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~ compilação de notícias relacionadas à educação

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Arquivos da Tag: abuso sexual

Devemos sempre separar a pessoa do artista?

20 segunda-feira nov 2017

Posted by auaguarani in Ambiente escolar, Cultura, Educação, Educação Inclusiva, Educador, Formação, Gênero, História, Mundo, Profissão, Saúde, Sociedade, Violência

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Louis C. K. em seu último filme, ‘I Love You, Daddy’.

ASSÉDIO SEXUAL

Devemos sempre separar a pessoa do artista?

Este é o exercício mais pedido atualmente em Hollywood, porém se torna difícil em casos como o do comediante Louis C. K., que em seu trabalho falava de suas próprias experiências

“Devemos separar a pessoa do artista”. É uma das frases mais recorrentes nestes dias em que Hollywood não amanhece sem um novo caso de abuso sexual. E tem uma parte de razão. Ou muita, inclusive. Mas devemos ter cuidado, pois, de tanto usá-la, ela pode se tornar uma justificação fácil para que deixemos de falar desses homens poderosos que, apesar de se destacarem em sua arte, deixaram vítimas reais às quais pouco importa o resto.

Em alguns casos, ambas as facetas são, além disso, indivisíveis. Talvez possamos separar os camaleônicos personagens de Kevin Spacey dos adolescentes que o acusam de passar dos limites. Talvez. O exercício é mais difícil com Louis C. K., um comediante que chegou a ser considerado uma das mentes mais brilhantes do humor precisamente por falar de sua vida, da masturbação, de abusos sexuais e até mesmo do feminismo. Sua experiência de vida é sua arte.

Leia mais:
https://brasil.elpais.com/brasil/2017/11/12/cultura/1510503406_847852.html

Criador de ‘Mad Men’ entra na lista dos acusados de abuso sexual em Hollywood
Leia mais:
https://brasil.elpais.com/brasil/2017/11/10/cultura/1510286626_371639.html

E se for um erro Hollywood tentar apagar Kevin Spacey do mapa?
Leia mais:
https://brasil.elpais.com/brasil/2017/11/10/cultura/1510310869_456826.html

São Paulo e Déli, as megalópoles mais perigosas para as mulheres, segundo especialistas

22 domingo out 2017

Posted by auaguarani in Ambiente escolar, Cultura, ECA, Educação, Educação Inclusiva, Educador, Formação, Gênero, História, Mundo, Preconceito, Profissão, Publicações, Religião, Saúde, Sociedade, Violência

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Mulheres fazem ato no Rio, em junho. TOMAZ SILVA/ AGÊNCIA BRASIL

VIOLÊNCIA DE GÊNERO

São Paulo e Déli, as megalópoles mais perigosas para as mulheres, segundo especialistas

Dado é de pesquisa da Thomson Reuters Foundation com 380 estudiosos no mundo
Na capital paulista, crime de estupro teve aumento de 10% em 2016 em relação a 2015

Na sexta-feira, um homem foi detido após assediar uma mulher dentro de um ônibus na zona oeste da São Paulo. Com o pênis de fora, ele foi preso em flagrante, acusado de ato obsceno e deliberado. Somente em setembro, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo registrou 391 casos de abuso sexual no transporte público da região metropolitana da capital paulista. Quando o crime analisado é estupro, as estatísticas também mostram um quadro dramático e em franca piora: 2.299 notificações foram feitas em 2016 só na cidade, uma alta de 10% em relação aos casos de 2015. Neste ano, já são 1.574 reportados até agosto, num panorama que representa apenas uma parte da realidade, já que é bastante comum no Brasil não procurar a polícia após um ataque sexual.

Nesta segunda-feira, um levantamento realizado pela Thomson Reuters Foundation ilustrou o que o noticiário exibe diariamente: São Paulo é a megalópole mundial com o maior potencial de risco de violência sexual para as mulheres, na percepção dos especialistas na área que atuam na capital.

Leia mais:
https://brasil.elpais.com/brasil/2017/10/16/politica/1508163996_771324.html

Megaoperação contra pedofilia no Brasil encontra até manual para atrair crianças

22 domingo out 2017

Posted by auaguarani in ECA, Educação, Mundo, Saúde, Sociedade, Violência

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Uma criança usa um smartphone. AFP PAUL CROCK

PEDOFILIA NO BRASIL

Megaoperação contra pedofilia no Brasil encontra até manual para atrair crianças

Entre detidos estão donos de escola de futebol, profissionais de saúde e servidores públicos
“Vão de classe A à C, um comportamento que não entende classe social”, disse o delegado

Uma megaoperação contra a pedofilia realizada do norte ao sul do Brasil, nesta sexta-feira, revelou um submundo de abusos a crianças cometidos, em alguns casos, pelos próprios pais. A ação, batizada Luz da Infância, prendeu em flagrante 104 pessoas em 24 Estados e o DF e apreendeu farto material pornográfico com meninos e meninas como vítimas. Iniciada há seis meses, a operação foi possível graças à integração entre a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), que coordenou as investigações do seu núcleo de Inteligência, e as polícias civis de cada Estado que executaram os mandados de busca e as prisões.

A envergadura da ação, considerada uma das maiores do país e da América Latina, expõe uma ferida aberta num país onde em 2015, segundo o Disque Denúncia, 50 crianças foram abusadas sexualmente por dia. “Este é um diagnóstico do problema no país, é uma epidemia o que se vê no Brasil. Temos aproximadamente 200 mandados, mas poderiam ser 1.000. Os dados detectados demonstram o quanto esse comportamento criminoso está espalhado no país”, lamentou o delegado da Polícia Civil do Piauí, destacado na Senasp, Alessandro Barreto. “O complexo ambiente da internet e a ausência de fronteiras no mundo virtual, são elementos que propiciam terreno fértil à atuação desses criminosos”, disse a nota do Ministério da Justiça.

Os materiais apreendidos surpreenderam até os investigadores. Além de milhares de arquivos contendo cenas repulsivas, foi achado também uma espécie de manual do pedófilo, um passo a passo de 100 páginas com orientações sobre como abordar crianças na rua ou nas escolas. Nos registros dos computadores dos alvos, encontrou-se ainda um desenho animado que explicava às crianças a melhor forma de se submeter a uma relação com um adulto. Entre os detidos no Paraná, por exemplo, havia uma mãe que mantinha relações com o filho de 11 anos enquanto o padrasto gravava.

Leia mais:
https://brasil.elpais.com/brasil/2017/10/20/politica/1508523706_617547.html

Mais de 500 meninos sofreram abuso em coral católico na Alemanha

18 terça-feira jul 2017

Posted by auaguarani in Ambiente escolar, ECA, Educação, Educador, História, Mundo, Profissão, Religião, Saúde, Sociedade, Violência

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Coral Regensburger Domspatzen é uma instituição milenar e um dos mais famosos do mundo

Mais de 500 meninos sofreram abuso em coral católico na Alemanha

Inquérito identifica ao menos 67 casos de agressões sexuais e 500 de violência física ao longo de meio século em famoso coral Domspatzen, de Regensburg. Vítimas descrevem local como “inferno” e “campo de concentração”.

Ao menos 547 meninos cantores do famoso coral da Catedral de Regensburg, no sul da Alemanha, foram vítimas de violência sexual ou física por professores ou religiosos, afirmou nesta terça-feira (18/07) o responsável por investigar as denúncias de abuso sexual na instituição católica.

Em seu relatório final, o responsável pelo inquérito, o advogado Ulrich Weber, afirmou que 500 meninos foram vítimas de violência física, e 67, de agressões sexuais. Como alguns relataram tanto agressões físicas como sexuais, o número final é de 547.

Leia mais:
http://www.dw.com/pt-br/mais-de-500-meninos-sofreram-abuso-em-coral-cat%C3%B3lico-na-alemanha/a-39734483

‘Tenho aluno que viu o pai matar a mãe, aluna abusada pelo padrasto’: o isolamento de professores diante de casos de violência e bullying

15 quarta-feira mar 2017

Posted by auaguarani in Afrodescendentes e africanos no Brasil, Ambiente escolar, Bolsa Família, Cultura, ECA, Educação, Educação Inclusiva, Educador, Gênero, Preconceito, Profissão, Saúde, Sociedade, Violência

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Professora há 29 anos, Jonê Carla Brandão ainda se choca com histórias contadas por alunos / Alexandre Campbell/BBC Brasil

‘Tenho aluno que viu o pai matar a mãe, aluna abusada pelo padrasto’: o isolamento de professores diante de casos de violência e bullying

Professora de Língua Portuguesa da rede pública há 29 anos, Jonê Carla Baião sempre pede aos alunos, no início do período letivo, uma redação curta sobre a vida deles. Já leu e ouviu muita história, mas ainda se atordoa com relatos como o que lhe foi entregue no primeiro dia de aula de 2017 por uma aluna do 9º ano:

“Eu sempre fui zoada e a última vez em que tive paz na escola foi no Jardim (de infância); depois disso não tive um ano sequer em que não tenham mexido comigo”, escreveu a jovem, que, negra e muito magra, era alvo constante de ofensas dos colegas, e os professores não percebiam.

Outra vez, também no primeiro dia de aula, uma aluna vinda de São Paulo escreveu que apanhava do pai e por isso havia se mudado para o Rio para morar com a mãe e o padrasto – que passou a abusar sexualmente dela.

Leia mais:
http://www.bbc.com/portuguese/brasil-39253873

Mais um estupro coletivo do qual o mundo não ficou sabendo

28 sexta-feira out 2016

Posted by auaguarani in Cultura, ECA, Educação, Educador, Formação, Gênero, Preconceito, Profissão, Saúde, Sociedade, Violência

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Mais uma vítima de estupro coletivo no Rio. Thiago Freitas / Extra

Mais uma vítima de estupro coletivo no Rio. Thiago Freitas / Extra

Mais um estupro coletivo do qual o mundo não ficou sabendo

Mulher é abusada por ao menos dez menores no Rio, mas caso não repercutiu como o de maio

Madrugada do dia 17 de setembro. Uma mulher de 34 anos bebe uma cerveja com um amigo em um bar em São Gonçalo, município a uma hora de carro do centro do Rio de Janeiro. Cinco rapazes, todos menores de idade, chegam ao local e um deles pronuncia a frase que dará início a uma sessão de agressões e abusos contra a mulher, vendedora de roupas e mãe de três filhas.

