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Descoberta bactéria capaz de comer plástico PET
Micróbio, que evoluiu em apenas 70 anos, vive em aterros sanitários onde encontram esse material
Fácil de produzir a partir de derivados do petróleo, cômodo de moldar por sopro, transparente e acessível por menos de cinco reais o quilo, o PET (politereftalato de etileno) é um dos plásticos mais utilizados para engarrafar todo tipo de bebidas, e também na indústria têxtil. A cada ano, são produzidas no mundo cerca de 50 milhões de toneladas desse material, mais ou menos 16% do total de plásticos fabricados. Sua reciclagem é ineficaz e ele é pouco biodegradável, razões pelas quais é uma excelente notícia que os cientistas tenham descoberto uma bactéria capaz de usá-lo como alimento. Depois de isolada num aterro sanitário com grande volume de material PET, o organismo foi batizado de Ideonella sakaiensis. Nasce uma estrela da reciclagem.
A presença da Ideonella sakaiensis num lixão, ou numa usina de reciclagem de PET, poderia parecer óbvia, mas também apresenta um enigma evolutivo de sumo interesse: o PET existe há apenas 70 anos, e, portanto, foi esse exíguo tempo que a bactéria teve para evoluir e transformar o plástico na sua principal fonte de carbono. A solução desse enigma não é um mero desafio teórico, mas também algo de grande utilidade para desenvolver enzimas que degradem outros plásticos de uso comum.
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