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Como a polícia pode lidar com manifestações sem recorrer à violência

Uso de bombas e balas de borracha não deve ser regra, segundo manuais internacionais de boas práticas

A Organização das Nações Unidas tem um documento que detalha as melhores práticas para a atuação policial em ambientes urbanos e durante manifestações. Nele, há princípios como o uso mínimo da força, imparcialidade e objetividade, independente de provocação, e o policiamento de acordo com o respeito aos direitos humanos.

Outro documento publicado em 2006 pelo Fórum Executivo de Pesquisa Policial, em Washington, nos Estados Unidos, reúne experiências de chefes de polícia de países desenvolvidos, como EUA e Canadá, sobre as melhores práticas para conter multidões em protestos. Segundo o relatório, as forças policiais precisam ser capazes de garantir a segurança e o direito de protestar de todos os manifestantes.


O que explica a truculência

As boas práticas recomendadas às vezes são abandonadas em São Paulo. Além dos episódios na repressão aos protestos contra a reorganização das escolas, no final de 2015, mais uma vez manifestações têm sido contidas com a força, como nos protestos pela redução do preço das passagens de ônibus e metrô.

Na verdade, é uma característica não apenas da polícia paulista, mas da cultura policial brasileira. Protestos foram reprimidos duramente inúmeras vezes nos últimos anos – basta voltar para junho de 2013 em São Paulo, ou os protestos contra a realização da Copa do Mundo de 2014 no Rio de Janeiro, ou a recente repressão aos professores em Curitiba em abril de 2015.

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https://www.nexojornal.com.br/expresso/2016/01/12/Como-a-pol%C3%ADcia-pode-lidar-com-manifesta%C3%A7%C3%B5es-sem-recorrer-%C3%A0-viol%C3%AAncia