos no Brasil, Ambiente escolar, Bolsa Família, Ciência, Cultura, Ditadura cívico-militar brasileira, EAD, ECA, Educação, Educação Inclusiva, Educador, Formação, Gênero, História, Povos indígenas, Preconceito, Profissão, Religião, Saúde, Sociedade, Violência

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BNCC, Bolsonaro, CNE, criacionismo, democracia, disciplinas de educação moral e cívica, ditadura cívico-militar brasileira, doutrinação, doutrinação ideológica, escola sem partido, extrema-direita, forças conservadoras, gratuidade educação, patrulhamento, paulo freire, professores, revisionismo ditadura, vigilância

Alunos formam fila em colégio da Polícia Militar em Porto Velho. DAIANE MENDONÇA SECOM/RONDÔNIA

Educação, o primeiro ‘front’ da guerra cultural do Governo Bolsonaro

Adepta do Escola sem Partido, futura gestão cogita revisionismo sobre a ditadura, além de incentivar vigilância a professores para “expurgar Paulo Freire” das escolas

Antes mesmo de ganhar a eleição, Jair Bolsonaro já aparecia em vídeos convocando pais e alunos a delatar professores que promovam, segundo suas palavras, “doutrinação ideológica”. Agora, políticos do PSL incentivam o patrulhamento contra “o comunismo e a ideologia de gênero”. Eleita deputada estadual por Santa Catarina, Ana Caroline Campagnolo criou um canal para denúncias contra professores. Nesta quinta-feira, a Vara da Infância e da Juventude acatou representação do Ministério Público Estadual e considerou ilegal o canal mantido por Campagnolo, determinando também a retirada do ar de vídeos em que ela aparece conclamando pais e alunos a denunciarem.

Não se trata de iniciativas isoladas, pelo contrário. A pregação contra a suposta sexualização de crianças nas escolas e a “doutrinação” de esquerda na educação são facetas centrais da campanha vitoriosa de Bolsonaro, que também estão presentes na estratégia de mobilização de forças conservadoras e de extrema direita pelo mundo, parte das chamadas “guerras culturais”. Uma semana após a votação, já há sinais de que a Educação será um dos primeiros fronts do bolsonarismo que chega ao poder.

…Paulo Freire e os grandes males
O plano de governo em educação é considerado vago em vários pontos como valorização do professor ou reforma do ensino médio, mas a equipe de Bolsonaro explicita bem suas prioridades. Aponta que “um dos maiores males atuais é a forte doutrinação” e promete “expurgar a ideologia de Paulo Freire”, o patrono da educação brasileira, embora atualmente as bases curriculares tanto do ensino fundamental quanto do médio não façam referência aos métodos do educador. “A rejeição a Paulo Freire é uma estratégia narrativa”, afirma Daniel Cara, coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação e ex-candidato ao Senado pelo PSOL. “Porque ele simboliza o estímulo ao senso crítico e a própria pedagogia, que, na visão de Bolsonaro, significam doutrinação.”

…Outro desejo do futuro Governo é, também, a reinserção no currículo escolar das disciplinas de educação moral e cívica, algo abolido após o fim da ditadura militar. Durante a campanha, o general Aléssio Ribeiro Souto, um dos designados por Bolsonaro para elaborar o plano de educação, chegou a questionar a teoria da evolução e defender o criacionismo no ensino de ciências. “Se a pessoa acredita em Deus e tem o seu posicionamento, não cabe à escola querer alterar esse tipo de coisa”, afirmou Souto.

…Souto também prega uma revisão do período ditatorial nas aulas de história, exigindo que se conte “a verdade” sobre o regime. “É uma concepção autoritária da educação”, diz Luiz Carlos de Freitas, pesquisador e professor aposentado da Unicamp. “Enxergam qualquer pensamento diferente do deles como um risco, que deve ser combatido com disciplina e repressão. E, ao combaterem uma possível ideologia com a imposição de suas crenças, acabam caindo na contradição de promover doutrinação às avessas. É um retrocesso.” Atualmente, ao contrário do material didático adotado em colégios militares, que se referem ao golpe militar como “revolução de 1964”, os livros do MEC definem o regime como uma ditadura. O criacionismo consta na Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Já a educação sexual, que tanto mobiliza Bolsonaro, já vem sendo atacada há anos e é tratada apenas de maneira transversal com foco em sexualidade no último ano do ensino fundamental.

PAGAR POR UNIVERSIDADE PÚBLICA DEPENDE DE MUDANÇA NA CONSTITUIÇÃO
No plano já ventilado por apoiadores de Bolsonaro, há propostas como a cobrança de mensalidade nas universidades que dependem de alterações na Constituição – a gratuidade está prevista em todos os níveis do ensino público. Para revogar as cotas raciais, desejo antigo do presidente de extrema direita, que pretende manter apenas as cotas sociais, ele teria de mexer na lei de 2012 que reserva vagas para estudantes negros e indígenas nas instituições federais. As emendas dependeriam de aprovação em dois turnos na Câmara e no Senado. Pelos acenos favoráveis a seu partido, que elegeu a segunda maior bancada de deputados, o governo não teria grandes entraves para aglutinar maioria em torno dos projetos, mas corre o risco de desperdiçar capital político previsto para reformas que lhe exigirão mais esforços, como a tributária e a da Previdência.

Dentro da intenção de levar ordem e disciplina ao ambiente escolar, se destaca a proposta de construir um colégio militar em cada capital brasileira. Hoje existem 13 instituições de ensino fundamental e médio vinculadas ao Exército no país, sendo 11 delas localizados em capitais. O custo por aluno nesse modelo é três vezes maior que o da escola pública. Além do investimento, o desempenho dos colégios militares costuma ser inflado pelo fato de adotarem processos seletivos na admissão de estudantes. A promessa de campanha, entretanto, teria pouco impacto no contexto de problemas complexos da educação nacional. “O Brasil tem mais de 40 milhões de alunos. Somos um país que carece de políticas públicas para resolver a dificuldade de acesso e permanência nas escolas, especialmente entre a população mais vulnerável. Os colégios militares são um recurso de baixo alcance, que, no fim das contas, acabam beneficiando os estudantes de melhor condição”, afirma Anna Helena Altenfelder, presidente do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec).

Leia mais:
https://brasil.elpais.com/brasil/2018/11/01/politica/1541112164_074588.html

Atentados de direita fomentaram AI-5

03 quarta-feira out 2018

Posted by auaguarani in Ditadura cívico-militar brasileira, Educação, Educação Inclusiva, Educador, Formação, História, Mercosul, Sociedade, Violência

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Destroços de explosão em frente à sede do Dops, em São Paulo, em 1968. SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR/ INTEGRA-JMU

DITADURA MILITAR

Atentados de direita fomentaram AI-5

Cinquenta anos depois do ato que sepultou as liberdades democráticas no país, a Pública obtém documentos que provam que foi a direita paramilitar, e não a esquerda, que deu início a explosões de bombas e roubos de armas

VASCONCELO QUADROS (AGÊNCIA PÚBLICA)

Documentos inéditos, guardados há meio século nos arquivos do Superior Tribunal Militar (STM), jogam luzes no cenário que levou ao recrudescimento da ditadura militar, com a edição do AI-5 (Ato Institucional número 5) em dezembro de 1968. Depoimentos de personagens, relatórios oficiais e uma infinidade de papéis anexados a processos que somam cerca de 10 mil páginas, ao qual a Pública teve acesso, demonstram que o AI-5 fez parte de um plano para alongar a ditadura com atentados a bomba em série, preparados no final de 1967 e executados até agosto do ano seguinte por uma seita esotérica, paramilitar e de extrema direita.

Até esse momento, episódios de ação armada da esquerda, que também ocorreram, eram apontados como causa para a decisão dos militares de endurecer o regime.

Comandadas por um líder messiânico a serviço da linha dura do governo militar, as ações terroristas da direita, que chegaram a ser atribuídas, equivocadamente, às organizações de esquerda, segundo apontam as investigações, tiveram como estratégia aquecer o ambiente como preparação do “golpe dentro do golpe”, o que daria ao regime uma longevidade de mais 17 anos.

Leia mais:
https://brasil.elpais.com/brasil/2018/10/02/politica/1538488463_222527.html

https://apublica.org/2018/10/atentados-de-direita-fomentaram-ai-5/

“Se conhecêssemos nossa história, Bolsonaro não seria candidato”

20 quinta-feira set 2018

Posted by auaguarani in ECA, Educação, Educação Inclusiva, Educador, Entrevista, Formação, História, Preconceito, Sociedade, Violência

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Justiça Brasileira foi considerada culpada por não apurar assassinato do jornalista Vladimir Herzog

Entrevista | Ivo Herzog

“Se conhecêssemos nossa história, Bolsonaro não seria candidato”

Para filho de Vladmir Herzog, retomada das investigações do assassinato de seu pai abre um novo capítulo para que erros do passado não se repitam

Apoiador da ditadura militar no Brasil, o presidenciável Jair Bolsonaro foi mais uma vez incitado a falar sobre o período de exceção na segunda-feira 30, durante entrevista ao programa Roda Vida. Para o candidato, os arquivos da ditadura devem ficar no passado.