– Você está pagando cerveja para a mulher errada. Essa mulher é minha.

Os adolescentes, suspeitos de pertencerem ao tráfico de drogas na região, a pegam pelo braço e a obrigam a entrar no banheiro do estabelecimento. Ela é forçada a fazer sexo oral em ao menos um deles. O grupo, então, resolve levá-la para uma viela próxima e obscura e abusa dela de todas as formas possíveis. Um deles quis gravar a cena com o celular, mas foi impedido por um dos comparsas. “Lembre da confusão que deu aquela vez”, o advertiu, em referência ao estupro coletivo de uma adolescente em maio que correu como a pólvora ao ser gravado e divulgado nas redes. A vendedora de roupas, que chegou a contar até dez homens se revezando, gritou e chorou, até que uma viatura da polícia apareceu.

…Apesar das semelhanças com o acontecido em maio – quando o estupro coletivo de uma adolescente divulgado nas redes sociais deu a volta ao mundo – , a violência contra a vendedora não teve repercussão nacional. Nem sequer ampla cobertura local. Não houve protestos nem hastags cobrando justiça. Outros muitos abusos contra mulheres tampouco ganham uma página nos jornais e podem nem mesmo chegar as já alarmantes estatísticas, por causa da vergonha ou temor das vítimas e também por causa das falhas de atendimento. O Estado do Rio foi cenário em 2015 de 4.128 denúncias de estupro, segundo dados do Instituto de Segurança Pública do Rio. A cada duas horas, uma mulher é estuprada no Estado.

Leia mais:
http://brasil.elpais.com/brasil/2016/10/27/politica/1477522649_736498.html

O que fazer em caso de estupro

20 quinta-feira out 2016

Posted by auaguarani in Ambiente escolar, Cultura, ECA, Educação, Educador, Formação, Gênero, Profissão, Saúde, Sociedade, Violência

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abuso sexual, ameaça, código penal brasileiro, consentimento, crime de estupro, ECA, estupro, lberdade sexual, lesões corporais, menores, prestar queixa, prisão, relação sexual, vítima, violência

Manifestante em ato contra o estupro em junho em São Paulo. Rovena Rosa Ag. Brasil

Manifestante em ato contra o estupro em junho em São Paulo. Rovena Rosa Ag. Brasil

O que fazer em caso de estupro

Quem a vítima deve procurar, quanto tempo ela tem para prestar queixa e o que ela não deve fazer

O que exatamente caracteriza um crime de estupro?

De acordo com a da Rede Feminista de Juristas (DeFEMde), “crime de estupro é qualquer conduta, com emprego de violência ou grave ameaça, que atente contra a dignidade e a liberdade sexual de alguém”. O elemento mais importante para caracterizar esse crime é a ausência de consentimento da vítima.

Não é preciso haver penetração para que o crime se caracterize como estupro. Desde 2009 o Código Penal Brasileiro prevê, no artigo 213, que o estupro acontece quando há, com violência ou grave ameaça, “conjunção carnal ou prática de atos libidinosos”, prevendo penas que variam de seis a 10 anos de prisão, que podem ser agravadas caso o crime resulte em morte, lesões corporais graves ou seja praticado contra adolescentes de 14 a 18 anos incompletos.

As juristas lembram que não existe relação sexual com menores de 14 anos. “Nesses casos, o ato será sempre considerado estupro, pois crianças menores de 14 anos não possuem o discernimento necessário para consentir com a prática do ato”. O mesmo acontece quando a vítima, mesmo maior de idade, não tiver condições de consentir ou resistir ao ato como, por exemplo, pessoas muito embriagadas ou desacordadas. “Praticar atos sexuais com essas pessoas é, igualmente, cometer crime de estupro, que tem pena de prisão prevista de 8 a 15 anos”, explica a rede de juristas.

Leia mais:
http://brasil.elpais.com/brasil/2016/06/16/politica/1466096086_656617.html?id_externo_rsoc=Fb_BR_CM

Histórias trágicas por trás do protesto de milhares de mulheres na Argentina

20 quinta-feira out 2016

Posted by auaguarani in Ambiente escolar, Bullying, Cultura, ECA, Educação, Educação Inclusiva, Educador, Formação, Gênero, História, Mercosul, Mundo, Preconceito, Sociedade, Violência

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abuso sexual, Argentina, assassinatos de mulheres, cultura do estupro, empalada, estupro, feminicídio, gênero, Lucía Pérez, menina, mulher, protesto, violência, violência doméstica

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A mobilização Nem uma menos pela quarta-feira negra na Argentina EFE

Violência contra as mulheres

Histórias trágicas por trás do protesto de milhares de mulheres na Argentina

Familiares de vítimas relatam as histórias por trás do protesto contra assassinatos de mulheres

Milhares de mulheres vestidas de preto interromperam o trabalho na Argentina por uma hora para protestar contra uma praga que não tem fim: mais de 200 delas são mortos a cada ano, vítimas de violência doméstica. Horas depois, dezenas de milhares de pessoas marcharam na chuva com guarda-chuvas e casacos em sua maioria negros em várias partes do país para fechar um dia de luta que mobiliza a Argentina há mais de um ano, mas até agora sem nenhum resultado concreto. O assassinato particularmente cruel e o estupro de Lucia Perez, de 16 anos, agitou novamente uma sociedade que não consegue acabar com a violência. A luta foi seguida em várias partes do mundo.

“Cada menina que matam é um novo chute no peito”, diz Mónica Cid, mãe de Micaela Ortega, uma menina de 12 anos assassinada em abril passado por um homem que a ludibriou pelo Facebook fazendo-se passar por uma pessoa da sua idade. O suposto agressor, Jonathan Luna, aproveitou uma saída temporária da prisão para fugir e estava havia um ano e meio sem paradeiro conhecido quando cometeu o crime contra Micaela. Agora, ele está sob prisão preventiva aguardando o julgamento. Cid pedia a toda a sociedade argentina que saísse às ruas nesta quarta-feira negra para dizer um “basta” e evitar que novos feminicídios sejam cometidos. Mas ela reivindica também uma profunda mudança educacional e o cumprimento das leis já existentes para coibir esses crimes, que só no ano passado custaram a vida de 235 mulheres, segundo o Registro Nacional de Feminicídios.

Leia mais:
http://brasil.elpais.com/brasil/2016/10/19/internacional/1476877699_409150.html

Brutal assassinato com estupro de adolescente reacende luta contra o feminicídio na Argentina

18 terça-feira out 2016

Posted by auaguarani in Ambiente escolar, Cultura, ECA, Educação, Educador, Gênero, História, Mercosul, Preconceito, Profissão, Sociedade, Violência

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Os pais de Lucía Pérez, Guillermo (centro) e Marta (dir.) num protesto no último sábado para exigir justiça. Télam

Os pais de Lucía Pérez, Guillermo (centro) e Marta (dir.) num protesto no último sábado para exigir justiça. Télam

Violência machista

Brutal assassinato com estupro de adolescente reacende luta contra o feminicídio na Argentina

Depois de matar Lucía Pérez, de 16 anos, agressores lavaram corpo para tentar acobertar o crime

A argentina Lucía Pérez, de 16 anos, foi drogada, estuprada e empalada na cidade costeira de Mar del Plata. Após abusar sexualmente da jovem até sua morte, os assassinos lavaram seu corpo e trocaram sua roupa. Depois a levaram até um centro de saúde e disseram que ela tinha ficado inconsciente devido a uma overdose. Os médicos não conseguiram reanimá-la. Essa é a reconstrução feita pelo Ministério Público de um dos feminicídios mais brutais já registrados na Argentina e que motivou uma manifestação de repúdio para a próxima quarta-feira.

Matías Farías, de 23 anos, e Juan Pablo Offidani, de 41, são acusados de abuso sexual seguido de morte. Nas últimas horas, a polícia deteve um terceiro suspeito, Alejandro Alberto Masiel, acusado de tentar acobertar o feminicídio, que foi perpetrado na noite de 8 de outubro.

“Jamais vi uma conjunção de fatos tão aberrantes”, disse a promotora María Isabel Sánchez ao informar à imprensa sobre o crime. Segundo a hipótese de Sánchez, a adolescente entrou em contato com os dois primeiros acusados porque uma amiga queria comprar a maconha que eles forneciam. No dia do crime, ela saiu de casa com os homens e se dirigiu com eles até a residência de Farías, onde “foi submetida à vontade dos autores do crime”. Ela consumiu maconha e cocaína “em grande quantidade” e foi “estuprada por via vaginal e anal, não só com o pênis do homem que cometeu o ato, mas também com a utilização de um objeto não pontiagudo, como um bastão.” Sua morte foi provocada por um “reflexo vagal” como consequência do violento abuso com um desses objetos. A polícia encontrou uma grande quantidade de preservativos usados e elementos de uso sexual na cena do crime.

Leia mais:
http://brasil.elpais.com/brasil/2016/10/17/internacional/1476717704_725902.html

Educação: a revolução das filhas de prostitutas na Índia

27 quarta-feira jul 2016

Posted by auaguarani in Cultura, ECA, Educação, Educação Inclusiva, Educador, Formação, Gênero, História, Mundo, Preconceito, Saúde, Sociedade, Violência

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Asmita Katti e Shaddra K, de 18 e 16 anos, participam das oficinas da Kranti. Ángel L. Martínez

Asmita Katti e Shaddra K, de 18 e 16 anos, participam das oficinas da Kranti. Ángel L. Martínez

Educação: a revolução das filhas de prostitutas na Índia

Adolescentes de Kamathipura criam projeto para educar jovens marginalizadas por meio das artes

São mulheres e poderosas. São jovens e espertas. Foram maltratadas e são corajosas. Foram escravas e são independentes. Foram abusadas e são fortes. São artistas, professoras, jornalistas, oradoras, assistentes sociais, estudantes… São filhas das prostitutas de uma das maiores zonas de prostituição do mundo, mas não renegam o seu passado. Foram vítimas, e são agentes da mudança. Um grupo de adolescentes decididas a revolucionar ideias antagônicas na sociedade indiana.

