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Judith Butler. Foto: Wikicommons

Parte do Brasil vive na idade média e tem orgulho disso

A vinda da filósofa Judith Butler ao Brasil começou a gerar polêmica desde o anúncio de sua palestra no Sesc Pompeia. Doutora em Filosofia por Yale, teórica do movimento Queer e um dos maiores nomes em filosofia, política e ética no mundo, Judith despertou a ira de setores conservadores e de fundamentalistas cristãos brasileiros simplesmente por tratar de um assunto: gênero. Grupos, supostamente ligados ao MBL, chegaram a promover uma petição para tentar impedir a vinda da filósofa, mas sem sucesso. Judith falou para alunos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e para participantes do I Seminário Queer – Cultura e Subversões da Identidade, no Sesc Pompeia, mas não sem algum barulho.

Um pequeno grupo de manifestantes se reuniu na frente do Sesc, com uma boneca de pano com o rosto de Judith, usando um chapéu de bruxa, que foi incendiada aos gritos de “queimem a bruxa”.O incidente causou o estranho fenômeno de termos a palavra “bruxa” estampada em manchetes de jornal em pleno ano de 2017. Mas por mais excêntrica que soe, a referência não tem a menor graça. A famosa caça às bruxas foi uma perseguição religiosa e social contra mulheres, que aconteceu entre os séculos XV e XVIII em partes da Europa e nos Estados Unidos.

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