Antes disso, na mesma entrevista, o deputado afirmou que a tese de que Vladimir Herzog se suicidou é factível, “mas ele não estava lá para saber”. O jornalista foi morto nos porões do DOI-Codi em outubro de 1975, 24 horas depois de prestar depoimento às autoridades da repressão.

Tem muita gente que acha que temos que deixar o passado para trás. Isso não é possível. Só podemos virar a página da nossa história quando terminarmos de escrevê-la”, afirma Ivo Herzog.

Leia mais:
https://www.cartacapital.com.br/politica/se-conhecessemos-nossas-historia-bolsonaro-nao-seria-candidato

Caio Fernando Abreu é jovem como sempre, relevante como nunca

17 segunda-feira set 2018

Posted by auaguarani in Cultura, Dica cultural, Educação, Educador, ENEM, Formação, História, Língua Portuguesa, Leitura, Sociedade, Tecnologias

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MARCOS SANTILI

Caio Fernando Abreu é jovem como sempre, relevante como nunca

Escritor foi tudo que não se podia ser em sua época, e é saudado por novas gerações por sua coragem de ser. Cia das Letras lança conjunto de contos do autor, que completaria 70 anos

Caio Fernando Abreu foi repetidamente o que não se podia ser. Gay e crítico da ditadura nos anos setenta e oitenta. Doente de Aids nos anos noventa. Teve outros traços, e esses mencionados não são nem equiparáveis entre si nem estão unidos por um fio condutor, mas compartilham uma ideia central. Uma ideia que só foi ganhando força desde 1996, quando Caio morreu aos 47 anos e começou a ser interpretado e reinterpretado por várias gerações de jovens – quase sempre jovens – que se debruçaram sobre seus textos uma e outra vez e que lhe foram buscando um lugar entre nomes cada vez maiores da literatura brasileira do século XX. A ideia de que Caio Fernando Abreu foi o que foi, publicamente, obstinadamente, ostentosamente, mesmo que a sociedade não o deixasse ser assim.

Abreu voltou à atualidade nos últimos dias. Completam-se 70 anos de seu nascimento, em Santiago (Rio Grande do Sul), a chamada “terra dos poetas”. E a Companhia das Letras publica um compêndio de todos os seus contos, o formato em que Abreu mais brilhou e com o qual mais contribuiu à literatura brasileira. E nesse tempo a cultura geral evoluiu. Os mundos LGBTQI, o pop e crítico em relação à autoridade que ele representou já não são tão underground nem contraculturais como antes; ao mesmo tempo, o mundo vive obcecado com a individualidade e a identidade – e sobre isso a obra de Caio também é um manancial. Por isso, este é um momento tão fascinante e perigoso para falar da relevância atual deste homem magro, de cabelo escuro e olhar de quem sempre está pensando em algo, às vezes com óculos, jovem – quase sempre jovem; o qual em tempos de punk foi terno, queer em mundos militares e doente em épocas de euforia; o colunista, cronista, dramaturgo, contista, romancista e, cada dia mais, tesouro nacional brasileiro Caio Fernando Abreu.

Leia mais:
https://brasil.elpais.com/brasil/2018/09/10/politica/1536537646_398336.html

Ditadura

03 domingo jun 2018

Posted by auaguarani in Ditadura cívico-militar brasileira, Educação, Educador, Formação, História, Mercosul, Sociedade

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Ivo Herzog: “O Brasil insiste em virar a página da ditadura mas sem escrevê-la antes”

25 sexta-feira maio 2018

Posted by auaguarani in Ditadura cívico-militar brasileira, Educação, Educação Inclusiva, Educador, Formação, História, Mercosul, Mundo, Sociedade

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DITADURA MILITAR BRASILEIRA

Ivo Herzog: “O Brasil insiste em virar a página da ditadura mas sem escrevê-la antes”

O filho do jornalista Vladimir Herzog, morto por militares, diz que o relatório da CIA que revelou a anuência da cúpula com assassinatos mostra que não existiam “porões”, mas “palácios da ditadura”

A família do jornalista Vladimir Herzog, assassinado pela ditadura militar em outubro de 1975, foi obrigada a conviver, por 38 anos, com uma mentira oficial humilhante que só viria a ser corrigida em 2013. Foi somente em março daquele ano que a viúva Clarice Herzog, e os filhos Ivo e André receberam a certidão de óbito corrigida com a verdadeira causa da morte do pai: lesões e maus-tratos sofridos durante interrogatório nas dependências do segundo Exército DOI-CODI, em São Paulo, onde ocorreram as principais execuções da ditadura. Na certidão anterior, a versão maquiada pelo Governo militar sugeria o suicídio, ou “enforcamento por asfixia mecânica”. Era apenas mais uma mentira diabólica que a ditadura militar (1964-1985) produziu e amarrou de modo a manter uma versão fantasiosa sobre esse período da história brasileira.

O caso de Herzog, no entanto, é apenas uma peça de um quebra-cabeça que parece, agora, ainda mais incompleto, diante do recente relatório da CIA que veio a público há poucos dias. O documento, revelado pelo Bureau of Public Affairs do Departamento de Estado dos Estados Unidos, revelou que o general Ernesto Geisel, o quarto presidente militar da ditadura, que assumiu em 1974, endossava a execução de “subversivos” pelo regime. Até então, a história brasileira retratava o general, que governou até 1979, como a figura decisiva para a abertura do país à democracia, e que integrava a ala ponderada do regime, um contraponto à ala radical dos militares que defendiam matar seus opositores. Os novos documentos, porém, revelam que Geisel não era tão moderado como se acreditava. Ao contrário, ele tomou a decisão, em abril de 1974, de manter essa política de execuções no seu Governo, ainda que com alguma ressalva.

Pergunta. Você, como filho de um personagem icônico dessa passagem da história do Brasil, como recebeu o relatório da CIA que veio à tona?
Resposta. Esses documentos derrubam a tese que a gente viveu, eu pelo menos vivi, durante muitos e muitos anos. A gente achava que o Ernesto Geisel não era a pessoa a quem tínhamos de focar nossos olhos, nossas raivas. E os documentos mostram que sim, ele fazia parte de um grupo, não sei se o mais ou menos radical. Mas isso agora é irrelevante. O fato é que ele era conivente com as torturas e com os assassinatos. Ele tinha conhecimento do que estava acontecendo, e dava o aval da presidência. Esse documento sepulta esse termo “porões da ditadura”, que surgiu há 30 ou 40 anos. Não existem porões, existem os palácios da ditadura. Os processos da ditadura começam nos palácios dos governos.

Leia mais:
https://brasil.elpais.com/brasil/2018/05/21/politica/1526935775_966311.html

Vídeo

Tropicalia ou Panis et Circencis

06 terça-feira mar 2018

Posted by auaguarani in Cultura, Dica cultural, Ditadura cívico-militar brasileira, Educação, Educador, Formação, História, Sociedade

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Caetano Veloso, cinema, cultura, ditadura cívico-militar brasileira, Gal Costa, Gilberto Gil, teatro, Torquato Neto, Tropicalia ou Panis et Circencis, tropicalismo

Em 2018 comemora-se 50 anos do lançamento do álbum “Tropicalia ou Panis et Circencis”, um testamento do Tropicalismo. Em Torquato Neto – Todas as horas do fim redescobrimos uma figura muito importante na realização do álbum e do movimento como um todo.

O golpe e os golpeados

27 terça-feira dez 2016

Posted by auaguarani in Afrodescendentes e africanos no Brasil, Cultura, Ditadura cívico-militar brasileira, ECA, Educação, Educação Inclusiva, Educador, Formação, História, Meio ambiente, Povos indígenas, Preconceito, Profissão, Saúde, Sociedade, Violência

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Sheila Cristina Nogueira da Silva chora a morte do filho Carlos Eduardo, 20 anos, com seu sangue no rosto, no dia 10 de junho, no Rio de Janeiro. Pablo Jacob / Agência O Globo

Sheila Cristina Nogueira da Silva chora a morte do filho Carlos Eduardo, 20 anos, com seu sangue no rosto, no dia 10 de junho, no Rio de Janeiro. Pablo Jacob / Agência O Globo

O golpe e os golpeados

A barbárie de um país em que as palavras já não dizem

Sheila da Silva desceu o morro do Querosene para comprar três batatas, uma cenoura e pão. Ouviu tiros. Não parou. Apenas seguiu, porque tiros não lhe são estranhos. Sheila da Silva começava a escalar o morro quando os vizinhos a avisaram que uma bala perdida tinha encontrado a cabeça do seu filho e, assim, se tornado uma bala achada. Ela subiu a escadaria correndo, o peito arfando, o ar em falta. Na porta da casa, o corpo do filho coberto por um lençol. Ela ergueu o lençol. Viu o sangue. A mãe mergulhou os dedos e pintou o rosto com o sangue do filho.