“Fui abusada por muitos homens quando ainda era uma criança. Ainda me lembro vivamente de como, quando eu tinha nove anos, um dos clientes da zona me colocou sentada no seu colo e introduziu seus dedos na minha vagina…”, conta Shweta Katti, de 21 anos. Em um inglês perfeito, sem hesitações, ela relata a perda da inocência, a humilhação, a dor e a culpa. Mas se trata de um discurso articulado, sereno, seguro. “Eu não odeio todos os homens. Não são todos iguais”. Sua firmeza se apoia em uma explanação desprovida de dúvidas que somente o insondável exercício da memória foi capaz de transformar em construtiva. Palavras que serviram mais como um bálsamo alheio do que como um martírio próprio. Passado o suplício e a compaixão, Shweta estuda psicologia para ajudar outras meninas que foram estupradas. “As mulheres de Kamathipura [o bairro de prostituição de Mumbai] acham que não podem sonhar grande, e isso as impede de atingir os seus objetivos”. Mastigada e saboreada por ela mesma, sua história é um exemplo de superação para muitos públicos diferentes e tem lhe valido o reconhecimento internacional de 25 menores de 25, mulheres jovens exemplares, ao lado de outras mulheres, como a militante e Prêmio Nobel da Paz paquistanesa Malala Yousafzai.

…Minha avó vivia em Karnataka [estado indiano ao sul de Mumbai] e era dançarina. Levaram-na para trabalhar em Kamathipura quando era menor. Ela não sabia que se tratava de um bordel. Depois vieram os vícios e tudo o mais”, conta Sheetal. Três gerações de mulheres de sua família sobreviveram na favela da prostituição. Sob uma promessa de trabalho e tiradas em idade prematura de outros estados ou de países vizinhos como o Nepal e Bangladesh, as escravas sexuais são presas e transformadas em prostitutas pelos dalals — cafetões — até atingirem idades acima de 25 anos. Então, o sistema adhiva — receitas compartilhadas — as obriga a ceder uma parte de seus ganhos em itens como aluguel e segurança; reduzindo a 40% a sua já minguada renda.

Leia mais:
http://brasil.elpais.com/brasil/2016/06/24/internacional/1466769362_575564.html?id_externo_rsoc=FB_CM

Rede de pedofilia mantinha cativeiro em Campos dos Goytacazes, no Rio

06 quarta-feira jul 2016

Posted by auaguarani in Cultura, ECA, Educação, Educador, História, Profissão, Saúde, Sociedade, Violência

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Deputado federal suplente, Nelson Nahim, foi condenado por estupro e outros crimes / Divulgação

Deputado federal suplente, Nelson Nahim, foi condenado por estupro e outros crimes / Divulgação

Rede de pedofilia mantinha cativeiro em Campos dos Goytacazes, no Rio

Vereadores, empresários e homens da alta sociedade estão presos no Complexo de Bangu

O irmão do ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho, Nelson Nahim, que é ex-vereador de Campos de Goytacazes, está preso junto com outros políticos locais pelos crimes de estupro e submissão de criança e adolescentes à prostituição e exploração sexual. Eles estão no Complexo de Bangu, no Rio de Janeiro.

Os quatro políticos e outras dez pessoas, incluindo um policial militar, foram condenados pelo caso que ficou conhecido como “As Meninas de Guarus”, investigado desde 2009, mas nenhum dos acusados tinha sido preso até junho passado.

Cerca de 12 crianças e adolescentes entre 8 e 16 anos de idade foram mantidas presas em uma casa, localizada em Guarus, distrito de Campos, onde eram obrigadas fazer sexo com homens adultos e a consumir drogas, como cocaína, haxixe, crack, ecstasy e maconha.

Leia mais:
https://brasildefato.com.br/2016/07/01/rede-de-pedofilia-mantinha-cativeiro-em-campos-dos-goytacazes-no-rio/

Uma gravação para escapar dos abusos

06 quarta-feira jul 2016

Posted by auaguarani in Cultura, ECA, Educação, Educador, Formação, Gênero, Mundo, Profissão, Saúde, Sociedade, Violência

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Uma gravação para escapar dos abusos

Menina de 9 anos registra uma conversa com o pai em que ele admite os abusos sexuais

Maria acaba de completar nove anos e há meses se nega a ficar com seu pai nos dias que correspondem a ele segundo a divisão determinada por um juizado da família. A polícia a espera nesses dias na saída da escola e assiste sempre às mesmas cenas: a recusa da menina, que algumas vezes grita e em outras se fecha ao ver seu progenitor; as súplicas deste, que em alguns casos derivaram em ameaças de agressão à mãe que acabaram perante um juiz; e os lamentos da mulher, que implora aos agentes para que não permitam que Maria vá com seu pai. Desde abril, a mãe está proibida de ir ao colégio nesses dias para evitar confrontos, e a polícia comparece por ordem judicial para “possibilitar a entrega e recebimento da menina”. Mas as medidas impostas pelo juizado não evitaram os conflitos na saída da escola, nem que Maria continuasse se negando a ir com seu pai. Até terça-feira, 7 de junho. Nesse dia, a filha protestou, gritou e resistiu durante mais de uma hora diante da polícia e dos professores, mas acabou entrando no carro com seus avós paternos. De volta em casa à noite, entregou a sua mãe uma gravação em que o pai admite os abusos sexuais que ela vinha denunciando há dois anos.

A história de Maria, que não se chama Maria, ilustra o labirinto burocrático e judicial pelo qual normalmente têm que passar as crianças que denunciam abusos de seus pais. Quando há uma má relação entre os progenitores e não existem provas físicas claras das agressões, os juízes têm que tomar uma decisão apenas com os depoimentos dos protagonistas e com a avaliação técnica realizada pela equipe psicossocial dos juizados. O perito que examinou Maria não acreditou nela, e um juizado de Madri arquivou seu caso em janeiro deste ano, uma decisão confirmada depois por um tribunal superior. A mãe denunciou agora a conversa na qual o pai admite os abusos.

Leia mais:
http://brasil.elpais.com/brasil/2016/07/05/internacional/1467731082_362543.html

A história de Sofia: o cruel labirinto do estupro na favela

19 domingo jun 2016

Posted by auaguarani in Afrodescendentes e africanos no Brasil, Ambiente escolar, Bullying, Cultura, ECA, Educação, Educação Inclusiva, Educador, Experiências, Formação, Gênero, Preconceito, Profissão, Saúde, Sociedade, Violência

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 Juca Varella Fotos Públicas

Juca Varella Fotos Públicas

Especial | Violência sexual nas favelas

A história de Sofia: o cruel labirinto do estupro na favela

Ela sofreu abusos durante sua adolescência. Depois descobriu que sua filha de 12 anos sofria o mesmo

Sofia* sofreu um baque quando descobriu há dois anos que a sua filha Laís*, então com 12, vinha sendo abusada sexualmente pelo padrasto desde os seis. Jamais desconfiou de seu então marido, mas imediatamente decidiu se separar e denunciar o caso para a polícia. Decisões difíceis, mas tomadas para dar à sua filha a proteção que ela nunca recebeu durante a sua infância. Quando também era criança, Sofia foi estuprada pela primeira vez. Também dentro de casa. “Perdi minha mãe com quatro anos, mas logo depois uma moça me pegou na rua para criar. Fui crescendo, até que aconteceu. Fui abusada na casa dessa moça pelo marido dela. Não tinha como ficar lá e voltei para a rua”, conta esta dona de casa, moradora de uma favela de Niterói, cidade vizinha da capital Rio de Janeiro.

Uma vez fora de casa, começou a usar drogas e a se prostituir para sustentar o vício. Para não morrer, sofreu calada vários estupros coletivos de traficantes que ocupam comunidades de Niterói. “As meninas caem muito fácil na conversa dos meninos. Querem se sentir mais importantes na favela, que as outras fiquem com inveja. Eu também era assim”, explica. “Mas eles eram muito violentos, forçavam a barra. A gente tinha que fazer. Se não fizesse, eles matavam”.

Hoje, com 33 anos, vive em uma casa própria com seus quatro filhos — dois deles de seu ex-marido violador. Sua história até aqui é a história de outras milhões de brasileiras que, como ela, sofreram abusos repetidas vezes tanto dentro como fora de casa, tanto por familiares como por estranhos — independente de sua origem ou classe social. O que muda no caso de Sofia e de outras mulheres que vivem nas periferias brasileiras é a forma como podem reagir a esses abusos. Elas têm de lidar com a violência de traficantes e milicianos que fazem e aplicam a lei nas comunidades, com a indiferença de autoridades policiais que na maioria das vezes constrangem e culpabilizam a vítima, e com a falta de amparo e de conhecimento de suas respectivas famílias — principalmente quando o agressor é um parente ou o próprio companheiro. Em suma, essas mulheres têm de percorrer um cruel labirinto em que, a cada saída, se deparam com perigosas armadilhas.

