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Aedes aegypti, colômbia, gestação, gestantes, malformações fetais, microcefalia, picada, prevenção, surto na Polinésia Francesa, The Lancet, zika vírus
Primeiro trimestre é o de mais risco para as grávidas com zika
Até 1% das mulheres que se contagiam nesse período têm filhos com malformações
O momento mais perigoso para que uma mulher grávida se infecte pelo vírus do zika é o primeiro trimestre da gestação, segundo um estudo publicado pela revista médica britânica The Lancet. O trabalho, feito com base nos dados do surto na Polinésia Francesa entre 2013 e 2015, conclui que nesse primeiro período o risco de malformações fetais é de quase 1% (precisamente 0,95%). Os resultados foram obtidos depois da aplicação de um modelo matemático ao cruzamento de dados entre casos de microcefalia, população total, incidência da infecção e gravidezes.
O estudo, cujo primeiro signatário é Simon Cauchemez, do Instituto Pasteur de Paris, inclui outras possibilidades. Se a infecção for contraída nos dois primeiros trimestres de gravidez, o risco baixa para 0,5%; se forem considerados os três primeiros, a probabilidade baixa para 0,42%, que pode ser considerada, portanto, a taxa geral.
Os autores defendem o perigo do primeiro trimestre por vários motivos. O primeiro, que se sabe quando foram infectadas as mulheres dos oito fetos e bebês que tiveram microcefalia. O segundo, que já se sabe que esse período é o mais perigoso em outras infecções, como a rubéola e o citomegalovírus (um patógeno que age em pessoas com imunidade baixa e que causa graves problemas aos bebês).
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