A cena ocorreu em 10 de junho, no Rio de Janeiro. Com ela , a pietà negra do Brasil atravessou o esvaziamento das palavras. O rosto onde se misturam lágrimas e sangue, documentado pelo fotógrafo Pablo Jacob, da Agência O Globo, foi estampado nos jornais. Por um efêmero instante, que já começa a passar, a morte de um jovem negro e pobre em uma favela carioca virou notícia. Sua mãe fez dela um ato. Não fosse vida, seria arte.

Sheila ouviu os tiros e seguiu adiante. Ela tinha que seguir adiante torcendo para que as balas fossem para outros filhos, outras mães. E voltou com sua sacola com batata, cenoura e pão. Ela ainda não sabia que a bala desta vez era para ela. Ainda nem havia sangue, mas a imagem já era terrível, porque cotidiana, invisível. A mulher que segue apesar dos tiros e volta com batata, cenoura e pão, furiosamente humana, buscando um espaço de rotina, um fragmento de normalidade, em meio a uma guerra que ela nunca pôde ganhar. E guerras que não se pode ganhar não são guerras, mas massacres. E então ela corre, esbaforida. E desta vez a batata, a cenoura, o pão já não podem lhe salvar.

…Se há um genocídio negro, se há um genocídio indígena, e conhecemos as palavras, e as pronunciamos, e nada acontece, criou-se algo novo no Brasil atual. Algo que não é censura, porque está além da censura. Não é que não se pode dizer as palavras, como no tempo da ditadura, é que as palavras que se diz já não dizem. O silenciamento de hoje, cheio de som e de fúria nas ruas de asfalto e também nas ruas de bytes, é abarrotado de palavras que nada dizem. Este é o golpe. E a carne golpeada é negra, é indígena. Este é o golpe fundador do Brasil que se repete. E se repete. E se repete. Mas sempre com um pouco mais de horror, porque o mundo muda, o pensamento avança, mas o golpe segue se repetindo. A ponto de hoje calar mesmo as palavras pronunciadas.

Leia mais:
http://brasil.elpais.com/brasil/2016/06/20/opinion/1466431465_758346.html

A partir de d. Paulo mudou tudo, diz Frei Betto sobre apoio da Igreja ao golpe

14 quarta-feira dez 2016

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A partir de d. Paulo mudou tudo’, diz Frei Betto sobre apoio da Igreja ao golpe

por Ricardo Galhardo

No primeiro momento, a Igreja Católica e outras organizações religiosas apoiaram o golpe militar de 1964. Alguns religiosos, como o então cardeal de São Paulo d. Agnelo Rossi, chegaram a encobrir torturas e outras atrocidades. Foi só com o passar do tempo, o surgimento de denúncias rotineiras sobre desrespeitos aos direitos humanos e a caracterização cada vez mais clara do regime como uma ditadura, que a Igreja mudou de lado e passou a ser um dos pilares na defesa da democracia. A opinião é do escritor Carlos Alberto Libânio Christo, o Frei Betto, testemunha e personagem desta história.

Espionagem da ditadura: ‘É ingenuidade pensar que tudo acabou’, diz Frei Betto

Durante a conversa com o iG na sala de música do convento dos dominicanos, um oásis de árvores e passarinhos encravado no bairro do Sumaré, zona oeste de São Paulo, Frei Betto disse que a situação mudou a partir da intervenção direta do papa Paulo VI, que substituiu d. Rossi por d. Paulo Evaristo Arns. “A partir de d. Paulo mudou tudo”, afirmou.

iG – Em vários momentos a Igreja Católica e outras organizações religiosas ajudaram no combate à ditadura militar. Havia uma articulação entre elas?
Frei Betto – Na verdade, quando houve o golpe em 1964 a Igreja Católica, através da CNBB, apoiou agradecendo a Nossa Senhora Aparecida ter livrado o Brasil da ameaça comunista. Ocorre que setores da Igreja, em especial a JUC (Juventude Universitária Católica) da qual eu era dirigente e a JEC (Juventude Estudantil Católica), que faziam parte da Ação Católica, estavam muito identificados com a esquerda e contra a ditadura. Eles já haviam inclusive dado origem a um dos grupos de esquerda duramente reprimidos, a Ação Popular, da qual Betinho (o sociólogo Herbert Souza, morto em 1997) foi um dos fundadores. Então a repressão, que no início ficou muito confortável com o apoio da CNBB, passou a achar que a Igreja fazia jogo duplo. Porque ela fazia um discurso de apoio aos militares, mas na prática estava contra. Para vocês terem uma ideia, nós da JUC e JEC morávamos juntos no Rio de Janeiro e fomos presos no dia 6 de junho de 1964, isso tudo eu descrevo no livro “Batismo de Sangue”. E porque fomos presos? Havíamos feito algum movimento contra a ditadura? Não. Fomos presos na chamada noite do arrastão da Ação Popular. Para o Cenimar (órgão de inteligência da Marinha), Ação Católica e Ação Popular eram a mesma coisa. Ficamos 15 dias presos. Não houve processo nem nada.

Leia mais:
http://guiame.com.br/gospel/mundo-cristao/a-partir-de-d-paulo-mudou-tudo-diz-frei-betto-sobre-apoio-da-igreja-ao-golpe.html

Dom Paulo Evaristo Arns, morre “o cardeal da esperança”

14 quarta-feira dez 2016

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Dom Evaristo Arns na homenagem que recebeu em 24 de outubro deste ano. Fabio Braga Folhapress

Dom Evaristo Arns na homenagem que recebeu em 24 de outubro deste ano. Fabio Braga Folhapress

Dom Paulo Evaristo Arns, morre “o cardeal da esperança”

Maior líder da Igreja Católica brasileira, Arns enfrentou militares e defendeu a periferia
Um filme sobre sua vida, que foi muito além das crenças religiosas, será lançado em breve

Dom Paulo Evaristo Arns morreu nesta quarta-feira, vítima de uma broncopneumonia. O cardeal foi uma das pessoas mais influentes da Igreja Católica e da sociedade brasileiras, conhecido pela contenda de uma vida inteira em defesa dos direitos humanos no país. Dom Evaristo, aos 95 anos completados em setembro, estava internado no Hospital Santa Catarina, em São Paulo, desde 28 de novembro, e hoje foi declarado pelos médicos que sofreu uma falência múltipla de órgãos.

Apesar de ter passado os últimos anos vivendo recluso em um convento em Taboão da Serra, sua morte impacta diferentes grupos sociais pelo seu papel decisivo na história da democracia brasileira. Dom Paulo, com 71 anos de sacerdócio, é uma figura que congrega pessoas muito além de crenças religiosas. Foi um dos principais nomes na luta contra a ditadura (1964-1985) e a favor do voto nas Diretas Já. Por conta disso – e por sua atuação incansável na defesa dos pobres – ficou conhecido como o “cardeal da esperança”.

Na mais recente homenagem à sua trajetória política, em seu 95 aniversário, foi descrito por Dom Angélico Sândalo Bernardino como “o rosto da periferia de São Paulo”. “Ele é ecumênico, coração aberto, anunciando a urgência de resistirmos contra toda mentira, contra toda impostura. Naquele tempo, contra a ditadura civil-militar. E essa resistência, a que ele nos convida, é permanente no Brasil atual”, disse o bispo da diocese de Blumenau.

Leia mais:
http://brasil.elpais.com/brasil/2016/12/13/politica/1481637238_864951.html

Ferreira Gullar, do poema sujo ao poeta límpido

06 terça-feira dez 2016

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Ferreira Gullar em 2007

Ferreira Gullar em 2007

Ferreira Gullar, do poema sujo ao poeta límpido

Maior poeta de sua geração, maranhense morre aos 86 anos, no Rio de Janeiro, vítima de pneumonia

“O que se foi se foi”, escreve Ferreira Gullar, falecido neste domingo de pneumonia, ao 86 anos, no Rio de Janeiro, em seu Em alguma parte alguma (Editora Olympio, 2010). E obviamente o poema O que se foi, deste que foi o seu último livro de inéditos, não acaba por aí, muito menos o maranhense José Ribamar Ferreira: “O que se foi se foi. Se algo ainda perdura é só a amarga marca na paisagem escura. Se o que se foi regressa, traz um erro fatal: falta-lhe simplesmente ser real. Portanto, o que se foi, se volta, é feito morte. Então por que me faz o coração bater tão forte?”.

