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~ compilação de notícias relacionadas à educação

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Arquivos de Categoria: Mundo

Nobel de Física de 2018 vai para as “ferramentas feitas de luz”

03 quarta-feira out 2018

Posted by auaguarani in Ciência, Cultura, Educação, Educador, História, Meio ambiente, Mundo, Sociedade, Tecnologias

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Nobel de Física de 2018 vai para as “ferramentas feitas de luz”

Real Academia de Ciências da Suécia concede o prêmio a Arthur Ashkin, Gérard Mourou e Donna Strickland, a terceira mulher na história a recebê-lo

A Real Academia de Ciências da Suécia concedeu nesta terça-feira o Prêmio Nobel de Física de 2018 a Arthur Ashkin, Gérard Mourou e Donna Strickland, por suas “invenções pioneiras no campo da física do laser”.

Arthur Ashkin (Nova York, 1922) inventou as pinças ópticas, capazes de capturar partículas, átomos, vírus e células vivas com dedos de luz laser. Em 1987, foi capaz de apanhar bactérias vivas sem danificá-las, conforme destaca o comitê do Nobel. Gérard Mourou (Albertville, França, 1944) e Donna Strickland (Guelph, Canadá, 1959) abriram o caminho para “os pulsos de laser mais intensos já criados pela humanidade”, segundo o comitê.

A técnica de Mourou e Strickland, criada em 1985 e conhecida como amplificação de pulso com varredura em frequência (CPA, por sua sigla em inglês), tornou-se muito rapidamente a ferramenta-padrão para obter lasers de alta intensidade, utilizados desde então em milhões de cirurgias do olho. Ashkin, formado na Universidade Cornell, Strickland, da Universidade de Waterloo, e Mourou, da Universidade de Michigan, dividirão os nove milhões de coroas suecas (quatro milhões de reais) do prêmio.

Temos que reconhecer as mulheres físicas, e suponho que de agora em diante haverá mais de nós ganhando este prêmio. Eu me sinto honrada por ser uma delas”, declarou Strickland

Leia mais:
https://brasil.elpais.com/brasil/2018/10/02/ciencia/1538468398_951048.html

Atentados de direita fomentaram AI-5

03 quarta-feira out 2018

Posted by auaguarani in Ditadura cívico-militar brasileira, Educação, Educação Inclusiva, Educador, Formação, História, Mercosul, Sociedade, Violência

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Destroços de explosão em frente à sede do Dops, em São Paulo, em 1968. SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR/ INTEGRA-JMU

DITADURA MILITAR

Atentados de direita fomentaram AI-5

Cinquenta anos depois do ato que sepultou as liberdades democráticas no país, a Pública obtém documentos que provam que foi a direita paramilitar, e não a esquerda, que deu início a explosões de bombas e roubos de armas

VASCONCELO QUADROS (AGÊNCIA PÚBLICA)

Documentos inéditos, guardados há meio século nos arquivos do Superior Tribunal Militar (STM), jogam luzes no cenário que levou ao recrudescimento da ditadura militar, com a edição do AI-5 (Ato Institucional número 5) em dezembro de 1968. Depoimentos de personagens, relatórios oficiais e uma infinidade de papéis anexados a processos que somam cerca de 10 mil páginas, ao qual a Pública teve acesso, demonstram que o AI-5 fez parte de um plano para alongar a ditadura com atentados a bomba em série, preparados no final de 1967 e executados até agosto do ano seguinte por uma seita esotérica, paramilitar e de extrema direita.

Até esse momento, episódios de ação armada da esquerda, que também ocorreram, eram apontados como causa para a decisão dos militares de endurecer o regime.

Comandadas por um líder messiânico a serviço da linha dura do governo militar, as ações terroristas da direita, que chegaram a ser atribuídas, equivocadamente, às organizações de esquerda, segundo apontam as investigações, tiveram como estratégia aquecer o ambiente como preparação do “golpe dentro do golpe”, o que daria ao regime uma longevidade de mais 17 anos.

Leia mais:
https://brasil.elpais.com/brasil/2018/10/02/politica/1538488463_222527.html

https://apublica.org/2018/10/atentados-de-direita-fomentaram-ai-5/

Abusar das telas afeta a inteligência das crianças

30 domingo set 2018

Posted by auaguarani in Cultura, Educação, Educador, Formação, Meio ambiente, Mundo, Publicações, Saúde, Sociedade, Tecnologias

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O tempo de uso dos dispositivos está relacionado com a piora das capacidades cognitivas. GORDON

Abusar das telas afeta a inteligência das crianças

Estudo define como limite máximo duas horas diárias de lazer com tablets e celulares

O efeito do abuso de tela entre os mais jovens ainda é um campo de pesquisa muito novo e controverso. Mas os primeiros estudos que estão sendo feitos para analisar as consequências da exposição devem ser encarados como um alerta. Há sinais indicando que o desenvolvimento cognitivo de crianças está comprometido. O mais recente trabalho, realizado por pesquisadores canadenses, encontrou uma correlação muito direta entre o uso desses dispositivos e a inteligência das crianças, em um momento fundamental para seu desenvolvimento.

Este estudo compara o desempenho intelectual de 4.500 crianças dos Estados Unidos entre 8 e 11 anos com base nas recomendações dadas por um plano canadense chamado Movimento 24 horas: entre 9 e 11 horas de sono, pelo menos uma hora de exercício todos os dias e menos de duas horas de entretenimento com telas. As conclusões, publicadas na The Lancet Child & Adolescent Health, são muito claras: quanto mais recomendações individuais meninos e meninas cumprirem, melhores serão suas habilidades. Mas há um tema que se destaca dos demais: o tempo gasto em dispositivos é aquele que tem uma relação mais forte com a maturação intelectual. “Descobrimos que mais de duas horas de tempo recreativo com telas estão associadas a um pior desenvolvimento cognitivo em crianças”, concluem os pesquisadores da Universidade de Ottawa. Além disso, em razão desse achado, eles recomendam que pediatras, pais, educadores e políticos promovam uma “limitação do tempo de tela recreativa e priorizem rotinas de sono saudáveis durante a infância e a adolescência”.

Leia mais:
https://brasil.elpais.com/brasil/2018/09/26/ciencia/1537960453_593059.html

Um século de registros mostra que o rio Amazonas está se descontrolando

20 quinta-feira set 2018

Posted by auaguarani in Ciência, Cultura, Educação, Educador, Formação, História, Meio ambiente, Mundo, Saúde, Sociedade, Tecnologias

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Crescida do rio em Itacoatiara, no estado de Amazonas, em 2009. JOCHEN SCHÖNGART

Um século de registros mostra que o rio Amazonas está se descontrolando

As cheias se tornaram cinco vezes mais frequentes e mais intensas nas últimas décadas

O rio mais longo e caudaloso do planeta está escapando do controle. Há três décadas, o ciclo natural de cheias e secas do Amazonas vem se acelerando: ambos os fatos ocorrem cada vez mais. Especificamente, registros iniciados no começo do século XX mostram que a frequência das enchentes extremas é cinco vezes maior que antes. Embora não seja o único fator, o aquecimento global provocado pelos humanos parece estar por trás.

Desde 1903, todos os dias o nível das águas do rio Negro (um dos principais afluentes do Amazonas) é medido na sua passagem pelo porto de Manaus. Rio abaixo, à altura da localidade de Óbidos, faz-se o mesmo desde 1970. Aqui, já no curso principal do Amazonas, o rio se estreita a 1.700 metros de largura. Com esses dois registros, um grupo de pesquisadores pode acompanhar a evolução do ciclo de enchentes e secas nesta imensa artéria de água.

Os resultados do estudo, publicados na Science Advances, mostram que os eventos extremos são cada vez mais frequentes. Sejam as cheias, com altas de até 20 metros no nível do rio em Manaus, e reduções na cota dos 13 metros, o ciclo se acelerou. Entretanto, enquanto as secas aumentam de forma quase linear, as cheias se multiplicaram por cinco. Até a segunda metade do século passado, a frequência de secas e cheias ocorria quase em paralelo, com um evento extremo a cada 20 anos. Agora, as cheias ocorrem a cada quatro anos.

Leia mais:
https://brasil.elpais.com/brasil/2018/09/19/actualidad/1537369024_964822.html

A maioria dos iogurtes tem tanto açúcar quanto os refrigerantes

20 quinta-feira set 2018

Posted by auaguarani in Ambiente escolar, Ciência, Cultura, ECA, Educação, Educador, Formação, Mundo, Saúde, Sociedade

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A maioria dos iogurtes tem tanto açúcar quanto os refrigerantes

Apenas 10% são baixos em açúcares, porcentagem que cai para 2% nos produtos destinados às crianças, segundo um estudo britânico

Um iogurte tem o mesmo nível de açúcar que a quantidade equivalente de um refrigerante comum. E se for orgânico ou um petit suisse (tipo “danoninho”), também. Um estudo com quase 900 iogurtes e similares mostra que a grande maioria é extremamente açucarada. Apenas 9% deles são baixos em açúcares, e a porcentagem é ainda menor entre os destinados às crianças e os orgânicos. A análise foi feita no Reino Unido, e mostra que os produtos com imagem de saudáveis também têm um lado escuro.

A Organização Mundial da Saúde publicou em 2015 uma série de recomendações sobre o consumo de açúcar de crianças e adultos por sua relação com uma série de doenças e com o excesso de peso. Uma delas é que a porcentagem de energia proveniente de açúcares livres (na maioria, adicionados ou não presentes naturalmente no produto) fosse inferior a 10% do total de calorias ingeridas. A OMS propôs até uma redução maior, para menos de 5%. Como cada grama de açúcar refinado rende quase 4 quilocalorias (kcal), a quantidade máxima recomendável para um adulto (com uma dieta de 2.000 kcal/dia) seria de 50 gramas de açúcares — metade no caso de jovens e ainda menos no caso de crianças (sempre de forma aproximada).

Com um iogurte e um petit suisse de manhã, uma criança de quatro anos já consumiu mais açúcar que o recomendado — e ainda falta o dia inteiro para comer. Esse é um dos resultados obtidos por um grupo de pesquisadoras de nutrição após analisar a informação nutricional de 898 iogurtes e similares, como petit suisse, iogurtes líquidos, de soja, orgânicos e outras sobremesas lácteas. Apenas os iogurtes naturais e gregos cumpriram com a recomendação da OMS e do Sistema de Saúde Britânico (NHS, na sigla em inglês) de no máximo 5 gramas de açúcar por 100 gramas de produto.