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http://brasil.elpais.com/brasil/2016/06/18/politica/1466201238_742370.html

Três estupros coletivos no Piauí revelam mal disseminado no país

15 quarta-feira jun 2016

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Ato 'Por Todas Elas' reúne mulheres na Avenida Paulista para mais um protesto contra o estupro. Paulo Pinto AGPT

Ato ‘Por Todas Elas’ reúne mulheres na Avenida Paulista para mais um protesto contra o estupro. Paulo Pinto AGPT

CULTURA DO ESTUPRO

Três estupros coletivos no Piauí revelam mal disseminado no país

Estado registra a terceira ocorrência de violência sexual coletiva neste ano
Comoção com crime no Rio ajuda a aumentar exposição sobre casos similares

Está nas mãos da polícia do Piauí investigar mais um caso registrado no Estado de estupro coletivo de garotas menores de idade. Aconteceu em Pajeú, cidade de 3.300 habitantes que fica a uns 400 quilômetros de distância da capital, Teresina, com uma adolescente de 14 anos. Ela foi levada ao banheiro do ginásio poliesportivo da cidade por três rapazes de 16 e 17 anos e por um maior de idade, de 19 anos – esse último, seu ex-namorado. Quem a resgatou na última terça-feira, 7 de junho, foi sua madrasta, que saiu à sua procura e a encontrou desacordada e nua no chão do banheiro, entre os suspeitos sem roupa que logo tentaram fugir, mas terminaram detidos. Eles afirmaram às autoridades que o ato teria envolvido sexo oral, mas não penetração, e que teria sido consentido. Disseram isso, mesmo diante da vítima desmaiada.

É o terceiro episódio criminoso desse tipo no Piauí divulgado pela grande imprensa em cerca de um ano. O mais antigo foi registrado em Castelo, a uns 180 quilômetros da capital, em 27 de maio de 2015, quando cinco homens (um deles, maior de idade) estupraram quatro jovens que depois foram atiradas de um barranco. Uma delas morreu, e o caso está em fase de julgamento. O outro, mais recente, aconteceu há menos de um mês em Bom Jesus, a 700 quilômetros de Teresina, quando quatro menores e um rapaz de 18 anos violentaram uma menina de 17, encontrada depois em coma alcoólico e com sinais de violência. A polícia acredita que ela conhecia os agressores, mas os fatos ainda estão sendo apurados.

Diante da triste sequência de acontecimentos – potencializada pelo estupro coletivo da adolescente de 17 anos que foi violada no Morro do Barão, no Rio de Janeiro, que comoveu o país ao ser compartilhado em redes sociais – o Piauí aparece na mídia nacional como um lugar onde esse tipo de violência seria mais frequente. Mas não é o caso. Especialistas afirmam que é preciso desconstruir a ideia de que haja um padrão para crimes sexuais – no Brasil ou em outros países. “O estupro é como se fosse uma doença que se espalha massivamente, sem distinção. Ocorre todos os dias, em todas as classes e situações”, afirma a socióloga Fátima Pacheco Jordão.

…Mas o estupro ocorre “da festa no escritório de advocacia em São Paulo, com uma mulher é abusada pelos colegas, ao interior do Piauí, por amigos que dopam a vítima”, diz Fátima – em referência a uma estagiária que se suicidou em 2013, e que morreu sob a suspeita de ter sido estuprada em uma festa da empresa de advogados onde trabalhava. O escritório negou o fato e, à época, anunciou que estava colaborando com as investigações.

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http://brasil.elpais.com/brasil/2016/06/10/politica/1465566694_318664.html

Central de Atendimento à Mulher: ligue 180

Misoginia no Olimpo universitário

11 sábado jun 2016

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Ex-formandos de Harvard com trajes a rigor em 26 de maio, dia das formaturas. Mitch Dong, em primeiro plano, é membro do Fly Club. Edu Bayer

Ex-formandos de Harvard com trajes a rigor em 26 de maio, dia das formaturas. Mitch Dong, em primeiro plano, é membro do Fly Club. Edu Bayer

Misoginia no Olimpo universitário

Harvard declara guerra aos clubes restritos de alunos em sua luta contra a violência sexual

Três gerações de Roosevelt foram membros do Fly Club. Conta-se que Franklin Delano levou um golpe de realidade quando o Porcellian Club, o mais antigo e discreto da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, se recusou a admiti-lo. Afinal, seu parente, e também presidente, Theodore Roosevelt, tinha sido um porcellian, assim como o primogênito deste. Mas no Fly, do qual Theodore também participou. Franklin. D. Roosevelt foi feliz. O presidente norte-americano democrata continuou a frequentá-lo quando estava na Casa Branca, e três de seus filhos participaram dele.

Velhas fotografias de jovens nobres estão penduradas em todas as paredes da casa, um edifício elegante em Cambridge (Massachusetts). Richard Porteus, formado em 1975 e atual presidente do clube, lista as quatro etapas que qualquer aspirante deve cumprir para se tornar membro. Nas diversas peças do imóvel, parece que o tempo parou um século atrás, e não se pode fotografar, mas Porteus as descreve gentilmente: “A biblioteca mantém um aspecto muito semelhante ao de 1904, quando o jovem Franklin era o responsável por formar a coleção”, explica ele, em meio a imponentes estantes, repletas de exemplares antigos. Em cima, há um amplo refeitório, com amostras de caça de olhos atentos; e, no quarto ao lado, uma televisão enorme de tela plana e algumas latas de bebidas discrepam daquela harmonia antiga.

Outro elemento que também sobreviveu à invenção do telefone celular é o fato de que, com 180 anos de história, o clube continua não admitindo mulheres. Os chamados clubes finais, são associações de alunos, que se diferenciam das irmandades por serem mais exclusivas, mais discretas e por estarem vinculadas apenas a campi específicos. Agora, uma dúzia delas que continua a praticar a discriminação por gênero estão na berlinda. Harvard declarou guerra contra eles, em sua luta contra o machismo e contra algo efetivamente terrível: a epidemia de agressões sexuais existente na elite universitária norte-americana.

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http://brasil.elpais.com/brasil/2016/06/08/internacional/1465337563_419942.html

Fotos e calcinhas contra os seis estupros por hora no Brasil

10 sexta-feira jun 2016

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Instalação no Masp (São Paulo)

Instalação no Masp (São Paulo)

Fotos e calcinhas contra os seis estupros por hora no Brasil

420 casos de violência sexual são denunciados a cada 72 horas

Leia mais:
http://brasil.elpais.com/brasil/2016/06/10/album/1465573482_844987.html#1465573482_844987_1465573730

Papa decreta expulsão de bispos que ocultem casos de abusos sexuais

07 terça-feira jun 2016

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Papa decreta expulsão de bispos que ocultem casos de abusos sexuais

Santa Sé expulsará eclesiásticos que omitirem atos que tenham provocado danos a outros

Os documentos papais –as encíclicas, as exortações apostólicas– costumam ser longos e inclusive de difícil compreensão para os leigos, mas o motu proprio que acaba de ser publicado pelo papa Francisco tem apenas duas páginas e é tão claro como a água: os bispos que agirem de forma negligente ou que ocultarem informações relacionadas com casos de abuso sexual de menores ou de adultos vulneráveis serão expulsos de seus cargos. O decreto do Papa, intitulado “Como uma mãe amorosa”, chega com décadas de atraso, mas é de grande importância, uma vez que a terrível experiência mostra que, se não tivesse sido pelo silêncio cúmplice da hierarquia da Igreja, poderia ter se evitado o sofrimento de muitas vítimas e a impunidade de muitos culpados.

O decreto, que entra em vigor no domingo, reforça os artigos do Código de Direito Canônico em que se estipula a possibilidade de expulsar um eclesiástico por “causas graves”. Jorge Mario Bergoglio adverte: “Com este documento pretendo salientar que entre as denominadas ‘causas graves’ se inclui a negligência dos bispos no exercício das suas funções, particularmente em relação a casos de abuso sexual de menores e de adultos vulneráveis ”.

O Código de Direito Canônico estabelece em seu artigo 193 que “ninguém pode ser removido de um cargo conferido por um período indeterminado, a não ser por causas graves”. O documento do Papa, divulgado na manhã deste sábado pelo escritório de imprensa do Vaticano, estabelece que, entre estas causas graves apresentadas pelo papa Francisco, os bispos ou cardeais “podem ser legitimamente destituídos de seus cargos se, por negligência, tiverem omitido atos que tenham provocado danos a outros”. Danos estes que possam afetar pessoas individualmente ou a própria comunidade, quer sob a forma de prejuízo “físico, moral, espiritual ou patrimonial”. Até agora, um bispo só poderia ser removido se tivesse falhado objetivamente de maneira muito séria em suas responsabilidades, mas o motu proprio do Papa adverte que, no caso de abuso de menores, “é suficiente para que a falha seja grave”.

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http://brasil.elpais.com/brasil/2016/06/04/internacional/1465039707_466740.html

Menina de 11 anos é estuprada pelo cunhado em Sumaré e fica grávida

07 terça-feira jun 2016

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Menina de 11 anos é estuprada pelo cunhado em Sumaré e fica grávida

Agressor confessou ao pai da criança o abuso sexual, afirma DDM.
Como não houve flagrante, homem responderá ao crime em liberdade.

Uma menina, de 11 anos, foi estuprada pelo cunhado, de 25 anos, em Sumaré (SP). Segundo a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), a violência sexual ocorreu há aproximadamente cinco meses e só foi descoberta pela família após a criança passar mal e ser constatada a gravidez.

Segundo a DDM, o agressor confessou ao pai da criança que violentou a menina. No entanto, como não houve flagrante, ele responderá pelo crime em liberdade. O caso foi registrado, nesta sexta-feira (3), como estupro de vulnerável.

Contra o estupro
Um protesto contra a chamada cultura do estupro reuniu manifestantes nesta quarta-feira (1º), no Centro de Campinas (SP). Com faixas e cartazes como “130 mulheres são estupradas por dia” e “Lugar de mulher é onde ela quiser”, além de camisetas que representavam as vítimas de violência sexual, o grupo percorreu ruas da cidade.

O protesto foi organizado pelas redes sociais após a notícia na semana passada de um estupro coletivo de uma jovem de 16 anos, no Rio de Janeiro. O caso gerou indignação no país.