Um obituário de Ferreira Gullar poderia ser composto apenas de trechos de sua obra, como comprova esta passagem de seu célebre Poema Sujo (José Olympio, 1976): “Corpo que se para de funcionar provoca um grave acontecimento na família: sem ele não há José Ribamar Ferreira, não há Ferreira Gullar e muitas pequenas coisas acontecidas no planeta estarão esquecidas para sempre”. Mas é preciso informar que o corpo do poeta, ensaísta, dramaturgo e crítico de arte será velado às 17h deste domingo na Biblioteca Nacional, e às 9h de segunda-feira na sede Academia Brasileira de Letras (ABL), onde Gullar assumiu uma cadeira no final de 2014, após passar anos dizendo que nunca o faria.

Ao tomar posse na ABL, em dezembro daquele ano, o poeta não se esquivou da polêmica. “Como minha vida tem se caracterizado não pelo previsível, mas pelo inesperado, ao decidir-me pela candidatura à que nunca aspirei, agi como sempre agi, ou seja, optar pelo imprevisível. Estou feliz da vida, uma vez que, aos 84 anos de idade, começo uma nova aventura pelo inesperado que a algum lugar desconhecido há de levar-me. Pode alguém se espantar ao me ouvir dizer que posso encontrar o novo nesta casa que é o reduto próprio da tradição. E pode ser que esteja certo. Não obstante, como na vida, em qualquer lugar, em qualquer momento, o inesperado pode acontecer”.

Morre o poeta celebrizado por um Poema Sujo, e que se expôs límpido ao mundo inteiro nas páginas de sua obra. Fica seu Aprendizado: “Do mesmo modo que te abriste à alegria, abre-te agora ao sofrimento que é fruto dela e seu avesso ardente. Do mesmo modo que da alegria foste ao fundo e te perdeste nela e te achaste nessa perda, deixa que a dor se exerça agora sem mentiras nem desculpas e em tua carne vaporize toda ilusão, que a vida só consome o que a alimenta”.

Leia mais:
http://brasil.elpais.com/brasil/2016/12/04/cultura/1480867074_004887.html?rel=mas

O meu Gullar

06 terça-feira dez 2016

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O meu Gullar

por  Eric Nepomuceno

Ferreira Gullar, meu amigo que foi o ser vivo mais triste que vi na vida quando éramos jovens, foi também o último grande poeta do idioma que falamos no Brasil

Foi numa noite de 1975. Não lembro o mês. Foi em Buenos Aires. Tempos de exílio, tempos sombrios. Lembro que Eduardo Galeano ligou dizendo que encontraríamos um desconhecido que, diziam, era um grande poeta. Lembro de ter dito a ele que era, sim, um grande poeta.

Lembro que estava meu amigo Augusto Boal, com sua Cecilia. Lembro que havia mais argentinos: afinal, estávamos em Buenos Aires.

Lembro que era um apartamento modesto, na distante rua Hipólito Pueyrredón, não na elegante avenida Pueyrredón, que ficava perto de minha casa. Lembro que por isso me enganei de endereço. Lembro que por esse engano, Eduardo e eu chegamos tarde.

Uma parte de mim

é todo mundo;

outra parte é ninguém:

fundo sem fundo.

Outra parte de mim

é multidão:

outra parte, estranheza

e solidão. Ferreira Gullar

Leia mais:
http://brasil.elpais.com/brasil/2016/12/05/cultura/1480942738_664364.html

O adeus em um olhar: a vida e a morte de Florestan Fernandes

31 segunda-feira out 2016

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O adeus em um olhar: a vida e a morte de Florestan Fernandes

FLORESTAN FERNANDES JR.

Não sei se é técnica do pessoal dos Estados Unidos para me convencer a ficar por aqui ou se é tudo realmente verdade. Inclusive, falaram-me da prisão do Octavio Ianni e, mais tarde, que ele fora solto. […] Com exceção do pessoal de casa, recebi muitas cartas aconselhando-me com ardor [a] evitar essa decisão que, para mim, é inevitável. […] Disseram-me que andam espalhando nas universidades que eu pretendo voltar porque “vou aderir” ao atual governo. É uma perversidade e tanto.”

Trechos da carta enviada pelo meu pai para minha mãe, Myrian Fernandes, em 24 de março de 1971, o pior momento da ditadura militar. Dois anos mais tarde, Florestan decide voltar ao Brasil e correr os riscos de sua decisão.

Para a surpresa da família e dele próprio, foi em um hospital, e não nos porões da ditadura, que a vida dele ficaria comprometida. Em uma transfusão de sangue realizada por causa de uma cirurgia ele foi contaminado pelo vírus da hepatite C. A infecção provocou uma cirrose hepática que durou 21 anos até levá-lo à morte.

Em agosto de 1995, dias antes de passar pelo transplante de fígado no Hospital das Clínicas de São Paulo, ele me disse que tinha bons motivos para acreditar que a contaminação teria sido proposital. Acostumado desde pequeno a lutar pela sobrevivência, Florestan não se abateu, mas lutou firme contra a doença. Fez dieta, parou de beber socialmente e cumpriu à risca o tratamento médico.

Leia mais:
http://m.folha.uol.com.br/ilustrissima/2015/10/1699583-o-adeus-em-um-olhar-a-vida-e-a-morte-de-florestan-fernandes.shtml?mobile

Luta de Dom Paulo Evaristo contra ditadura vai para as telas do cinema

19 segunda-feira set 2016

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Dom Paulo Evaristo Arns recebe prêmio de Direitos Humanos no Japão

Dom Paulo Evaristo Arns recebe prêmio de Direitos Humanos no Japão

Luta de Dom Paulo Evaristo contra ditadura vai para as telas do cinema

Religioso, que completa 95 anos nesta quarta, denunciou as torturas ocultadas pelos militares durante os anos de chumbo

A ditadura brasileira (1964-1985) é mais lembrada pela cara de seus algozes e menos pelos rostos daqueles que lutaram para livrar o país do autoritarismo e da violência dos militares. Entre eles, está o de dom Paulo Evaristo Arns, arcebispo emérito de São Paulo, que foi o quinto arcebispo da cidade entre os anos 60 e 70 e mais tarde recebeu o título de cardeal. O religioso, que completa 95 anos nesta quarta-feira, 14 de setembro, é conhecido como “o inimigo número um da ditadura brasileira” depois de décadas de luta contra as torturas praticadas nos anos de chumbo e em prol das Diretas Já. Atualmente, vive recluso em um convento em Taboão da Serra, longe da imprensa com a qual contava para denunciar os abusos do regime.

Sua história, contada em dois livros lançados pelo jornalista Ricardo de Carvalho, O Cardeal e o Repórter e O Cardeal da Resistência, chegará em novembro às telas do cinema com a estreia de Coragem – As muitas vidas de dom Paulo Evaristo Arns. Dirigido por Carvalho, o documentário – coproduzido pela Globo Filmes e o primeiro a ser feito sobre o arcebispo – retrata sua resistência ao regime militar, denunciando os crimes praticados nos porões do Exército brasileiro. A estreia está prevista para meados de novembro.

Leia mais:
http://brasil.elpais.com/brasil/2016/09/15/politica/1473893515_479451.html

‘Brasil nunca aplicou Paulo Freire’, diz pesquisador

08 sexta-feira jul 2016

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‘Brasil nunca aplicou Paulo Freire’, diz pesquisador

“Chega de doutrinação marxista. Basta de Paulo Freire”. A frase, que aparecia em uma faixa durante a manifestação contra o governo Dilma Rousseff em Brasília, em março de 2015, causou polêmica nas redes sociais e provocou até uma resposta da ONU, defendendo o educador brasileiro famoso mundialmente pela teoria da pedagogia crítica.

Considerado patrono da educação no Brasil desde 2012, Freire dá nome a institutos acadêmicos em países como Finlândia, Inglaterra, Estados Unidos, África do Sul e Espanha, mas, em sua terra natal, tem sido criticado por manifestantes e articulistas pelo que consideram sua “influência esquerdista” no ensino.

O historiador e doutor em Educação José Eustáquio Romão, seu amigo pessoal e especialista em sua obra, discorda: “Paulo Freire nunca foi aplicado na educação brasileira. (…) Ele entra (nas universidades) como frase de efeito, como título de biblioteca, nome de salão.”