…Mas o dado mais surpreendente está relacionado aos iogurtes e queijos frescos destinados às crianças: dos 101 produtos dessa categoria tão sensível, só 2 tinham menos de 5 gramas de açúcar para cada 100 gramas de produto. A média foi de 10,9 gramas. Em comparação, uma garrafa de um refrigerante de cola convencional tem 10,6 gramas de açúcar por 100 mililitros. Embora litros e quilogramas não sejam equivalentes, a quantidade de açúcar de iogurtes e refrigerantes é muito parecida. Desde abril, as autoridades sanitárias britânicas impuseram uma taxação progressiva sobre os refrigerantes que contêm açúcar.

Leia mais:
https://brasil.elpais.com/brasil/2018/09/18/ciencia/1537304180_209500.html

Após quatro séculos, pesquisadores descobrem causa da morte de Caravaggio

20 quinta-feira set 2018

Posted by auaguarani in Ciência, Cultura, Dica cultural, Educação, Educador, História, Mundo, Sociedade, Tecnologias

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Retrato de Caravaggio desenhado por Ottavio Leoni

Após quatro séculos, pesquisadores descobrem causa da morte de Caravaggio

Pintor italiano morreu de infecção, segundo estudo de um centro de pesquisas francês

Os historiadores precisarão reescrever as frases finais da biografia do grande pintor barroco Michelangelo Merisi, mais conhecido como Caravaggio (1571-1610). Um novo estudo realizado por um prestigioso centro hospitalar e universitário, o Instituto IHU Méditerranée Infection de Marselha, conduzido por sete cientistas franceses e italianos e publicado nesta semana pela revista Lancet Infectious, demonstra que o artista italiano não morreu de sífilis, como se acreditou durante quatro séculos, e sim por uma infecção que contraiu durante uma briga na qual foi ferido com uma espada. Conhecido por seu temperamento fogoso, que lhe custou vários exílios na vida, o pintor faleceria poucos dias depois numa pequena localidade da Toscana, aos 39 anos.

O segredo estava na sua arcada dentária. A equipe de pesquisadores examinou a polpa de seus molares, caninos e incisivos, onde abundam os vasos sanguíneos, para descobrir a causa real de sua morte. “Isso permitiu detectar os micróbios que o organismo do pintor continha no momento da sua morte”, disse na terça-feira um dos autores do estudo, Michel Drancourt, professor de microbiologia médica. A partir dessa amostra extraída de seus dentes, foi examinada, em primeiro lugar, a presença de sífilis, malária ou brucelose, que eram algumas das hipóteses mais habituais sobre a morte do pintor. “Mas todos os exames deram negativo. Foi ao utilizar métodos mais amplos de análise do DNA que começamos a obter as pistas que nos levaram a esta conclusão”, acrescenta Didier Raoult, diretor desse instituto marselhês especializado na chamada paleomicrobiologia. “Utilizamos técnicas próprias da polícia científica para resolver mistérios do passado”, resume. Neste caso, o assassino era o Staphylococcus aureus, uma bactéria.

Leia mais:
https://brasil.elpais.com/brasil/2018/09/19/cultura/1537356575_463991.html

Homenagem a Paulo Freire

20 quinta-feira set 2018

Posted by auaguarani in Ambiente escolar, Cultura, ECA, Educação, Educação Inclusiva, Educador, Formação, História, Mundo, Sociedade

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cinquentenário, cultura, educação, educação popular, luta, paulo freire, Pedagogia do Oprimido, política, resistência

HOMENAGEM A PAULO FREIRE

Há 50 anos, em 1968, nascia a “Pedagogia do Oprimido”, obra-prima de Paulo Freire, uma referência permanente da educação popular no mundo, que teve e continua tendo um impacto mundial nos campos da educação, da política e da cultura.

Escrita no exílio, no Chile, “Pedagogia do Oprimido” chega ao seu cinquentenário atualíssima. Ela é exigente e radical, e nos estimula e desafia ao diálogo e, ao mesmo tempo, à insurgência. É uma referência de apoio à resistência e à luta.

Em 2018, no dia de seu aniversário, a melhor forma de homenagearmos Paulo Freire é reafirmarmos e fortalecermos a nossa luta pelos oprimidos deste país. O legado de um dos mais importantes educadores brasileiros segue vivo e extremamente necessário.

#PauloFreireSempre
(19 de setembro de 1921 – 2 de maio de 1997)

A grande escritora que apagou seu nome para que o marido levasse o crédito por suas obras

17 segunda-feira set 2018

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Argentina, Como Sueñan los Hombres a las Mujeres, crédito, Cuentos Breves, dramaturga, editora Renacimiento, escritora, exilada, feminista, Gregorio Martínez Sierra, Idade de Prata, María Lejárraga, obras, pobre, romancista, Tragedia de la Perra Vida y Otras Diversiones, Viajes de Una Gota de Água

Retrato de María Lejárraga na juventude em uma imagem do arquivo da família

A grande escritora que apagou seu nome para que o marido levasse o crédito por suas obras

A editora Renacimiento resgata a obra de María Lejárraga, a mulher que escreveu as obras com as quais o marido, Gregorio Martínez Sierra, conheceu o sucesso. Romancista e dramaturga, morreu pobre e exilada

Escreveu em silêncio, na solidão entre quatro paredes, longe dos aplausos para as peças que saíam de sua pluma. Seu nome é uma ausência, uma sombra, um vazio e uma história dolorosa. María de la O Lejárraga (San Millán de la Cogolla, 1874 – Buenos Aires, 1974) atravessou um século inteiro e foi uma dessas mulheres brilhantes e pioneiras da Idade de Prata da cultura espanhola. Romancista, dramaturga, ensaísta, tradutora, feminista e, no entanto, ausente das capas de seus livros. O nome que lemos é o de seu marido, Gregorio Martínez Sierra, que recebia elogios nas estreias de Canción de Cuna, El Amor Brujo e El Sombrero de Tres Picos, de Manuel de Falla, enquanto a autora e libretista esperava em casa.

Nestes tempos em que a história da criação parece estar reparando esquecimentos e variando a bússola do cânone oficial, a figura de María Lejárraga retorna com sede de justiça poética. A recuperação de seu nome na capa de sua obra é o reconhecimento a uma das mais destacadas autoras de sua época.

Agora a editora Renacimiento publica Viajes de Una Gota de Água, uma coleção de histórias infantis que a autora publicou na Argentina em 1954, quando já vivia no exílio. Juan Aguilera Sastre e Isabel Lizarraga Vizcarra, especialistas na Idade de Prata, são os responsáveis pelo estudo introdutório e dois outros resgates editoriais: Como Sueñan los Hombres a las Mujeres e Tragedia de la Perra Vida y Otras Diversiones. Teatro del Exilio (1939-1974).

Leia mais:
https://brasil.elpais.com/brasil/2018/09/16/cultura/1537121678_040945.html

Financiamentos afundam os estudantes nos EUA: dívidas superam 5,9 trilhões de reais

17 segunda-feira set 2018

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bolsas, dívidas, estudantes, eua, financiamento, geração y, universidade

Financiamentos afundam os estudantes nos EUA: dívidas superam 5,9 trilhões de reais

Carga financeira para cursar a universidade obriga os recém-formados a adiar por vários anos investimentos como a compra da casa própria

A geração Y, a que nasceu entre meados dos anos 1990 e começo do novo milênio, está afundada em dívidas nos Estados Unidos. O dado do Federal Reserve sobre a situação financeira das famílias é preocupante. Quatro de cada dez pessoas que concluíram os estudos universitários têm de devolver algum tipo de empréstimo. O total acaba de superar 1,5 trilhão de dólares (5,9 trilhões de reais), um montante que ultrapassa a riqueza de uma economia avançada como a da Espanha.

A dívida universitária supera tranquilamente o 1,1 trilhão (4,3 trilhão de reais) em financiamentos para a compra de automóvel. Também a que se acumula nos cartões de crédito, que se aproxima do trilhão. O problema, como mostram as estatísticas do banco central dos Estados Unidos, é que esses empréstimos se combinam. A dívida média do recém-formado chega a 28.400 dólares (cerca de 112.000 reais), segundo The College Board. A cifra é maior para os estudantes que vão para universidades privadas.

As mulheres devem dois terços do total, de acordo com cálculos que utilizam como referência o relatório do Fed correspondente ao primeiro trimestre e outras instituições. A American Association of University Women (AAUW), uma organização que promove a educação entre as adolescentes, explica que a predominância feminina se deve em parte ao fato de haver mais mulheres matriculadas do que homens. Elas representavam 56% do total em 2016. E também porque pedem mais empréstimos.

Leia mais:
https://brasil.elpais.com/brasil/2018/06/06/internacional/1528282199_859406.html?%3Fid_externo_rsoc=FB_BR_CM

Fremdschämen, a constrangedora ‘aula’ sobre nazismo dos brasileiros aos alemães

17 segunda-feira set 2018

Posted by auaguarani in Cultura, Educação, Educação Inclusiva, Educador, ENEM, Formação, História, Mundo, Preconceito, Sociedade, Violência

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alemães, antissemitas, aula, BNCC, brasileiros, direita, ensino médio, extremistas de direita, Fremdschämen, História, hitler, holocausto, ignorância, internautas, judeus, nazismo, redes sociais, sociologia, vergonha alheia

Fremdschämen, a constrangedora ‘aula’ sobre nazismo dos brasileiros aos alemães

O termo alemão para “vergonha alheia” resume o que foi a enxurrada de críticas de internautas brasileiros a um vídeo da Embaixada alemã afirmando que nazismo é de direita

Uma palavra sintetiza a aula sobre nazismo que um grupo de brasileiros tentou dar aos próprios alemães na Internet: fremdschämen (vergonha alheia). O que era para ser um vídeo sobre como se ensina a história do nazismo, publicado no Facebook pela Embaixada da Alemanha em Brasília e pelo Consulado Geral no Recife, se tornou um campo de guerra nas redes sociais.

De um lado, brasileiros que não acreditam no holocausto e garantem que o nazismo era uma ideologia de esquerda, contestavam a história divulgada pelo Governo alemão. Do outro, brasileiros envergonhados pediam desculpas pelos comentários exaltados. E no meio, a embaixada alemã tenta equilibrar os ânimos e corrigir os néscios: “O holocausto é um fato histórico, com provas e testemunhas que podem ser encontradas em muitos lugares da Europa”, publicou em resposta a um internauta que afirmou que o “holofraude está com os dias contados”.