Leia mais:
http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2016/06/menina-de-11-anos-e-estuprada-pelo-cunhado-em-sumare-e-fica-gravida.html

Carta do EXTRA aos leitores que não viram um estupro no estupro

01 quarta-feira jun 2016

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Carta do EXTRA aos leitores que não viram um estupro no estupro

O EXTRA foi o primeiro jornal a denunciar as violências sexuais sofridas por uma menor de 16 anos no Morro do Barão, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. Desde a primeira notícia, publicada às 17h16 do dia 25 de maio, tratamos o caso como estupro. Na edição impressa, no dia seguinte, a manchete usou a expressão “estupro coletivo”. A notícia e abordagem do EXTRA geraram polêmica, e milhares de leitores criticaram o jornal nas redes sociais porque não acreditam que a jovem tenha sido vítima de violência. Ao contrário. Muitos garantem que a notícia está distorcida porque a menina, sim, teria sido a única responsável pelo que aconteceu.

Reunimos em tópicos a essência das críticas recebidas e compartilhamos nossos argumentos. Senta, que lá vem textão.

“NÃO HOUVE ESTUPRO”
Quando um repórter presencia um assalto na rua, ele não sai correndo atrás do ladrão para perguntar se ele efetivamente furtou alguém. Nem liga para a autoridade policial para confirmar o que viu. A notícia é o relato da cena que o jornalista presenciou. Podemos fazer um paralelo com este caso. A origem da notícia foi um vídeo no qual uma jovem desacordada é manipulada por homens que abrem suas pernas, filmam sua vagina, seu ânus, zombam do estado da menina, em especial de suas partes íntimas, dizendo que mais de 30 passaram por ali. Como qualquer ato libidinoso cometido contra alguém que, por qualquer motivo, não pode oferecer resistência é estupro, o EXTRA tratou o estupro como estupro. Portanto, não foi nem o caso de “comprar a versão da vítima”, ou “defendê-la”, porque, na primeira vez que o caso foi noticiado, sequer sabíamos quem era a jovem.

“ELA TAMBÉM NÃO É SANTA. TEVE O QUE PROCUROU”
Não existe no Código Penal um capítulo para crimes sexuais chamado “Viu? Bem feito!”. Crime é crime. E nem a lei prevê anistia para crimes com base no conceito moral que temos de quem sofre o abuso. Ah! E não existe estupro em legítima defesa. A vítima, pode sim, não ser santa. Essa é uma decisão dela.

“FOI ORGIA, SURUBA, E NÃO ESTUPRO”
Fazer sexo em grupo não é crime. No entanto, é preciso que o ato seja consentido e com os participantes conscientes. No vídeo, a jovem aparece desacordada. Por isso o estupro está configurado naquelas imagens. É importante lembrar: a Polícia Civil apura o que aconteceu antes da gravação para descobrir se outras pessoas, que não aparecem no vídeo, também a violentaram – e não para saber se a menina de 16 anos é adepta a orgias, o que não importa a ninguém.

“ELA NÃO PRESTA, TEVE FILHO AOS 13 ANOS”
Transar com uma menina de 13 anos é estupro também. Quando engravidou, ela foi violentada por um traficante pela primeira vez.

Leia mais:
http://extra.globo.com/casos-de-policia/carta-do-extra-aos-leitores-que-nao-viram-um-estupro-no-estupro-19410619.html?utm_source=Facebook&utm_medium=Social&utm_campaign=Extra

Nova delegada do Rio garante: está provado o estupro coletivo da jovem de 16 anos

30 segunda-feira maio 2016

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Nova delegada do Rio garante: está provado o estupro coletivo da jovem de 16 anos

Cristiana Bento, nova responsável pelas investigações, diz que o vídeo e o depoimento da jovens já são suficientes para confirmar o crime

A delegada Cristiana Bento, que acaba de assumir as investigações sobre a garota de 16 anos que foi estuprada na zona oeste do Rio de Janeiro na semana passada, afirmou que o crime está provado e que foi um estupro coletivo. “Quero provar agora a extensão desse estupro, quantos participaram”, disse em entrevista coletiva nesta segunda-feira. “Mas que houve [estupro], houve”, garantiu ela, que entrou neste domingo no lugar do delegado Alessandro Thiers para conduzir o caso.

Até o momento, foram identificados seis responsáveis pelo crime, entre eles, Raí de Souza, 18, que se entregou na tarde desta segunda para a polícia e seria o dono do celular no qual foi feita a gravação da vítima nua e desacordada, e Lucas Perdomo, 20, apontado como o namorado da vítima. De acordo com o site UOL, Perdomo foi preso em flagrante na tarde desta segunda em um restaurante no Rio de Janeiro. Ambos haviam prestado depoimento na última sexta-feira e liberados em seguida. As investigações agora seguem em segredo de Justiça.

Leia mais:
http://brasil.elpais.com/brasil/2016/05/30/politica/1464631347_909205.html?id_externo_rsoc=Fb_CM

A cultura do estupro que condena as mulheres ao medo no Brasil

28 sábado maio 2016

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A cultura do estupro que condena as mulheres ao medo no Brasil

Segundo pesquisa do instituto Datafolha, 90% das brasileiras dizem temer ser violadas
Reação ao caso de adolescente carioca nas redes realçam mecanismos de culpar a vítima

A garota carioca cujas imagens de agressão sexual foram compartilhadas na Internet recebeu solidariedade nas redes sociais, mas não só. Vários perfis falsos dela foram criados com postagens que realçam seu suposto mal comportamento como circunstâncias e atenuantes que tornam quase inevitável o desfecho trágico. Enquanto as investigações do que ocorreu estão em curso, especialistas alertam que a prática não é isolada. Faz parte da cultura do estupro que faz com que as mulheres agredidas se sintam culpadas e deixem de denunciar os crimes, o que contribui para que os responsáveis por atos violentos permanecem impunes.

O problema não é trivial porque, de acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, é um dos fatores para a alta a taxa de subnotificação do estupro. A entidade estima que apenas 30% a 35% dos casos são registrados. Contabilizando só os episódios denunciados, o crime acontece a cada 11 minutos no Brasil. O Fórum realizou, em parceria com o Datafolha, pesquisa no ano passado em que 90% das mulheres e 42% dos homens diziam temer uma agressão sexual. No Rio de Janeiro – que agora investiga o caso da jovem de 16 anos graças ao fato dele ter sido compartilhado em redes sociais – cerca de 4.000 casos aconteceram no último ano, e quase a metade deles foi com meninas menores de 13 anos, segundo um estudo da secretaria de segurança do Estado, o Dossiê Mulher.

O termo cultura do estupro deriva de “rap culture” e que foi cunhado por feministas nos Estados Unidos na década de 70. Dela faz parte a culpabilização por parte da sociedade das vítimas – mulheres que fazem por merecer os ataques que sofrem usando roupas curtas e decotadas, andando em más companhias e consumindo bebidas alcóolicas em festas que não deveriam frequentar se fossem moças de família. Está presente nas leis, na linguagem, nas imagens comerciais e em uma série de fenômenos. Escreveu, por exemplo, o cantor Lobão em seu perfil do Twitter: “Não é de se surpreender esses lamentáveis casos de estupro. Num país que fabrica miniputas, com uma farta erotização precoce e com severa infantilização da população, reduzindo as responsabilidades”.

Leia mais:
http://brasil.elpais.com/brasil/2016/05/27/politica/1464385804_818566.html

70% das vítimas são crianças e adolescentes: sete dados sobre estupro no Brasil

28 sábado maio 2016

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70% das vítimas são crianças e adolescentes: sete dados sobre estupro no Brasil

Os dois casos de estupro coletivo reportados neste mês, o do Rio de Janeiro e o do Piauí, reabriram o debate sobre a existência da chamada ‘cultura do estupro’ no Brasil. Esse debate é travado com base em uma série de elementos culturais e também dados estatísticos. A BBC Brasil reúne abaixo alguns deles.

  • Levantamento do Ipea, feito com base nos dados de 2011 do Sistema de Informações de Agravo de Notificação do Ministério da Saúde (Sinan), mostrou que 70% das vítimas de estupro no Brasil são crianças e adolescentes. Em metade das ocorrências envolvendo menores, há um histórico de estupros anteriores. Além disso, a proporção de ocorrências com mais de um agressor é maior quando a vítima é adolescente e menor quando ela é criança. Cerca de 15% dos estupros registrados no sistema do Ministério da Saúde envolveram dois ou mais agressores. “As consequências, em termos psicológicos, para esses garotos e garotas são devastadoras, uma vez que o processo de formação da autoestima – que se dá exatamente nessa fase – estará comprometido, ocasionando inúmeras vicissitudes nos relacionamentos sociais desses indivíduos”, aponta a pesquisa.
  • De acordo com os dados mais recentes, em 2014 o Brasil tinha um caso de estupro notificado a cada 11 minutos. Os números são do 9º Anuário Brasileiro da Segurança Pública, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Apesar da pequena queda ante 2013, 47,6 mil pessoas foram estupradas naquele ano. Como apenas de 30% a 35% dos casos são registrados, é possível que a relação seja de um estupro a cada minuto.

Em geral, também segundo o Ipea, 70% dos estupros são cometidos por parentes, namorados ou amigos/conhecidos da vítima, o que indica que o principal inimigo está dentro de casa e que a violência nasce dentro dos lares.

Leia mais:
http://www.bbc.com/portuguese/brasil-36401054

O médico excomungado por aborto de menina de 9 anos vítima de estupro

28 sábado maio 2016

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O médico excomungado por aborto de menina de 9 anos vítima de estupro

Este texto foi publicado originalmente no dia 19 de fevereiro de 2016, em cobertura sobre o debate de aborto em casos de microcefalia. O texto foi reorganizado para a publicação atual.

Em 30 anos como médico obstetra, o pernambucano Olímpio Moraes conhece como poucos a força do debate sobre direitos reprodutivos e aborto no Brasil. Ele foi excomungado duas vezes por representantes da Igreja Católica no Estado – uma delas apenas por apoiar a iniciativa disponibilizar pílulas do dia seguinte em postos de saúde no Carnaval do Recife. Na outra, por realizar o aborto em uma menina que ficou grávida após ser estuprada.

