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Uma babel de línguas indígenas
Quando os europeus chegaram à Amazônia encontraram uma variedade de mais de 700 línguas indígenas! Hoje, ninguém mais se lembra delas
No século XVI, quando os europeus realizaram as primeiras viagens exploratórias pelo Rio Amazonas, encontraram uma diversidade tão grande de línguas faladas na região que o padre Antônio Vieira, jesuíta residente no Pará em meados do século XVII, denominou o Amazonas de “Rio Babel”.
O linguista tcheco Cestmir Loukotka (1968) comprovou essa diversidade com documentos históricos que encontrou nos arquivos da Europa e da América. Segundo ele, no momento do contato com o europeu, não havia um só falante de português no território que constitui a atual Amazônia brasileira, onde eram faladas mais de 700 línguas indígenas.
Algumas dessas línguas eram aparentadas, pertenciam à mesma família ou ao mesmo tronco linguístico, o que permitia obter um grau mínimo de comunicação entre seus falantes, semelhante ao que ocorre quando alguém fala espanhol com um brasileiro, que pode entender muita coisa por se tratar de duas línguas, embora diferentes, provenientes do mesmo tronco, o latim. Muitas línguas, porém, pertenciam a troncos diferentes, o que bloqueava totalmente a comunicação, assim como ocorre quando alguém fala alemão com um brasileiro.
O que se opõe à memória não é o esquecimento, mas o esquecimento do esquecimento”, sugere o filósofo francês Giles Deleuze
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