No vídeo institucional, a Alemanha explica que desde cedo as crianças são ensinadas confrontar os horrores do holocausto, como parte do pensamento de conhecer e preservar a história para não repeti-la. No país é crime negar o holocausto, exibir símbolos nazistas, fazer a saudação “Heil Hitler”. O vídeo deixa claro que o nazismo é uma ideologia da extrema direita. “Devemos nos opor aos extremistas de direita, não devemos ignorar, temos que mostrar nossa cara contra neonazistas e antissemitas”, afirma no vídeo Heiko Mass, ministro das Relações Exteriores.

…O professor Oliveira admite que o nível de informação dos brasileiros sobre grandes temas da humanidade, como o nazismo, pode piorar nos próximos anos. Isso porque a diferença entre as ideologias de direita e esquerda são mais aprofundadas nas disciplinas de história e sociologia no ensino médio, que deixarão de ser obrigatórias se a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para esta etapa de estudos for aprovada. Por enquanto, como disse um internauta, “brasileiros questionando a embaixada alemã sobre nazismo é 8 a 1 para Alemanha”. Mas pelo andar das coisas, esse placar ainda tem potencial para crescer muito.

Leia mais:
https://brasil.elpais.com/brasil/2018/09/13/politica/1536853605_958656.html?id_externo_rsoc=FB_CC

Um aborto a cada quatro grávidas

17 segunda-feira set 2018

Posted by auaguarani in Ciência, ECA, Educação, Educador, História, Meio ambiente, Mundo, Saúde, Sociedade

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Um aborto a cada quatro grávidas A cidade em que o agrotóxico glifosato contamina o leite materno e mata até quem ainda nem nasceu O FILHO DE MARIA Félix, de 21 anos, resistiu pouco mais de seis meses de gestação. Morreu ainda no ventre, com apenas 322 gramas. A causa do aborto, que aconteceu com 25 semanas de gravidez, foi má formação: o bebê tinha o intestino para fora do abdômen e também problemas no coração. Não é incomum que as mães da região percam seus filhos precocemente. O bebê de Maria, ao que tudo indica, foi mais uma vítima precoce do agrotóxico glifosato, usado em grandes plantações de soja e de milho em Uruçuí, a 459 km de Teresina, no Piauí. O mesmo veneno que garante a riqueza dos fazendeiros da cidade, no sul do estado, está provocando uma epidemia de intoxicação com reflexo severo em mães e bebês. Estima-se que uma em cada quatro grávidas da cidade tenha sofrido aborto, que 14% dos bebês nasçam com baixo peso (quase do dobro da média nacional) e que 83% das mães tenham o leite materno contaminado. Os dados são de um levantamento do sanitarista Inácio Pereira Lima, que investigou as intoxicações em Uruçuí na sua tese de mestrado em saúde da mulher pela Universidade Federal do Piauí. Leia mais: https://theintercept.com/2018/09/17/agrotoxico-aborto-leite/

O minúsculo país que lidera a ‘corrida do ouro’ espacial

08 sábado set 2018

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Nações podem explorar a Lua, mas nenhuma delas pode reivindicar sua posse

O minúsculo país que lidera a ‘corrida do ouro’ espacial

Muitos executivos do setor da tecnologia têm vendido a ideia de Marte como o próximo destino do homem fora da Terra. Mas eles talvez estejam mirando longe demais. A chance mais imediata de nos estabelecermos fora do Planeta Azul está bem mais perto, e esse caminho será provavelmente traçado por empresas pouco conhecidas.

Colonizar a Lua servirá como um modelo do que se pretende fazer em Marte, dizem cientistas da agência espacial americana, a Nasa. E aqueles que ocuparão instalações no satélite natural serão, provavelmente, empregadas de pequenas empresas privadas de mineração – e não magnatas de tecnologia.

Muitas dessas companhias estão ligadas à pequena nação europeia de Luxemburgo. E o mais surpreendente é que a Nasa estima um prazo de quatro anos para o início dessa colonização.

Leia mais:
https://www.bbc.com/portuguese/vert-fut-45303906

A misteriosa nuvem que matou milhares de pessoas e animais em Camarões

08 sábado set 2018

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O Nyos é um lago vulcânico localizado em uma parte remota de Camarões, no oeste da África

A misteriosa nuvem que matou milhares de pessoas e animais em Camarões

“Por volta das onze da noite acordei, mas não conseguia me levantar. Estava confuso, não entendia o que estava acontecendo”, conta um sobrevivente.

Era dia 21 de agosto de 1986. Quando amanheceu, os moradores de vários vilarejos no noroeste de Camarões descobriram, ao despertar, que muitos dos seus amigos e vizinhos tinham morrido durante a noite.

“Na manhã seguinte vi que tinha gente jogada na rua. Alguns, mortos”, relatou a testemunha. “No nosso povoado perdemos muitos, umas 75 pessoas”.

O número total, no entanto, foi bem mais alto: nesse dia, 1.746 pessoas morreram depois de inalar gases tóxicos que vinham de um lago vulcânico, além de 3,5 mil cabeças de gado.

Todas as vítimas se distribuíam em povoados ao redor do lago Nyos, próximo à fronteira do país com a Nigéria.

Leia mais:
https://www.bbc.com/portuguese/geral-45389885

‘Influencers’ mirins: a vida de uma geração presa ao celular

08 sábado set 2018

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Julia Pereira (juliajubz), 12 anos, tem um canal com dicas de maquiagem, brincadeiras e desafios. INSTAGRAM @JULIAJUBZ

‘Influencers’ mirins: a vida de uma geração presa ao celular

Com milhares de seguidores e a atenção de grandes marcas, crianças contam suas rotinas online. Mas especialistas alertam sobre os riscos da cultura de ´’likes’

“Meu primeiro celular foi bem tarde, com 9 ou 10 anos, mas nunca usei muito. Passo só de 5 a 6 horas por dia com ele”, diz Julia Pereira, uma catarinense de 12 anos. Ela é uma das mais de 24 milhões de crianças e adolescentes brasileiros (o equivalente a 82% da população de jovens do país, de acordo com a pesquisa TIC Kids Online Brasil) que vivem conectados. Mas Julia tem algo a mais: conhecida na Internet como Julia Jubz, ela faz parte do seleto, mas crescente grupo de influenciadores digitais mirins, que mantêm canais no YouTube e perfis no Facebook e no Instagram, atraindo a atenção de milhares de seguidores —e de empresas com “mimos” para merchandising—.

Apesar de garantir que não é “muito ligada” no mundo online e que poderia passar três dias sem bateria no smartphone, Julia, que tem 354.000 seguidores em seu canal no YouTube, grava os vídeos com o celular na mão. Ela também administra o perfil no Instagram, com quase 80.000 followers. “Antes de postar o primeiro vídeo, há um ano, meu canal já tinha 200 seguidores. Aí percebi que poderia ser uma influencer”, conta. “Eu que faço o conteúdo, mas sempre consulto meus pais e meus irmãos”, acrescenta. Nas suas redes, ela dá dicas de maquiagem, posta brincadeiras e desafios com os irmãos e mostra sua rotina.

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https://brasil.elpais.com/brasil/2018/08/26/actualidad/1535295741_535641.html

Metade da população entre 13 e 15 anos sofre agressões na escola, diz informe

08 sábado set 2018

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Metade da população entre 13 e 15 anos sofre agressões na escola, diz informe

Relatório da UNICEF revela ainda que cerca de 720 milhões de crianças em idade escolar vivem em países onde não estão totalmente protegidas por lei do castigo corporal na escola

Embora pareça que os golpes nas mãos com a régua que o professor dava são coisa de outro tempo, cerca de 720 milhões de crianças em idade escolar vivem em países onde não estão totalmente protegidas por lei do castigo corporal na escola. Mesmo na Europa, as leis que o proíbem são relativamente recentes. Esta é apenas uma das violências sofridas por milhões de adolescentes em todo o mundo e que apresenta o último relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), intitulado Una Lección Diaria: #STOPViolenciaInfantil en las escuelas, publicado como parte de sua campanha mundial #ENDviolence Against Children. O documento se baseia em dados coletados de diferentes estudos e pesquisas entre 2003 e 2017.

“A educação é fundamental para a construção de sociedades pacíficas e, no entanto, para milhões de crianças em todo o mundo a escola não é um lugar seguro”, lamenta Henrietta H. Fore, diretora-executiva do Unicef. “Todos os dias, muitos estudantes, seja pessoalmente ou através da Internet, enfrentam uma série de perigos como brigas, pressão para que façam parte de gangues ou intimidação a formas violentas de disciplina, assédio sexual ou violência armada. Essas situações afetam a aprendizagem no curto prazo e no longo prazo podem provocar depressão, ansiedade e até levá-los ao suicídio. A violência é uma lição inesquecível que nenhuma criança deveria aprender.”

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https://brasil.elpais.com/brasil/2018/09/06/internacional/1536229417_606822.html

O Brasil queimou – e não tinha água para apagar o fogo

08 sábado set 2018

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Vista geral do Museu Nacional, no Rio, em chamas. MARCELO SAYÃO EFE

PATRIMÔNIO HISTÓRICO

O Brasil queimou – e não tinha água para apagar o fogo

Eu vim ao Rio para um evento no Museu do Amanhã. Então descobri que não tinha mais passado

ELIANE BRUM

Eu vim ao Rio para um evento no Museu do Amanhã.

Então descobri que não tinha mais passado.

Diante de mim, o Museu Nacional do Rio queimava.

O crânio de Luzia, a “primeira brasileira”, entre 12.500 e 13 mil anos, queimava. Uma das mais completas coleções de pterossauros do mundo queimava. Objetos que sobreviveram à destruição de Pompeia queimavam. A múmia do antigo Egito queimava. Milhares de artefatos dos povos indígenas do Brasil queimavam.

Vinte milhões de memória de alguma coisa tentando ser um país queimavam.

O Brasil perdeu a possibilidade da metáfora. Isso já sabíamos. O excesso de realidade nos joga no não tempo. No sem tempo. No fora do tempo.

O Museu Nacional em chamas. Um bombeiro esguichando água com uma mangueira um pouco maior do que a que eu tenho na minha casa. O Museu Nacional queimando. Sem água em parte dos hidrantes, depois de quatro horas de incêndio ainda chegavam caminhões-pipa com água potável. O Museu Nacional queimando. Uma equipe tentava tirar água do lago da Quinta da Boa Vista. O Museu Nacional queimando. A PM impedia as pessoas de avançar para tentar salvar alguma coisa. O Museu Nacional queimando. Outras pessoas tentavam furtar o celular e a carteira de quem tentava entrar para ajudar ou só estava imóvel diante dos portões tentando compreender como viver sem metáforas.

Brasil, é você. Não posso ser aquele que não é.

