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anatomia, órgãos sexuais, camisinha, comportamento, cromossomo, Drauzio Varella, elites sociais, filhos, HIV, homem, mulher, periferia, pobre, política pública, preconceito, religião, sexo, unidades de saúde
22 terça-feira maio 2018
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in22 terça-feira maio 2018
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AIDS, anatomia, órgãos sexuais, biologia sexual, cromossomo, Drauzio Varella, estrutura binária, feminino, gônadas, HIV, homem, hormônios, masculino, mulher, ovários, sexo, testículos
Batalhas sexuais
Se você tem cromossoma Y é homem; se não tem, é mulher, diziam os antigos. Hoje, sabemos que a biologia sexual é muito mais complexa.
Na primeira metade do século 20, foram descritos transtornos de desenvolvimento sexual em que havia disparidade entre os cromossomas e a anatomia dos órgãos sexuais. Em alguns deles, a distinção entre masculino e feminino era tão imprecisa que gerava dúvidas nos médicos e nas famílias, sobre a forma de educar a criança.
Alguns autores calculam que exista um caso desses transtornos em cada 100 nascimentos.
A revista “Nature” publicou uma revisão da literatura com o título: “O Sexo Redefinido”.
Nela, explica que o binário XX/XY caiu em descrédito na genética moderna, quando foram identificadas mutações de certos genes envolvidos no desenvolvimento, responsáveis por modificações sutis na anatomia e na fisiologia sexual.
A rigidez do modelo binário não deixa espaço para explicar esses casos intermediários, em que fica impossível definir limites exatos de separação entre os sexos.
Leia mais:
https://drauziovarella.uol.com.br/drauzio/batalhas-sexuais/
11 sexta-feira ago 2017
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anatomia, órgão genital, corpo, educação sexual, empoderamento, filhas, machismo, mães, menina, patriarcado, Patricia Gosálvez, pudor, sexualidade, tcheca, vulva, xana
Vulva, precisamos falar mais esta palavra
Muitas de nós, desde meninas, crescemos com pudor anatômico e linguístico em relação aos nossos órgãos genitais externos
por Patricia Gosálvez
“Vuva, vuva! Aua vuuuu-vaaaaa!”, grita a menina, pelada, pela praia. Sim, senhora que me olha de um jeito estranho, de debaixo do guarda-sol, a menina está gritando vulva. “A água chega até a minha vulva”, para ser precisa. É apenas um bebê, não tem dois anos, mas se alguém duvida de suas palavras, cada vez que vem a onda, agarra-a com as mãos morta de frio e riso. “Vuvaaaaa!”.
Quando eu era pequena, na minha casa a vulva era a pepeka e não se gritava em público. Sempre pensei que fosse uma palavra privada, inventada por meus antepassados, passada amorosamente de mães a filhas. Mas não, minha mãe me contou faz tempo que copiara de uma vizinha, porque o pitchulinha de minha avó lhe parecia vulgar. Desde então carrego uma lista das denominações genitais infantis de minhas amigas. Tenho mais de 50. As comuns, pipinha, xaninha e pombinha. As de rua, perereca, e a brega borboletinha. As regionais como figa e shoshete. O obsoleto perseguida. Alguma mais rebuscadas, como tcheca, dita cuja … Tulipa, Sério? Também rachinha, ostrinha e cofrinho, para que a menina aprenda de onde sai o dinheiro, imagino. Muitas simplesmente a chamavam de lá, embaixo ou isso, como o primo da Família Adams antes de que o cabelo crescesse. Para mim o pior me parece bundinha da frente. É ouvir isso e começar a fazer os Kegel (aqueles para combater incontinência).
Leia mais:
https://brasil.elpais.com/brasil/2017/08/02/cultura/1501690142_000166.html
09 sexta-feira set 2016
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anatomia, cidadania, DST, educação sexual, escola, escolas, gravidez, homossexualidade, igreja, kit gay, livros didáticos, pecado, prazer, preservativos, rede pública, saúde, sexo
Você sabe do que está falando quando se diz contra a educação sexual nas escolas?
Seu filho não será um pervertido porque aprendeu como se proteger de uma gravidez não planejada ou porque aprendeu que há riscos no sexo sem camisinha.
“Eles começam com crianças de seis anos de idade. Eles têm uma caixa com um buraco. Daí cada aluno tem que por o dedo e rodar”, assim me explicou um colega professor universitário sobre como eram as aulas de educação sexual oferecidas pelas escolas públicas. O susto não foi só meu, mas de um grupo que ouvia o relato. Outro colega, mais intempestivo que eu, preciso confessar, retrucou: “Cara, você acredita mesmo nisso?”. O assunto se encerrou ali. Exatamente este precisa ser nosso início de conversa sobre educação sexual nas escolas: você sabe do que está falando quando se diz contra educação sexual nas escolas? Você acredita nessas histórias que falam por aí?
Primeiro, desconfie disso que alardeiam como fantasias sexuais alheias. São os homens adultos, talvez seu pai, irmão, avô, ou você mesmo, quem sonha com caixas furadas para treinar o dedo tímido. Não acredite nisso que espalham por aí como sendo o kit gay para as escolas. Não há nem revistas de mulheres nuas (leitura que foi comum a muitos dos homens moralistas contrários à educação sexual de seus filhos) tampouco vibradores ou chicotes nas salas de aula. A professora não vai à escola vestida de espartilho, nem o professor de caubói. Não há nada de cenas de filme pornô ou gemidos, menos ainda visitas a saunas repletas de homens que, na vida cotidiana, negariam de pés juntos conhecimento de tão animado lugar.
Antes de espalhar pânico e mentira, olhe os livros didáticos de educação sexual: eles são sérios, acanhados até – falam mais de anatomia que de sexualidade, menos de prazer que de gravidez.
16 sexta-feira out 2015
Professora se fantasia para ensinar anatomia em colégio
A professora holandesa Debby Heerkens inovou nas aulas de biologia da escola Groene Hart Rijnwoude, na cidade de Hazerswoude, na Holanda. Para entreter os alunos a mulher explica complexos assuntos da matéria com o próprio corpo e com a ajuda de uma fantasia temática e ilustrativa em 3D – com músculos, órgãos do corpo humano ou da anatomia em geral.
De acordo com informações um jornal holandês a ideia para as aulas temáticas surgiu após Debby avistar uma pessoa caminhando com uma legging de músculos em 3D nas ruas. Depois de comprar as fantasias em um site na internet, ela inovou na sala de aula.