Em entrevista à BBC Brasil, ele diz que as ideias e o método de alfabetização de adultos criado por Freire já serviram de base para políticas públicas em diversos países, mas ainda se resumem a experiências pontuais no Brasil.

…BBC Brasil: Como você responderia aos críticos que dizem que é ruim ter Paulo Freire sendo lido por estudantes porque isso pode, de alguma maneira, “transformá-los em esquerdistas”?

Romão: Não significa transformá-los em esquerdistas porque o que Paulo Freire mais insiste é “não me repita”.

Esse é o princípio fundamental da metodologia freiriana de construir conhecimento: “não me repita, mas se considerar que alguma ideia minha resolve algum problema da realidade, reinvente essa ideia em cada contexto”. Não sei que influência maléfica nos alunos seria essa.

BBC Brasil: Algum país realmente aplicou as ideias de Paulo Freire na educação?

Romão: Um país muito simpático ao conjunto da obra do Paulo Freire é a Finlândia, que avançou muito na educação. Cuba também acabou com o analfabetismo com base no método. A Coreia do Sul também. Para você ter uma ideia, o maior seminário internacional sobre Paulo Freire foi realizado na Universidade Nacional da Coreia do Sul há três anos. Estávamos lá debatendo com todas as autoridades coreanas e todos os freirianos do mundo.

Há projetos freirianos na Hungria, no Japão… tem um grupo trabalhando com a alfabetização de decasséguis que sofrem por ir viver lá e não dominar o idioma. Estão usando o método de Paulo Freire para alfabetizá-los na segunda língua. Os grupos que estão tendo sucesso são os que reinventaram. Aplicaram só os princípios, mas têm pontos de partida que são bem diferentes.

O Brasil não aplica sequer esse método. Há experiências de sucesso pontuais, mas isso não é usado como política. Sei também que na Armênia agora estão fazendo uma grande experiência com as ideias de Paulo Freire. E no País Basco.

Certa vez, eu estava no deserto de Góbi, na Mongólia, com o povo nômade, em missão. Em uma tenda, vi os criadores de cabra sendo alfabetizados por dois professores. Eu não entendia nada do que eles falavam, mas um nome soava meio familiar. Era Paulo Freire. Eles estavam com o último capítulo da Pedagogia do Oprimido nas mãos, traduzido para o chinês, que trata justamente do método de alfabetização.

A gente, que trabalha com alfabetização, sabe que a pessoa só começa a ler na hora em que dá um clique. Esse clique é a grande descoberta do Paulo Freire.

Leia mais:
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/07/150719_entrevista_romao_paulofreire_cc

Quem foi Nise da Silveira, a mulher que revolucionou o tratamento da loucura no Brasil

25 segunda-feira abr 2016

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Quem foi Nise da Silveira, a mulher que revolucionou o tratamento da loucura no Brasil

Em terras de sanidade obrigatória e desenfreada, quem permite a loucura é rei. E rainha. Pois imagine que, sãos e fora de manicômios, estejamos saindo no tapa por nossas verdades. Dividindo o mundo entre o Bem e o Mal. Contabilizando relatos selvagens. Justificando nossa falta de utopia com um racionalismo paralisante. Deixando de sonhar e de se arrepender.

Nem isso, nem aquilo. Nossa existência se encontra bem ali, no meio do isso e do aquilo. No incerto e no incalculável. Entre o olhado e o invisível.

Nise da Silveira, psiquiatra alagoana (1905-1999), enxergou a riqueza de seres humanos que estavam “no meio do caminho”. No meio do caminho entre o existir e a dignidade. No meio do caminho entre a loucura e a exclusão total. Entre o aceitável e o abominável.

Leia mais:
http://www.brasilpost.com.br/2016/04/19/quem-foi-nise-da-silveira_n_9671732.html?ncid=fcbklnkbrhpmg00000004

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‘Enquanto me dava choques, Ustra me batia com cipó e gritava’, diz torturado aos 19 anos

20 quarta-feira abr 2016

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apologia ao crime, Carlos Alberto Brilhante Ustra, cassação do mandato, choques elétricos, Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, deputado Jair Bolsonaro, ditadura cívico-militar brasileira, DOI CODI, Eduardo Cunha, Gilberto Natalini, homofóbico, impunidade, tortura, torturadores do regime militar

‘Enquanto me dava choques, Ustra me batia com cipó e gritava’, diz torturado aos 19 anos

A tortura consistia em choques elétricos diários, que causaram problemas auditivos irreversíveis ao vereador Gilberto Natalini (PV-SP)

“Nesse dia de glória para o povo tem um homem que entrará para a história. Parabéns, presidente Eduardo Cunha. Perderam em 1964 e agora em 2016. Pela família e inocência das crianças que o PT nunca respeitou, contra o comunismo, o Foro de São Paulo e em memória do coronel Brilhante Ustra, o meu voto é sim”.

Foi assim que o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) justificou o voto a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff no plenário da Câmara dos Deputados no último domingo. As declarações geraram polêmica, especialmente pela referência ao coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-chefe do DOI-Codi (Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna), órgão de repressão da ditadura. Ustra morreu aos 83 anos em setembro do ano passado.

A homenagem a um dos personagens mais controversos do regime militar foi alvo de críticas de milhares de brasileiros, que foram às redes sociais expressar choque e reprovação. Para um deles, no entanto, o elogio de Bolsonaro evocou memórias ruins.

Em 1972, Gilberto Natalini, hoje médico e vereador pelo PV-SP, tinha então 19 anos e foi torturado por Ustra. À época estudante de medicina, ele havia sido preso por agentes da ditadura que queriam informações sobre o paradeiro de uma amiga dele, envolvida na luta armada. Natalini negou-se a colaborar. A tortura consistia em choques elétricos diários, que, segundo ele, lhe causaram problemas auditivos irreversíveis.

“Bolsonaro não tem o direito de reverenciar a memória de Ustra. Ustra era um assassino, um monstro, que torturou a mim e a muitos outros”, afirmou Natalini à BBC Brasil.

Leia mais:
http://noticias.terra.com.br/brasil/politica/impeachment/enquanto-me-dava-choques-ustra-me-batia-com-cipo-e-gritava-diz-torturado-aos-19-anos,aaf0cc0207e6b69f954a3316f8898a6en2g0uhpb.html

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OAB do Rio, partidos e milhares nas redes cobram punição de Bolsonaro

20 quarta-feira abr 2016

Posted by auaguarani in Cultura, Ditadura cívico-militar brasileira, Educação, Educador, Formação, História, Profissão, Sociedade

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OAB do Rio, partidos e milhares nas redes cobram punição de Bolsonaro

Conselho de Ética receberá representação e 9.000 fazem representação que deve chegar a Janot

Um grupo de partidos, dentre eles o PT, PCdoB e PSOL, entrará com uma representação no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados pedindo que a Casa tome providências em relação à fala do deputado Jair Bolsonaro (PSC) no último domingo. Antes de proferir seu voto a favor do impeachment de Dilma Rousseff no plenário, Bolsonaro fez uma dedicatória ao coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra (1932-2015), ex-comandante do DOI-Codi, o primeiro militar brasileiro a ser reconhecido pela Justiça, em 2008, como torturador no regime militar.

A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) do Rio de Janeiro também anunciou que pedirá a cassação de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal e na Câmara. O deputado de ultra-direita também recebeu o repúdio de milhares em abaixo-assinados nas redes e na forma de representação contra ele no Ministério Público Federal.

“Eles perderam em 64 e perderam agora em 2016”, disse Bolsonaro no domingo. “Pela memória de Carlos Alberto Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff (…), meu voto é sim”. A presidenta foi presa e torturada durante a ditadura no DOI-Codi.

Segundo afirmou a deputada Maria do Rosário (PT), os partidos entrarão com uma representação na semana que vem no Conselho. “Embora o Conselho de Ética da Câmara esteja sendo tristemente manipulado por Eduardo Cunha (PMDB), ainda assim um conjunto de partidos entrará com uma representação contra Bolsonaro”, disse. Bolsonaro já disse que a deputada merecia ser estuprada  mais de uma vez e é ela é autora de um processo que corre no Supremo Tribunal Federal que o acusa de apologia ao crime.

Leia mais:
http://brasil.elpais.com/brasil/2016/04/19/politica/1461098742_961327.html?id_externo_rsoc=FB_CM

Juruna, o índio deputado

19 terça-feira abr 2016

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(Juruna e sua mulher Doralice no dia da posse. Foto: Orlando Brito)

(Juruna e sua mulher Doralice no dia da posse. Foto: Orlando Brito)

Juruna, o índio deputado

Parece incrível, mas em 125 anos de República o Brasil só teve um parlamentar indígena: Mario Juruna (1942-2002). E nunca mais foi Dia do Índio no parlamento desde que ele saiu de lá –em vez disso, multiplicaram-se no Congresso os inimigos da causa indígena. No final da década de 1970, Juruna se tornara conhecido por empunhar um gravador onde registrava as falsas promessas feitas por altos funcionários do governo de devolver as terras dos Xavante. Dizia: “homem branco mente muito”. Acabou eleito deputado federal pelo PDT de Darcy Ribeiro e Leonel Brizola, com mais de 30 mil votos, na eleição de 1982.

