Voce já ouviu falar em sistema Daisy? É um sistema que torna livros, inclusive e-books, acessíveis para pessoas com deficiência visual. No Brasil, já são cerca de 3 mil títulos. Pedro Millet é o representante do sistema na América Latina.
Como surgiu o sistema Daisy?
PEDRO MILLET: Na Suécia , em 2005. O padrão atual apresenta uma estrutura muito mais rica, com texto completo na tela (em fontes ampliadas para baixa visão), busca, anotações, soletração, extração de trechos para edição externa, conversão para braille e outras coisas.
A sexta edição da Série de Diálogos O Futuro se Aprende reuniu especialistas para compartilhar práticas e visões sobre a Educação Integral, no dia 29 de agosto de 2013, em São Paulo-SP.
Organizações querem criar padrão para livro didático inclusivo
Mesmo com avanços, nos últimos anos, em relação à concretização de uma educação inclusiva, existem ainda diversas barreiras que precisam ser vencidas. Umas delas é a garantia de que os livros didáticos distribuídos nas escolas sejam acessados por qualquer criança, ou seja, é preciso pensar em um desenho universal para essas obras.
Em 2015, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) decidiu reunir especialistas de seis países para pensar parâmetros e um protocolo guia para servir como referência para os países desenvolverem livros didáticos inclusivos. No Brasil, um grupo de organizações foi convocado a fazer parte da iniciativa que em breve apresentará os primeiros resultados.
O primeiro passo desse grupo foi fazer um diagnóstico da situação atual. No Brasil, os professores de salas de recursos de escolas públicas do Rio de Janeiro participaram e aplicaram uma pesquisa com os estudantes para identificar as demandas e alguns conceitos chaves que serviram como base para o desenvolvimento do protocolo e do primeiro livro.
Uma das primeiras conclusões da pesquisa é que os recursos que foram pensados para crianças com algum tipo de deficiência se provaram muito úteis para os demais estudantes.
Descobrimos que diversos recursos que já são utilizados para garantir a inclusão são extremamente úteis para os estudantes que não tem deficiência”, afirmou a coordenadora-geral do Movimento de Ação e Inovação Social (MAIS) e do Movimento Down, Maria Antonia Goulart.
Inclusão: 5 aplicativos que ajudam pessoas com deficiência
O bom aplicativo é aquele que resolve os problemas do usuário. No caso das pessoas com deficiência, aplicativo bom é aquele que ajuda a suprir as dificuldades de comunicação e de aprendizagem. E o mercado de desenvolvimento já descobriu isso. O HandTalk, por exemplo, elaborado por brasileiros de Pernambuco, venceu o WSA-Mobile – maior prêmio de tecnologias móveis do mundo, que aconteceu no início deste ano em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes.
Por isso, listamos cinco apps que podem ajudar a promover a inclusão no dia-a-dia:
– DEFICIÊNCIA AUDITIVA | Hand Talk: premiado, o app traduz para Libras textos e áudios. Utilíssimo para comunicar-se com um amigo ou aluno surdo.
– DEFICIÊNCIA INTELECTUAL | Hércules e Jiló: por meio de jogos, o aplicativo ajuda a ensinar Ciências a crianças com necessidades educacionais especiais.
– DEFICIÊNCIA INTELECTUAL | Que fala!: é um substituto digital para as tradicionais pranchetas comumente utilizadas por pessoas com deficiência intelectual ou com transtornos globais do desenvolvimento, como o autismo, que possuem dificuldades para falar.
– DEFICIÊNCIA VISUAL | Call Announcer: dedicado a quem tem baixa visão, o aplicativo ajuda o usuário a saber quem está ligando e também lê mensagens de texto.
– DEFICIÊNCIA FÍSICA | Busalert: o sistema auxilia tanto o usuário de transporte público – para monitorar o tempo de espera, quanto os motoristas de ônibus – que conseguem descobrir se há um passageiro com deficiência em um ponto próximo e podem preparar-se para recebê-lo.