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O jogo go é o campo de treinamento do cérebro da máquina. EVONNE

Inteligência artificial já aprende sozinha a ser invencível

Novo algoritmo do Google não precisa do conhecimento humano e sinaliza que este pode inclusive atrapalhar

É só um jogo de mesa. Mas o tabuleiro do jogo Go (Weiqi ou Baduk), um complexo xadrez oriental, é o terreno escolhido para explorar as fronteiras da inteligência artificial, que no futuro poderão ajudar a “resolver todo tipo de problemas prementes do mundo real”, nas palavras de Demis Hassabis, líder do Google DeepMind. Essa divisão da multimilionária empresa tecnológica já conseguiu criar um programa, o AlphaGo, que é capaz de jogar go e derrotar inclusive os campeões mundiais, desnudando muitos segredos da mente humana. Agora a empresa foi um passo adiante ao desenvolver um programa capaz de esmagar todas as versões prévias do todo-poderoso AlphaGo, aprendendo do zero e sem ajuda. Uma máquina que se ensina a si mesma, sem exemplos de jogos reais nem intervenção humana, até se tornar invencível. E além do mais conseguiu isso com uma força incomparável, num tempo recorde e consumindo uma quantidade mínima de recursos informáticos.

O programa original treinou-se estudando milhões de movimentos reais de milhares de partidas jogadas entre humanos, um monumental passo prévio antes de começar a treinar-se jogando contra si mesmo, até se tornar imbatível. Mas esta nova versão desenvolvida pelo DeepMind, denominada AlphaGo Zero, conta com um novo algoritmo que lhe permite aprender a ganhar do nada, a sós com o tabuleiro e as peças. O novo algoritmo se sustenta numa rede neuronal baseada na aprendizagem por reforço: a máquina sabe se ensinar sozinha, praticando consigo mesma, até alcançar uma capacidade muito superior à de suas versões prévias.

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