Sua passagem pelo Congresso foi marcada pela tentativa de ridicularizá-lo e de transformá-lo num bufão. Jô Soares, em seu programa humorístico na Globo, logo criou um índio que mal sabia falar o português para que os telespectadores rissem dele. O general João Baptista de Figueiredo, último presidente militar, foi o primeiro a rosnar contra Juruna, dizendo que o Rio de Janeiro só tinha eleito “índios e cantores de rádio”. Seu ministro da Aeronáutica, Délio Jardim de Matos, verbalizou a definição inconfessável que estava em todas as cabeças da direita: “aculturado exótico”.

Leia mais:
http://www.socialistamorena.com.br/juruna-o-indio-deputado/

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Bolsonaro ameaça a democracia e defende crime hediondo

19 terça-feira abr 2016

Posted by auaguarani in Ditadura cívico-militar brasileira, Educação, Educador, História, Sociedade

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AI5, apologia de crimes, Carlos Alberto Brilhante Ustra, cassação do mandato, cláusulas pétreas, Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, constituição, crime hediondo, democracia, deputado Jair Bolsonaro, ditadura cívico-militar brasileira, DOI CODI, estado de direito, golpe de estado, homofobia, impunidade, Míriam Leitão, preconceito, racismo, repressão, tortura, torturadores do regime militar

Bolsonaro ameaça a democracia e defende crime hediondo

por Míriam Leitão

“A democracia tem mesmo que conviver com quem a ameaça, como o deputado Jair Bolsonaro? O que ele defende e proclama fere cláusulas pétreas. Um dos seus ideais ameaça o pilar básico da Constituição, que é a democracia. Ele usa a democracia para conspirar contra ela abertamente e sob a cobertura de um mandato. Ele exaltou em seu voto a tortura, que é um crime hediondo, e fez, inclusive, o elogio à figura do mais emblemático dos torturadores do regime militar, Carlos Alberto Brilhante Ustra.

Há quem considere que a democracia é um regime tão tolerante que convive até com quem queira acabar com ela. Será? A democracia brasileira precisa ser defendida pelos pares do deputado Jair Bolsonaro. O voto dele é apologia de dois crimes, fere duplamente a Constituição. Por que não sofre um processo de cassação pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados? O Supremo Tribunal Federal, em cujo foro ele está, deveria ser consultado sobre como agir nestes casos em que um político com prerrogativa de foro usa a sua imunidade para ameaçar explicitamente o país com a defesa do fim da democracia e fazer a apologia de um crime hediondo.”

Míriam Leitão fala sobre tortura que sofreu nua e grávida de 1 mês durante ditadura

Ex-militante do PCdoB, jornalista concedeu entrevista sobre o caso após relatórios divulgados pelas Forças Armadas

Dois dias depois de ser presa e levada para o quartel do Exército em Vila Velha, cidade próxima a capital Vitória, no Espírito Santo, a jornalista Míriam Leitão, na época militante do PCdoB, foi retirada da cela e escoltada para o pátio. Seu suplício, iniciado no dia 4 de dezembro de 1972, até ali já incluía tapas, chutes, golpes que abriram a sua cabeça, o constrangimento de ficar nua na frente de 10 soldados e três agentes da repressão e horas intermináveis trancada na sala escura com uma jiboia. A caminho do pátio escuro, os torturadores avisaram que seria último passeio, como se a presa estivesse seguindo para o fuzilamento.

— Vi minha sombra refletida na parede branca do forte, a sombra de um corpo mirrado, uma menina de apenas 19 anos. Vi minha sombra projetada cercada de cães e fuzis, e pensei: “Eu sou muito nova para morrer. Quero viver”.

Míriam Leitão, 42 anos depois de viver a traumatizante experiência da tortura nos porões do regime, cedeu aos apelos do jornalista gaúcho Luiz Cláudio Cunha. Em longo depoimento divulgado nesta terça-feira pelo portal “Observatório da Imprensa”, ela deu detalhes sobre o que sofreu no quartel de Vitória, e revelou o nome do chefe da equipe de torturadores: Pablo. O mesmo codinome usado pelo tenente-coronel Paulo Malhães, na época agente do Centro de Informações do Exército (CIE), que contou ao GLOBO, há dois anos, que usava em seus interrogatórios uma cobra apelidada de “Míriam”.

Leia mais:
http://oglobo.globo.com/brasil/miriam-leitao-fala-sobre-tortura-que-sofreu-nua-gravida-de-1-mes-durante-ditadura-13663114

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Para não repetir o passado

06 quarta-feira abr 2016

Posted by auaguarani in Cultura, Ditadura cívico-militar brasileira, Educação, Educação Inclusiva, Educador, ENEM, Entrevista, Formação, História, Mercosul, Sociedade

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ódio, casa grande & senzala, congresso nacional, Constituição de 1988, corruptos, democracia, ditadura cívico-militar brasileira, ditadura civil militar, elite branca, estado de direito, fascismo, golpe, golpe 1964, golpistas, Heloísa Starling, historiadora, impeachment, instituições republicanas, intolerância, lei da anistia, liberdade, política brasileira, presidente legitimamente eleito, regime autoritário, violência

Para não repetir o passado

Para historiadora Heloísa Starling, golpe de 1964 deixa lições para os dias de hoje, quando instituições republicanas podem estar ameaçadas

Um Brasil polarizado entre aqueles que defendem o impeachment da presidenta Dilma Rousseff e aqueles que apoiam a continuação de seu mandato. O atual momento político no qual o País se vê imerso, tão permeado pela intolerância, revela-se ainda mais preocupante quando olhamos para nossa recente história.

Há exatos 52 anos, o golpe de 64 mergulhava o Brasil em um dos momentos mais obscuros de sua trajetória como nação: a ditadura civil militar, que se estendeu por 21 anos.

“Me parece que o perigo que estamos vivendo, do ponto de vista da política, não é a possibilidade de um novo golpe, mas de um atentado contra as instituições republicanas. O que há de semelhante entre os dois momentos é o clima de intolerância. Se nós evoluirmos da intolerância para o ódio, a violência irá substituir a política”, analisa Heloísa Starling, historiadora, coordenadora do Projeto República da UFMG e autora do livro Brasil:uma biografia.

Em entrevista a Carta Educação, a professora ponderou sobre a atual conjuntura política brasileira e as consequências deixadas pela ditadura militar em nossa sociedade e economia.

Leia mais:
http://www.cartaeducacao.com.br/entrevistas/para-nao-repetir-o-passado/

Mude o nome da sua escola

30 quarta-feira mar 2016

Posted by auaguarani in Ambiente escolar, Ditadura cívico-militar brasileira, Educação, Educação Inclusiva, Educador, Formação, História, Profissão, Sociedade

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abaixo assinado, artigo 61, Assembleias Legislativas, constituição, democracia, ditadores, ditadura cívico-militar brasileira, ditadura nunca mais, inep, lei de iniciativa popular, nome escolas, políticos, projeto, repressão

Mude o nome da sua escola

De acordo com o Inep, 976 escolas públicas brasileiras têm nomes de presidentes do período da Ditadura. Você pode mudar esse número!

Segundo o artigo 61, §2 da Constituição brasileira de 1988, regulamentado pela lei 9.709 de 1998, que também regulamenta plebiscitos e referendos, é permitida a apresentação de projetos de lei pelos poderes Legislativo, Executivo e pela iniciativa popular.

Nas matérias de iniciativa popular, a assinatura de cada eleitor deverá estar acompanhada de seu nome completo e legível, do endereço e de dados identificadores do seu título eleitoral. Exige-se que a proposta de projeto de lei seja assinada por 5% do eleitorado do município e, no caso do estado, é preciso garantir a participação de 1% dos eleitores.

É um mecanismo simples, que permite a qualquer um propor mudanças. O primeiro passo é a redação do texto que será submetido à apreciação da Assembleia Legislativa ou da Câmara de Vereadores; depois é fundamental encontrar um político que apoie o projeto e acompanhe todo o processo. Ao encaminhar o projeto ao vereador ou deputado estadual que vai apoiar a iniciativa, é preciso apresentar com a proposta um Formulário de Encaminhamento de Sugestão, indicando o tema, a justificativa e a ementa da sugestão, isto é, um resumo claro, fiel e conciso do conteúdo da proposta, colocando-se à disposição para o debate do assunto.