O Museu Nacional queimando.

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https://brasil.elpais.com/brasil/2018/09/03/opinion/1535975822_774583.html

A ciência perdida no incêndio do Museu Nacional

08 sábado set 2018

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Crianças observam reconstrução do rosto de Luzia no Museu Nacional. AP

MUSEU NACIONAL

A ciência perdida no incêndio do Museu Nacional

Além do fóssil mais antigo das Américas, local abrigava registros não digitalizados de línguas nativas que já não existem mais

As cinzas do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, consumido pelas chamas na noite do último domingo, são mais do que restos de fósseis, cerâmicas e espécimes raros. O museu abrigava entre suas mais de 20 milhões de peças os esqueletos com as respostas para perguntas que ainda não haviam sido respondidas —ou sequer feitas— por pesquisadores brasileiros. E pode ter calado para sempre palavras e cantos indígenas ancestrais, de línguas que não existem mais no mundo.

Três dias depois do incêndio que queimou o edifício de 200 anos que abrigava a primeira instituição científica do Brasil, ainda não há um balanço preciso do que se perdeu e do que se salvou. Mas o clima entre os professores e alunos é de pessimismo: eles convivem com a possibilidade de que o objeto de seus estudos tenha virado pó.

Uma das maiores preocupações é com o material coletado no sítio arqueológico de Lagoa Santa, no Estado de Minas Gerais, considerado de fundamental importância para entender as origens dos povos americanos pré-históricos. O museu abrigava o maior acervo do mundo coletado no Estado: são cerca de 200 indivíduos fossilizados que integram o que os pesquisadores chamam de “o grupo de Luzia”, em referência ao nome dado ao mais antigo esqueleto já encontrado nas Américas, descoberto em 1974, e com idade aproximada de 11.500 anos.

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https://brasil.elpais.com/brasil/2018/09/05/politica/1536160858_009887.html

Museu Nacional: O mistério da múmia que ‘provocava transe’ nos anos 60 e foi consumida pelo fogo

08 sábado set 2018

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Kherima tinha os membros enfaixados separadamente, um estilo diferente do que era comum na época em que fora embalsamada

Museu Nacional: O mistério da múmia que ‘provocava transe’ nos anos 60 e foi consumida pelo fogo

Entre os 20 milhões de itens que compunham o acervo do Museu Nacional e que foram consumidos pelo fogo no incêndio que começou neste domingo, um em particular despertava grande curiosidade entre os visitantes – e não apenas por sua raridade.

A múmia egípcia Kherima, com cerca de 2 mil anos, foi trazida ao Brasil em um caixote de madeira em 1824 pelo comerciante Nicolau Fiengo. Dois anos depois, foi oferecida em leilão e arrematada por Dom Pedro 1º, que a doou ao então Museu Real, fundado em 1818 e instalado à época no Campo de Santana, na região central da cidade do Rio de Janeiro.

Kherima destacava-se por apresentar membros enfaixados individualmente e decorados sobre linho, o que lhe dava aparência similar à de uma boneca – um estilo de mumificação diferente do da época, menos detalhista, em que os corpos eram “empacotados”. Além dela, há apenas oito múmias desse tipo no mundo.

“Esse era um exemplar muito importante, por conta do tipo de enfaixamento, que preservava a humanidade do corpo; no caso, o contorno do corpo feminino”, diz à BBC News Brasil Rennan Lemos, doutorando em Arquelogia na Universidade de Cambridge, na Inglaterra, e pesquisador-associado do Laboratório de Egiptologia do Museu Nacional (Seshat).

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https://www.bbc.com/portuguese/brasil-45403765

Arqueólogos encontram cemitério indígena de 500 anos intocado na Amazônia

01 sábado set 2018

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Urnas funerárias encontradas em cemitério indígena

Arqueólogos encontram cemitério indígena de 500 anos intocado na Amazônia

Arqueólogos do Instituto Mamirauá encontraram na Amazônia um cemitério com nove urnas funerárias de uma população indígena que pode ter habitado a região há cerca de 500 anos. Esta é a primeira vez que cientistas brasileiros localizam e escavam urnas funerárias da chamada Tradição Polícroma —conjunto de cerâmicas da pré-história sul-americana —diretamente do solo.

“Urnas funerárias são como as que foram encontradas são comuns na Amazônia brasileira e nas partes amazônicas de países como Peru e Equador”, afirma o arqueólogo Eduardo Kazuo Tamanaha. “Mas os pesquisadores costumam recebê-las da mão de moradores do local, que de fato encontram os artefatos e os retiram da terra. Agora, escavar e encontrar uma com as urnas dessa cultura, do jeito que estavam, e realizar todo o registro científico, é algo inédito.”

Leia mais:
https://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2018/08/30/arqueologos-encontram-cemiterio-de-urnas-na-amazonia-que-pode-ter-500-anos.htm

ABL frustra expectativas de campanha por Conceição Evaristo e elege Cacá Diegues como novo imortal

31 sexta-feira ago 2018

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A escritora Conceição Evaristo

ABL frustra expectativas de campanha por Conceição Evaristo e elege Cacá Diegues como novo imortal

Escritora de Belo Horizonte recebeu apenas um voto, apesar da campanha feita por movimentos negros e feministas. Cineasta vai ocupar a cadeira de número 7, vaga desde abril deste ano

A Academia Brasileira de Letras (ABL) escolheu na tarde desta quinta-feira o cineasta Cacá Diegues, de 78 anos, para ocupar a cadeira de número 7 da instituição, vaga desde abril deste ano com a morte do também cineasta Nelson Pereira dos Santos. A entidade literária, fundada em 1897 no Rio de Janeiro com o objetivo de cultivar a língua portuguesa e a literatura brasileira, frustrou a expectativa daqueles que esperavam que a escolhida fosse a escritora Conceição Evaristo. Negra e nascida em uma comunidade de Belo Horizonte há 71 anos, sua candidatura foi impulsionada por movimentos negros e feministas que buscam uma maior representatividade dentro da ABL, composta por 40 membros efetivos e perpétuos que são, em sua maioria, homens e brancos.

A mobilização em torno de Evaristo começou quando a jornalista Flávia Oliveira lançou a ideia na coluna de Anselmo Gois, no jornal O Globo. “Eu voto em Nei Lopes ou Martinho da Vila. Sem falar na Conceição Evaristo. ‘Tá’ faltando preto na Casa de Machado de Assis”, disse em abril. Uma petição na Internet chegou a reunir mais de 25.000 assinaturas e a hashtag #ConceiçãoEvaristoNaABL foi criada, fazendo com que a escritora finalmente formalizasse a sua candidatura, no dia 18 de junho. “Assinalo o meu desejo e minha disposição de diálogo e espero por essa oportunidade”, dizia um trecho do documento entregue. Apesar de toda essa campanha, ela recebeu apenas um dos 35 votos. Diegues recebeu 22, enquanto que o editor e colecionador carioca Pedro Aranha Corrêa do Lago, de 60 anos, ficou com 11. A eleição é secreta. Ao todo, havia 11 candidatos.

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https://brasil.elpais.com/brasil/2018/08/30/cultura/1535658767_015684.html

A guerra contra o nojo: em breve, a saída será nos alimentarmos de insetos

31 sexta-feira ago 2018

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Arnold van Huis, aves, carne, comida, fome, insetos, mamíferos, medo, nojo, preconceito, proteínas animais, terras produtivas

O professor Arnold van Huis, retratado durante um lanche a base de verduras e insetos

A guerra contra o nojo: em breve, a saída será nos alimentarmos de insetos

Num mundo que ocupa um terço de suas terras produtivas para fabricar carne, os insetos despontam como uma alternativa alimentar

Dizem que não tem mais volta, que é assim mesmo: comecemos a pensar quais, e como, porque em breve vamos nos alimentar de muitos insetos. Ocorre que o fornecimento de proteínas animais já é um problema, e será cada vez mais. A produção de carne de mamíferos é a forma mais brutal de concentração da riqueza alimentar: são necessários 10 quilos de cereais –que poderiam saciar 10 famílias– para que uma vaca produza um quilo de sua carne –que alimentará uma só. Durante milênios, a carne só foi possível porque pouquíssimos a comiam; agora, quando cada vez mais gente pode pagá-la, o mundo está sobrecarregado, gastando recursos que não tem –um terço de suas terras produtivas– para fabricá-la.

O mecanismo não pode perdurar, o planeta não aguenta. Então, enquanto termina de ficar pronta a carne produzida em laboratório por clonagem de células, parece que os insetos fornecerão essas proteínas. É preciso começar a se acostumar, dizem, e há milhões de dentes rangendo. Não deveriam, mas a ideia não chega a empolgar. Já faz quatro anos que três holandeses encabeçados pelo antropólogo Arnold van Huis, o maior propagandista dos insetos, publicaram o livro The Insect Cookbook: Food for a Sustainable Planet (“O livro de cozinha dos insetos: alimentos para um planeta sustentável”). Artigos foram publicados, especialistas se reuniram, e muitos anunciaram a boa nova, mas quem de vocês comeu um inseto ultimamente?

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https://brasil.elpais.com/brasil/2018/08/21/eps/1534851060_928949.html

As quatro espécies de animais que também têm menopausa

31 sexta-feira ago 2018

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Uma beluga e sua cria em aquário de Vancouver, Canadá TONY FOX

As quatro espécies de animais que também têm menopausa

Estudo inclui baleias narvais e belugas entre as fêmeas que vivem muito após pararem de se reproduzir

Uma das particularidades de nossa espécie é a menopausa. Entre nossos parentes primatas, as fêmeas continuam reproduzindo-se até pouco antes de morrer. As fêmeas humanas, no entanto, experimentam mudanças hormonais entre os 45 e os 55 anos e deixam de ter filhos. Este fenômeno não é fácil de explicar do ponto de vista evolutivo. Por que um animal viveria mais da metade de sua vida adulta sem poder passar seus genes à geração seguinte?

Para tentar compreender esta particularidade, alguns cientistas estão analisando os poucos animais que a compartilham. Nesta semana, pesquisadores das Universidades de Exeter e York, no Reino Unido, e do Centro para a Investigação das Baleias no Estado de Washington (EUA), acrescentam duas novas espécies ao clube da menopausa, a beluga e o narval. Ao todo, segundo um artigo publicado no Scientific Reports, são cinco, com os dois cetáceos dentados, a orca e a baleia-piloto tropical, e os humanos.

