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~ compilação de notícias relacionadas à educação

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Arquivos da Tag: demarcação de terras

O golpe e os golpeados

27 terça-feira dez 2016

Posted by auaguarani in Afrodescendentes e africanos no Brasil, Cultura, Ditadura cívico-militar brasileira, ECA, Educação, Educação Inclusiva, Educador, Formação, História, Meio ambiente, Povos indígenas, Preconceito, Profissão, Saúde, Sociedade, Violência

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Sheila Cristina Nogueira da Silva chora a morte do filho Carlos Eduardo, 20 anos, com seu sangue no rosto, no dia 10 de junho, no Rio de Janeiro. Pablo Jacob / Agência O Globo

Sheila Cristina Nogueira da Silva chora a morte do filho Carlos Eduardo, 20 anos, com seu sangue no rosto, no dia 10 de junho, no Rio de Janeiro. Pablo Jacob / Agência O Globo

O golpe e os golpeados

A barbárie de um país em que as palavras já não dizem

Sheila da Silva desceu o morro do Querosene para comprar três batatas, uma cenoura e pão. Ouviu tiros. Não parou. Apenas seguiu, porque tiros não lhe são estranhos. Sheila da Silva começava a escalar o morro quando os vizinhos a avisaram que uma bala perdida tinha encontrado a cabeça do seu filho e, assim, se tornado uma bala achada. Ela subiu a escadaria correndo, o peito arfando, o ar em falta. Na porta da casa, o corpo do filho coberto por um lençol. Ela ergueu o lençol. Viu o sangue. A mãe mergulhou os dedos e pintou o rosto com o sangue do filho.

A cena ocorreu em 10 de junho, no Rio de Janeiro. Com ela , a pietà negra do Brasil atravessou o esvaziamento das palavras. O rosto onde se misturam lágrimas e sangue, documentado pelo fotógrafo Pablo Jacob, da Agência O Globo, foi estampado nos jornais. Por um efêmero instante, que já começa a passar, a morte de um jovem negro e pobre em uma favela carioca virou notícia. Sua mãe fez dela um ato. Não fosse vida, seria arte.

Sheila ouviu os tiros e seguiu adiante. Ela tinha que seguir adiante torcendo para que as balas fossem para outros filhos, outras mães. E voltou com sua sacola com batata, cenoura e pão. Ela ainda não sabia que a bala desta vez era para ela. Ainda nem havia sangue, mas a imagem já era terrível, porque cotidiana, invisível. A mulher que segue apesar dos tiros e volta com batata, cenoura e pão, furiosamente humana, buscando um espaço de rotina, um fragmento de normalidade, em meio a uma guerra que ela nunca pôde ganhar. E guerras que não se pode ganhar não são guerras, mas massacres. E então ela corre, esbaforida. E desta vez a batata, a cenoura, o pão já não podem lhe salvar.

…Se há um genocídio negro, se há um genocídio indígena, e conhecemos as palavras, e as pronunciamos, e nada acontece, criou-se algo novo no Brasil atual. Algo que não é censura, porque está além da censura. Não é que não se pode dizer as palavras, como no tempo da ditadura, é que as palavras que se diz já não dizem. O silenciamento de hoje, cheio de som e de fúria nas ruas de asfalto e também nas ruas de bytes, é abarrotado de palavras que nada dizem. Este é o golpe. E a carne golpeada é negra, é indígena. Este é o golpe fundador do Brasil que se repete. E se repete. E se repete. Mas sempre com um pouco mais de horror, porque o mundo muda, o pensamento avança, mas o golpe segue se repetindo. A ponto de hoje calar mesmo as palavras pronunciadas.

Leia mais:
http://brasil.elpais.com/brasil/2016/06/20/opinion/1466431465_758346.html

Quem são os povos indígenas do Brasil?

19 terça-feira abr 2016

Posted by auaguarani in Ambiente escolar, Cultura, Dica cultural, ECA, Educação, Educação Inclusiva, Educador, Formação, História, Idiomas, Meio ambiente, Mercosul, Povos indígenas, Profissão, Sociedade

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Albuquerque, arqueólogos, índios Guaná, Barão de Langsdorff, Baya, Charaye, Corumbá, demarcação de terras, direito a terra, diversidade cultural, etnias, família linguística Aruak, Guaramo, Guayarapo, Guaycuru, Guaycuruti, Hercules Florence, indígenas brasileiros, jesuítas, língua Chané-Guaná, Orejone, padre Diogo Ferrer, Payagua, povo nativo, povo Terena, povos indígenas, Rio Paraguai, território, tribos, Tunu

Hercules Florence, 1827 – Duas pirogas dos Guaná

Hercules Florence, 1827 – Duas pirogas dos Guaná

Quem são os povos indígenas do Brasil?