Leia mais:
http://ditaduranuncamais.cnte.org.br/mude-o-nome-da-sua-escola/

Morre ‘el Lobo’, líder da ‘caravana da morte’ da ditadura chilena

10 quinta-feira mar 2016

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abuso de poder, Augusto Pinochet, autoritarismo, caravana da morte, Chile, direitos humanos, ditadura cívico-militar brasileira, El lobo, golpe de estado, impunidade, repressão, repressor, Sergio Arellano Stark

Morre ‘el Lobo’, líder da ‘caravana da morte’ da ditadura chilena

Sergio Arellano Stark comandou o grupo que percorreu o Chile após golpe, matando 90 opositores

Aos 94 anos e sem jamais ter pisado em uma prisão, morreu na madrugada desta quarta-feira em Santiago um dos repressores mais cruéis e simbólicos da ditadura chilena, o general Sergio Arellano Stark. Depois do golpe de Estado de setembro de 1973, Augusto Pinochet o nomeou chefe do grupo de militares que percorreu o Chile em um helicóptero Puma para matar opositores. A Caravana da Morte, como ficou conhecida a operação, assassinou 90 pessoas em diferentes cidades do país: 72 no norte e 18 no sul. Embora tenha sido processado em 1999 e condenado em 2008 a seis anos de prisão pelo assassinato de quatro pessoas na cidade de San Javier, ele nunca ficou na prisão. Em dezembro do ano passado, finalmente, a Corte Suprema confirmou o fim do procedimento penal por demência e ele morreu cumprindo sua sentença em liberdade.

“O repressor, que encabeçou uma das maiores operações de extermínio, morreu em absoluta impunidade. Além de genocida, foi um covarde: sempre se esquivou de sua responsabilidade, atribuindo-a a outros e nos últimos anos se refugiou em uma suposta senilidade”, diz a advogada de direitos humanos Carmen Hertz, viúva de uma das vítimas da Caravana da Morte.

Leia mais:
http://brasil.elpais.com/brasil/2016/03/09/internacional/1457544595_780357.html?id_externo_rsoc=Fb_CM

Brasil, de golpe a golpe

19 sexta-feira fev 2016

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brasil, classe dominante, crime político, democracia, ditadura cívico-militar brasileira, Estado Novo, general Henrique Lott, Golpe da maioridade, golpe de estado, ilegalidade, João Goulart, Juscelino Kubitschek, marechal Deodoro da Fonseca, marechal Floriano Peixoto, ordem constitucional, poder econômico, Primeiro Reinado, regime de exceção, República, repressão policial-militar

Brasil, de golpe a golpe

A história republicana está a sugerir uma categoria de golpe operado dentro da ordem institucional-legal vigente

As definições correntes dizem-nos que os golpes de Estado se caracterizam pela surpresa, pela violência militar ou civil e pela ilegalidade.

Ilegalidade, evidentemente, em face da ordem legal que fraturam, pois, na sequência, o golpe de Estado vitorioso (e só esse conta) impõe sua própria legalidade.

Malogrado, o golpe de Estado é condenado como crime político; vitorioso, transforma-se em fonte de poder e de direito, autoritário ou não.

Leia mais:
http://www.cartacapital.com.br/politica/brasil-de-golpe-a-golpe

Relatório Figueiredo revela que famílias tradicionais se apossaram de terras indígenas no MS

07 quinta-feira jan 2016

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ditadura cívico-militar brasileira, elite branca, extermínio de tribos, Mato Grosso do Sul, museu do índio, Serviço de Proteção ao Índio, terras indígenas, território indígena, tortura, Tortura Nunca Mais

Relatório Figueiredo revela que famílias tradicionais se apossaram de terras indígenas no MS

Depoimentos feitos em CPIs que funcionaram em 1955 e em 1962 indicavam que terras indígenas foram arrendas ou vendidas com o aval do Estado.

O Relatório Figueiredo, produzido em 1967 e redescoberto recentemente, já descrevia detalhadamente os conflitos agrários em terras indígenas que atualmente são base da violência no campo registrada no Mato Grosso do Sul. O documento aponta que nas duas comissões parlamentares de inquérito, que funcionaram em 1955 e em 1963, terras indígenas eram arrendadas ou vendidas, com aval do Estado, responsável por emitir os títulos.

A primeira CPMI, em 1955, funcionou com o objetivo de anular a doação de terras feitas pelo governo do antigo Mato Grosso. A segunda, em 1962, tinha o objetivo de apurar irregularidades no extinto Serviço de Proteção ao Índio (SPI). Esse foi o contexto que motivou a expedição realizada pelo procurador Jader Figueiredo, que produziu o relato de 7 mil páginas que inclui o roubo de terras indígenas, tortura e extermínio de tribos inteiras no Brasil durante o período da ditadura militar.

Leia mais:
http://www.fatonews.com.br/2013/12/09/relatorio-figueiredo-revela-que-familias-tradicionais-se-apossaram-de-terras-indigenas-no-ms/

Da escravidão à ditadura: 10 filmes para entender o Brasil

01 sexta-feira jan 2016

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cinema, classes sociais, ditadura cívico-militar brasileira, elite branca brasileira, escravidão, escravidão à ditadura, fatos históricos, filmes

Da escravidão à ditadura: 10 filmes para entender o Brasil

Inspiração para o cinema, a história brasileira ajuda a compreender o presente

O Brasil, mais uma vez, passa por um período de crise econômica e política. Temas do momento, como alta do dólar e Operação Lava Jato se misturam com questões históricas e ideológicas – pedidos por ´, diferenças entre classes sociais e a “ameaça” do comunismo não são discussões novas. Para entender o presente, é imprescindível olhar para o passado.

O conhecimento histórico vem por diferentes meios, e o cinema pode ser um dos mais interessantes. Davi Rushel, professor de História do Colégio João Paulo I e do curso pré-vestibular Universitário, de Porto Alegre, acredita que o cinema é uma ferramenta importante para despertar a curiosidade histórica. “Os filmes são maneiras atraentes de levar a história ao público. Um atrativo a mais. Filmes ajudam a compreender os períodos, desde que não contenham grandes erros históricos”, afirma.

Leia mais:
http://noticias.terra.com.br/brasil/da-escravidao-a-ditadura-10-filmes-para-entender-o-brasil,6c5e2982ec3bc410VgnVCM3000009af154d0RCRD.html

Um Brasil menos desigual

28 segunda-feira dez 2015

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analfabetismo funcional, democracia, desigualdade social, ditadura cívico-militar brasileira, ensino fundamental, IBGE, leitura, Marta Arretche, Trajetória das Desigualdades: Como o Brasil mudou nos últimos 50 anos

Um Brasil menos desigual

Quando se olha para o Brasil de 1960 e para o de 2010, encontramos duas realidades quase opostas. No início da década de 60, era um país rural, majoritariamente católico, com 75% da população analfabeta funcional e com apenas 20% concluindo o Ensino Fundamental. Em 2010, contudo, as coisas se inverteram. Falamos agora de um Brasil no qual 85% da população vive em cidades, a conclusão do Ensino Fundamental é praticamente universal (chega a 70%) e o analfabetismo funcional está restrito a 20% da população idosa.

Quem apresenta esses dados é Marta Arretche, professora livre-docente do Departamento de Ciência Política da USP e diretora do Centro de Estudos da Metrópole. Essas informações são resultado de um projeto de pesquisa que deu origem ao livro Trajetória das Desigualdades: Como o Brasil mudou nos últimos 50 anos, lançado pela Editora Unesp em junho de 2015, organizado por Arretche.

O livro compila uma vasta pesquisa realizada sobre a desigualdade no Brasil entre 1960 e 2010 e reuniu pesquisadores das mais diversas áreas e de universidades nacionais e estrangeiras. “Este é um período da história do Brasil que compreendeu contextos econômicos e políticos muito distintos: transição rural-urbana, industrialização, crescimento econômico acelerado e retração econômica, inflação e estabilidade monetária, autoritarismo e democracia. Ainda que essas transições tenham sido extensivamente registradas pela literatura, uma avaliação sistemática da trajetória das desigualdades ao longo desse período ainda estava por ser feita”, afirma Arretche. Para que tal empreendimento fosse realizado, foram fundamentais para a pesquisa os Censos demográficos produzidos pelo IBGE entre 1960 e 2010.