Para que a menopausa faça sentido em termos evolutivos, uma espécie precisa uma razão para deixar de se reproduzir e uma razão para seguir vivendo após o fazer”, afirmou o pesquisador da Universidade de Exeter Sam Ellis em um comunicado. “Entre as orcas, a razão para deixarem de se reproduzir é que tanto seus filhos como suas filhas permanecem com a mãe durante toda a vida. Por isso, quanto mais velha é a fêmea, mais filhos e mais netos seus há no grupo”, acrescenta. “Estas relações tão estreitas significam que, se ela segue tendo crianças, vai competir com seus próprios descendentes por recursos como a comida”, prossegue.

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https://brasil.elpais.com/brasil/2018/08/27/ciencia/1535367515_661219.html

O sexo entre espécies e os segredos de Denny, a primeira híbrida

31 sexta-feira ago 2018

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Uma mulher observa uma reprodução de um neandertal em uma exposição sobre essa espécie em Londres. WILL OLIVER PA IMAGES VIA GETTY

EVOLUÇÃO HUMANA

O sexo entre espécies e os segredos de Denny, a primeira híbrida

Sapiens, neandertais e denisovanos copulavam entre si e é provável que tivessem filhos com características peculiares

Os humanos têm uma sensibilidade especial para se distinguir uns dos outros. O neurologista argentino Facundo Manes conta como comprovou esta tendência em um experimento com chilenos mapuches e não mapuches. “Colocamos eletrodos neles e lhes mostramos fotos de ambos os grupos sociais. Em questão de milésimos de segundos o cérebro se dá conta se as pessoas da foto pertencem a sua etnia ou não, e se pertencem a foto é associada com algo positivo, do contrário, com algo negativo”, explica.

As pequenas diferenças entre os indivíduos de nossa espécie têm servido para negar a humanidade a grupos quase idênticos em um grande número de ocasiões. Não é difícil imaginar o receio mútuo que devem ter sentido as populações humanas há mais de 30.000 anos quando os sapiens ainda tinham de compartilhar a Terra. “Os denisovanos e os neandertais eram bastante diferentes geneticamente. Como comparação, um denisovano e um neandertal eram mais diferentes entre si do que duas pessoas quaisquer dos dias de hoje, não importa de onde sejam”, explica Vivian Slon.

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https://brasil.elpais.com/brasil/2018/08/24/ciencia/1535120316_186140.html

Cientistas chineses redefinem a constante gravitacional proposta por Newton em 1686

31 sexta-feira ago 2018

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O físico Luo Jun (direita) e sua equipe, junto a um de seus aparelhos. HUST

Cientistas chineses redefinem a constante gravitacional proposta por Newton em 1686

Físicos se inspiraram em um dos experimentos mais belos da história da humanidade

O cientista britânico Henry Cavendish “provavelmente pronunciou menos palavras ao longo de sua vida que qualquer homem que tenha vivido durante oitenta anos, incluindo os monges trapistas”, conforme descreveu com graça seu contemporâneo lorde Brougham. Cavendish, nascido em 1731 e falecido em 1810, foi efetivamente introvertido e solitário. Era “o mais rico de todos os sábios, e o mais sábio de todos os ricos”, nas palavras do astrônomo francês Jean-Baptiste Biot. Mas, em silêncio e encerrado em sua mansão, descobriu o hidrogênio e a composição da água. E, em 1798, concebeu um dos experimentos mais audazes da história da humanidade. Agora, uma equipe de cientistas chineses subiu nos seus ombros para redefinir, com uma precisão inédita, uma das constantes mais importantes para descrever o nosso universo, junto com a velocidade da luz.

Cavendish já tinha quase 70 anos e havia se proposto a tarefa de averiguar a densidade do planeta Terra. Para isso, necessitava da constante de gravitação universal (G), postulada por Isaac Newton um século antes. O ancião, sempre calado, construiu uma espécie de balança no porão da sua casa na zona sul de Londres: duas esferas pequenas, fixadas aos extremos de uma varinha horizontal suspensa do teto por uma fina fibra. Ao aproximar duas esferas de chumbo de maior tamanho, de cerca de 160 quilos cada uma, a força de atração que as outras duas bolinhas sofriam fazia a varinha girar, e tudo isso de maneira perceptível graças a um jogo de espelhos, luzes e telescópios instalado por Cavendish.

…A busca pela maior exatidão possível não é um capricho. Os geofísicos usam a constante G para estudar a estrutura e a composição da Terra. E também é essencial em campos como a física de partículas e a cosmologia, a parte da astronomia que estuda a origem e o futuro do universo.

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https://brasil.elpais.com/brasil/2018/08/29/ciencia/1535562692_980552.html

As células falam a linguagem da matemática?

30 quinta-feira ago 2018

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Imagens de tecidos em desenvolvimento da mosca da fruta ou mosca do vinagre (‘Drosophila melanogaster’), nas quais se observam as extensões celulares (filopódios). O gráfico mostra a simulação matemática da informação transportada no processo de comunicação (densidade de Sonic Hedgehog)

As células falam a linguagem da matemática?

É apaixonante observar o poder preditivo da matemática quando esta se baseia em princípios biológicos sólidos

Tanto durante o desenvolvimento embrionário como no indivíduo adulto, as células precisam saber onde estão, quantas são, com o quais outras devem interagir e quanto precisam proliferar para formar tecidos diferentes, com formas e tamanhos específicos. Isto exige que conversem entre si, através da comunicação celular, que nada mais senão a capacidade que todas as células têm de trocar informação físico-química com o meio ambiente e com outras células para poderem agir coordenadamente. Entretanto, ainda existem muitas dúvidas sobre este processo: como é a comunicação entre células adjacentes ou afastadas? Como são emitidos, recebidos e interpretados os sinais moleculares nesta comunicação? Estariam esses sinais orientados e direcionados para células mais predispostas à sua recepção? E a pergunta mais importante: como podemos influir nesse processo de comunicação? A matemática é uma ferramenta essencial para responder a essas questões de interesse biológico.

Em 1952, o matemático inglês Alan Turing estabeleceu as bases dos modelos matemáticos da morfogênese. Durante esse processo, a comunicação celular é fundamental, já que esses sinais controlam os códigos genéticos que fazem a célula modificar seu comportamento, ou mesmo sua mesma essência, para construir ou desenhar um padrão determinado (forma, tamanho, diferenciação histológica etc.). Turing atribuiu a formação de padrões a mecanismos de difusão desses sinais (especificamente ao movimento aleatório dos sinais, que aparece como resultado de interações com as moléculas do fluido extracelular) junto com processos de reação química entre elas (ativação ou repressão do sinal) no entorno das células.

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https://brasil.elpais.com/brasil/2018/08/27/ciencia/1535378398_374917.html

Katherine Johnson, a calculadora que ajudou a Apolo 11 a chegar à Lua

27 segunda-feira ago 2018

Posted by auaguarani in Ciência, Cultura, Educação, Educação Inclusiva, Educador, Gênero, História, Meio ambiente, Mundo, Sociedade, Tecnologias

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Katherine Johnson, na NASA, em 1966 NASA

Katherine Johnson, a calculadora que ajudou a Apolo 11 a chegar à Lua

A matemática e cientista espacial completa 100 anos neste domingo, dia 26 de agosto

Em 20 de julho de 1969, em frente a uma pequena TV em preto e branco de um resort das montanhas de Pocono (Pensilvânia, Estados Unidos), um grupo de mulheres afro-americanas, colegas da fraternidade Alpha Kappa Alpha, contemplava Neil Armstrong, seguido por Edwin Aldrin, pisar na Lua pela primeira vez. Depois de quatro dias a bordo da nave da missão Apolo 11, os astronautas haviam se separado do módulo de comando Columbia, onde o colega Michael Collins permaneceu em órbita ao redor do satélite, e chegado à superfície.

Uma dessas mulheres era a matemática e cientista espacial Katherine Johnson, que faz 100 anos neste domingo, 26 de agosto. Seu trabalho foi essencial para aquele feito, que levaria os Estados Unidos à vitória na corrida espacial contra a então União Soviética (URSS). Como integrante do Centro de Pesquisas Langley (Hampton, Virgínia, EUA) da NASA, nos anos anteriores trabalhou mais de 14 horas diárias no programa de retorno da missão, conhecida como Lunar Orbit Rendezvous. Johnson foi responsável por calcular o momento em que o módulo lunar Eagle, do qual desceriam os astronautas, deveria abandonar o satélite para que sua trajetória coincidisse com a órbita descrita pelo Columbia e pudesse, assim, acoplar-se a ele para retornar à Terra. “Havia feito os cálculos e sabia que estavam corretos, mas era como dirigir esta manhã, poderia acontecer qualquer coisa”, comentou anos depois em uma entrevista.

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https://brasil.elpais.com/brasil/2018/08/21/ciencia/1534874294_328775.html

A doença que destrói os rostos das crianças mais pobres do mundo

27 segunda-feira ago 2018

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Uma garota com noma posa num centro da ONG Sentinelles em Zinder (Níger) ISSOUF SANOGO/AFP/GETTY IMAGES

A doença que destrói os rostos das crianças mais pobres do mundo

Estudo joga luz ao noma, uma infecção aterrorizante, de origem desconhecida, que afeta 140.000 por ano

“Não esconda seu filho em casa”, pede um folheto informativo da Organização Mundial da Saúde (OMS). Dirige-se às famílias de crianças com noma, uma doença negligenciada, de origem desconhecida, que destrói o rosto de suas vítimas em questão de dias. Noma, em grego, significa devorar. E isso é o que ocorre, literalmente. Começa como uma simples úlcera nas gengivas e rapidamente se torna uma gengivite necrosante e ulcerosa que perfura os músculos, a pele e os ossos. Os pacientes desprendem um aroma fétido. A OMS calcula que 140.000 crianças contraem noma a cada ano. Se não receberem tratamento antibiótico, 90% morrem, muitos já sem nariz e com um buraco na cara que deixa a mandíbula à vista. Os que sobrevivem ficam desfigurados para o resto da vida.

“Normalmente tendem a ser afastados da vida cotidiana, sendo escondidos ou isolados com os animais. Porque, muitas vezes, as gangrenas são consideradas um sinal demoníaco ou uma maldição para a família”, contava em 2015 uma equipe de pesquisadores espanhóis encabeçada por María García Moro, especialista em doenças tropicais da Universidade de Salamanca.

…A primeira pessoa a descrever a doença foi o médico holandês Carolus Battus, em 1595. O noma era comum na Europa naquela época, e assim permaneceu até o século XIX, quando a nutrição e o saneamento básico melhoraram sensivelmente. Alguns dos últimos casos foram registrados nos campos de concentração nazistas de Bergen-Belsen e Auschwitz. Na Espanha, uma mulher de 50 anos com HIV sofreu noma em 2010. Quando chegou a um hospital de Alicante, a doença já tinha devorado meia bochecha. Exceto por casos isolados como esses, a patologia se concentra nos países mais pobres do planeta, sobretudo no chamado “cinturão do noma”, que percorre a África do Senegal à Etiópia.