Conheça a história dos indígenas brasileiros, como os Terena, que habitam a região próxima aos afluentes do Rio Paraguai há séculos

Para estudar a história dos povos indígenas no Brasil é necessário estabelecer diálogos com diferentes áreas de pesquisa. Contribuem as descobertas feitas por arqueólogos, a partir da localização e análise de objetos de cultura material – fogueiras, cerâmicas, restos de alimentos, urnas funerárias; os estudos de registros feitos pelos europeus, que aqui estiveram ao longo de cinco séculos, e que escreveram, desenharam, pintaram e fotografaram aldeias, famílias e atividades cotidianas dos nativos; e as memórias preservadas pelos ancestrais indígenas, que contam suas histórias aos seus filhos, netos e bisnetos.

Observe o desenho acima. Ele foi feito por um francês chamado Hercules Florence (1804 – 1879), integrante de uma expedição científica durante os anos de 1824 a 1829, comandada pelo Barão de Langsdorff (1774 – 1852). Esse artista retratou, nesse desenho, os índios Guaná. Encontrou-os em Albuquerque, antiga vila portuguesa fundada em 1778, instalada na margem direita do Rio Paraguai. A história da vila remonta à disputa de território entre portugueses e espanhóis na região. Atualmente, Albuquerque é a cidade de Corumbá, no estado Mato Grosso do Sul.

O desenho é uma fonte de informação histórica. Registra, por exemplo, as embarcações dos Guaná naquela época. Outras fontes indicam, por exemplo, que um dos grupos Guaná foi ancestral do atual povo Terena, que atualmente fala a língua Chané-Guaná, da família linguística Aruak. Os Terena têm habitado a região próxima aos afluentes do Rio Paraguai (Aquidauana e Miranda) há centenas de anos.

Leia mais:
http://www.cartaeducacao.com.br/aulas/fundamental-2/quem-sao-os-povos-indigenas-do-brasil/

Dia da Resistência Indígena

19 terça-feira abr 2016

Posted by auaguarani in Cultura, ECA, Educação, Educação Inclusiva, Educador, Formação, História, Mercosul, Povos indígenas, Sociedade

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demarcação de terras, dia do índio, direitos constitucionais, diversidade cultural, etnias, povos, povos indígenas, território, tribos

Dia da Resistência Indígena

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Funcionários de centro de educação e cultura indígena em SP estão parados

04 terça-feira ago 2015

Posted by auaguarani in Ambiente escolar, Cultura, ECA, Educação, Educação Inclusiva, Educador, Meio ambiente, Povos indígenas, Saúde, Sociedade

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acesso a educação, acesso a terra, aldeias indígenas, convivência, cultura, curumim, demarcação de terras, educadores, guaraní, ong, opção brasil, tenondé porã

Funcionários de centro de educação e cultura indígena em SP estão parados

Educadores, vigilantes e cozinheiros cruzaram os braço por três meses de salários atrasados.

A batalha pela fronteira Munduruku

11 quinta-feira dez 2014

Posted by auaguarani in Cultura, ECA, Educação, Educador, Formação, História, Mercosul, Povos indígenas, Preconceito, Sociedade

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demarcação de terras, direito a terra, povos indígenas, violência

creidto: Marcio Isensee e Sá

A batalha pela fronteira Munduruku

por Ana Aranha, Jessica Mota
Foto: Marcio Isensee e Sá

Indígenas proclamam a autodemarcação de terra que pode parar a hidrelétrica de São Luiz do Tapajós, a nova menina dos olhos do governo federal. Assentada em solo sagrado, a área seria alagada pela usina. “A gente não sai”, diz cacique

À beira do rio Tapajós, no oeste do Pará, a floresta estala sob os passos dos guerreiros Munduruku. São cerca de 20 homens fortes, com braços pintados com traços iguais aos da casca do jabuti. Eles trabalham em silêncio, as poucas palavras são ditas na língua materna, o Munduruku. Avançam com atenção sobre um perigoso manto que cobre o chão: cipós, galhos forrados de espinhos e troncos em decomposição. As pisadas são lentas e firmes. Sem pressa, os guerreiros abrem a mata para o campo de batalha.

Os Munduruku experimentam uma estratégia nova, inédita para esse povo cujo histórico de guerra antecede o primeiro registro de contato com portugueses, em 1768. Munidos de foices e facões, eles abrem uma picada de quatro metros de largura e sete quilômetros de extensão. Trata-se da autodemarcação da terra indígena Sawré Muybu. Ceifada em meio à floresta alta, a abertura representa uma trincheira de defesa contra o avanço das usinas hidrelétricas planejadas para a bacia do Tapajós. Apoiada por ambientalistas e membros do judiciário, a fronteira Munduruku é o maior entrave que já cruzou a rota do governo Dilma Rousseff no projeto para a exploração da bacia do Tapajós.

Leia mais:
http://apublica.org/2014/12/batalha-pela-fronteira-munduruku/

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