Leia mais:
http://www.cartaeducacao.com.br/reportagens/um-brasil-menos-desigual/

Protestos contra Dilma coincidem com data do golpe militar AI-5

13 domingo dez 2015

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#contraogolpe, AI-5, Ato Institucional número 5, contra o golpe, direita retrógrada, direitos civis, ditadura cívico-militar brasileira, elite, reacionários, repressão

Protestos contra Dilma coincidem com data do golpe militar AI-5

SÃO PAULO E BRASÍLIA – A retomada das ruas pelos movimentos sociais de oposição ao governo Dilma Rousseff, sob a bandeira do impeachment, foi articulada às pressas para acontecer, amanhã, domingo, 13 de dezembro.

A data da manifestação coincide com o 47º aniversário da edição do Ato Institucional número 5 (AI-5), decreto emitido pelo governo militar brasileiro que cassou direitos civis durante a ditadura. Uma “coincidência absolutamente infeliz”, diz Kim Kataguiri, liderança do Movimento Brasil Livre (MBL).

As lideranças pró-impeachment foram pegas de surpresa pela decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no último dia 2, de aceitar o pedido de impedimento contra a petista.

“A gente não estava esperando por esta notícia e tivemos de nos reprogramar totalmente. Estamos fazendo o possível”, diz Rogério Chequer, do Vem Pra Rua, que trata o ato deste domingo como “esquenta” para eventos maiores a serem agendados.

Leia mais:
http://www.valor.com.br/politica/4354766/protestos-contra-dilma-coincidem-com-data-do-golpe-militar-ai-5

Ditadura: Morre única sobrevivente da Casa da Morte

29 quarta-feira abr 2015

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Anistia, casa da morte, Centro de Informações do Exército, Delegado Sérgio Fleury, ditadura cívico-militar brasileira, Inês Etienne Romeu, Movimento Vanguarda popular Palmares, sobrevivente, tortura, VPR

Inês Etienne Romeu faleceu na manhã desta segunda-feira (27)

Inês Etienne Romeu faleceu na manhã desta segunda-feira (27)

Ditadura: Morre única sobrevivente da Casa da Morte

Morreu na manhã desta segunda-feira (27), aos 72 anos, a ex-líder do movimento Vanguarda Popular Palmares (VPR), Inês Etienne Romeu, em sua casa em Niterói. Inês foi a única sobrevivente de um centro de tortura da ditadura militar em Petrópolis (RJ), conhecida como Casa da Morte. Ao que tudo indica, a militante morreu enquanto dormia e a causa ainda não foi divulgada.

Importante figura na luta contra a ditadura, Inês foi presa pelo então delegado Sérgio Fleury, em 1971, e levada para a Casa da Morte, centro de tortura e execução montado pelo Centro de Informações do Exército (CIE) durante a ditadura militar. Após 96 dias de tortura, estupros e diversas tentativas de suicídio, a militante foi solta em Belo Horizonte (MG), pesando 32 quilos. Sua soltura se deu graças a uma campanha internacional de denúncia contra sua prisão clandestina. Temendo por sua vida, Inês se entregou ás autoridades oficiais, para que sua prisão fosse registrada segundo os procedimentos legais formais. A militante foi a última presa política a ser libertada pela Anistia, em 1979.

Leia mais:
http://www.carosamigos.com.br/index.php/politica-2/5003-ditadura-morre-unica-sobrevivente-da-casa-da-morte

Como a Ditadura Militar matou 8 mil índios na Amazônia

20 segunda-feira abr 2015

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chacinas, Comissão nacional da Verdade, direito a terra, ditadura cívico-militar brasileira, história, povos indígenas, territórios indígenas

Índios na década de 70 / Edílson Martins

Índios na década de 70 / Edílson Martins

Como a Ditadura Militar matou 8 mil índios na Amazônia

No dia 1º de abril de 1964, o presidente João Goulart foi deposto e o Brasil entrou em um período de 21 anos sem democracia. Estava instalado o regime militar no país, onde cinco generais do Exército se revezaram no poder, sempre eleitos sem o voto do povo. No ano passado, o golpe completou 50 anos e há um extenso material disponível na internet sobre o assunto. Nesta semana, em que o início de um dos períodos mais negros da nossa história completa aniversário, o História do Dia conta um pouco sobre como o Regime Militar matou mais de 8 mil índios nas florestas da região norte do país. Toda violência foi motivada por dinheiro, corrupção e também por simples maldade.

Segundo o relatório final da Comissão Nacional da Verdade (CNV), 8.350 índios foram mortos durante os anos da Ditadura Militar. Mas os pesquisadores estão convictos de que esse número é imensamente maior, já que foi possível estudar apenas uma pequena parte dos casos. Toda essa matança foi encoberta pelo governo, que aliás, era quem promovia verdadeiras chacinas em nome do progresso.

Leia mais:
http://blogs.odia.ig.com.br/historia-do-dia/2015/03/31/como-a-ditadura-militar-matou-8-mil-indios-na-amazonia/

Minidocumentário revela que ditadura criou campos de concentração indígenas

14 sábado mar 2015

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Minidocumentário revela que ditadura criou campos de concentração indígenas

Reportagem de André Campos mostra que índios foram submetidos a trabalhos forçados e torturas

De 1969 até meados da década de 1970, a Fundação Nacional do Índio (Funai) manteve silenciosamente em Minas Gerais dois centros para a detenção de índios considerados “infratores”. Para lá foram levados mais de cem indivíduos de dezenas de etnias, oriundos de ao menos 11 estados das cinco regiões do país. O Reformatório Krenak, em Resplendor (MG), e a Fazenda Guarani, em Carmésia (MG), eram geridos e vigiados por policiais militares sobre os quais recaem diversas denúncias de torturas, trabalho escravo, desaparecimentos e intensa repressão cultural. Os presos incluíam até mesmo indivíduos que lutavam contra a invasão de áreas hoje oficialmente reconhecidas como território indígena.

Leia mais:
http://vladimirherzog.org/minidocumentario-revela-que-ditadura-criou-campos-de-concentracao-indigenas/

Brasil, viagem literária à origem do horror da Operação Condor

14 domingo dez 2014

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DITADURA CÍVICO-MILITAR BRASILEIRA
Brasil, viagem literária à origem do horror da Operação Condor

O romance ‘O Punho e a Renda’, do escritor brasileiro Edgard Telles Ribeiro, reconstrói a gestação das autocracias criadas na América do Sul nos anos de 1960 e 1970

Repressão além das fronteiras: a aliança repressiva no Cone Sul

As lembranças carregadas de indignação e dor chegaram a galope para Edgard Telles Ribeiro naquele dia de 2008, quando sua filha Adriana, de 21 anos, lhe perguntou: “Por que você nunca falou sobre os anos de repressão no Brasil aqui em casa?”.

Silêncio. Desconforto.

Telles Ribeiro nunca tinha falado desse passado trágico que conhecia tão bem, não só em seu país mas também em toda a América do Sul. Ele começou sua vida profissional como diplomata, em 1966, dois anos depois do golpe militar brasileiro que instalaria uma ditadura até 1985 e que inauguraria um dos capítulos mais dramáticos da história latino-americana recente: as seis ditaduras do Cone Sul que viriam a entrar para a história como Operação Condor (Brasil, Uruguai, Paraguai, Chile, Bolívia e Argentina).

Uma manobra orquestrada pela CIA para controlar a região, em aliança com a direita e com os militares desses países, que coordenavam ações para reprimir os opositores. O resultado: milhares de pessoas mortas, desaparecidas, torturadas, presas e reprimidas de todas as maneiras, além de uma desestabilização social e a implantação de um sistema de corrupção e impunidade que ainda sobrevive.

Depois do Brasil, caíram sob o controle militar como um castelo de cartas o Uruguai, o Chile e a Argentina. Edgard Telles Ribeiro

Leia mais:
http://brasil.elpais.com/brasil/2014/12/12/politica/1418404400_250998.html

O relatório sobre a ditadura em três histórias

14 domingo dez 2014

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Ditadura cívico-militar no Brasil
Comissão da Verdade

O relatório sobre a ditadura em três histórias
Uma mulher que passou décadas sem saber se o marido estava morto; dois sobrinhos que reconstruíram os últimos dias do tio e uma jornalista que ainda enfrenta pesadelos pela tortura. Três relatos resumem o horror retratado pela CNV nesta semana

“Por 34 anos eu não soube se meu marido estava vivo ou morto”
Apenas em 2004 Ilda Martins da Silva teve certeza de que seu marido havia sucumbido após ser torturado por militares em 1969

“A pesquisa sobre o meu tio morto me reconectou com a família”
Os sobrinhos de Raul Amaro conseguiram provar após 40 anos a causa real da morte do tio: assassinato causado pelas torturas praticadas pelos militares

“Os militares diziam que a tortura não passa nunca. Tinham razão.”
Rose Nogueira, presa 33 dias após dar à luz seu filho, foi torturada psicologicamente e abusada. Ela ainda guarda as marcas do período

Leia mais em El País Brasil

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