A polêmica que lhe trouxe fama na imprensa nacional ocorreu quando uma garota de nove anos do interior pernambucano foi encaminhada a Recife, grávida de gêmeos.

“Ela tinha menstruado uma vez só e não entendia o que estava acontecendo, embora fosse dito para ela o que era uma gravidez. Ela achava que estava doente e ia para o hospital tirar o tumor. Estava sempre com uma boneca”, relembra.

A gravidez da menina era produto do abuso sexual do padrasto. O caso atraiu a atenção da imprensa e também das autoridades religiosas locais.

“Eu nunca tive dúvidas de que aquilo era o correto a fazer. No caso dela se somavam duas indicações para o aborto legal. Além do estupro, havia o risco de morte. Era uma criança de 1,32 m grávida de gêmeos. Isso é uma gravidez de alto risco.”

Leia mais:
http://www.bbc.com/portuguese/brasil-36402029?ocid=socialflow_facebook

Advogada de garota carioca: “Vou pedir a saída do delegado do caso”

28 sábado maio 2016

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Advogada de garota carioca: “Vou pedir a saída do delegado do caso”

Eloisa Samy, que acompanha adolescente vítima de estupro, considera conduta imprópria Alessandro Thiers é titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática

A advogada da adolescente carioca que teve imagens de sua violação distribuídas pela Internet anunciou que vai pedir a saída de Alessandro Thiers, titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática da Polícia Civil do Rio, sob o argumento de que ele adota uma conduta inadequada para o caso. “Há machismo do próprio delegado. Ele perguntou para ela se ela tinha por hábito fazer sexo grupal.” Samy elogia a responsável pela Delegacia da Criança e Adolescente Vítima, Cristina Bento, que também acompanha. “Ela foi irreprochável, a pessoa mais sensível, ao lado do psicólogo. Agora o delegado coloca mais três homens na sala. Mesmo com a comoção em torno do caso, isso aconteceu”, contou Samy ao EL PAÍS neste sábado.

Ativista de direitos humanos, a advogada ofereceu assistência jurídica à garota e sua família. Para Samy, a insistência de Thiers de que é necessário um exame de corpo de delito para falar em estupro não é aceitável. “A palavra da vítima da basta em caso de estupro de uma mulher. Se tivesse sido um furto de celular, de um relógio, isso não aconteceria. O que precisava além do vídeo que mostrando a moça desacordada, nua, para que a palavra da vítima fosse reconhecida e legitimada? As imagens são cristalinas.”

No vídeo publicado na Internet, a moça aparece desacordada em uma cama, enquanto homens a filmam. Um deles exibe sua pelves ensanguentada. “Olha como que tá. Sangrando. Olha onde o trem passou. Onde o trem bala passou de marreta.” A divulgação das imagens, em que os envolvidos também mencionam que “mais de 30” a “engravidaram”, deram origem à apuração do caso.

Leia mais:
http://brasil.elpais.com/brasil/2016/05/28/politica/1464442969_569756.html

O que é a cultura do estupro e por que é preciso falar sobre ela

27 sexta-feira maio 2016

Posted by auaguarani in Ambiente escolar, Cultura, ECA, Educação, Educação Inclusiva, Educador, Formação, Gênero, História, Mundo, Preconceito, Profissão, Saúde, Sociedade, Violência

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O que é a cultura do estupro e por que é preciso falar sobre ela

Caso de estupro coletivo no Rio colocou em evidência o debate sobre o conjunto de crenças que coloca a culpa na vítima

O estupro coletivo de uma jovem de 16 anos no Rio de Janeiro e a divulgação do vídeo do crime em redes sociais colocou em evidência o debate público sobre cultura do estupro, o mecanismo de aceitação e replicação de conceitos que normalizam o estupro com base em construções sociais sobre gênero e sexualidade.

A cultura do estupro só é possível em um contexto em que haja profunda desigualdade de gênero. Para que ela exista, é preciso que haja uma constante desumanização da mulher e objetificação de seu corpo.

 A mulher é desumanizada – não é sequer um objeto, é quase como se elas não fossem humanas. E se não forem humanas, são passíveis de estupro, assassinato. Tira-se o direito da mulher sobre o corpo dela e ele se torna da família, do homem, da igreja e da lei, mas nunca dela mesma.” Silvana Nascimento – Professora do Departamento de Antropologia da Universidade de São Paulo

O tema é controverso. O reconhecimento de uma cultura que banaliza o estupro, considerado um ato de extrema violência, é algo negado com frequência. Mas a cultura do estupro é um fenômeno identificado por sociólogos, antropólogos e ativistas e reconhecido pelas mulheres para quem a ameaça aparece como um medo recorrente.

Leia mais:
https://www.nexojornal.com.br/expresso/2016/05/27/O-que-%C3%A9-a-cultura-do-estupro-e-por-que-%C3%A9-preciso-falar-sobre-ela

Reações ao estupro coletivo da jovem carioca mostram um país indignado

27 sexta-feira maio 2016

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Reações ao estupro coletivo da jovem carioca mostram um país indignado

Fortes movimentos nas redes sociais e reações oficiais vêm à tona enquanto o crime é investigado

O estupro coletivo de uma jovem de 16 anos, mãe de um menino de três, gerou uma enxurrada de reações nas redes sociais e em organizações sociais desde que veio à tona, em 25 de maio. Em breve, é esperado que ela tome as ruas, com uma série de protestos que começam a ser convocados em diferentes cidades brasileiras, especialmente no Rio de Janeiro, onde a barbárie aconteceu. O crime – que, segundo o depoimento da jovem e o de sua mãe, foi premeditado pelos 33 homens envolvidos, provavelmente incluindo o namorado da vítima – caiu na Internet por obra dos próprios agressores, orgulhosos do que haviam feito, e só então chegou às autoridades. Depois, apareceu na imprensa nacional e inclusive na internacional.

As mensagens que circulam são de repúdio à selvageria que chocou o Brasil e o resto do mundo – apesar de muitos terem compartilhado criminosamente as imagens da violência sofrida pela menina em seus perfis pessoais antes do caso explodir. Poucas horas depois que isso aconteceu, na quinta, a hashtag #EstuproNuncaMais começou a escalar o ranking de tendências do dia no Twitter, onde tudo começou. Nesta sexta, foi a vez da campanha #EstuproNãoÉCulpaDaVítima, que reage aos fartos comentários machistas que atribuem à vítima a culpa pelo que ocorreu, encabeçar os trending topics.

Leia mais:
http://brasil.elpais.com/brasil/2016/05/27/politica/1464360226_852010.html

Reflita sobre estupro, se for homem

27 sexta-feira maio 2016

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Reflita sobre estupro, se for homem

Por mais que você, homem sensível, diga que sente na pele, jamais sentirá o pavor de vislumbrar no beco a ameaça do estupro que ronda as mulheres no Brasil

por Xico Sá

Por mais que a gente se diga envergonhado, por mais que você, homem sensível, diga que sente na pele, por mais que esteja indignado e solidário, por mais que tente eliminar o machismo em atos e palavras, por mais que faça sua parte, por mais que não entenda a covardia e monstruosidade dos seus semelhantes, por mais que peça punição contra a barbárie na zona sul ou no Morro São José Operário, zona oeste do Rio de Janeiro… Jamais sentirá o pavor de vislumbrar no beco, na próxima esquina, a sombra do inimigo, a ameaça do estupro que ronda as mulheres no Brasil cada vez que o relógio corre 11 minutos. Por mais que você até arrepie os pelos, jamais sentirá na carne.

Por mais que você não entenda os machos que sempre buscam culpar as “vadias”, por mais que você condene o discurso na linha “Bolsomito”, por mais que você julgue importante ter mulheres nas equipes de governo, por mais que você vá à passeata feminista, por mais que você ache bizarro o ator Alexandre Frota — o piadista da cultura do estupro — em confraria com o ministro interino da Educação em Brasília… Por mais que você se ponha no lugar da vítima, nunca saberá o terror que se instala no cérebro como um pesadelo interminável.

Mea culpa
Por mais que você resolva deixar de ser reaça e retire o seu apoio aos projetos-de-lei homofóbicos do Congresso, aos projetos anti aborto etc. Por mais que você esqueça o passado de porco chauvinista. Por mais que você cresça e deixe de puxar os cabelos das meninas nos bares, festas e boates. Por mais que você saque e nunca mais caia na besteira de achar que existe “vadia para transar e santinha para o casamento”. Por mais que tudo isso seja um avanço, ainda é pouco, muito pouco, pouco mesmo para sentir o drama que apavora as mulheres no vagão do trem, na rua escura, no parque…

Leia mais:
http://brasil.elpais.com/brasil/2016/05/27/opinion/1464367968_964590.html?id_externo_rsoc=FB_CM

Vídeo

Seu silêncio é amigo do estuprador

27 sexta-feira maio 2016

Posted by auaguarani in Sem categoria

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‘Quando acordei tinha 33 caras em cima de mim’, diz menina que sofreu estupro coletivo

27 sexta-feira maio 2016

Posted by auaguarani in ECA, Educação, Educador, Gênero, Sociedade, Violência

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abuso sexual, barbárie, covardia, estupro coletivo, exposição, facebook, machismo, manifestações, redes sociais, twitter, violência

‘Quando acordei tinha 33 caras em cima de mim’, diz menina que sofreu estupro coletivo

Polícia já identificou dois envolvidos no crime; imagens foram divulgadas em redes sociais

A menina de 16 anos que foi vítima de um estupro coletivo em uma comunidade da Zona Oeste foi levada na manhã desta quinta-feira para o setor de ginecologia do Hospital Maternidade Maria Amélia, que é anexo ao Souza Aguiar, para fazer exames. A polícia já identificou dois dos criminosos, que terão as prisões preventivas pedidas. A vítima passou a madrugada no Instituto Médico Legal e já foi ouvida na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), que investiga o caso. O Ministério Público informou que está acompanhando o caso e que já recebeu 800 denúncias pela ouvidoria. Ao sair do hospital, a menor de idade, ainda muito abalada, disse que foi dormir na casa do namorado, na última sexta-feira, e só acordou no domingo.