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https://brasil.elpais.com/brasil/2018/08/24/ciencia/1535103236_416958.html

Os micróbios de seu estômago afetam sua saúde mental

27 segunda-feira ago 2018

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O consumo de iogurte está relacionado com uma maior diversidade bacteriana no intestino. SAMBAZON

Os micróbios de seu estômago afetam sua saúde mental

Estudos recentes mostram a relação entre a diversidade de bactérias que vivem no intestino humano e doenças como a depressão e a ansiedade

Até pouco menos de uma década atrás, mudar o comportamento de uma pessoa com um transplante de fezes pareceria uma loucura. E não é algo que ocorrerá amanhã, mas as pesquisas com animais sugerem que talvez não seja uma ideia tão descabida. O que é averiguado nos laboratórios sobre a influência das bactérias que vivem em nosso intestino indica que elas não desempenham somente tarefas fundamentais para a saúde de nosso estômago. Influem também no estado do cérebro. Essas bactérias já foram transplantadas experimentalmente em humanos para combater infecções intestinais e da mesma forma, através da dieta e alimentos probióticos, que incluem microrganismos, serviriam para tratar doenças psiquiátricas e neurológicas.

Várias experiências com animais, principalmente ratos de laboratório criados em condições muito controladas, mostraram que os microrganismos do intestino podem afetar seu comportamento e modificar o equilíbrio químico de seu cérebro. Foi comprovado, por exemplo, que quando são introduzidas fezes de humanos com depressão em ratos estes desenvolvem sintomas próprios dessa doença. Em nossa espécie, também foram observados vínculos entre doenças gastrointestinais e patologias psiquiátricas como o autismo, a ansiedade e a depressão.

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https://brasil.elpais.com/brasil/2016/05/20/ciencia/1463758597_456201.html

“As pessoas são apenas um invólucro com micróbios”

27 segunda-feira ago 2018

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A imunologista Yasmine Belkaid. ÁLVARO GARCÍA

“As pessoas são apenas um invólucro com micróbios”

A imunologista Yasmine Belkaid dirige um projeto para compreender a interação entre as células e os 39 trilhões de micro-organismos que vivem em nós

“Se você se acha uma pessoa muito importante, lembre-se que a maior parte dos seus genes pertence a micróbios. E a maioria das funções de seu corpo é realizada por micróbios. Somos apenas um invólucro.” Yasmine Belkaid sorri enquanto reflete sobre o que é realmente um ser humano. Uma pessoa está composta por 30 trilhões de células humanas, sendo 84% delas glóbulos vermelhos, encarregados de transportar o oxigênio pelo sangue. Mas “não estamos sozinhos”, como salienta Belkaid. Em um corpo humano há também pelo menos 39 trilhões de micróbios. A proporção é de 1,3 células microbianas para cada célula humana. “Estamos colonizados por tudo aquilo que nos ensinaram a ter medo: bactérias, vírus, arqueas, protozoários, fungos”, enumera. Até os nossos olhos estão cobertos por uma multidão de micróbios.

Belkaid sabe do que fala. Dirige o Programa de Microbioma do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos EUA, dedicado a entender as interações entre os 30 trilhões de células humanas e os 39 trilhões de micróbios. É uma tarefa descomunal. Uma pessoa tem seu genoma, o DNA de suas próprias células. Mas também abriga um segundo genoma: o microbioma, o DNA de todos os micro-organismos que vivem no seu interior. A equipe de Belkaid demonstrou que os micróbios da pele e dos intestinos desempenham um papel crucial para controlar as defesas de um ser humano. Na pele, por exemplo, as bactérias benéficas se aliam ao sistema imunológico para acelerar a cura das feridas. A vida de uma pessoa depende dos sinais que seus inquilinos microscópicos enviam.

O que sabemos com certeza, e não há discussão, é que a flora microbiana é absolutamente necessária para o sistema imunológico”, explica Belkaid. “A flora, não só no intestino, e sim na pele ou nos pulmões, é essencial para que o sistema imunológico se desenvolva e funcione. O que ainda não sabemos em humanos é de quais micróbios vamos necessitar em diferentes cenários.

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Yuval Noah Harari, autor de ‘Sapiens’: “A tecnologia permitirá ‘hackear’ seres humanos”

27 segunda-feira ago 2018

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Yuval Noah Harari, autor de ‘Sapiens’: “A tecnologia permitirá ‘hackear’ seres humanos”

O historiador israelense de 42 anos, que vendeu cerca de 15 milhões de livros em todo o mundo, tornou-se um dos pensadores do momento. É o autor do fenômeno Sapiens, ensaio provocativo sobre como os humanos conseguiram dominar o planeta. Agora retorna às livrarias com 21 lições para o século 21 e nos recebe em Tel Aviv para conversar sobre os perigos do avanço tecnológico descontrolado, do fascismo e das notícias falsas.

Há 10 anos, Yuval Noah Harari era um desconhecido professor da Universidade Hebraica de Jerusalém. Nada em sua carreira acadêmica —especializada em história mundial, medieval e militar— fazia pensar que se tornaria um dos pensadores da moda. Já vendeu 15 milhões de exemplares de seus ensaios em todo o mundo, passeia pelos fóruns de debate mais prestigiados, seus livros são recomendados por Bill Gates, Mark Zuckerberg e Barack Obama, e líderes políticos como Angela Merkel e Emmanuel Macron abrem espaço em suas agendas para trocar ideias com ele. A fama chegou de forma inesperada para esse israelense franzino, com um ensaio original e provocador sobre a história da humanidade. Sapiens: Uma breve história da humanidade (L&PM) foi um sucesso primeiro em Israel ao ser publicado em 2011 e depois em todo o mundo, com traduções para 45 idiomas. Em 30 de agosto, o historiador publica seu terceiro livro, 21 lições para o século 21 (Companhia das Letras), um guia para enfrentar as turbulências do presente.

…Por que o fascismo continua sendo atraente?
Não sei como se ensina na Espanha, mas em Israel se apresenta o fascismo como um monstro terrível. Creio que é um erro, porque como todo mal tem uma cara amável e sedutora. A arte tradicional cristã já representava Satanás como um homem atraente. Por isso é tão difícil resistir às tentações do mal e, sem dúvida, do fascismo. Como é possível que milhões de alemães tenham apoiado Hitler? Deixaram-se levar porque os fazia se sentir especiais, importantes, belos. Por isso é tão atraente. O que acontece quando as pessoas começam a adotar pontos de vista fascistas? Que como lhes disseram que o fascismo é um monstro, custa a eles reconhecer nos demais e neles mesmos. Quando se olham no espelho, não veem esse monstro terrível, mas algo bonito. Não sou um fascista, dizem a si mesmos.

…O que mais o preocupa na tecnologia?
Os partidos fascistas nos anos trinta e a KGB soviética controlavam as pessoas. Mas não conseguiam seguir todos os indivíduos pessoalmente nem manipulá-los individualmente porque não tinham a tecnologia. Nós começamos a tê-la. Graças ao big data, à inteligência artificial e ao aprendizado por máquinas, pela primeira vez na história começa a ser possível conhecer uma pessoa melhor do que ela mesma, hackear seres humanos, decidir por eles. Além disso, começamos a ter o conhecimento biológico necessário para entender o que está acontecendo em seu interior, em seu cérebro. Temos uma compreensão cada vez maior da biologia. O grande assunto são os dados biométricos. Não se trata apenas dos dados que você deixa quando clica na web, que dizem aonde você vai, mas dos dados que dizem o que acontece no interior de seu corpo. Como as pessoas que usam aplicativos que reúnem informações constantes sobre a pressão arterial e as pulsações. Agora um governo pode acompanhar esses dados e, com capacidade de processamento suficiente, é possível chegar ao ponto de me entender melhor do que eu mesmo. Com essa informação, pode facilmente começar a me manipular e controlar da forma mais efetiva que jamais vi.

…Isso soa um pouco como ficção científica, não?
Já estamos vendo como a propaganda é desenhada de forma individual, porque há informação suficiente sobre cada um de nós. Se você quer criar muita tensão dentro de um país em relação à imigração, coloque uns tantos hackers e trolls para difundir notícias falsas personalizadas. Para a pessoa partidária de endurecer as políticas de imigração você manda uma notícia sobre refugiados que estupram mulheres. E ela aceita porque tem tendência a acreditar nessas coisas. Para a vizinha dela, que acha que os grupos anti-imigrantes são fascistas, envia-se uma história sobre brancos espancando refugiados, e ela se inclinará a acreditar. Assim, quando se encontrarem na porta de casa, estarão tão irritados que não vão conseguir estabelecer uma conversa tranquila. Isso aconteceu nas eleições dos Estados Unidos de 2016 e na campanha do Brexit.

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Richard Sennett: “O gratuito significa sempre uma forma de dominação”

26 domingo ago 2018

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Foto: ERIK TANNER

Richard Sennett: “O gratuito significa sempre uma forma de dominação”

Este sociólogo e violoncelista disseca uma sociedade em que as novas tecnologias escravizam mais pessoas do que nunca

São muitas as questões que definem nossa sociedade que ele enxergou antes de todos. O sociólogo Richard Sennett (Chicago, 1943) há vários ensaios alerta contra os perigos do trabalho flexível que deriva da autoexigência e da falta de raízes. Afastado das estatísticas, utiliza a sociologia como literatura. Em uma dúzia de livros – Construir E Habitar: Ética Para Uma Cidade Aberta é o mais recente – Sennett descobre que tipo de sociedade somos e como chegamos até aqui.

Em seu luminoso apartamento na Washington Square, Sennett anuncia que nunca se aposentará. Há cinco anos sofreu um infarto. Perdeu peso, mas não parou de tomar café. Nem de escrever. Nem de tocar piano. Passa as primaveras em Nova York, agora dará aulas no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e em Harvard. Durante os invernos ensina na London School of Economics, “onde encontrei os estudantes mais envolvidos em questões públicas enquanto os americanos se inclinam à parte acadêmica”.

De todas as suas ocupações – também foi violoncelista profissional – escrever se transformou em sua rotina. “Sou uma pessoa de rituais. Escrevo pela manhã e tenho minha vida no mundo após comer”.

