Chauí critica ensino ‘tecnocrático’ e responsabiliza governo de SP por crise da USP
Em aula magna para discutir a crise da instituição e a greve de trabalhadores, filósofa afirma que ‘universidade voltada ao mercado é dirigida como montadora de automóveis ou rede de supermercados’
por Malú Damázio, da RBA
São Paulo – A filósofa Marilena Chauí afirmou ontem (8), em aula magna sobre a greve de funcionários e professores da Universidade de São Paulo (USP), na zona oeste da capital paulista, que a crise financeira e administrativa da universidade é resultado da “metamorfose da instituição social pública em organização operacional”. Na visão de Marilena, este tem sido o principal objetivo do governo do estado, administrado pelo PSDB há 20 anos. A professora criticou os governos tucanos ininterruptos e lembrou que lideranças do partido, originado em uma dissidência do PMDB, já governavam o estado há muito.