— Quando acordei tinha 33 caras em cima de mim— disse a menina, que tentou diversas vezes fugir do hospital — Só quero ir para casa.

Aos choros, o pai da menina, que pediu para não ser identificado, disse que o estupro ocorreu na última sexta-feira, no Morro São José Operário, em Praça Seca.

— Ela foi num baile, prenderam ela lá e fizeram essa covardia. Bagunçaram minha filha. Quase mataram ela. Estava gemendo de dor. Ficou tão traumatizada que só conseguia chorar.

Leia mais:
http://oglobo.globo.com/rio/quando-acordei-tinha-33-caras-em-cima-de-mim-diz-menina-que-sofreu-estupro-coletivo-19380492#ixzz49oPGrAJz

Compartilhar estupro coletivo nas redes, a nova versão da barbárie brasileira

26 quinta-feira maio 2016

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Compartilhar estupro coletivo nas redes, a nova versão da barbárie brasileira

Violação no Rio saiu na imprensa após homem postar que crime teria sido cometido por “mais de 30”
No mesmo dia, novo caso de estupro grupal de uma adolescente foi registrado em Bom Jesus, Piauí

Um vídeo em que uma adolescente aparece nua, dopada e com marcas de violência se tornou viral na Internet nesta quarta-feira, 25 de maio, acompanhado de comentários que relatavam que ela foi vítima de um estupro coletivo – muitos deles de verve machista. Um grupo de homens a teriam violentado na Zona Oeste do Rio de Janeiro, e depois alguns deles teriam filmado o crime com seus celulares para compartilhá-lo nas redes sociais. Uma das imagens compartilhadas mostra um homem com a língua para fora posando diante da pelve ensanguentada da menina.

O caso chegou às mãos da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), que recebeu uma série de denúncias anônimas (mais de 800 foram enviadas ao Ministério Público do Rio), munidas em parte do material virtual que comprova a barbárie. A 23ª Promotoria de Investigação Penal trabalha agora nele junto à Delegacia Anti-Sequestro (DAS). As autoridades já encontraram a vítima, que está estável e teve sua identidade preservada pelo delegado encarregado, Alessandro Thiers. A polícia identificou dois dos autores das postagens, mas não informou detalhes sobre a investigação.

Ela tem 17 anos, foi estuprada na sexta-feira, 20 de maio, e encontrada cinco dias depois, quando o vídeo viralizou. Permanece agora com a família, que pede o anonimato para preservar sua segurança e sua saúde física e mental, e terá de se recuperar após uma forte hemorragia e uma ruptura da bexiga. Seus parentes relataram à imprensa que a garota – resgatada na Praça Seca, Zona Oeste do Rio, por um homem que afirmou que já a havia visto no local – passou alguns dias fora de casa, sem dar notícias, e só souberam de seu paradeiro através do noticiário e das redes sociais. Estão em choque, como boa parte da sociedade brasileira.

Quem contou essa história primeiro, porém em tom jocoso, foi o usuário do Twitter @michelbrazil7. Michel postou inicialmente o vídeo, acrescentando entre risos os comentários de que “amassaram a mina” e “fizeram um túnel na mina, mais de 30”, em referência à violação. Mesmo após a forte onda de protestos pelo seu post – superior à de compartilhamentos do vídeo, que também foi intensa, apesar de configurar crime de acordo com o Código Penal Brasileiro – ele manteve sua decisão de não apagar as imagens, até ter de eliminar seu perfil da rede. Agora é buscado pela polícia como criminoso, tendo ou não participado do estupro (essa, se comprovada, será uma acusação adicional).

…Um estupro acontece a cada 11 minutos no Brasil, de acordo com o 9º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, cujos dados  mais recentes são de 2014. Naquele ano, 47,6 mil pessoas foram vítimas do crime no país.

As redes dividiram atenção na quarta-feira com a visita do ator Alexandre Frota ao ministro interino da Educação, Mendonça Filho. Frota – que confessou na TV aberta, em 2015, ter abusado sexualmente de uma mulher – teve audiência com o ministro na companhia de membros do Revoltados Online. Eles queriam dar sua contribuição ao MEC e à Educação do Brasil, o que gerou reações negativas, não apenas pelo conteúdo de propostas como a criação de uma “escola sem partido”. Escreveu a autora do Blog da Maria Frô: “Espero que vocês estejam felizes com a cultura dos Frotas estabelecida no país”.

Leia mais:
http://brasil.elpais.com/brasil/2016/05/26/politica/1464275134_153470.html?id_externo_rsoc=FB_CM

Nova sessão de tortura da polícia da Bahia acaba na morte de jovem de 16 anos

21 sábado maio 2016

Posted by auaguarani in Afrodescendentes e africanos no Brasil, Ambiente escolar, ECA, Educação, Educação Inclusiva, Educador, Formação, História, Preconceito, Profissão, Saúde, Sociedade, Violência

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Inácio de Jesus, morto dias depois de abordagem policial, na Bahia.

Inácio de Jesus, morto dias depois de abordagem policial, na Bahia.

Violência Policial

Nova sessão de tortura da polícia da Bahia acaba na morte de jovem de 16 anos

Corregedoria investiga ação policial contra adolescente que morreu dias depois com lesão na traqueia

No último 27 de abril, Inácio de Jesus, um adolescente baiano de 16 anos ainda com rosto de menino, voltava do almoço em direção ao lava jato do tio, onde trabalhava por 100 reais por semana. No caminho, na garupa da moto de um amigo, foi parado por uma viatura com três policiais militares, mas não foi conduzido à delegacia. Os agentes levaram os garotos para um matagal, no entorno do presídio Lauro de Freitas, no bairro de Itinga, a 40 minutos de carro da turística Salvador. Foi ali, no meio do nada, onde o GPS da viatura parou de funcionar e onde, segundo a denúncia que está sendo investigada, Inácio foi torturado durante horas.

Os detalhes das agressões vieram do próprio adolescente que descreveu a sessão de tortura ao chegar em casa. Ele, segundo esse relato, hoje contado entre lágrimas pela mãe, sofreu várias tentativas de asfixia com uma sacola plástica, recebeu golpes no corpo todo sem deixar marcas externas e foi desafiado a escolher entre um pau fino e outro mais grosso para ser abusado pelos policiais.

Após o violento interrogatório, Inácio e seu amigo tampouco foram levados à delegacia. Mais uma viatura somou-se à ação policial e acompanhou os jovens até suas casas. Procuravam, sem mandado judicial, armas e drogas que, segundo seus familiares, não tinham. Os agentes, porém, disseram ter achado uma pistola e com ela pegaram Inácio para levá-lo, quatro horas depois da abordagem, até a delegacia. Algemado a uma barra de ferro e obrigado a ficar de pé, Inácio, menor de idade, passou a noite preso.

Leia mais:
http://brasil.elpais.com/brasil/2016/05/19/politica/1463669134_226800.html

Em universidade nos EUA, alunas que denunciam estupros acabam punidas por código de honra

01 domingo maio 2016

Posted by auaguarani in Cultura, Educação, Educador, Gênero, Mundo, Profissão, Religião, Saúde, Sociedade, Violência

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abuso sexual, alunas punidas, Brigham Young, castidade, código de honra, denúncia, drogas ilegais, estupro, eua, evangelho, Jesus Cristo, mórmons, mulheres, punição, sexo consensual, universidade, virtudes morais

Em universidade nos EUA, alunas que denunciam estupros acabam punidas por código de honra

Antes que pudesse se mudar para um dormitório na Brigham Young University ou se inscrever nos cursos do primeiro ano, Brooke teve de assinar o Código de Honra da faculdade, no Estado de Utah (oeste dos EUA).

Uma espécie de bússola moral e também um contrato, o código é um elemento essencial na vida de quase 30 mil estudantes dessa universidade dirigida por mórmons. Ele orienta os alunos, os professores e os funcionários para “virtudes morais incluídas no evangelho de Jesus Cristo”, valorizando a castidade, a honestidade e a virtude.

Ele exige trajes discretos no campus, desestimula o sexo consentido fora do casamento e, entre outras coisas, proíbe o consumo de bebidas e drogas, intimidades homossexuais e indecências, assim como má conduta sexual.

Leia mais:
http://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/the-new-york-times/2016/04/30/em-universidade-nos-eua-alunas-que-denunciam-estupros-acabam-punidas-por-codigo-de-honra.htm

Vídeo mostra meninas sequestradas pelo Boko Haram na Nigéria há dois anos

14 quinta-feira abr 2016

Posted by auaguarani in Ambiente escolar, Cultura, Educação, Educador, História, Mundo, Sociedade, Violência

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#BringBackOurGirls, abuso sexual, Boko Haram, Chibok, crianças, estudantes, grupo terrorista, libertação, meninas, Nigéria, redes de tráfico de mulheres, sequestro

Boko Haram

Vídeo mostra meninas sequestradas pelo Boko Haram na Nigéria há dois anos

Dois anos após sequestro das 219 estudantes de Chibok, vídeo gravado em dezembro mostra 15 vítimas

São algumas delas. Pela primeira vez em dois anos, foi possível ver num vídeo 15 das mais de 200 estudantes sequestradas pelo Boko Haram em uma escola de Chibok, na Nigéria. As imagens, entregues por membros do grupo terrorista como prova de vida aos negociadores que tentam conseguir sua libertação, foram gravadas em 25 de dezembro passado mas só difundidas nesta quinta-feira, data do segundo aniversário do sequestro. A rede CNN difundiu uma cópia das imagens e mostrou-a aos pais. Pelo menos três das estudantes foram identificadas. O sequestro das meninas comoveu o mundo em 2014, dando origem à campanha internacional nas redes sociais #BringBackOurGirls (devolva nossas meninas), que contou com a participação de personalidades do mundo todo, incluindo a primeira-dama dos EUA, Michelle Obama.