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https://brasil.elpais.com/brasil/2018/08/09/cultura/1533824675_957329.html

Êxodo da Venezuela e Nicarágua provoca surtos xenófobos na região

20 segunda-feira ago 2018

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Policiais vigiam o local onde manifestantes queimaram acampamento em que dormiam imigrantes venezuelanos em Paracaima (Roraima). GERALDO MAIA EFE

Êxodo da Venezuela e Nicarágua provoca surtos xenófobos na região

A pressão migratória em países em delicado equilíbrio está dando origem a uma situação muito complexa do ponto de vista da segurança

A chegada aos países vizinhos de milhares de venezuelanos e nicaraguenses que fogem da crise nos seus países deu origem aos primeiros surtos de xenofobia e está exacerbando as tensões regionais. O Brasil enviará tropas para a fronteira com a Venezuela após a violenta expulsão dos venezuelanos de uma cidade no Estado de Roraima. O Equador limita a entrada desde este fim de semana, medida que o Peru aplicará no sábado, em razão da chegada, na semana passada, de 20 mil venezuelanos. Na Costa Rica, um protesto xenófobo contra a presença de nicaraguenses levou centenas de pessoas às ruas neste sábado, algumas com suásticas. A ONU estima que 2,3 milhões de venezuelanos fugiram de seu país.

Centenas de milhares de venezuelanos cruzaram as fronteiras terrestres para o Brasil e a Colômbia nos últimos meses para tentar escapar da crise econômica, política e social que seu país está vivenciando. A Colômbia deu residência temporária para mais de 800.000. Centenas empreendem uma trajetória terrestre todos os dias para chegar ao Peru, Chile, Argentina e até ao Uruguai. O Peru, que há dois anos concede a eles uma permissão de trabalho temporário, estima que quase 400 mil venezuelanos se estabeleceram em seu território no período de um ano. O pico foi em 11 de agosto, quando em um único dia entraram 5.100.

…A pressão migratória dos venezuelanos e nicaraguenses em países em delicado equilíbrio devido à crise econômica e ao aumento da criminalidade está causando uma situação muito complexa do ponto de vista da segurança. A cidade de Pacaraima, no Estado de Roraima (fronteira com a Venezuela), tornou-se uma bomba-relógio. A cidade, com 16.000 habitantes, é a porta de entrada dos venezuelanos que fogem do regime de Nicolás Maduro. Nos últimos meses, mais de 40.000 venezuelanos chegaram, e muitos deles —mil, segundo diferentes fontes— estão alojados em barracas espalhadas pela cidade. No sábado, depois que um comerciante local foi assaltado e agredido por quatro venezuelanos, segundo a versão da polícia local, a população reagiu com um protesto contra os imigrantes presentes na cidade. Os manifestantes destruíram suas barracas, queimaram seus pertences e atacaram os venezuelanos com pedras e dispositivos incendiários artesanais. Os vídeos dos incidentes publicados nas redes sociais mostram o nível de tensão geral. “Não aguentamos mais esses bandidos que estão roubando nossas casas e molestando nossas mulheres”, gritou um homem em uma gravação. Em outro vídeo é possível ver várias pessoas jogando gasolina nas barracas de venezuelanos com o grito de “Vamos colocar fogo neles”. Pelo menos 1.200 venezuelanos deixaram o Brasil nas últimas horas após os incidentes de Pacaraima.

…Em fevereiro, o presidente Michel Temer admitiu a vulnerabilidade dos estrangeiros e anunciou medidas de ajuda, além de propor levá-los a outras cidades do Estado e a outros Estados, como São Paulo, a 3.500 quilômetros de Roraima. As boas intenções, no entanto, parecem ter caído no esquecimento, de acordo com Camila Asano, da ONG Conectas Direitos Humanos ONG. “O Governo prometeu transferir 18.000 venezuelanos para outras cidades e até agora só removeu 800”, diz Asano, para quem os eventos em Pacaraima evidenciam que a fraca resposta das autoridades está alimentando a xenofobia e a tensão entre os moradores locais.

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https://brasil.elpais.com/brasil/2018/08/19/internacional/1534701044_585193.html

A geração que desbanca os ‘millennials’

20 segunda-feira ago 2018

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A geração que desbanca os ‘millennials’

Eles cresceram com os smartphones e com a recessão. Estudos mostram que os nascidos a partir de 1996 são menos rebeldes e mais tolerantes e inclusivos

Os adolescentes continuam sendo etiquetados como millennials, embora há anos já tenham deixado de sê-lo. Os nascidos a partir de 1996 pertencem a outra geração: são a iGen, a Geração Z ou simplesmente pós-millennials. Embora seus antecessores geracionais imediatos ainda sejam jovens, podemos encontrar diferenças entre uns e outros: os adolescentes de hoje são a geração da crise e do smartphone.

É um clichê dizer isso, mas os pós-millennials são os primeiros a se criarem com a Internet. Na Espanha, a maioria deles tem celular a partir dos 11 anos e usam as redes sociais já na adolescência: estão sempre conversando, embora não pronunciem nenhuma palavra. Segundo um estudo do Ipsos no Reino Unido, dedicam 22 horas por semana a se comunicarem, 7 a mais que os millennials. Ninguém sabe as implicações futuras de crescer sempre conectados, mas custa imaginar que seja irrelevante.

O outro marco que define a nova geração é a recessão econômica. Se para os millennials a crise foi uma surpresa, para os pós-millennials foi a paisagem que, em vez de truncar suas expectativas, deu-lhes forma. É possível que sua experiência da crise os esteja tornando mais responsáveis. “Eles percebem que precisarão trabalhar duro”, afirma Jean Twenge, catedrática de psicologia na Universidade de San Diego (EUA), em seu livro iGen.

…Mas nem tudo são boas notícias. Entre os adolescentes norte-americanos observou-se que aumentam os sintomas de estresse, depressão e ansiedade. Também acontece na Espanha: “As taxas de sintomatologia depressiva e ideação suicida são mais altas que há alguns anos”, diz José Pedro Espada, catedrático de tratamentos psicológicos na Universidade Miguel Hernández. Determinar as causas destes problemas emocionais gera um enorme debate. Alguns especialistas suspeitam e apontam para as telas e as redes sociais, mas outros são menos alarmistas.

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https://brasil.elpais.com/brasil/2018/08/19/internacional/1534683555_936952.html

A mulher que “destruiu” centenas de bebês para salvar suas mães dos nazistas

20 segunda-feira ago 2018

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HOLOCAUSTO

A mulher que “destruiu” centenas de bebês para salvar suas mães dos nazistas

Gisella Perl, prisioneira em Auschwitz, interrompeu a gravidez de todas as suas colegas ao descobrir que as grávidas eram jogadas vivas no crematório

E uma cena quase inconcebível. Nos barracões sem água usados como latrina no maior centro de extermínio nazista, os judeus se encontravam para fazer sexo, rodeados de excrementos e do cheiro de carne queimada que saída das chaminés dos crematórios. “A latrina funcionava como um local de encontros. Era ali que prisioneiras e prisioneiros se encontravam para ter relações sexuais furtivas e sem alegria, nas quais o corpo era utilizado como uma mercadoria com a qual pagar os produtos de que tanto se necessitava e que os homens eram capazes de roubar dos armazéns”, recorda a ginecologista romena Gisella Perl em seu livro Eu fui uma médica em Auschwitz, publicado em 1948.

Não só era uma forma de prostituição desesperada. Também havia uma luxúria incontrolável no lugar menos imaginável. “O nitrato de potássio que jogavam em nossa comida não era suficiente para matar o desejo sexual”, escreveu Perl. “Não tínhamos menstruação, mas isso era mais uma consequência do trauma psicológico provocado pelas circunstâncias em que vivíamos do que pelo nitrato de potássio. O desejo sexual ainda era um dos instintos mais fortes”, explicava. Era o pior lugar para fazer isso, mas algumas mulheres ficaram grávidas em Auschwitz e muitas outras já chegaram grávidas dos guetos.

Dois historiadores do Holocausto resgatam agora a “dramática” história de Gisella Perl em um artigo publicado na revista médica israelense Rambam Maimonides Medical Journal. Perl, que nasceu em 1907 em Sighetu Marmatiei, na Transilvânia, trabalhava como ginecologista quando as tropas de Adolf Hitler invadiram o norte da Romênia em 1944. Em apenas cinco dias de maio, os nazistas deportaram para Auschwitz, na atual Polônia, os 14.000 judeus que viviam no povoado e seus arredores. A maioria deles foi para a câmara de gás. A própria Perl, capturada com seu marido e seu filho, nunca mais viu sua família.

A ginecologista superou essa primeira separação letal. No campo, sua profissão a ajudaria a salvar a própria vida, ao receber a incumbência do médico nazista Josef Mengele de reanimar mulheres judias de quem se extraía sangue à força para os soldados feridos no front. “A rassenschande, a contaminação com o sangue judeu inferior, foi esquecida. Éramos inferiores para viver, mas servíamos para manter o Exército alemão vivo com nosso sangue”, anotou em 1948. Perl salvou sua vida e, possivelmente, a de centenas de mulheres, como relembram os dois historiadores, o israelense Georg M. Weisz, da Universidade da Nova Inglaterra, e o alemão Konrad Kwiet, do Museu Judaico de Sidney, ambos na Austrália.

Com seus próprios olhos viu que as mulheres grávidas “eram espancadas com porretes e chicotes, destroçadas por cães, arrastadas pelos cabelos e golpeadas na barriga com as pesadas botas alemãs. Então, quando caíam, eram jogadas no crematório. Vivas.

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https://brasil.elpais.com/brasil/2018/08/16/internacional/1534433283_583698.html

Uso de produtos para clarear a pele cresce na África e especialistas alertam para riscos da prática

15 quarta-feira ago 2018

Posted by auaguarani in Afrodescendentes e africanos no Brasil, Ambiente escolar, Bullying, Ciência, Cultura, ECA, Educação, Educação Inclusiva, Educador, Formação, História, Mundo, Preconceito, Profissão, Saúde, Sociedade

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Uso de produtos para clarear a pele cresce na África e especialistas alertam para riscos da prática

Segundo relatório mais recente da OMS, 77% das mulheres nigerianas usam produtos para deixar a pele mais branca. Médicos chamam a atenção para produtos utilizados com frequência, mas que não passaram controle e testes de segurança.

Quando estava na faculdade de Medicina e ouviu falar de mães que descoloriam a pele de seus bebês, Isima Sobande pensou que se tratava de uma lenda urbana. Mas não demorou a vê-lo com seus próprios olhos.

