Cortes afetam pesquisas brasileiras
Pesquisadores das principais universidades brasileiras sofrem com redução de auxílios
Droga anticâncer à espera de verba
O Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o mais antigo da área no país, não conseguiu pagar as pesquisas de nenhum de seus alunos de mestrado e doutorado neste ano. “Alguns estão em trabalho na Amazônia esperando que o dinheiro para suas pesquisas seja depositado”, afirma María Elvira Díaz, coordenadora do curso criado em 1968. “Nós não depositamos e não teremos como depositar”, diz ela. Devido aos cortes orçamentários feitos por conta da crise econômica, o departamento deverá receber do Governo federal só 25% da verba prevista para 2015, conta a professora. Algo que, diante do cenário atual, pode se repetir em 2016. “O que está acontecendo é muito cruel”, lamenta.
Ligado ao Museu Nacional, que neste ano ficou fechado por dez dias após uma greve de funcionários da limpeza que reclamavam salários atrasados, o programa tem ao menos 24 projetos em curso sem verba, segundo uma contagem feita pelos próprios alunos. Alguns deles em locais como República Dominicana, na América Central, ou a Terra Indígena Kampa e Isolados do Rio Envira, no Acre, onde só é possível chegar de barco ou avião. Acabou ainda a verba destinada para comprar novos livros para a biblioteca, computadores ou quaisquer outro equipamento necessário para as pesquisas.
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