As jovens, em aparente bom estado de saúde, são entrevistadas no vídeo. Além de dar seu nome e garantir que estão bem, confirmam que são de Chibok. A notícia foi recebida com enorme alegria pelas famílias, pois agora sabem que pelo menos algumas delas estão vivas. O presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, havia manifestado em diversas ocasiões que as jovens podiam ter sido vendidas às redes de tráfico de mulheres ou obrigadas a se casar com os membros do Boko Haram.

Leia mais:
http://brasil.elpais.com/brasil/2016/04/14/internacional/1460619700_195558.html

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Oficina de “desprincesamento” ensina autonomia a garotas de Iquique

17 quinta-feira mar 2016

Posted by auaguarani in Ambiente escolar, Bullying, Cultura, Dica cultural, ECA, Educação, Educação Inclusiva, Educador, Experiências, Formação, Gênero, História, Inovação, Mercosul, Preconceito, Profissão, Saúde, Sociedade, Violência

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Técnicas de autodefesa são ensinadas na oficina

Técnicas de autodefesa são ensinadas na oficina

Oficina de “desprincesamento” ensina autonomia a garotas de Iquique

Meninas de 9 a 15 anos desconstroem mito do amor romântico e aprendem técnicas de autodefesa

A alma gêmea. A tampa da panela, a cara-metade. A parte firme que complementa a figura conciliadora da relação. O mito do amor romântico, uma entre as inúmeras fábulas que povoam o imaginário feminino desde a infância, tornou-se um dos alvos de uma oficina de “desprincesamento” para meninas em Iquique, no Chile.

O curso, dirigido a garotas de 9 a 15 anos, é o mais recente experimento da Oficina de Proteção dos Direitos da Infância (OPD) da cidade, apoiada pelo Serviço Nacional de Menores. O objetivo é ensinar as chilenitas a ter autossuficiência e que para ser feliz não é preciso um homem ao lado, bastam elas mesmas. Para tanto, explicam as psicólogas Lorena Cataldo e Jendery Jaldin, busca-se fortalecer valores como liberdade e exterminar preconceitos associados a gênero, a começar pela eterna procura pelo príncipe encantado, retratado há muito como sinônimo de felicidade em contos de fadas e filmes da Disney (nem mesmo as atuais versões de clássicos como Rapunzel fogem à regra, uma vez que em Enrolados (2011) ela só escapa da torre com o auxílio do fora da lei Flynn Rider).

Leia mais:
http://www.cartaeducacao.com.br/reportagens/oficina-de-desprincesamento-ensina-autonomia-a-garotas-de-iquique/

Seleção Hypeness: 15 mulheres que estão fazendo do mundo um lugar mais justo

08 terça-feira mar 2016

Posted by auaguarani in Ambiente escolar, Cultura, ECA, Educação, Educação Inclusiva, Educador, Experiências, Formação, Gênero, História, Mundo, Profissão, Sociedade, Violência

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abuso sexual, assédio, assédio sexual, desigualdade social, Dia Internacional de Luta das Mulheres, machismo, pedofilia, violência, violência em casa

Seleção Hypeness: 15 mulheres que estão fazendo do mundo um lugar mais justo

Elas estão em todo lugar, em diversas funções e áreas de atuação. O destaque? Pouco para quem tem feito muito. Neste 8 de março, Dia Internacional de Luta das Mulheres, vamos lembrar quem são algumas das guerreiras que não tremem diante de uma boa briga e que estão batalhando com garra para fazer do mundo um lugar melhor.

É verdade, estamos avançando. Provando que não somos MESMO o sexo frágil. Depois de tanta repressão, tantos “nãos”, tanto boicote, tantas surras, tanto silêncio e tanta luta, é impressionante como ainda querem associar as mulheres ao termo “frágil” ou até mesmo nos culpar pela TPM de todo mês, atribuindo tudo à “instabilidade emocional” da pré-menstruação.

Ao longo da história, vencemos paradigmas, trocamos inseguranças por objetivos. Mas a eterna batalha pela igualdade de gênero continua, para mulheres brancas, negras, pardas, índias, orientais e também para transexuais e travestis que precisam urgentemente ter seu espaço e voz assegurados.

Leia mais:
http://www.hypeness.com.br/2016/03/selecao-hypeness-15-mulheres-que-estao-fazendo-do-mundo-um-lugar-mais-justo/

Grafiteiras árabes que derrubam muros

24 quarta-feira fev 2016

Posted by auaguarani in Cultura, Dica cultural, ECA, Educação, Educação Inclusiva, Educador, Experiências, Formação, História, Inovação, Mundo, Preconceito, Profissão, Religião, Sociedade, Violência

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A grafiteira palestina Laila Ayawi durante participação na Jordânia, em 2014. Mia Gröndahl

A grafiteira palestina Laila Ayawi durante participação na Jordânia, em 2014. Mia Gröndahl

Grafiteiras árabes que derrubam muros

Artistas de rua do Egito e da Síria refletem o olhar feminino em espaços públicos

Os muros nem sempre escondem realidades. Nas ruas de Alexandria, Sanaa ou Amã, as mesmas paredes capazes de engessar papéis de gênero também podem, graças ao grafite, dar visibilidade às mulheres. Com essa intenção, nasceu em 2013, no Egito, o Sit al-hita (as mulheres das paredes, em dialeto árabe egípcio) um grupo de cerca de 60 grafiteiros — principalmente mulheres, mas também há homens — de várias partes do mundo árabe que se reúnem a cada ano para levar o universo feminino ao espaço público através da arte de rua. Até agora, pintaram muros no Cairo, Copenhague e Amã, a última vez em novembro de 2015, graças ao financiamento dos Governos sueco e dinamarquês.

Os grafites políticos ganharam força na paisagem urbana do Egito com a eclosão da Primavera Árabe, em 2011. Com a revolta contra Hosni Mubarak, os muros começaram a refletir mensagens contrárias ao regime ou em homenagem aos mortos na repressão. Faltava, no entanto, metade da população. A jornalista e fotógrafa sueca Mia Gröndahl documentou os grafites no país para seu livro Revolution Graffiti: Street Art of the New Egypt (Revolução Grafite: Arte de Rua do Novo Egito) e descobriu que, de 17.000, somente cerca de 250 ilustrações eram representadas por mulheres. Foi então quando decidiu fundar o Sit al-hita com o egípcio-canadense Angie Balata.

Leia mais:
http://brasil.elpais.com/brasil/2016/02/11/internacional/1455199996_992526.html?id_externo_rsoc=FB_CM

A Mulata Globeleza: Um Manifesto

30 sábado jan 2016

Posted by auaguarani in Afrodescendentes e africanos no Brasil, Ambiente escolar, Cultura, ECA, Educação, Educação Inclusiva, Educador, Formação, Gênero, História, Mundo, Preconceito, Profissão, Sociedade, Violência

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A Mulata Globeleza: Um Manifesto

Por #AgoraÉQueSãoElas

Por Stephanie Ribeiro e Djamila Ribeiro*

A Mulata Globeleza não é um evento cultural natural, mas uma performance que invade o imaginário e as televisões brasileiras na época do Carnaval. Um espetáculo criado pelo diretor de arte Hans Donner para ser o símbolo da festa popular, que exibiu durante 13 anos sua companheira Valéria Valenssa na função superexpositiva de “mulata”. Estamos falando de uma personagem que surgiu na década de noventa e até hoje segue à risca o mesmo roteiro: é sempre uma mulher negra que samba como uma passista, nua com o corpo pintado de purpurina, ao som da vinheta exibida ao longo da programação diária da Rede Globo.

Para começar o debate em torno dessa personagem, precisamos identificar o problema contido no termo “mulata”. Além de ser palavra naturalizada pela sociedade brasileira, ela é presença cativa no vocabulário dos apresentadores, jornalistas e repórteres da emissora global. A palavra de origem espanhola vem de “mula” ou “mulo”: aquilo que é híbrido, originário do cruzamento entre espécies. Mulas são animais nascidos do cruzamento dos jumentos com éguas ou dos cavalos com jumentas. Em outra acepção, são resultado da cópula do animal considerado nobre (equus caballus) com o animal tido de segunda classe (equus africanus asinus). Sendo assim, trata-se de uma palavra pejorativa que indica mestiçagem, impureza. Mistura imprópria que não deveria existir.

Leia mais:
http://agoraequesaoelas.blogfolha.uol.com.br/2016/01/29/a-mulata-globeleza-um-manifesto/

“Os trotes são tortura”

07 sábado fev 2015

Posted by auaguarani in Afrodescendentes e africanos no Brasil, Ambiente escolar, Bolsa Família, Cultura, ECA, Educação, ENEM, Experiências, Formação, Gênero, Preconceito, Saúde, Sociedade, Violência

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abuso sexual, agressões físicas, agressões verbais, homofobia, negligência, preconceito, reitores, sexismo, trote, universidades, violência

“Os trotes são tortura”

O pesquisador Antônio Almeida, que estuda há 14 anos os comportamentos violentos nas universidades do Brasil, critica o silêncio das instituições diante os abusos

O escândalo dos supostos estupros na Faculdade de Medicina da universidade de São Paulo estourou nas mão dos seus responsáveis, mas as relações perversas entre seus alunos não são novidade. Entre os casos mais recentes está o de uma aluna da Universidade do Sudoeste da Bahia que, em 2013, foi obrigada a chupar os testículos de um boi e acabou no hospital com a boca sangrando; ou os que ocorreram esta semana em Adamantina, no interior de São Paulo, onde uma dezena de alunos jogou uma substância abrasiva nos calouros. Um deles pode perder a visão de um olho, outra teve queimaduras de terceiro grau do umbigo para baixo.

O professor Antônio Almeida estuda há 14 anos os trotes nas universidades brasileiras. Os trotes, para Almeida, não podem ser considerados rituais de passagens e sim uma prática de tortura.

A universidade tem sido conivente, deixando de cumprir seu papel educacional.

Leia mais:
http://brasil.elpais.com/brasil/2015/02/06/politica/1423239656_206113.html

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