Pouco tempo depois de ter sido enviada para um centro médico de Lagos, capital econômica da Nigéria, Sobande registrou a entrada de um bebê de dois meses que se contorcia de dor, “com furúnculos muito grandes por todo o corpo”.

A jovem médica descobriu que sua mãe estava lhe aplicando um creme de esteroides misturado com manteiga de karité, uma “receita básica” conhecida por muitos nigerianos.

Nossa sociedade está condicionada pelo fato de que ter a pele clara é uma forma de encontrar um bom trabalho, de ter uma relação amorosa… e, para muitos, isso é muito importante.

O branqueamento da pele é uma forma de acessar o poder e os privilégios associados aos brancos.

“Minha beleza é mais aceita no exterior do que em meu próprio país”, lamenta Ajuma Nasenyana, modelo queniana que representou marcas como Victoria’s Secret e Vivienne Westwood.

Leia mais:
https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2018/08/14/uso-de-produtos-para-clarear-a-pele-cresce-na-africa-e-especialistas-alertam-para-riscos-da-pratica.ghtml

Estudantes da UnB têm primeira aula da disciplina sobre ‘felicidade’

15 quarta-feira ago 2018

Posted by auaguarani in Ambiente escolar, Cultura, Educação, Educador, Experiências, Formação, Inovação, Mundo, Saúde, Sociedade

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Estudantes da UnB têm primeira aula da disciplina sobre ‘felicidade’

Curso é inspirado em experiências de Harvard e Yale. Universidade de Brasília é a primeira instituição pública do país a oferecer conteúdo.

Estudantes da Universidade de Brasília (UnB) participaram nesta terça-feira (14) do primeiro dia de aula da disciplina sobre felicidade. As 240 vagas oferecidas no curso foram preenchidas e, até o fim do semestre, os alunos devem elaborar um produto que eleve a sensação de alegria na universidade.

As aulas ocorrem no campus do Gama, onde estão concentrados os cursos de engenharias aeroespacial, automotiva, eletrônica, de energia e de software. O prédio fica a 40 quilômetros da reitoria da universidade, no campus Darcy Ribeiro, no Plano Piloto.

…Descobrir o que causa a infelicidade é o primeiro passo, afirma o professor. “Quero que eles aprendam a conversar, a dialogar, se conhecer, respeitar o outro, a enfrentar uma tristeza e a diferenciar tristeza de depressão”.

Quero pessoas que não apenas saibam o que é felicidade, mas que sejam felizes e se movam em direção a ela.

Leia mais:
https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2018/08/14/estudantes-da-unb-tem-primeira-aula-da-disciplina-sobre-felicidade.ghtml

https://globoplay.globo.com/v/6945456/

Por que o ‘cheiro’ da chuva é tão bom?

13 segunda-feira ago 2018

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Há algo químico na fragrância agradável que sentimos de ar limpo e terra molhada, após a chuva

Por que o ‘cheiro’ da chuva é tão bom?

Não é só alívio, após um longo período de seca, que faz com que o cheiro da chuva seja tão bom. Há também a química envolvida.

Bactérias, plantas e até trovoadas têm influência no aroma de ar limpo e terra molhada que a gente sente após uma tempestade.

Conhecido como “petrichor”, esse odor tem sido estudado por cientistas e até por fabricantes de perfume.

Terra molhada
O nome “petrichor” foi cunhado por dois pesquisadores australianos em 1960. A palavra vem do grego “petros”, que significa “pedra”, e do termo “ichor”, que quer dizer “o fluido que passa pelas veias dos deuses”.

Essa fragrância que a gente sente quanto a chuva bate no solo é produzida por uma bactéria.

Leia mais:
https://www.bbc.com/portuguese/geral-45032256

A paternidade ativa é um antídoto contra o patriarcado

13 segunda-feira ago 2018

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A paternidade positiva é um fator de saúde para filhos, filhas e companheira. R.B.

A paternidade ativa é um antídoto contra o patriarcado

Se o patriarcado é um veneno para a igualdade, o envolvimento do pai na criação dos filhos é um dos melhores antídotos de que dispomos na atualidade

Phumzile Mlambo-Ngcuka, diretora executiva da ONU Mulheres, costuma nos lembrar que muitas mulheres e meninas no mundo inteiro dedicam um número excessivo de horas aos afazeres domésticos. Normalmente destinam aos trabalhos reprodutivos e de cuidado mais que o dobro do tempo que os homens e meninos. Essa divisão desigual do trabalho não remunerado, mas que é fundamental para que a vida seja possível —está diretamente relacionada com a falta de envolvimento dos homens, mas especialmente com a irresponsabilidade ativa e imprudente militância no desapego que milhões de pais exercem em todo o planeta.

Aproximadamente 80% dos homens serão pais biológicos em algum momento da vida, e quase todos os homens têm alguma interação socializadora com meninas e meninos. Como nos lembra a escritora Silvia Nanclares, optar pelo “extincionismo” é tão legítimo como decidir se reproduzir. Mas, para que a vida continue, os pais importam e impactam, tanto na vida das mulheres com quem convivem, como nas possibilidades de ser e estar no mundo das meninas e dos meninos, de forma decisiva e permanente.

Antes que alguém precise gastar tempo e esforço para tirar a conclusão das entrelinhas (economizando as distâncias e com a licença de Betty Friedan), quando me pergunto quem sou ou o que quero da vida, respondo que, entre os elementos centrais que definem minha identidade, está o ser pai. E, sim, eu sou um místico da paternidade, um essencialista apaixonado, esgotado, transformado, muitas vezes contraditório e sempre comovido por minha experiência como pai…

TUDO SÃO VANTAGENS
A paternidade positiva é um fator de saúde, pois ajuda as crianças a crescerem mais saudáveis; implica o desenvolvimento de relações afetivas seguras —que incidem diretamente em um melhor desempenho escolar, com impacto no desenvolvimento emocional ótimo de meninas e meninos—, contribui para o empoderamento de mulheres e meninas; reduz a violência contra mulheres e crianças; e torna os homens mais felizes e saudáveis.

Leia mais:
https://brasil.elpais.com/brasil/2018/08/11/actualidad/1533945755_239236.html

A Islândia sabe como acabar com as drogas entre adolescentes, mas o resto do mundo não escuta

13 segunda-feira ago 2018

Posted by auaguarani in Ambiente escolar, Ciência, Cultura, Dica cultural, ECA, Educação, Educação Inclusiva, Educador, Experiências, Formação, História, Mundo, Profissão, Saúde, Sociedade

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Meninas numa academia de Reykjavik DAVE IMMS PARA MOSAIC.

A Islândia sabe como acabar com as drogas entre adolescentes, mas o resto do mundo não escuta

Nos últimos anos, o país reduziu drasticamente o consumo de tabaco, drogas e álcool entre os jovens

Falta pouco para as 15h de uma ensolarada tarde de sexta-feira, e o parque de Laugardalur, perto do centro de Reykjavik, está praticamente deserto. De vez em quando, um adulto passa empurrando um carrinho de bebê. Mas, se os jardins estão rodeados de casas e edifícios residenciais, e os meninos já saíram do colégio, onde estão as crianças?

Sou acompanhada em meu passeio por Gudberg Jónsson, um psicólogo islandês, e Harvey Milkman, professor de psicologia norte-americano que leciona na Universidade de Reykjavik durante uma parte do curso. Há 20 anos, conta Gudberg, os adolescentes islandeses estavam entre os que mais bebiam na Europa. “Nas noites de sexta, você não podia andar pelas ruas do centro de Reykjavik porque não se sentia seguro”, diz Milkman. “Havia uma multidão de adolescentes se embebedando diante de todos.” Chegamos perto de um grande edifício. “E aqui temos a pista de patinagem coberta”, informa Gudberg.

Por que não organizar um movimento social baseado na embriaguez natural, em que as pessoas sintam barato com a química de seu cérebro – porque me parece evidente que as pessoas desejam mudar seu estado de consciência – sem os efeitos prejudiciais das drogas?

…As leis mudaram. Penalizou-se a compra de tabaco por menores de 18 anos e a de álcool por menores de 20. Proibiu-se a publicidade das duas substâncias. Reforçaram-se os vínculos entre os pais e os centros de ensino, mediante organizações de mães e pais, que deviam ser criadas por lei em todos os centros, juntamente com conselhos escolares com representação dos pais. A estes também foi pedido que comparecessem às palestras sobre a importância de passar muito tempo com os filhos, em vez de dedicar a eles “tempo de qualidade” esporadicamente, assim como falar com eles de suas vidas, conhecer suas amizades e ressaltar a importância de ficar em casa de noite. Além disso, foi aprovada uma lei que proibia que os adolescentes de 13 a 16 anos saíssem depois das 22h no inverno e da meia-noite no verão. A norma continua vigente.

Leia mais:
https://brasil.elpais.com/brasil/2017/10/02/internacional/1506960239_668613.html?rel=mas

Se for para se drogar, drogue-se direito

13 segunda-feira ago 2018

Posted by auaguarani in Ambiente escolar, Ciência, ECA, Educação, Educador, Formação, Mercosul, Mundo, Saúde, Sociedade

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AIDS, centros especializados, comunidade científica, Departamento de Monitoramento de Drogas, direitos humanos, drogas, estupefacientes, heroína, HIV, legalização, Locais de Consumo de Drogas, metadona, Nações Unidas, narcóticos, ONG Harm Reduction International, ONG holandesa Mainline, opioides, redução de danos, saúde, saúde pública, seringas esterilizadas, Unaids

Se for para se drogar, drogue-se direito

Políticas de redução de danos já demonstraram ser eficazes para a saúde dos dependentes e úteis em frear a expansão do vírus da AIDS

Por mais que se diga não a elas, as drogas às vezes não escutam. Este, que vem a ser o lema da ONG holandesa Mainline, tenta mostrar uma realidade: embora evidentemente sejam ruins para a saúde, muita gente no mundo as consome, as políticas de erradicação não deram bons resultados até hoje, e olhar para o outro lado como se elas não existissem não parece solucionar o problema.

A política de redução de danos é uma das principais aliadas na luta contra o HIV, cuja expansão continua disparada entre quem se injeta opioides. Consiste em assumir que as drogas estão aí e, sem necessariamente legalizá-las, propõe atender quem as consome para que o façam da forma mais segura possível. Seja mediante terapias de substituição de heroína por metadona, fornecendo seringas esterilizadas, com assessoramento em centros especializados e até mesmo analisando as substâncias para garantir que não estão adulteradas (com elementos que poderiam torná-las ainda mais nocivas que os próprios estupefacientes).

Leia mais:
https://brasil.elpais.com/brasil/2018/07/30/internacional/1532970967_994679.html

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