Alunos do ITA desenvolvem tablet adaptado para deficientes visuais
Textos poderão ser sentidos por meio da leitura em braile.
Previsão é que o tablet tenha preço acessível em torno de R$ 600.
Dois estudantes do Instituto Tecnológico Aeronáutico (ITA) de São José dos Campos (SP) estão desenvolvendo um tablet adaptado para deficientes visuais. A ideia dos alunos é que o aparelho tenha preço acessível na comparação com outras opções do mercado.
“A principal funcionalidade vai ser o digital e a partir dele vamos implementar para conseguir estruturar coisas em cima dele”, explicou o estudante de engenharia da computação Fábio Martins Fernandes, um dos criadores do projeto.
Um tablet de mercado para deficientes custa em média R$ 10 mil. A expectativa é que este seja fabricado com valores mais acessíveis, em torno de R$ 600. O aparelho está na fase final do desenvolvimento e deve começar a ser vendido ainda neste ano.
Novo instrumento reduz em 60% o tempo de aprendizagem para o sistema
Há quase 200 anos, o francês Louis Braille permitiria aos deficientes visuais de todo o mundo ler e escrever seus próprios textos ao desenvolver a primeira versão da reglete, ferramenta utilizada até os dias de hoje para a escrita manual do sistema batizado com seu sobrenome.
Apesar de ter facilitado a inclusão dos alunos cegos, o instrumento apresenta uma desvantagem: graças ao fato de os pontos terem de ser escritos em baixo-relevo, de modo que quando a folha é virada estejam em alto-relevo para a leitura tátil, a escrita tem de ser feita do lado direito para o esquerdo e os caracteres precisam ser escritos espelhados.
Garoto de 13 anos diz que criou impressora braile de lego em apenas um mês
“Como as pessoas cegas leem?”. Essa foi a pergunta que motivou o norte-americano Shubham Banerjee, 13, a criar uma impressora braile feita com um kit de desenvolvimento de Lego que custa US$ 350 (aproximadamente R$ 942). O dispositivo, basicamente, converte um texto convencional para o sistema de leitura com o tato para cegos.
“Vi que há pelo menos 50 milhões de pessoas com problemas de visão no mundo e que a grande maioria delas (90%) vive em países pobres”, disse Banerjee, durante entrevista ao UOL Tecnologia, ao justificar sua iniciativa de fazer uma impressora braile acessível.
Empresa cria anuário escolar para cegos, com rostos de estudantes impressos em 3D
Folhear um anuário escolar é um dos mais poderosos gatilhos de memórias. Você resgata sentimentos da primeira pessoa por quem se apaixonou, do seu melhor amigo, de momentos bacanas, de momentos não tão bacanas assim. Os deficientes visuais não tinham um tipo de experiência parecida… até agora. A empresa 3D TEK promoveu uma ação para surpreender oito estudantes sul-coreanos cegos. Ela imprimiu, em 3D, bustos de oito colegas da mesma classe.
Antes da formatura, os graduandos da Escola Nacional para Cegos de Seoul receberam os bustos detalhados de seus amigos, com o nome de cada colega em braile. Trata-se de um anuário escolar que pode ser lido por meio das mãos.
Anel inteligente ajuda cegos a ler textos impressos; conheça o projeto
Nos laboratórios de mídia do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), pesquisadores como Roy Shilkrot e Jochen Huber estão trabalhando num dispositivo chamado “FingerReader”, um anel inteligente que se encaixa ao redor do dedo e lê textos em voz alta, graças a uma câmera acoplada e modificação de softwares open source.
Para ouvir as palavras em voz alta basta passar o dedo por uma linha de texto e uma voz com tons metálicos irá dizê-las com um bom volume. Entretanto, não é qualquer texto que O “FingerReader” consegue ler. Por exemplo, aqueles textos de bula de remédios são pequenos demais, a fonte mínima é a de tamanho 12.
La lucha de Gulab, ciega de nacimiento, por estudiar y ser profesora de idiomas. La tercera historia de mujeres en la India extraídas del libro ‘Rumbo a las estrellas, con dificultades’, de Manuel Rivas, sobre el trabajo de Vicente Ferrer
Quando digitamos uma palavra no Google ou em outro site de busca, ele nos mostra diversos resultados. Todos visuais.
Uma impressora em 3D criada no Japão pelo Yahoo! utiliza o mesmo sistema dos buscadores para fazer com que crianças cegas possam sentir o resultado de suas pesquisas com o tato.
Chamada de “Hands on Search”, a máquina funciona com um microfone e um sistema que reconhece a voz. Assim que a criança fala o que quer conhecer, a máquina faz uma busca e cria o que ouviu na forma de uma miniatura.
Após dizer “girafa”, por exemplo, um menino recebe uma versão do animal que cabe em suas mãos. O mesmo acontece com tiranossauros, prédios e carros.
A máquina foi instalada em uma escola especial para deficientes visuais.